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7º Encontro QUESTÃO PRÁTICA nº 07 Mandado de Segurança CONSIDERAÇÕES SOBRE A PEÇA O art. 5°, LXIX, da CF/88 determina: “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições de Poder Público". No processo do trabalho é utilizado também para atacar decisões interlocutórias, pois estas não são passíveis de recurso e sua petição inicial tem competência idêntica àquela já mencionada na ação rescisória, sendo indispensável o requerimento da liminar de segurança, devendo ainda ser observado o prazo. Destaque-se que o mandado de segurança está regido, atualmente, pela Lei 12.016/2009, restando revogadas as Leis 1.533/51; 4.166/62; 4.348/64; 5.021/66; o art. 3° da Lei 6.014/73; o art. 1° da Lei 6.071/74, o art. 12 da Lei 6.978/82 e o art. 2a da Lei 9.259/96. O direito de impetrar mandado de segurança decai em 120 dias do conhecimento do ato abusivo, objeto do mandado, e deve ser impetrado em face da autoridade coatora. Pará o mandado de segurança, deverá a parte juntar com a inicial toda a prova documental imprescindível ao deslinde da causa, não havendo que se falar em aplicação do art. 321 do CPC em caso de necessidade de emenda da inicial, como se extrai da Súmula 415 do TST. Contra as decisões que antecipam ou indeferem antecipação de tutela, não cabe, de imediato, qualquer recurso (art. 893 da CLT), mas se aludida decisão termina por violar direito líquido e certo, haverá a possibilidade de se manejar o Mandado de Segura, nesses casos, observar a Súmula 414 do TST. Aduza-se ainda que não há violação de direito líquido e certo nas hipóteses em que o juiz se recusa a homologar acordo ou conferir decisões liminares, como se extrai da Súmula 418 do TST. QUESTÃO PRÁTICA Jezebel Magnus propôs reclamação trabalhista contra Bethania Empreendimentos Ltda, pleiteando liminar em tutela antecipada, requerendo sua reintegração ao emprego em razão de ter sido demitida no 3° mês de gestação, pleito este admitido pelo Juízo da 45ª Vara de Araranguá/SC que reintegrou a empregada liminarmente. Questão: Como advogado da Empresa Bethania Empreendimentos Ltda, que não poderá aguardar o julgamento final do processo, pois a empregada foi flagrada furtando objetos no almoxarifado da empresa, proponha a medida cabível com vistas a revogar a liminar concedida.
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