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Sarampo, CASO CLINICO ENFERMAGEM

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FACULDADE DA SAUDE – FACS
CURSO DE ENFERMAGEM
DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS/BIOSSEGURANÇA
AMANDA LINHARES
MANUELLA LOIOLA
MARIANA DIAS
NAYARA SOUZA
REBECCA GEIZA
Governador Valadares/MG
Abril de 2019
Caso clínico:
Paciente V.A.G., sexo feminino, 24 anos de idade, chegou na Unidade Primária de Atenção à Saúde - UPA de seu bairro no município de João Dourado – Ba, informando que há 06 dias começou apresentar febre Tax = 38,9°C, acompanhada de tosse produtiva, corrimento de “catarro” do nariz e dor nos olhos, com vermelhidão dos olhos e dor com dificuldade de enxergar na presença do sol ou luz forte, além de surgimento de “ínguas” na região do pescoço. Ontem começou a apresentar manchas brancas no lado direito da boca perto dos 02 últimos dentes e hoje amanheceu pior, além do aparecimento de manchas avermelhadas no rosto e tronco. Ao exame paciente apresentava na altura dos pré-molares, na região gemiana, o sinal de Koplik - pequenas manchas brancas com halo eritematoso; presença de rash e manchas exantemáticas máculo-papular na região retro-articular e face. Tax = 39,5°C, P= 99bpm, Fr= 26 ipm e Pa 120 X 70 mmHg. Médico assistente prescreveu antitérmico e analgésico para o paciente e a Enfermeira da UBS orientou repouso relativo, levantar apenas para eliminar necessidades e ou alimentar, caminhadas perto de casa por 20 minutos antes das 10 horas da manhã; alimentar dietas ricas em frutas, pelo menos uma vez ao dia, verduras e legumes no almoço e jantar, além de arroz e feijão; um copo de leite pela manhã e 300ml de líquidos por dia (água, sucos e chás). Solicitou seu cartão de vacinas e orientou que todos os moradores de sua casa e que dormem no mesmo quarto, além dos que trabalham com ela, trouxessem o cartão de vacinas para avaliação e orientação. Orientou ainda que se a pele apresentasse muito prurido era para aplicar óleo de girassol à noite antes de dormir e após o banho pela manhã antes da caminhada. 
Fisiopatologia da doença:
O sarampo é causado por um paramyxovirus e é uma doença humana sem reservatório animal conhecido ou estado de portador assintomático. 
É extremamente contagioso; a taxa de doença secundária é > 90% entre as pessoas suscetíveis expostas. 
Ele dissemina principalmente por meio de secreções do nariz, da garganta e da boca durante o estágio prodrômico ou inicial eruptivo.
Agente etiológico:
Vírus RNA, pertencente ao gênero Morbillivirus da Família Paramyxoviridae.
Modo de transmissão:
É transmitido diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaringes, expelidas ao tossir, espirros, falar ou respirar.
Descrição:
O Sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral. Ele é transmissível e extremamente contagioso. A sua evolução apresenta três períodos. São eles: 
· 1ºPeríodo prodrômico ou catarral que tem Duração de 6 dias. As manifestações podem ser: Febre e tosse, Conjuntivite, Sinal de Koplik (Manchas brancas com halo eritematoso).
· 2ºPeríodo exatemático, que possui um Exantema característico: máculo-papular, de cor avermelhada, com distribuição em sentido céfalo-caudal, Região retro-articular e face; 
· 3º Período de convalescença, onde as manchas tornam-se escurecidas e surge descamação fina, lembrando farinha.
Período de incubação e transmissão:
O Período de incubação geralmente dura 10 dias (variando de 7 a 18 dias), desde a data da exposição à fonte de infecção até o aparecimento da febre, e cerca de 10 dias até o início do exantema. E a transmissibilidade vai de 4 a 6 dias antes do aparecimento do exantema e até 4 dias após. O período de maior transmissibilidade ocorre 2 dias antes e 2 dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é transmissível.
Imunidade e suscetibilidade:
De um modo geral, a suscetibilidade ao vírus do sarampo engloba todas as pessoas. Lactentes, cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas, possuem imunidade passiva conferida por anticorpos transmitidos pela via transplacentária. Essa imunidade é transitória e pode perdurar até o final do 1o ano de vida, razão pela qual pode haver interferência na resposta à vacinação em menores de 12 meses de vida. No Brasil, cerca de 85% das crianças perdem esses anticorpos maternos por volta dos 9 meses de idade.
Manifestações clínicas:
A viremia, causada pela infecção, provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas, gerando o quadro espoliante característico da infecção. Além disso, as complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano de idade. Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5°C, exantema máculopapular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema). 
A ocorrência de febre, por mais de três dias, após o aparecimento do exantema, é um sinal de alerta, podendo indicar o aparecimento de complicações. As complicações mais comuns são: infecções respiratórias; otites; doenças diarreicas e neurológicas.
Diagnóstico diferencial:
Doenças exantemáticas febris agudas: rubéola, exantema súbito, escarlatina, eritema infeccioso, dengue, sífilis secundária, enteroviroses e eventos adversos à vacina.
Diagnóstico laboratorial:
ELISA, para detecção de anticorpos específicos IgM e IgG,as amostras dos espécimes clínicos (urina e secreções nasofaringea) devem ser coletadas até o 5º dia a partir do início do exantema, preferencialmente nos 3 primeiros dias.
Complicações:
As complicações mais comuns do sarampo são: infecções respiratórias; otites; doenças diarreicas; doenças neurológicas.
É durante o período exantemático que, geralmente, se instalam as complicações sistêmicas, embora a encefalite possa aparecer após o 20º dia.
As complicações do sarampo podem deixar sequelas, tais como: diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento. O agravamento da doença pode levar à morte de crianças e adultos.
Tratamento:
Não existe tratamento específico para o sarampo. É recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais. O tratamento profilático com antibiótico é contraindicado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda administrar a vitamina A, em todas as crianças, no mesmo dia do diagnóstico do Sarampo, nas seguintes dosagens:
· Crianças menores de seis meses de idade - 50.000 Unidades Internacionais (U.I.): uma dose, em aerossol, no dia do diagnóstico; e outra dose no dia seguinte.
· Crianças entre seis e 12 meses de idade - 100.000 U.I: uma dose, em aerossol, no dia do diagnóstico; e outra dose no dia seguinte.
· Crianças maiores de 12 meses de idade - 200.000 U.I.: uma dose, em aerossol ou cápsula, no dia do diagnóstico; e outra dose no dia seguinte.
Para os casos sem complicação manter a hidratação, o suporte nutricional e diminuir a hipertermia. Muitas crianças necessitam de quatro a oito semanas, para recuperar o estado nutricional que apresentavam antes do sarampo. As complicações como diarreia, pneumonia e otite média, devem ser tratadas de acordo com normas e procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Aspectos epidemiológicos: 
O sarampo é uma das principais causas de morbimortalidade entre crianças menores de cinco anos de idade, sobretudo as desnutridas e as que vivem nos países em desenvolvimento. 
A realização da busca ativa de casos visa à manutenção da sensibilidade do sistema de vigilância epidemiológica com o intuito de atingir a taxa de notificação, tal qual ocorre com a Paralisia Flácida e Aguda (PFA).
Atualmente, há evidências de interrupção da transmissão autóctone do Sarampo no Brasil e todos os últimos casos confirmados foram importados da Ásia e da Europa. Entretanto, como a homogeneidade da cobertura vacinal de rotina encontra-se em níveis abaixo do necessário para uma adequada imunidade de grupo e como o vírus continua circulando em outros países do mundo,há o risco de recirculação deste agente infeccioso no Brasil.
Vigilância epidemiológica:
Objetivos - Identificação precoce de casos para adoção das medidas de prevenção e controle, bem como identificar e monitorar as demais condições de risco. 
Notificação - Doença de notificação compulsória nacional e de investigação epidemiológica obrigatória imediata.
Instrumentos disponíveis para controle:
· A vacina tríplice viral é a única forma de prevenir a ocorrência do Sarampo na população, sendo sua principal medida de controle.
· Esquema básico: uma dose da vacina tríplice viral (Sarampo, Rubéola e caxumba) aos 12 meses de idade e a segunda dose entre 4 a 6 anos de idade.
· A vacinação de bloqueio deve ser realizada, de forma oportuna, a partir da notificação de casos suspeitos ou de surtos, envolvendo o grupo de 6 meses a 39 anos de idade
· Operação limpeza: deve ser realizada a partir de todo caso confirmado, devendo ser ampliada para a vizinhança.
Educação em saúde e participação da comunidade:
É importante a sensibilidade dos profissionais de saúde em detectar oportunamente um caso suspeito de sarampo, bem como executar todas as ações de controle relacionado ao caso e a população deve estar em alerta para os sinais e sintomas que atende a definição de caso e procurar imediatamente o serviço de saúde.
SAE:
· Problemas encontrados:
Febre; Tosse produtiva; Narinas secretivas; Vermelhidão e dor nos olhos; Dificuldade de enxergar à luz; Manchas brancas na boca; Halo eritematoso; Manchas vermelhas no rosto; Íngua no pescoço.
· Diagnóstico de enfermagem:
Risco de lesão em adulto relacionado à exposição a patógenos, fonte nutricional comprometida, nível de imunização da comunidade. Domínio 11, (00035).
Integridade tissular prejudicada em adulto caracterizada por tecido lesado, relacionado à alteração no metabolismo, alteração na sensibilidade, estado nutricional desequilibrado, e volume de líquido insuficiente. Domínio 11, (00044).
Mucosa oral prejudicada em adulto, caracterizado por desconforto oral, dor oral, exposição a patógenos, lesão oral, manchas brancas na boca, relacionadas aos distúrbios autossomático, estressores, imunodeficiência, infecção. Domínio 11(00045).
Hipertermia em adulto caracterizado por Pele avermelhada, pele quente ao toque, relacionado a doença. Domínio 11 (00007).
Integridade da pele prejudicada em adulto caracterizado por alteração na integridade da pele, relacionada a fatores externos como hipertermia e internos como alteração no metabolismo e volume de líquido, alteração no turgor da pele, imunodeficiência e nutrição inadequada. Domínio 11 (00046).
· Prescrição da assistência de enfermagem:
· Manter o quarto do paciente arejado, caso paciente esteja hospitalizado, colocá-lo em quarto privativo com restrição respiratória, para que não haja propagação da doença;
· Disponibilizar EPI para as pessoas que estarão em contato com esse paciente;
· Realizar banhos quentes e sabão neutro;
· Realizar higiene ocular e nasal com soro fisiológico 0,9% de 3/3 horas, hidratar os lábios e avaliar a eficácia;
· Verificar sinais vitais de 2/2 horas, como temperatura, pressão arterial, frequência respiratória, saturação e pulso; e qualquer anormalidade comunicar ao enfermeiro ou médico assistente;
· Administrar líquidos no paciente por via oral, para hidratação hídrica, de preferência 2L ao dia e avaliar;
· Medicar o paciente de acordo com prescrição médica, chegar em prontuário, caso apresente reações, comunicar a enfermeira e ao médico assistente e relatar em prontuário e avaliar eficácia.
· Orientar a família e a paciente a importância da lavagem correta das mãos minimizado o risco da infecção secundária, devido irritação na pele.
· Resultados esperados:
Melhora no padrão respiratório; Melhora no quadro de hipertermia; Melhora na vermelhidão cutânea; Melhora na hidratação do paciente; Melhora no quadro das lesões orais; Melhora na exposição à luz.
Referencias:
BRASIL, Ministério da saúde. Doenças infecciosas e parasitarias: Guia de bolso. Serie B. Brasília- DF. 2010.
BRASIL, Ministério da saúde. Manual Integrado de Vigilância Epidemiológica da Cólera. Serie A. Brasília- DF. 2010
NANDA, Diagnóstico de enfermagem: definições e classificações 2015-2017/ NANDA internacional, 10º ed.
SARAMPO: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. [S. l.], 31 ago. 2017. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/acessibilidade. Acesso em: 11 abr. 2019.
SARAMPO. [S. l.], [ca. 2018]. Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.paho.org/cub/index.php%3Foption%3Dcom_docman%26view%3Ddownload%26category_slug%3Dpublicaciones-sobre-enfermedades-transmisibles%26alias%3D1313-sarampo%26Itemid%3D226&ved=2ahUKEwj7iMOVtcjhAhVkF7kGHTBJDlkQFjABegQIDxAE&usg=AOvVaw2-r4ipIdW3AZcPm2BzrG_o. Acesso em: 11 abr. 2019.
SECRETARIA DA SAÚDE. (DVVTR - AGRAVOS EPIDEMIOLÓGICOS) SARAMPO. [S. l.], [...]. Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=527. Acesso em: 9 abr. 2019.

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