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Patologia mamária

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Histopatologia
mamária
Daniela Augustin Silveira
Generalidades
v As	mamas	são	glândulas	sudoríparas	modificadas	que	se	localizam	no	
tecido	subcutâneo,	sendo	consideradas	anexos	cutâneos.
v São	encontradas	em	ambos	os	sexos	e	o	seu	desenvolvimento	varia	
de	acordo	com	a	idade.
v Origem	embrionária:	linhas	mamárias,	engrossamento	do	ectoderma.
v Função:	nutrição	do	recém-nascido
v Alterações:	funcionais	e	estruturais
Embriogênese:	início	do	
desenvolvimento	4/5	ᵃ	semana	
até	9ᵃ	quando	para	de	migrar	
na	região	torácica	anterior
O desenvolvimento completo da mama se dá em torno 
dos 20 anos de idade e apresenta alterações atróficas 
significativas a partir dos 40 anos e após a menopausa.
Generalidades	- Histologia
v A	glândula	mamária	é	uma	glândula	exócrina,		
túbulo-acinosa	composta,	apócrina,		constituída	por	
15	a	20	lobos	onde	cada	um	é	uma	glândula	
independente	com	um	conduto	que	desemboca	no	
mamilo.
v Apresenta	alterações	no	tamanho,	textura	de	acordo	
com	a	fase	do	ciclo	menstrual.
v Cada	lobo	está	separado	por	tecido	conjuntivo	denso	
que	contém	muitas	células	adiposas.	Este	tecido	
conjuntivo		e	adiposo	por	sua	vez	divide-o	em	lóbulos	
e	dá	sustentação	(ligamento	de	Cooper)
Generalidades	- Histologia
ØDos	15	a	20	lobos		que	constituem	o	
parênquima	mamário	cada	um	possui	seu	
sistema	excretor	que	se	abre	no	mamilo	
por	meio	de	um	ducto	lactífero
ØOs		lobos	mamários	estão	constituídos	
por	numerosos	lóbulos.	Os	lóbulos	(10-
100	ácinos)	– ducto	terminal:	produzem	a	
secreção	láctea	e	estão	rodeados	por	
células	mioepiteliais.
ØÁcino	– ducto	terminal	– ducto	lobular	
recolhe	toda	a	secreção	láctea	de	todos	os	
ácinos	de	um	lóbulo	– ducto	interlobular	
– ducto	lobular	segmentar	– seio	lactífero
ØTodos	os	ductos	são	revestidos	por	
epitélio	cúbico	ou	cilíndrico	simples	com	
células	mioepiteliais.
Ramos cutâneos anteriores e 
laterais do 4-6 nervo 
intercostal
Desenvolvimento	mamário
Sob	estímulos	hormonais	ovarianos	dá-se	o	
crescimento	alométrico	da	mama
Componentes	funcionais	da	mama	
feminina	adulta
• Mamilo:	consiste	predominantemente	de	tecido	fibroso	
denso		entremeado	com	músculo	liso	(erétil	e	
amamentação).	
• Mamilo	e		aréola	revestimento	epidérmico	com	camada	
córnea	espessa	– proteção	para	traumas	durante	a	
amamentação	e	pigmentação	escura	(Sinal	de	Hunter)	sob	
estímulo	hormonal.
• A	pele	nessa	área	possui	unidades	pilossebáceas e	é	uma	
das	poucas	áreas	do	corpo	que	apresenta	glândulas	
sudoríparas	apócrinas e	écrinas.	Há	também	glândulas	
sebáceas	na	aréola	com	função	de	proteção	(Tubérculos	de	
Montgomery)
• Na	ponta	da	aréola:	Presença	de	terminações	nervosas	
livres,	corpúsculos	de	Meissner,	na	porção	lateral	
corpúsculos	de	Paccini
Desenvolvimento	mamário
Estrogênio:
• Promove	o	crescimento	longitudinal	dos	ductos.
• Efeito	mitótico	no	epitélio	mamário.
• Aumento	do	tecido	conjuntivo	peri-ductal.
• Aumento	do	tamanho
Progesterona:
• Efeito	mitótico	acentuado	no	epitélio	mamário
• Promove	diferenciação	dos	componentes	lobulares	
• Promove	desenvolvimento	lobular	(aumento	no	número	de	ductos	
terminais	dentro	de	um	lóbulo)
• Edema	do	estroma	intra-lobular
Prolactina	/Ocitocina:
• Atua	no	desenvolvimento	do	tecido	adiposo	e	do	epitélio	mamário.
• Estimula	o	início	da	lactogênese.
• Atua	na	diferenciação	da	célula	produtora	de	leite.
Desenvolvimento	mamário
• Alterações	com	o	ciclo	menstrual:
v Aumento	na	2ª	metade	(aumento	de	tamanho,	densidade,	
nodularidade	e	sensibilidade),	como	consequência	do	
aumento	do	tamanho	do	lóbulo.
v Engurgitamento	do	estroma,	lóbulos	e	ductos.
v Na	fase	pós-menstrual,	existe	diminuição.
Malformações
Amastia/Hipomastia
Polimastia
Malformações
Síndrome	de	Poland
v Em	1841,	Alfred	Poland	descreveu,	baseado	em	
dissecção	anatômica,	a	associação	de	defeito	
da	parede	torácica	e	defeito	da	mão,	ausência	
da	porção	esterno	costal	do	músculo	peitoral	
maior,	ausência	do	músculo	peitoral	menor,	
hipoplasia	do	músculo	oblíquo	externo,	
ausência	de	parte	do	músculo	serrátil	anterior,	
a	mão	esquerda	era	menor	que	a	direita,	as	
falanges	médias	eram	curtas,	a	não	ser	a	do	
dedo	médio	e	havia	sindactilia	entre	as	
falanges	proximais.	
v Fazem	parte	ainda	da	Síndrome	de	Poland:	
Hipoplasia	ou	agenesia	(atelia)	do	mamilo,	
hipoplasia	ou	agenesia	(amastia)	da	mama,	
hipoplasia	do	tecido	celular	subcutâneo,	
ausência	de	cartilagens	costais	(II,III	e	IV	ou	III,	
IV	e	V)	e	hipoplasia	da	porção	proximal	das	
costelas.
Malformações
v Politelia
v Simastia
v Telarca	prematura	–
desenvolvimento	
mamário	antes	dos	8	
anos	sem	outros	sinais	
de	puberdade
Condições	não	inflamatórias
v Hipertrofia	juvenil	ou	
ginecomastia:		ambos	os	sexos,	
uni	ou	bilateral,	regressão	
espontânea- expansão	do	
estroma	fibroso,	aumento	no	
número	de	ductos	e	hiperplasia	
epitélio	ductal	(	os	lóbulos	
ainda	não	estão	formados	)
v Hipertrofia	neonatal	–
hormônios	maternos
v Gigantomastia
v Mama	ectópica
v Ectasia	ductal
v Necrose	gordurosa
Patologia	Mamária	-Benigna
v Cerca	de	80%	dos	tumores	
mamários	palpáveis	são	
alterações	benignas	e	que	não	
aumentam,	significativamente,	o	
risco	de	câncer	da	mama.	
v Entre	as	patologias	benignas	
destacam-se:
Ø Alteração	fibrocística
Ø Secreção	Mamária
Ø Cistos	mamários
Ø Fibroadenoma
Ø Abscesso	Subareolar	Crônico	
Recorrente	
Doenças	benignas	da	mama
v Mais	de	50%	das	mulheres	em	todo	o	mundo	ao	longo	da	sua	vida	sofre	de	
patologia	mamária	benigna.
v Os	sintomas	ocorrem	predominantemente	entre	a	menarca	e	a	menopausa,	
com	uma	média	aos	39	anos	e	uma	variação	entre	18-67	anos.
v Os	fibroadenomas predominam	nas	jovens,	enquanto	os	cistos	na	peri-
menopausa.
v Parece	importante	uma	história	familiar	de	doença	benigna
• Etiologia:
Ø Disfunção	neuroendócrina	com	conseqüente desequilíbrio	hormonal
Ø Aumento	dos	níveis	de	estrógeno
Ø Baixa	relativa	de	progesterona
Ø Ação	da	prolactina
Doenças	benignas	da	mama
v Entidade	Complexa	=	Alterações	fibrocísticas/Condições	fibrocísticas
v Reação	exagerada	da	mama	às	variações	hormonais	(excesso	de	
estrógeno	e	predominância	sobre	a	progesterona)
v Não	representa	uma	entidade	específica
v A	mais	comum	das	patologias	benignas	da	mama
v Importante	diagnóstico	histológico
Alterações	fibrocísticas
Tecido	mamário	com	alterações	fibro-císticas	clássicas,	com	cistos	e	
densa	fibrose	(daí	o	nome	fibro-cística).	
Porque	é	uma	alteração	e	não	doença	?
É	uma	situação	benigna	muito	frequente	nas	mulheres	a	partir	dos	
45/50	anos,	praticamente	todas	as	mulheres	têm	um	cisto	ou	fibrose	na	
mama.	
Doenças	benignas	da	mama
Mastalgia/Mastodinia
ü Aumento	da	produção	de	estrógeno
ü Diminuição	da	produção	de	progesterona
ü Hiperprolactinemia
ü Alteração	da	sensibilidade	dos	receptores
Doenças	benignas	da	mama
Nodularidade:
ü Resposta	do	parênquima	e	estroma	aos	hormônios	
circulantes.
ü Pode	ser	finamente	granular
ü Pode	ser	localizada
ü Corresponde	à	alteração	fibrocística
Doenças	benignas	da	mama
Nódulo	dominante	– fibroadenoma
ü Na	mulher	jovem
ü Massa	firme,	móvel,	solitária	e	elástica
ü 55%	no	QSE
ü Na	menopausa	calcificam-se
Doenças	benignas	da	mama
Nódulo	dominante	–Fibroadenoma
ü Mamograficamente:
ü Imagem	densa	circular	rodeada	por	
halo	de	gordura
Nódulo	dominante	–Fibroadenoma
ü Ecograficamente	/US
ü Lacuna	hipoecogênica
Doenças	benignas	da	mama
• Fibroadenoma	
Ø Tumor	benigno	de	elementos	mesenquimais	(fibroblastos)	e	epiteliais
Ø O	mais	comum	dos	tumores	sólidos
Ø Baixa	celularidade	sem	atipia
Doenças	benignas	da	mama
Ø Nódulo	Dominante	– Cisto
Ø Espaços	capsulados	cheios	de	líquido
Ø Micro	ou	macrocistos
Ø Originam-se	da	unidade	lobular	ductal
Ø São:
Ø Bilaterais
Ø Unilaterais
Ø Redondos
Doenças	benignas	da	mama
Ø Cisto
Ø Mamograficamente:	opacidade	
arredondada	homogênea
Ø Ecograficamente	/US:	Lacuna	
anecóica
Ø Citopunção:		Liquido	colorido
Nódulo	Dominante	– Galactocelo
Ø Cisto	simples	cheio	de	leite
Ø Massa	firme	não	dolorosa
Ø Aspiração	do	cisto	é	terapêuticaDoenças	benignas	da	mama
Tumor	Phyllodes (Cistossarcoma filóide)
ü Benignos/Borderline/Malignos
ü Raros,	geralmente	grandes	(podem	ocupar	toda	a	mama)
ü Apresentação	clínica	dramática	(crescem	rapidamente)
ü Mais	na	peri-menopausa,	não	se	sabe	a	causa
ü Tendência	para	recorrer	após	a	cirurgia
Doenças	benignas	da	mama
Corrimento	/Descarga	mamilar
v Galactorreia
vCorrimento	mamilar	anormal
Doenças	benignas	da	mama
• Galactorreia
Ø Emissão	de	liquído	pelo	mamilo	(leitoso	não	fisiológico,	
espontâneo,	bilateral)
• Causas:
Ø Endócrinas
Ø Drogas
Ø Tumores	(renais,	pulmonares)
Ø Aumento	da	concentração	da	prolactina	por:
Ø Inibição	do	PIF
Ø Secreção	aumentada
Doenças	benignas	da	mama
Corrimento	/Descarga	mamilar	anormal
Ø Leitoso	– Galactocelo
Ø Purulento	– Abcesso
ØMulticolorido	– ectasia	ductal,	mastite
ØSero-hemática	– ectasia	ductal	ou
ØPapiloma	intraductal
ØHemático	– papiloma	intraductal
Doenças	benignas	da	mama
Inflamação- Infecção	mamária
Ø Mastite	
Ø Abcesso	Subareolar crônico	recorrente
Ø Mastite	aguda	associada	a	macrocistos
Ø Infecção	extrínseca
Doenças	benignas	da	mama
v Risco	de	desenvolvimento	de	câncer
v Risco	absoluto	é	maior- Lesões	proliferativas	atípicas
v História	familiar	de	câncer	de	mama
v Lesões	não	proliferativas	– risco	pequeno
v Lesões	proliferativas	sem	atipia	1,9	vezes	>	que	LNP
v Lesões	proliferativas	com	atipia	5,3	vezes	>	que	LNP
Lesões	não	proliferativas	e								
Lesões	proliferativas																		
(típicas	ou	atípicas)	das	mamas.
Alterações	benignas- Lesões	não	
proliferativas
Alteração	fibrocística	– não	
aumenta	o	risco	de	ca	de	mama.	
Cistos	às	vezes	com	metaplasia	
apócrina,	fibrose	e	adenose
Alterações	benignas- Lesões		
proliferativas
Hiperplasia epitelial - sem atipia – risco de 1,5 a 2,0 para ca de mama 
com outros fatores associados (se há atipia risco de 4,0 a 5,0)
Ø Papiloma	intraductal:	
Ø Crescimento	papilar	neoplásico	benigno.
Ø Mais	frequentemente	observado	em	mulheres	pré-menopausa.	Normalmente	são	
isoladas	e	encontradas	dentro	dos	ductos.	
Ø Na	apresentação	clínica	pode	ter	secreção	mamilar	serosa	ou	sanguinolenta,	
retração	do	mamilo	e	pequeno	tumor	subareolar.	
• Que	alterações	histológicas	distinguem	os	padrões	de	alterações	fibrocísticas:	
proliferativas	e	não	proliferativas?
Proliferativas																																									Adenose	(aumento	do	número	de																
ductos/glândulas)
Hiperplasia	epitelial	com	ou	sem	atipia	
(proliferação	do	epitélio	para	dentro	dos	ductos).
Alterações	fibrocísticas
Não	proliferativas																																			Cistos
Fibrose
Porque	esta	distinção	é	importante?
• As	alterações	proliferativas	têm	um	risco	discreto	a	moderado	(1,5	a	5x)	de
desenvolver	câncer	de		mama	enquanto	que	as	alterações	não	proliferativas	não	
têm	aumento	de	risco.
• Entre	as	alterações	proliferativas,	as	mulheres	que	têm	hiperplasia	com	atipia	
correm	um	maior	risco	e	aquelas	que	ainda	por	cima	possuem	uma	história	
familiar	de	câncer	da	mama	têm	um	agravamento	deste	rico.
Câncer	de	mama
v 1º	da	mulher- 2%	das	Neoplasias	malignas;	2ª	causa	de	morte
v A	incidência	tem	aumentado	nos	últimos	anos	sendo	já	considerado	por	
vários	autores	a	existência	de	uma	verdadeira	epidemia.
Câncer	de	mama
• O	câncer	de	mama	tem	um	indiscutível	componente	
hereditário	ou	genético,	sendo	dividido	em:
Ø CMH	– câncer	da	mama	hereditário	
Ø CMF	– câncer	da	mama	familiar	
Ø CME	– câncer	da	mama	esporádico	
• 90%	Ca	esporádicos,	sem	hereditariedade
• 5-10%	geneticamente	transmissíveis	– uma	ou	mais	mutações	
Câncer	de	mama
Fatores	de	risco	para	o	câncer	da	mama
Ø Idade
Ø História	prévia	de	câncer	– mama	contralateral.
Ø História	familiar
Ø Mãe	ou	irmã	com	Ca	após	menopausa	não	há	risco	
significativo
ØMãe	ou	irmã	com	Ca	bilateral	pré-menopausa=	40-50%
ØMãe	ou	irmã	Ca	unilateral,	pré-menopausa=30%
Câncer	de	mama
ØCâncer	hereditário:
Ø BRCA1	– cromossomo	17q21
Ø BRCA2	– cromossomo	13q12-13
Ø 2	genes	supressores	de	tumor,	quando	mutados	ocorre	
90%	Ca	hereditário
ØMutação	BRCA1	– 87%	Ca	Mama	e	44%	ovário	e	cólon.
Ø É	responsável	por	metade	de	todos	os	Ca	precoces	da	
mama	e	a	maior	parte	da	síndrome	mama/ovário
Câncer	de	mama
Ø Câncer	esporádico:
Ø História	reprodutiva	e	fatores	hormonais
Ø Menarca	precoce	– menopausa	tardia.
Ø A	lactação	não	afeta	a	incidência	de	Ca	da	mama,	mas	o	
nascimento	sim
Ø Nulíparas	>	risco
Ø Multíparas	<	risco
Ø Parece	ser	a	idade	do	primeiro	nascimento	que	altera	a	
incidência
Ø Primigesta	mais	velha	>	incidência.
Câncer	de	mama
Ø Artigos	divergentes	em	relação	aos	AO	e	TRH
Ø AO	convincente	evidência	em	54	estudos	epidemiológicos– pequeno	
aumento	no	risco	relativo	com	uso	regular	e	que	parou	há	<10	anos.	
(duração	do	uso,	idade	inicio,	dose,	tipo	não	são	fatores	importantes).
Ø TRH Nurse	Health	Study	– risco	relativo	1,32	e	1,41	respectivamente	
com	ou	sem	progestágeno.
Ø Dieta:		O	consumo	de	álcool	parece	aumentar	o	risco	de	Ca	da	mama.
Ø >	10gr	dia	– 9%
Ø >	60gr	dia	– 41%
Ø Não	é	claro	que	a	obesidade	é	um	fator	de	risco	específico
Câncer	de	mama
vDiagnóstico
v Anamnese
v Exame	físico
v Imagem
Câncer	de	mama
vMais	da	metade	das	mulheres	com	queixas	mamárias	não	
tem	qualquer	patologia	mamária	real.
v 65%	dos	nódulos	mamários	- detectados	pela	paciente
v A	dor	é	normalmente	devida	a	doença	proliferativa	
benigna,	mais	que	carcinoma
v Haagensen:
v 48%	não	tem	doença	- processo	fisiológico
v 20%	carcinoma
v 20%	mastopatia fibrocística
v 7,5%	fibroadenoma
v 4,5%	diversos	(lesões	infecciosas,	ectasia,	papilomas…)
Câncer	de	mama
• Classificação	Tumoral
• Tamanho	do	tumor
– T0	–sem	tumor	
– Tis	–tumor	in	situ	ou	doença	de	Paget
– T1	–tumor	até	2	cm
– T2	–de	2	até	5	cm
– T3	–mais	de	5	cm
– T4	–extensão	à	parede	torácica,	formação	de	
edema	de	pele,	ulceração,	inflamação	ou	
presença	de	nódulos	satélites
• Gânglios	linfáticos	regionais
– N0	–sem	adenopatias
– N1	–adenopatias	móveis	(metástases)
– N2	–adenopatias	fixas	(metástases)
– N3	–metástases	nos	gânglios	mamários	
internos
• Metástases	à	distância
– M0	–não	existem	metástases
• M1	–existem	metástases.
Câncer	de	mama- Classificação	
anátomo patológica
• Carcinoma	in	situ– Tumor	
localizado,	diagnosticado	no	seu	
estadio inicial,	representa	10-
15%	dos	cânceres	de	mama
– Ductal
• paredes	dos	canais	lactíferos.
• 75%	casos	são	
microcalcificações.
• restrito	a	uma	área
• removido	por	cirurgia
– Lobular
• glândulas	lactíferas
• não	detectado	na	palpação
• 25	e	30%	das	mulheres	com	esta	
patologia	desenvolvem	câncer	
infiltrativo
• Carcinoma	infiltrativo- pode	
disseminar-se	e	destruir	outros	
tecidos,	o	tumor	é	localizado	ou	
metastático	
• Ductal
– mais	frequente
– 65	e	80%	do	total	de	casos	
– massa	palpável	dura	e	irregular
– Detectada	na	mamografia	como	
um	nódulo	acinzentado	ou	
esbranquiçado.
• Lobular
– glândulas	mamárias	ou	lóbulos
– Pode	propagar-se	a	outras	partes	
do	corpo
Câncer	de	mama- Classificação	
anátomo patológica
• Carcinoma	inflamatório
• Diagnóstico	em	estadios	avançados,	como	IV	ou	IIIb
• Sobrevida	de	25-50%	em	5	anos	de	evolução,	por	causa	de	
uma	invasão	linfática	precoce
• Doença	de	Paget
• Lesão	eczematoide	crônica	do	mamilo
• Massa	palpável	em	50%	dos	casos.
• Associação	com	CDIS
Câncer	de	mama- Tratamento
• Cirurgia
• Radioterapia
• Terapia	Sistêmica	Adjuvante:	Quimioterapia	e	Hormonioterapia
• Reabilitação	
Diagnóstico	da	patologia	mamária
v História	clínica
v Exame	Físico	
v Mamografia
v Ultrassonografia	
v Ressonância	Magnética	
v Punção	Aspirativa	com	Agulha	
Fina
v Biopsia	
v Receptores	hormonais	(estrógeno	
e	progesterona)
Caracterização	Radiológica	das	
massas	mamárias
Caracterização	Radiológica	das	
microcalcifiocações
• Tipo	I–regulares,	anelares	ou	redondas,	
normalmente	benignas
• Tipo	II–arredondadas	e	uniformes,	sendo	que	
10	a	20%	são	malignas
• Tipo	III–puntiformes,	sendo	20	a	40%	
malignas
• Tipo	IV–irregulares,	tipo	grão	de	areia,	sendo	
70%	são	malignas
• Tipo	V–vermiculares,ramificadas,	lineares,	
sendo	normalmente	malignas
Câncer	de	mama
Auto-exame
Câncer	de	mama
• Rastreio	década	de	1980
– Mamografia	Rastreio
• Permite	detecção	precoce	do	câncer	de	mama
• Duas	incidências
– Crânio-caudal
– Oblíqua
• A	arma	mais	eficaz	para	melhorar	a	sobrevida	é	a	detecção	
precoce	e	o	melhor	método	de	rastreio	é	a	mamografia
Câncer	de	mama
Taxa	de	crescimento	do
câncer	de	mama,
indicando	longa	fase	
pré-clínica
HISTÓRIA NATURAL
Duplicação média: 100 dias
10	mm
10	9 10	12
Período	clínico
5	mm
Período	Mamográfico
1	mm
10	6
invasão
Câncer	de	mama
• Mamografia
• Original:	baixa	Kilovoltagem- dose	radiação	10CGy	podia	
induzir	maior	n.º	de	câncer
• Atualmente	– 0,2	– 0,3	CGy	– risco	virtual.
• Melhor	método	para	Ca	não	palpáveis,	ocasionalmente	para	
algumas	massas	palpáveis	ou	ecograficamente	detectadas.
• A	mamografia	é	mandatória:
• Em	todas	as	mulheres	com	massasdominantes
• Em	doentes	com	gânglios	axilares	ou	supraclaviculares
• Antes	de	operações	cosméticas
Objetivo
Detecção	precoce
(fase	pré-clínica)
História	natural	da	
doença 30%	Mortalidade
Rastreamento mamográfico
Câncer	de	mama
• Dois	estudos	EUA:
HIP	(Health Insurance Plan)	e BCDDP	(Breast	Cancer	Detected	
Demonstration	Project)
• Revelaram	diminuição	de	25-30%	de	mortalidade	em	mulheres	
submetidas	a	rastreio	vs.	não	rastreadas.
• Mamografia	detectou	90%	dos	Ca	encontrados	no	rastreio
• 1/3	eram	Ca	in	situ	ou	microinvasores <1cm
• ACS	(American	Cancer Society):	Mamografia	anual	a	partir	dos	40	
anos,	com	história	familiar	a	partir	dos	35	anos
MAMOGRAFIA
Alto Risco
Ø Início aos 35 anos
Ø Anual
Rastreamento (Periodicidade)
Baixo Risco
Ø Início aos 40 anos
Ø Anual
Ø > 50 anos (anual x bienal)
Câncer	de	mama
Microcalcificações
Câncer	de	mama
Ca	lobular
Câncer	de	mama
Cirrus	da	mama
Nomenclatura Padronizada - BI-RADS™
BREAST
IMAGING
REPORTING 
AND
DATA 
SYSTEM
AMERICAN COLLEGE OF RADIOLOGY, 1996
4 ª EDIÇÃO, 2003
Classificação	de	BI- RADS
Câncer	de	mama
• Ecografia
v A	mama	foi	dos	primeiros	órgãos	a	ser	examinada	por	
ecografia
v A	ecografia	mamária	tem	uma	sensibilidade	e	
especificidade	bastante	menor	que	a	mamografia.
v As	suas	principais	limitações	são:
v Piores	resultados	em	seios	adiposos
v Não	detecta	microcalcificações
v Dificuldades	para	detectar	lesões	sólidas	<1cm
v Dificuldade	para	diferenciar	lesões	sólidas	malignas	e	
benignas
Câncer	de	mama
• Indicações	a	destacar:
v Exame	adjuvante	da	mamografia	para	determinar	a	natureza	sólida	ou	
liquida	das	lesões	palpáveis	ou	não	palpáveis
v Exame	alternativo	à	mamografia	quando	a	densidade	do	parênquima	
mamário	limita	a	definição	das	lesões	palpáveis.
v A	complementação	do	exame	mamário	e	follow-up	de	mulheres	jovens,	
grávidas	ou	com	patologia	fibrocística
v Pode	detectar	lesões	císticas	a	partir	de	2mm	de	diâmetro	(lesões	com	
limites	ant.	e	post.	bem	definidos,	arredondados,	ovais	)
v Carcinomas:	Lesões	irregulares,	bordos	cortantes,	não	homogêneos
v 10%	margens	bem	definidas	que	podem	mimetizar	lesões	sólidas	
benignas
Câncer	de	mama
• Biópsia
v A	confirmação	da	caracterização	histológica	de	um	Câncer	de	
mama	assume	cada	vez	mais	um	papel	determinante	nas	
condutas	terapêuticas	a	instituir:
v Permite	estudar	fatores	de		
prognóstico	reconhecidos	e	que																																																											
podem	condicionar	a	terapêutica
v Tendência	para	cirurgia	
conservadora	invertendo	a																																																										
tendência	clássica	da																																																								
mastectomia radical
Câncer	de	mama
Câncer	de	mama
Câncer	de	mama
v Diagnosticado	o	câncer	deve-se	estadiar	e	tratar.
v Estadiamento
v Análises	laboratoriais
v Rx	tórax
v Ecografia	abdomino-pélvica
v Cintilografia	óssea	(não	obrigatório)
Carcinoma	ductal
Carcinoma	ductal
Carcinoma	lobular
Linfonodo	sentinela
Os	principais	fatores	prognósticos	(no	momento	do	
diagnóstico)	:
Metástases	na	axila	(mais	importante)
Metástases	a	distância
Tamanho	do	tumor
Tipo	histológico
Outros	fatores	prognósticos
Há	2	tipos	de	antiestrogenios:	os	inibidores	da	aromatase	
(inibem	a	síntese	de	estrogênios,	ex:
anastrozole)	que	não	atuam	no	receptor	e	os	antagonistas	
deste	receptor	(ex:	tamoxifeno	que	é	uma	molécula	muito	
parecida	com	o	estrogênio)
Diferenças	entre	os	dois:
- tamoxifeno	aumenta	o	risco	de	pólipo,	hiperplasia	e	
câncer	de	endométrio
- tamoxifeno	é	mais	seletivo,	menos	osteoporose
- tamoxifeno	é	via	oral	e	o	anastrozole	é	injetável
- tamoxifeno	aumenta	o	risco	de	tromboembolismo
-tamoxifeno	é	muito	mais	barato	(100	vezes	menos)
Contudo,	o	tamoxifeno	ao	fim	de	5	anos	deixa	de	ter	efeito.
Alguns	tumores	são	resistentes	ao	tamoxifeno	desde	o	
início	e	tem	que	se	utilizar	os	inibidores	da	aromatase.
Porque	é	que	em	vez	de	se	dar	inibidores	da	aromatase	não	
se	retiram	os	ovários?	Porque	o
estrogênio	é	produzido	também		em	outros	tecidos	como	
supra-renal.
Inibidores de Aromatase
Mecanismo de ação
Androstenediona Testosterona
TCSC
Enzima Aromatase
Estrona Estradiol98%
Outros	fatores	prognósticos
Ø Receptor hormonal positivo (RH+): Cerca de 
70% de todos os cânceres de mama são RH+ e 
são mais comuns em mulheres após a 
menopausa
Ø HER2-positivo (HER2+): correspondem a 20% 
dos casos – tendem a crescer e se espalhar 
mais rápido do que outros tipos de cânceres de 
mama.
Ø Triplo positivo (RH+, HER2+): Os cânceres 
triplo-positivos são positivos para os receptores 
de estrogênio, receptores de progesterona e 
proteína HER2. Este tipo de câncer pode ser 
tratado com quimioterapia, medicamentos 
hormonais, bem como terapias-alvo que visam 
melhorar a eficácia do tratamento hormonal e 
controlar o aumento da proteína HER2
Ø Triplo negativo (RH-, HER2-): Cerca de 10% a 
20% dos canceres de mama são conhecidos 
como “triplo negativo” porque não possuem 
receptores de estrogênio e progesterona, e 
também não apresentam aumento da proteína 
HER2. Esse tipo de câncer ocorre em mulheres 
mais jovens e cresce mais rapidamente do que 
a maioria dos outros tipos de câncer de mama. 
Outros	fatores	prognósticos
CD	31	– marcador	de	células	endoteliais:	Os	
vasos	sanguíneos	estão	corados	de	castanho	e	
localizam-se	principalmente	na
periferia	do	tumor.
Quanto	maior	a	angiogênese,	maior	o	risco	de	
metástases	à	distância.	
A	angiogênese	acontece	porque	há	produção	
de	EGF devido	à	hipóxia.
Os	vasos,	além	de	melhorarem	a	capacidade	
de	nutrição	do	tumor,	permitem	que	as
células	tumorais	entrem	em	circulação	e	
propiciam	a	formação	de	metástases	a	
distância.
Além	dos	gânglios	linfáticos	da	axila,	que	
outros	órgãos	são	frequentemente
envolvidos	por	metástases	de	carcinoma	da	
mama?
Pulmão,	Fígado	e	Osso	(este	último	é	o	local	
mais	frequente)
Ovários,	supra-renal,	SNC	(menos	frequentes)
·
Outros	fatores	prognósticos
As	duas	imagens	mostram	a	super-expressão	da	proteína
HER2	por	imuno-histoquímica	em	(a)	e	a	amplificação	do	gene	HER2	
por	hibridização	in	situ	(FISH)	em	(b).	
Outros	fatores	prognósticos
• A	que	família	de	receptores	de	superfície	pertence	o	HER2?
• Família	dos	receptores	de	fatores	de	crescimento	epidérmico	(tírosina	cínases)
• HER1	- EGFR
• HER2	– Human	Epidermal	Growth-factor	Receptor	2
• HER3
• HER4
Qual	é	a	diferença	entre	fator	prognóstico	e	fator	
preditivo?
A	diferença	entre	um	fator	de	prognóstico	e	um	fator	
preditivo	é	que	o	primeiro	está	relacionado	com	a	
sobrevida	e	recidiva	local	e	o	segundo	com	a	resposta	à	
terapêutica.
Outros	fatores	prognósticos
• Porque	é	importante	determinar	o	HER2	em	carcinomas	da	mama?
• É	um	fator	de	prognóstico	(as	que	têm	superexpressão do	HER2	têm	pior	
prognóstico).
• A	outra	vantagem	de	se	pesquisar	é	porque	há	um	tratamento	específico.	
• Esta	molécula	HER2	é	um	alvo	terapêutico	para	o	tratamento	com	
anticorpos	monoclonais	(trastuzumab)	dirigidos	contra	a	sua	porção	
extramembranar.	Este	ac	é	feito	num	camundongo,	humanizado,	que	vai	
se	ligar	só	a	célulasque	têm	amplificação	do	HER2;	as	células	normais	não	
são	afetadas	(porque	têm	uma	quantidade	de	HER2	mínima).
• Ao	contrário	da	quimioterapia,	este	tratamento	é	seletivo	e	não	tem	
tantos	efeitos	adversos	(queda	de	cabelo,	por	exemplo).	
• O	principal	efeito	colateral	é	a	cardiotoxicidade (porque	o	miocárdio	tem	
uma	maior	quantidade	de	HER2	do	que	as	outras	células)	que	ocorre	em	
20-25%	das	doentes.
• Um	tratamento	completo	custa	100	000	dólares