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Ação cabível contra decisão de execução trabalhista

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5º Encontro 
QUESTÃO PRÁTICA nº 05 
AGRAVO DE PETIÇÃO 
 
CONSIDERAÇÕES SOBRE A PEÇA 
O recurso agravo de petição está previsto no art. 897, a, da CLT e é cabível contra as decisões 
proferidas pelo Juiz do Trabalho na fase de execução trabalhista. 
A ideia é que o recurso de agravo de petição que é endereçado ao TRT respectivo fosse mesmo 
cabível apenas de decisões de mérito, como por exemplo, as decisões proferidas nos embargos 
à execução ou nos embargos de terceiros, e servisse, pois, como um típico sucedâneo recursal 
contra essas decisões, papel que é exercido na fase de conhecimento, pelo recurso ordinário, 
previsto no art. 895 da CLT. 
Contudo, face à amplitude da redação que se conferiu ao art. 897, a, que usa "das decisões do 
juiz", entende parte da doutrina e jurisprudência que o agravo de petição serve também para 
se recorrer de decisões interlocutórias terminativas da execução, como aquelas que acolhem 
as exceções de pré-executividade (objeção/impugnação de pré-executividade) e encerram a 
execução na forma do art. 794 do CPC, bem como das decisões interlocutórias que causam 
gravames ás partes, como por exemplo, aquelas que determinam levantamento de valores. 
Entretanto, o que se observa na prática é que, diante do manifesto dissenso jurisprudencial 
quanto à aceitação dessa hipótese verificada no parágrafo supra, as partes terminam por se 
decidir peto manejo mesmo do mandado de segurança, nos termos da Lei nº 12.016/2009, 
acusando violação de direito líquido e certo. Isso vem ganhando aceitação no cenário pátrio 
terminando, pois, por relegar o agravo de petição, como regra geral, ao manejo apenas contra 
as decisões de mérito proferidas na execução. É o caso, por exemplo, da execução contra 
sentença proferida pela vara do trabalho nos embargos à execução. 
Um pressuposto de suma importância nessa peça é aquele contemplado no § 1° do art. 897 da 
CLT que impõe ao agravante delimitar a matéria que está sendo veiculada no agravo de 
petição com a finalidade de permitir que a execução siga seu rumo e destino com a parte que 
não tenha sido impugnada no agravo. 
O prazo dos embargos é de 8 dias. Possui duas peças, uma de interposição, endereçada à vara 
do trabalho, e a minuta, endereçada ao TRT respectivo. 
 
QUESTÃO PRÁTICA 
Versando a reclamação trabalhista, entre outros, sobre pedido de adicional de periculosidade 
na base de 30% do salário auferido pelo empregado, a sentença de mérito, transitada em 
julgado, reconheceu a procedência parcial do pleito relativamente a alguns pedidos, tendo 
fixado percentual do adicional de periculosidade em 30% do salário mínimo. Ofertados os 
cálculos pelo reclamante, o fez com aplicação de 30% de seu salário. Impugnados os cálculos 
pela reclamada ao fundamento de que a decisão liquidando determinara a aplicação do 
percentual de 30% do salário mínimo, mesmo assim entendeu o juízo da execução fixar a 
aplicação do percentual sobre o salário do empregado, ao argumento de ocorrência de mero e 
 
 
evidente erro de digitação na sentença de mérito, o que se manteve na apreciação dos 
embargos à execução ofertados pela executada. 
Questão: Como advogado, oferecer a medida judicial que entender cabível em prol da 
reclamada.

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