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PLANEJAMENTO VISUAL E GRÁFICO_IV_Teorico

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Planejamento 
Visual e Gráfico
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Antonio Lucio Rodrigues Assiz
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Criação e Produção Gráfica
• Introdução;
• Projeto Gráfico, Editorial e Comercial;
• Desenvolvimento de Projetos Jornalísticos de Jornais e Revistas;
• Conceituação e Aplicação com Recursos de Editoração Eletrônica;
• Pré-Mídia: Fechamento de Arquivos;
• Direitos Autorais e Atuação Profissional
como Designer ou Produtor Gráfico.
• Desenvolver a capacidade criativa para a concepção e aprimoramento de projetos 
gráfi cos para publicações impressas e eletrônicas;
• Compreender as formas de atuação profi ssional do designer produtor gráfi co;
• Dominar todas as etapas de produção gráfi ca e saber gerenciar os processos de 
produção de publicações impressas e eletrônicas.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Criação e Produção Gráfi ca
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Criação e Produção Gráfica
Introdução
Nesta Unidade você terá uma visão de todo o processo de produção do jornal 
ou outra publicação impressa. Muitos conceitos e conhecimentos tratados nesta 
disciplina são úteis para pensar ambientes eletrônicos e digitais que também apre-
sentam espaços com informação na tela. É claro que ambientes eletrônicos e digi-
tais permitem a exibição de telas com movimento e por vezes interativas, e isto se 
distancia de algumas reflexões aqui colocadas, mas excluindo-se este aspecto, há 
um universo importante para o desenvolvimento de grafismos em telas e displays 
eletrônicos e digitais que podem estar apoiados na reflexão a seguir.
Em criação e produção gráfica, o profissional é chamado a criar projetos para 
veículos de comunicação e acompanhar, gerenciar as etapas para que o projeto 
criado siga os processos mantendo a ideia proposta, ou explorando da melhor 
forma as diretrizes apontadas. Imagine que após tantos estudos, reflexões, estra-
tégias desenvolvidas, o novo jornal, ao ser lançado, não apresente características 
conforme proposto no projeto... Isso causará sérios problemas, porque existiam 
expectativas que foram frustradas.
É preciso compreender que a publicação precisa ter sucesso, atender às expec-
tativas, e isso quer dizer chegar ao público exatamente como foi pensada, ou o 
mais próximo possível disso. Não dá para achar que um jornal pode ser produzido 
de qualquer jeito que sempre será jornal, apenas por estar impresso no papel, 
ter um certo formato e notícias em suas páginas. Tudo bem, ele até poderá ser 
chamado de jornal, mas não terá foco no leitor, estratégia de abordagem, imagem 
construída, nada disso, ou seja, ele não representará um modelo de negócios e difi-
cilmente se transformará em um veículo forte. Seguindo tudo o que foi pensado, da 
apresentação visual, acabamento ao conteúdo, periodicidade etc, será um desafio 
ter sucesso, imagine sem nenhum controle sobre a publicação...
Acredite que qualquer produto colocado no mercado atualmente é fruto de mui-
tos estudos e traz uma proposta para seu público. Por isso são realizadas tantas 
pesquisas, estudos, análises de mercado para extrair informações detalhadas sobre 
pessoas, comportamentos, expectativas e traduzi-las em estratégias editoriais. Nes-
te ponto está um grande desafio: não adianta nada levantar informações qualifica-
das e não conseguir traduzi-las no projeto da publicação. As pesquisas levantam 
cenários, mas é a criatividade de profissionais da comunicação que é capaz de rela-
cionar os dados a formatos, periodicidade, tipos de papéis, cores, desenhos das pá-
ginas e tantas outras definições possíveis em um jornal, revista ou outra publicação.
8
9
Projeto Gráfi co, Editorial e Comercial
O nascimento de um jornal ocorre após uma série de estudos, conforme relata-
do acima, e a criação do projeto gráfico, editorial e comercial. São três definições 
fundamentais para o sucesso da publicação e devem ter coerência entre si. Isto 
quer dizer que se o jornal tem como público prioritário leitores com idade acima 
dos 60 anos, será preciso que o projeto editorial indique editorias (seções) com 
notícias e reportagens de interesse deste público e que o projeto gráfico defina um 
tamanho de fonte (tipos) relativamente grande, pois este público tem uma visão um 
tanto “cansada” para a leitura de textos com fontes muito reduzidas. No projeto 
comercial desta publicação deverá ter estratégias de venda de espaço publicitário 
para agência de turismo, laboratório clínico e indústria de medicamentos, entre 
outras áreas de interesse do público. 
A atuação do produtor gráfico (designer ou diagramador) precisa respeitar 
o Projeto Gráfico que ele irá seguir, pois está intimamente articulado com os 
objetivos e metas da empresa e com o projeto editorial e comercial, por isso 
deve zelar pela correta execução e, caso identifique necessidade de ajuste, deve 
apresentar aos responsáveis as possíveis alterações antes de simplesmente mu-
dar o Projeto Gráfico.
Alguns itens definidos no Projeto Editorial são: o nome da publicação, objetivo, 
público-alvo, política editorial, linguagem, editorias (seções) e forma de distribui-
ção. O Projeto Editorial anuncia os princípios e valores que serão defendidos pelo 
jornal, pensamento filosófico, temas e causas que o jornal quer apoiar. Mesmo 
quando o jornal anuncia que não quer ter posição política, pois defende o mercado 
com todas as liberdades, está expressando sua posição política que é em defesa 
dos interesses do capital. Portanto, o jornal sempre tem uma posição, e é mais 
honesto que ela esteja revelada com clareza no Projeto Editorial.
No Projeto Comercial estão informações sobre custos e receitas possíveis e 
desejáveis para o jornal. Os custos com equipe certamente são os mais importan-
tes por representar maiores valores e também por ser o centro, o “coração” da 
atividade principal, produzir notícias, prestação de serviços e entretenimento ao 
leitor. Parte destes custos pode ser também de compra de conteúdo de agências 
de notícias. Todo jornal precisa de uma estrutura que pode ter dimensão maior 
ou menor, mas o veículo precisará de sede, administração, área de redação e 
departamento comercial.
9
UNIDADE Criaçãoe Produção Gráfica
Outra despesa importante é a impressão e acabamento do jornal. Esta etapa 
está diretamente conectada ao Projeto Gráfico, pois são as definições gráficas 
que determinarão o custo de impressão. Tipo de papel, formato, número de 
páginas, quantidade de exemplares (tiragem), acabamento são determinantes no 
orçamento gráfico.
Por fim, o jornal terá custos de circulação, distribuição dos exemplares. Neste 
quesito pode-se projetar também custos de marketing para a divulgação do jornal. 
Com todas as despesas listadas, é a hora de apontar quais receitas serão capazes 
de pagar os gastos e ainda gerar o lucro. Atualmente o principal modelo de negó-
cios do jornal é a venda de espaço publicitário (anúncios) em suas páginas. Isto quer 
dizer que novamente o Projeto Gráfico deverá reservar espaços a cada edição para 
peças que normalmente chegam prontas das agências de publicidade. É comum 
que uma publicação tenha em média 30% do espaço reservado para publicidade, 
isto quer dizer que se o jornal tiver 100 páginas, poderá ter anúncios de todo ta-
manho em quase todas as páginas, que se forem reunidos, ocuparão cerca de 30 
páginas. Em tempos de dificuldades financeiras alguns jornais deixam mais de 50% 
do espaço para publicidade, mas isso acaba comprometendo o papel que este deve 
cumprir de levar informação ao público.
Existem outras modalidades de financiamento como patrocínio, quando uma ou 
mais empresas pagam todas as despesas, e, diante da crise atual e das oportuni-
dades tecnológicas, é possível que novos modelos de negócios sejam montados a 
partir de financiamento coletivo ou algo parecido.
O projeto gráfico apresenta a identidade visual do jornal, a forma como será 
materializado o trabalho de vários profissionais, e o dispositivo pelo qual as pesso-
as terão acesso às notícias e informações apuradas pela equipe. Normalmente o 
Projeto Gráfico apresenta um “jornal modelo”, chamado de boneco ou mock-up 
(mockup) do jornal, uma edição “número zero” que seja exatamente como o jor-
nal esperado. No projeto gráfico todas as possibilidades são discutidas, definidas e 
apresentadas no boneco, pois quanto mais consistentes são as soluções apresenta-
das, mais eficiente é o projeto.
Desenvolver o Projeto Gráfico é um trabalho que exige criatividade e dedicação 
para associar, aproximar, fundir, combinar posições editoriais e comerciais em uma 
ideia visual-gráfica, por isso o profissional que cria o Projeto Gráfico é considerado 
um artista gráfico.
Se o projeto Gráfico define com detalhes como o conteúdo deve ser colocado nas páginas, 
isto quer dizer que todo dia o jornal ficará com a mesma cara, podendo até uma edição ser 
confundida com a do dia anterior?
Ex
pl
or
Não, isso nunca acontecerá. É que um jornal existe para levar notícias, informar 
o leitor e como notícia é uma informação nova, a cada dia o jornal deve reunir 
as novidades apuradas por sua equipe. Em um dia, a notícia tem foto, em outro, 
infográfico, outro, não tem ilustração e assim as notícias aparecem nas páginas 
10
11
respeitando os padrões do Projeto Gráfico, mas desenhadas de acordo com outro 
critério, o de noticiabilidade, ou seja, da mais importante para a menos importante.
Veja duas edições distintas de alguns jornais:
Figura 1 – Diário de Pernambuco em 30/06/2017 e em 4/04/2018
Fonte: Divulgação
Figura 2 – Jornal Zero Hora (Porto Alegre/RS) 22/05/2015 e 8/06/2017
Fonte: Divulgação
11
UNIDADE Criação e Produção Gráfica
Figura 3 – Folha de S. Paulo dia 3/08/2016 e, no dia seguinte, 4/08/2016
Fonte: Divulgação
Na edição do jornal Folha de S.Paulo do dia 3, a foto de destaque é a linda 
foto do Estádio do Engenhão, no início da Olimpíada, publicada em 5 colunas, no 
topo da página. No dia seguinte, o destaque foi para a zagueira Mônica durante o 
jogo no mesmo estádio que estava no destaque no dia anterior, mas desta vez em 
4 colunas de largura. Note que o projeto gráfico deste jornal indica que ele deve 
ser desenhado em 6 colunas e isso permanece nas duas edições, mas os destaques 
mudam e a ocupação da página também. Perceba que nas duas capas contém 2 
fotos grandes em cada uma, outra provável recomendação do projeto gráfico. 
O jornal Zero Hora (P.A./RS) tem duas edições de um intervalo de dois anos, 
mas as referências do Projeto Gráfico se mantêm. O logotipo é o mesmo, embora 
aplicado em lados diferentes. É comum o Projeto Gráfico permitir que o logotipo 
“ande” pela capa. Os tipos (fontes) do destaque são os mesmos e o uso da segunda 
cor, o laranja, também se mantém. 
As duas edições do jornal Diário de Pernambuco têm um intervalo de um ano e 
a edição de 2018 parece ter passado por uma reforma gráfica que alterou alguns 
itens do Projeto Gráfico, embora mantivesse outros e as edições ainda estejam 
bastante parecidas. Note que a edição de 4/04/2018 parece ter ficado mais es-
treita, com largura menor, e consequentemente uma verticalidade maior. Outra al-
teração é na largura e quantidade de colunas na capa. Em 2017 tinha seis colunas 
e no ano seguinte, provavelmente quatro, pois duas estão aparentes e ocupam a 
12
13
metade da largura do jornal. É possível perceber que o logotipo do jornal permanece 
o mesmo e na mesma posição e a fonte do destaque é a mesma nas duas edições, 
embora em 2018, a notícia sobre “Tecnologia” (A vez dos parques tecnológicos) tem 
fonte diferente. Isto pode ter sido uma excepcionalidade ou uma inclusão de segun-
da família de fonte para as chamadas de capa, o menos provável. Mesmo assim, o 
jornal mantém sua identidade com fotos gigantes no topo, como se fosse um super-
banner da internet, o uso da segunda cor (azul) e as fontes predominantes.
Quando o leitor reconhece o jornal, ele passa a navegar nas páginas com mais 
segurança e decifra melhor o conteúdo, em outras palavras, entende mais a notícia. 
Por isso é muito importante ter um projeto gráfico claro, funcional para facilitar a 
vida do leitor.
Existem projetos gráficos mais sofisticados e mais simples e isso está direta-
mente ligado ao público que irá consumir o produto, ao orçamento disponível e 
às condições técnicas para a produção veículo. Se o produto é um jornal diário, 
imagina-se que ele deverá fechar a edição do dia seguinte em 3 horas de trabalho e 
deverá imprimir também em até 4 horas. Por isso os jornais diários são pensados 
criativamente para terem um processo de finalização simples e rápido, para que 
uma edição que começou a fechar no fim do dia, por exemplo, 21h, possa estar 
sendo distribuída para as bancas de jornais por volta de 4h e assim chegar em 
distantes locais do país no meio da manhã. Etapas de acabamento como refile e 
grampo inviabilizariam a circulação do jornal. A impressão dos jornais diários em 
impressoras rotativas permite velocidade e finalização na própria rotativa que corta 
as folhas depois de impressas, dobra e algumas até aplicam um fio de cola para fi-
xar as páginas, substituindo o grampo. Normalmente os jornais saem das rotativas 
com os cadernos montados sem cola ou grampo entre as páginas e amarrados em 
conjuntos de 50 a 100 exemplares.
Com o Projeto Gráfico bem definido, a produção cotidiana das edições pode 
ficar sob a responsabilidade de um diagramador (ou paginador), pois ele terá a re-
ferência a ser seguida, bastando apenas aplicar o conteúdo seguindo os padrões do 
Projeto Gráfico e as necessidade informativas das notícias do dia.
Itens normalmente presentes no Projeto Gráfico:
1. LOGOTIPO DA PUBLICAÇÃO: O logotipo deve revelar a personalida-
de do jornal. É preciso citar no projeto se haverá autorização para mudar 
a posição do logo nas páginas.
Figura 4
Fonte: Acervo do conteudista
13
UNIDADE Criação e Produção Gráfica
2. CAPA: Existem três tipos de capa, a “Primeira Página”, a “Destaques” e 
a “Cartaz”. “Primeira Página” apresenta as principais matérias da edição, 
a “Destaques” tem apenas chamadas para o conteúdo interno e “Cartaz” 
tem um único tema (capa cartaz).
Figura 5
Fonte: Divulgação
3. ELEMENTOSGRÁFICOS DAS PÁGINAS
TÍTULO
É chamativo e traduz certo “resumo” da matéria. Precisa estar destacado 
no Projeto Gráfico, pois ele “protege” a notícia logo abaixo formando um 
retângulo visual (título + notícia).
LINHA FINA (Linha de Apoio)
A função é complementar o título. Esteticamente tem um papel importante, 
pois areja o jornal e torna-o mais bonito.
TEXTO
Do lide (primeiro parágrafo) até o último parágrafo, todo o conteúdo da 
notícia deve ter a mesma tipologia (tipo de letra) e mesmo tamanho 
(corpo). Se for preciso, corte o texto, mas nunca reduza o trabalho do corpo 
da matéria.
COLUNA
A coluna é a largura do texto na página. Um jornal no formato Standard tem 
5 ou 6 colunas. 
EDITORIA OU CADERNOS
O jornal pode ter várias editorias, cada uma com um caderno ou um único 
caderno pode ter duas ou mais editorias.
OLHO OU JANELA
Destaques do texto da matéria.
14
15
CARTOLA, CHAPÉU OU ANTETÍTULO
Normalmente uma palavra que resume ou dimensiona a matéria.
ASSINATURA
Autor(es) da matéria.
CAPITULAR
Uso comum no início de reportagens, são letras ou palavras em destaque.
ENTRETÍTULOS, SUBTÍTULOS, INTERTÍTULOS
Recurso que separa a matéria em partes e facilita a leitura.
IMAGENS, FOTOS E LEGENDAS
Fotos se destacam na página, mas precisam de legenda.
TÍTULO CORRENTE OU FIO DATA
Fica normalmente no topo da página e ajuda na navegação.
BOX
É um quadro que serve de proteção e destaque a um conteúdo.
BONECOS
Fotos pequenas que tem na composição apenas o personagem.
GRÁFICOS
São elementos que ajudam o leitor a visualizar os dados da matéria.
INFOGRÁFICOS
Elementos visuais bastante atraentes que carregam informação. 
FIOS E VINHETAS
Servem para separar e destacar determinados conteúdos.
4. EDITORIAS: São equipes criadas para facilitar a produção, mas no Plane-
jamento Gráfi co, o trabalho tematizado (Cultura, Economia, Educação...) 
compõe cadernos e páginas específi cas. Quando organizada em cadernos, 
as editorias funcionam como um jornal dentro do jornal e agradam o leitor.
5. TIPOGRAFIA: Que FONTE será usada nos textos?
 » Exemplo: Bookman Old Style
 » abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
 » ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
 » 1234567890 ! ? $ & % * / . , : ; “” ‘’ -_ ( )
 » àáãâÀÁÃÂéêÉÊíÍóõôÓÕÔúÚ
Que fonte será usada nas chamadas de capa e nos títulos das matérias? 
Qual será o corpo (tamanho) desta fonte? Aposte sempre em títulos gran-
des que facilitam a leitura, arejam a página e embelezam o jornal.
 » Exemplo: Helvetica Bold
 » abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
 » ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
 » 1234567890 ! ? $ & % * / . , : ; “” ‘’ -_ ( )
 » àáãâÀÁÃÂéêÉÊíÍóõôÓÕÔúÚ
15
UNIDADE Criação e Produção Gráfica
6. COR: O jornal será colorido, 2 cores (preto e uma cor especial apenas) 
ou Preto e Branco? A cor pode ter papel de sinalizadora, indicando conte-
údos do jornal como “outro lado” etc. Crie uma paleta de cores agradáveis 
e use apenas as cores apontadas nela.
7. CARACTERÍSTICAS GERAIS
 » Mídia: jornal
 » Periodicidade (tempo entre uma edição e a seguinte): diária, semanal, 
mensal, semestral, anual?
 » Formato e acabamento: Standard, 32 cm largura X 56 cm altura, Berli-
ner, 31,5 cm largura x 47 cm altura, Tabloide, 32,5 cm largura x 28 cm 
altura, outro?
 » Número de páginas: 4, 8, 12,16, 20... (preferência a múltiplo de 4)
 » Papel: Papel jornal 49 gr, 56gr, papel Alta Alvura 75gr (semelhante ao sulfite)?
 » Tiragem: xx.000 exemplares.
As características gerais precisam ser definidas em diálogo com a gráfica que de-
verá imprimir o jornal, pois às vezes, por causa de 1 centímetro a mais na largura 
ou altura, a impressão levará a uma perda, um desperdício de papel ou ainda terá 
um tempo maior de impressão e acabamento. Assim, quando o Projeto Gráfico 
ainda está em desenvolvimento, é possível alterar medidas e ter excelente apro-
veitamento. A mesma reflexão serve para o tipo de papel utilizado, quantidade de 
páginas, tiragem etc. Conversar com os técnicos da indústria gráfica é fundamental 
para se ter um excelente jornal.
Desenvolvimento de Projetos 
Jornalísticos de Jornais e Revistas
O profissional de criação e produção gráfica que atua em projetos jornalísticos 
deve ter o foco em acompanhar as etapas de produção do jornal, revista ou outra 
publicação jornalística para que ela siga o projeto gráfico e encontre as melhores e 
mais criativas soluções para cada notícia publicada em suas páginas. Ele deve cui-
dar de tudo o que estiver relacionado ao desenho do jornal ou revista, da qualidade 
da foto, ao tom da cor escolhida, volume de texto numa página e até a aplicação 
de efeitos visuais para valorizar o layout. Como no Jornalismo é comum “correr 
contra o tempo”, o produtor gráfico, diagramador ou designer gráfico tem que 
acompanhar o processo no ritmo da notícia e isto às vezes gera conflito, pois o 
repórter e o editor querem a página liberada, mas o diagramador ainda não está 
satisfeito com a solução encontrada. 
Existem jornais em que algumas editorias trabalham com um conteúdo menos 
“quente”, ou seja, notícias que podem ser divulgadas nos próximos dias, pois não 
envelhecem. Eventos culturais programados podem entrar nesta categoria, uma 
feira de artesanato ou exposição de plantas, por exemplo, podem ser planejadas e 
16
17
contar com a criação de um design mais demorado, dias antes da veiculação. Edi-
torias como Cultura, Comportamento, Saúde, Gastronomia, entre outras, podem 
ter com esta facilidade e por isso normalmente apresentam páginas mais criativas 
e conteúdos melhor trabalhados.
Na outra ponta da produção estão as notícias do dia - algumas de eventos pro-
gramados e que permitem algum planejamento antecipado - mas outras de acon-
tecimentos que ocorrem a qualquer hora e precisam ser noticiados na próxima 
edição do jornal. Nestes casos, a produção visual precisa ser simples, criativa e 
ser solucionada em poucas horas. Às vezes a notícia chega sem foto e precisa de 
ilustração para obter o destaque que o assunto merece, ou a foto é ruim e não será 
adequado colocá-la em tamanho grande, mas o editor quer criar impacto com a 
notícia. Estas situações caracterizam bem o “correr contra o tempo” e a necessi-
dade de ser muito criativo para usar as possibilidades do Projeto Gráfico, inclusive 
naquilo que o Projeto autoriza em casos emergenciais. A solução pode ser aplicar 
um traço espesso abaixo do título (elevação do tom), uso de foto de arquivo ou um 
quadro (contorno, box) na matéria.
Imprevistos sempre acontecem, mas a equipe de profissionais sabe se antecipar e 
planejar caminhos possíveis para quase todas as notícias. Nos casos de eventos não 
programados e urgentes, uma equipe sai para a cobertura e outra já fica planejando 
possibilidades de aplicação do conteúdo na página e mesmo durante a apuração em 
campo é comum o repórter ligar para a redação e passar informes e possíveis ne-
cessidades para a publicação da notícia. Assim, quando chega a matéria produzida, a 
melhor solução já foi encontrada para a página com a matéria “quente”.
Trabalhar no ritmo da notícia é prazeroso e estimulante, embora a produção de 
publicações com um tempo maior também seja gratificante, pois os layouts reve-
lam o cuidado dedicado pelo produtor gráfico com o design e a história contada. 
Nos layouts abaixo é possível perceber o sucesso de uma produção gráfica cuida-
dosa e em um tempo um pouco mais tranquilo, veja:
Figura 6
Fonte: Divulgação
17
UNIDADE Criação e Produção Gráfica
Figura 7
Fonte: Divulgação
Nas ilustrações da Revista Época (acima) é possível ver boas ideias aplicadas 
nas páginas, layouts que reforçam a mensagem jornalística, arejados, bonitos, 
utilizando regras como contraste, alinhamento e exploração de fotos com com-
petência e profissionalismo.
Como acontece o desenvolvimento criativo em publicações jornalísticas? Qual o caminho 
seguido por designers, diagramadores e produtores gráficos para chegar a ideias tão inte-
ressantes e que complementam a informação?
Ex
pl
or
O processo criativo é sempre omesmo e ocorre por associação de ideias. 
Manter um bom repertório lendo muitas publicações, estudando artes é sempre 
importante, mas a ideia nasce com o esforço de associar recursos gráficos e sen-
tidos presentes nas informações da matéria jornalística. A linguagem jornalística 
é referencial (desenvolve-se baseada num acontecimento, personagem) e o pro-
dutor gráfico deve fazer o raciocínio criativo que ajude a passar a informação 
pretendida. Deve ser criativo, experi-
mentar possibilidades, mas sempre 
procurando decifrar, dar sentido atra-
vés do desenho da página, à notícia 
que está sendo anunciada.
A Revista Época manteve durante 
anos um site com ensaios de capas em 
que os produtores gráficos e diretores 
de arte relatavam o passo a passo da 
produção de suas páginas. Lendo os 
ensaios é fácil perceber que uma ideia 
sempre surge para associar um recurso 
(foto, cor, texto) a um sentido presente 
na matéria jornalística.
Figura 8 – Desafio da Revista Época: criar um 
Projeto Gráfico para uma revista em 1985, 
13 anos antes de seu nascimento
Fonte: Divulgação
18
19
Em um ensaio muito interessante, Alexandre Lucas, diretor de Arte da Revista 
relata os passos dados para sua equipe criar um projeto gráfico para o que seria a 
revista 13 anos antes da data de nascimento, 
em 1998. Em 2015 eles quiseram fazer 
uma revista para homenagear os 30 anos da 
redemocratização do país, mas a Época não 
existia em 1985. Foi então que eles partiram 
por uma jornada criativa para imaginar como 
seria a revista e o sucesso do esforço resultou 
em uma edição retrô, em pleno 2015, com 
cara de três décadas atrás. Lucas relata que 
através de pesquisas identificaram logotipos 
e a tipologia usada por outras revistas na dé-
cada de 1980. Associaram a estética dos lo-
gos antigos ao logo de Época e redesenha-
ram um logotipo da Época para 1985. 
Também buscaram tipos e tratamento gráfi-
co para fotos (muitas ainda em preto e bran-
co), fundos degradês, bastante explorados 
naquela época. Veja a capa para a edição 
retrô da Revista Época:
Veja todo o percurso criativo em: https://goo.gl/s7PeUH.
Ex
pl
or
Assista também ao vídeo em que o diretor de Arte da Revista Época, Marcos Marques, ex-
plica a criação da capa que divulgou o lançamento do livro “50 tons de cinza” e “O Livro do 
Amor”. Vale a pena ver: https://youtu.be/OVDq7_OVkD4. 
Ex
pl
or
Conceituação e Aplicação com
Recursos de Editoração Eletrônica
A chegada dos softwares de editoração eletrônica simplificou muitos processos 
de produção gráfica do passado. Etapas que dependiam de uma rede enorme de 
profissionais passaram a ser realizadas por um único profissional com competên-
cias para operar o programa e compreender todo o processo de produção gráfica. 
O jornalista atual precisa entender do conteúdo, da forma (design) e das ferramen-
tas, softwares e aplicativos fundamentais para a atuação jornalística. 
A editoração eletrônica é a etapa da montagem do jornal. Definir a medida do jor-
nal (formato), margens, número de páginas e colunas são as configurações básicas.
Figura 9 – Capa da edição retrô
criada em 2015 como se fosse 1985
Fonte: Divulgação
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UNIDADE Criação e Produção Gráfica
Depois é preciso importar os textos, fotos e ilustrações e partir para distribuir na 
página formatando cada detalhe. Desde o início é preciso saber como o jornal sairá 
do computador e será impresso em gráfica. Não é recomendável montar o jornal 
em um software que poderá não exportar adequadamente o arquivo para sistemas 
de Pré-impressão (próximo tópico da Unidade). Por exemplo, um processador de 
texto pode até distribuir o texto na página, criar margens e colunas e inserir fotos, 
mas na hora de finalizar demonstrará que tem pouca qualidade e a experiência de 
impressão acabará sendo frustrante.
Utilize programas profissionais para editoração. Entenda também que será pre-
ciso outros softwares, por exemplo para tratamento de fotos e outro para criação 
de ilustrações ou pequenos desenhos vetoriais. Com estas três ferramentas: softwa-
re de editoração eletrônica, tratamento de fotos e produção de ilustrações em vetor 
é possível ter os recursos necessários para um trabalho profissional.
Como o processo de editoração é totalmente virtual, é muito importante im-
primir provas à medida que a página vai sendo finalizada. Isso porque quando 
vemos no papel, de preferência em tamanho real, temos uma melhor percepção 
da página criada e soluções que pareciam boas na tela do computador podem não 
funcionar na página impressa. Não precisa ficar imprimindo a todo instante uma 
nova página, mas antes de encaminhar à gráfica, imprima um boneco e dê uma 
nova revisada, e se precisar, faça novos ajustes, você verá que seu trabalho ficará 
bem profissional.
Em relação às imagens (fotos, logos etc) é preciso ter atenção à qualidade e 
resolução para que elas possam cumprir o papel esperado. Colocar uma foto que 
não tem qualidade no jornal é como fazer televisão sem som, pois para a lingua-
gem do jornal impresso, fotos têm um papel fundamental, assim como os textos 
e todos os elementos da página. A foto tem que ter qualidade jornalística – infor-
mação contida na paisagem – e técnica - resolução, brilho, cor - adequados. Toda 
foto produzida precisa de tratamento para ir para o jornal e muitas vezes esta 
operação pode recuperar o brilho e deixá-la mais clara, a cor original que estava 
distorcida, enfim, existem muitos recursos que melhoram as condições das imagens 
e é preciso utilizá-los. É preciso saber que toda operação realizada precisa ter bom 
resultado na impressão da foto e não apenas na tela do computador, por isso tratar 
a foto significa alterar características visando a sua boa impressão. Faça o seguinte 
raciocínio: se o processo de impressão na gráfica tende a deixar a foto um pouco 
“lavada” (cores mais fracas) e mais escuras é possível reforçar níveis de cor e brilho 
(cores mais fortes e claras) para que perdas do processo de impressão não sejam 
muito percebidas e a foto impressa seja exibida bem próximo do desejado. Reduzir 
um pouco (perto de 10%) a escala tonal, ou seja, níveis de tons de branco total a 
preto total pode ser um bom caminho. A resolução da foto é outra questão muito 
importante, pois por padrão uma foto considerada boa para impressão profissional 
deve ter 300 dpis (ppi - pontos por polegadas). Com a popularização das câmeras 
de celulares, esta questão passou a ser explicada de outra forma, na quantidade 
de megapixel e no tamanho da foto. Fotos grandes são as mais adequadas, pois 
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elas sempre aparecem com 72 dpis, mas a medida da foto (largura e algura) é tão 
grande, que ao reduzir seu tamanho para a página, ela passa a ter os 300 dpis ou 
até mais. Faça o seguinte raciocínio: pense na hipótese de uma foto de um carro 
popular tirada de lado em tamanho grande ter 1000 mm de largura, no tamanho 
médio ter 500 mm e pequeno 250 mm. Ao imprimir na página de um jornal em 
formato A4 (sulfite) na largura total, ou seja 200 mm, a foto grande teve que ser 
redimensionada 5 vezes menor, elevando os 72 dpis para 360 dpis. A foto peque-
na reduziu de 250 mm para 200 mm, ou seja, quase nada, elevando a resolução 
para 90 dpi, o que ainda é considerado baixa resolução.
Figura 10 – Foto grande – o quadro destacado tem 72 pixels
Fonte: Acervo do Conteudista
Figura 11 – Foto pequena – o quadro destacado tem 72 pixels, quando ampliado mostra a baixa resolução
Fonte: Acervo do Conteudista
Ainda em relação às fotos, a maioria dos softwares de editoração trabalha com 
um conceito de importar imagens e exibir uma cópia em baixa resolução na tela 
para otimizar o processamento das operações e, na hora de encaminhar o arquivo 
à gráfica, o software busca o arquivo original, em alta resolução, para gerar o ar-
quivo de impressão. Para gerenciar este recurso, o software gera um link para cada 
arquivo importado. O que acontece é que muitas vezes as pessoas tiram o arquivo 
da pasta original e o software perde o vínculoe passa a reproduzir a imagem da 
tela, em baixa resolução. É preciso criar uma rotina e ter as imagens e arquivos im-
portados sempre numa pasta da edição do jornal para que os arquivos e links não 
se percam no processo. Muitas gráficas ainda continuam exigindo que os arquivos 
de imagem sejam enviados em escala de cor “CMYK”, por isso, quando importar 
a imagem no programa de tratamento de imagem para os ajustes necessários faça 
a conversão (sempre após o tratamento e não antes) da escala RGB para a CMYK, 
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assim a gráfica imprimirá corretamente o arquivo. A escala CMYK deve ser a única 
escala de cor do arquivo, ou seja, cores criadas no programa de editoração para 
colorir fundo de página ou letras devem ser criadas nesta escala também. Existem 
programas que convertem as cores de qualquer escala para a CMYK, mas é melhor 
já criar um padrão e manter tudo na escala de saída.
Os textos também devem ser importados de softwares processadores de texto 
para a editoração, assim o programa usa o filtro correto para ler os sinais e a pon-
tuação exata do conteúdo importado. Embora na editoração seja possível digitar 
conteúdo, deixe esta função apenas para revisões e pequenos textos como títulos e 
às vezes legendas, mas sempre que possível, utilize cada software para fazer a fun-
ção correta e neste caso, se puder escolher, até títulos devem sair do processador 
de texto.
Para ter um bom desempenho com o programa de editoração eletrônica, pro-
cure formular uma ideia de como deseja o layout da página inteira e como cada 
matéria deve ficar no espaço. Mesmo que durante a editoração sua proposta se 
altere, é sempre bom ter um ponto de partida e não ter que iniciar a editoração 
sem saber como pretende deixar a página.
Pré-Mídia: Fechamento de Arquivos
Após concluir a montagem das páginas e todas as revisões possíveis, está na 
hora de mandar o arquivo para a gráfica, para a reprodução industrial dos jornais. 
Esta é uma rotina que requer atenção, pois trata-se de gerar um arquivo que seja 
adequado para a criação das chapas que imprimirão o jornal na gráfica. Esta rotina 
chama-se fechamento do arquivo, porque no passado o arquivo aberto apresen-
tava muito mais problemas ao ser reaberto na gráfica, então foi popularizada a 
instalação das impressoras da gráfica no computador da editoração; o fechamento 
consistia em mandar uma impressão como se estivesse na gráfica e o arquivo de 
impressão (fechado) seria copiado em discos e enviado para a impressão nas im-
pressoras da gráfica. Se fosse fechado corretamente, seria impresso sem erros. 
Atualmente esse processo não é utilizado e a maioria das gráficas recebe o ar-
quivo em “.pdf”, que pode ter excelente qualidade e, se for gerado adequadamente, 
pode ser lido pelos equipamentos industriais. É muito importante entrar em conta-
to com a gráfica para receber orientações específicas no fechamento do arquivo.
Veja alguns cuidados no “fechamento” do arquivo:
Ao terminar o jornal, verifique se o software de editoração não indica algum 
erro. Se o software apontar problema, corrija antes de seguir adiante. Verifique se 
todos os textos estão nas páginas e transforme os textos em curvas. Faça uma có-
pia (backup) antes caso você precise do jornal com os textos. Transformando texto 
em curvas você não terá problema com erro de leitura de alguma fonte. Verifique 
se todas as fotos estão em escala de cor CMYK, o sistema de impressão na gráfica. 
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Se alguma foto ainda tiver em RGB, abra a foto no software de tratamento de foto 
e converta-a para CMYK. Lembre-se que as fotos precisam estar com resolução de 
300 dpis (ou 72 dpis com tamanho original quatro vezes maior do que você está 
usando na página). 
Exporte o arquivo em “pdf”. Este é um tipo de documento que dará boa quali-
dade na exportação, mas é possível exportar como imagem, por exemplo. Antes 
de gerar o “pdf”, escolha uma configuração de impressão (preset print). Ative 
“marcas de corte”, “sangria” e execute a exportação.
Na gráfica o arquivo será processado no setor de pré-mídia e encaminhado a im-
pressoras profissionais que geram as matrizes (chapas de alumínio) com o conteúdo 
do jornal gravado. Existem as imagesetters, mais antigas e que ainda geram os filmes 
que são usados para gravar as chapas ou as gravadoras computer-to-plate – CTP 
que gravam a laser o arquivo digital diretamente nas chapas usadas nas impressoras 
das gráficas.
No departamento de pré-mídia, o arquivo enviado da editoracão é analisado em 
busca de erros. Imagine fechar um jornal com uma imagem na página e na hora da 
impressão simplesmente não aparece a imagem e a área da página fica em branco, 
ou uma cor selecionada fica diferente na impressão, ou a qualidade da foto está 
ruim ou ainda um texto, um título não aparece na impressão. Esses problemas são 
muito comuns, alguns simples de serem resolvidos, mas que geram perdas grandes 
quando impressos. Por este motivo, no departamento de pré-mídia o arquivo di-
gital é checado em sua totalidade em busca de possíveis erros internos que gerem 
problemas de leitura nos dispositivos que criam as matrizes para impressão.
Como a editoração eletrônica nem sempre foi realizada por um equipamento 
profissional, calibrado para exibição de cores “exatas” no monitor, ou o profissio-
nal de editoração não controla com precisão sua rotina, o arquivo gerado na fina-
lização da editoração pode conter problemas que precisam ser solucionados. Veja 
os problemas mais comuns e as possíveis soluções:
Tabela 1
Problema Solução
Texto não aparece no CTP
Possivelmente foram utilizadas fontes na editoração e estas fontes não foram reconhecidas 
na impressora da gráfica. A solução é transformar em curvas os textos no final do processo de 
editoração eletrônica. Após transformar em curvas as fontes passam a ser vetores e este
problema possivelmente será resolvido. Muitos softwares não voltam a operação, por isso,
antes de transformar em curvas, salve um backup. 
Texto em preto aparece 
nas outras cores e isto 
gera uma impressão com 
sobrecarga de tinta 
Revisar a configuração da cor do texto e deixar a cor preto puro, sem nenhum percentual
das cores CMY.
Páginas com fundo 
colorido e texto vazado 
no fundo 
Textos pequenos em preto devem imprimir por cima do fundo da página sem deixar vazado o 
fundo, pois qualquer variação no ajuste da impressora levará a aparecer um contorno em branco. 
Ative a opção “overprint” (impressão sobre) para textos até o tamanho corpo 16, por exemplo. 
Acima deste tamanho já é possível ter o fundo vazado.
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Problema Solução
Cores selecionadas 
não são impressas 
adequadamente
A gráfica imprime a cor indicada no software. O que geralmente ocorre é que o monitor que 
mostrou a cor poderia não estar calibrado e durante a editoração é visualizada uma cor diferente. 
Neste caso é preciso utilizar um monitor profissional e calibrado durante a editoração. Existe no 
mercado uma “régua de cores” em que você escolhe a composição da cor pela régua e não pela 
visualização na tela do computador. 
Fotos não aparecem ou 
estão em baixa resolução
Verificar se o software de editoração está localizando a foto original ou se ele “perdeu o link”. 
Neste caso é preciso indicar a localização da foto novamente antes de enviar o arquivo à gráfica.
Direitos Autorais e Atuação Profissional 
como Designer ou Produtor Gráfico
A profissão de designer gráfico é reconhecida pela sociedade, está no catálogo 
de profissões do Ministério do Trabalho, mas ainda aguarda a tramitação na Câma-
ra Federal de um projeto de lei (PL) que cria e regulamenta a profissão. Associações 
civis acompanham há anos processos semelhantes que acabam sendo arquivados 
por motivos pontuais, como por exemplo, encerramento da legislatura que ocorre 
em 2019. Sem aprovação, será preciso reapresentar o projeto para aprová-lo nos 
próximos quatro anos. Em 2015 um PL semelhante foi aprovado e vetado pelo 
Executivopor “Inconstitucionalidade” caracterizada pela restrição ao exercício pro-
fissional, sendo que a Constituição permite restrições apenas quando o exercício 
profissional pode causar dano a sociedade.
O debate sobre a regulamentação deve seguir intenso, mas independente do 
resultado direto, a sociedade já reconhece o trabalho deste profissional e a le-
gislação dos direitos autorais protege o autor de toda obra intelectual, e projetos 
gráficos frutos da criatividade e talento dos profissionais são obras protegidas por 
lei. Neste sentido, todo trabalho deve ser creditado, ou seja, todos os profissionais 
que participam em diferentes estágios da produção gráfica do jornal precisam ser 
reconhecidos, cada um em seu nível de criatividade.
Ao mesmo tempo em que o criador do projeto deve ser reconhecido como o 
autor do Projeto Gráfico, é preciso respeitar a identidade dos jornais e não copiá-la 
para uso em outros veículos, porque não vai funcionar, já que o projeto foi pensado 
para um determinado público dentro de uma filosofia específica e também viola os 
direitos autorais de quem pensou o jornal que está sendo plagiado. Também é pre-
ciso reconhecer que durante a diagramação ou produção gráfica das edições há um 
trabalho criativo pontual, diferente da concepção do Projeto Gráfico da publicação.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Manual de Editoração Embrapa
https://goo.gl/8fFeaq
Projetos Gráficos Premiados do O Globo em 2016
https://goo.gl/3fQYrC
O Projeto Gráfico Vintage do especial Época 1985
https://goo.gl/pn32Cx
Os infográficos da Revista Época
https://goo.gl/aqMsfG
 Leitura
Revista de Educação Gráfica (científica) – Unesp
https://goo.gl/5zt4LR
Estudo sobre o Projeto Gráfico da Revista Quatro Rodas
https://goo.gl/tGGdgj
Manual de Fechamento de Arquivos Grupo Folha
https://goo.gl/k79iG9
Manual de Fechamento de arquivos Grupo O Globo
https://goo.gl/3X9Ttn
Manual de Fechamento de arquivos Grupo O Estado de S.Paulo
https://goo.gl/SJLmu6
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Referências
COLLARO, Antonio Celso. Produção Gráfica: arte e técnica da mídia impressa. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2007. EBook.
FONSECA, Joaquim da. Tipografia & Design Gráfico: design e produção gráfica 
de impressos e livros. Porto Alegre: Bookman, 2008. EBook.
MORAES, Ary. Design de Notícias. São Paulo: Blucher, 2015. EBook.
NOORDZIJ, Gerrit (tradução Cardinali, Luciano e Branco, Andrea). O traço: teo-
ria da escrita. São Paulo: Blucher, 2013. EBook.
PERUYERA, Martia. Diagramação e layout. Curitiba: Intersaberes, 2018. EBook.
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