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DIREITO PROCESSUAL PENAL I - CCJ0040 
Título 
Caso Concreto 9 
Descrição 
CASO 01: 
Aristodemo, juiz de direito, em comunhão de desígnios com seu secretário, no dia 
20/05/2008, no município de Campinas/SP, pratica o delito descrito no art. 312 do CP, 
tendo restado consumado o delito. Diante do caso concreto, indaga-se: 
a) Qual o Juízo com competência para julgar o fato? 
Resposta: Aristodemo em concurso com o seu secretário cometeram o crime de 
peculato, em que Aristodemo tem foro por prerrogativa de função de acordo coma art. 
96, III, da CF. O Magistrado e seus secretários serão julgados pelo TJ e o funcionário 
também responderá perante o colegiado de acordo com art. 78, III, do CPP, não existe 
violação as garantias do juiz natural pela ocorrência da continência ou conexão. 
b) Caso fosse crime doloso contra a vida, como ficaria a competência para o julgamento? 
Resposta: A questão suscita divergências. Existem duas orientações acerca do tema. 
A primeira tese está no sentido de que o Juiz será julgado pelo Tribunal de Justiça nos 
moldes do art. 96, III da CRFB/88, submetendo-se, contudo, o coautor a Júri Popular, 
art.5, XXXVIII da CRFB/88. É que ambas as competências têm previsão na 
Constituição, devendo os processos serem separados, não podendo a lei ordinária, 
alterar regra constitucional. Convém salientar, todavia, segundo posicionamento no 
sentido da ocorrência da continência (77, I do CPP) a ensejar unidade de processo e 
julgamento prevalecendo a competência do Tribunal de Justiça, por força do art.78, 
III do CPP. No entanto, pensamos ser a primeira tese aquela que está em consonância 
com o Texto Maior. 
2- Tendo como referência a competência ratione personae, assinale a alternativa correta. 
a) Caio, vereador de um determinado município, pratica um crime comum 
previsto na parte especial do Código Penal. Será, pois, julgado no Tribunal de 
Justiça do Estado onde exerce suas funções, uma vez que goza do foro por 
prerrogativa de função. 
b) Tício, juiz estadual, pratica um crime eleitoral. Por ter foro por prerrogativa de 
função, será julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas 
atividades. 
c) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Por uma 
questão de competência originária decorrente da prerrogativa de função, será 
julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. Art. 105, I, “a” da CF. 
d) Terêncio é prefeito e pratica um crime comum, devendo ser julgado pelo 
Tribunal de Justiça do respectivo Estado. Segundo entendimento do STF, a 
situação não se alteraria se o crime praticado por Terêncio fosse um crime 
eleitoral. 
3- Acerca da competência no âmbito do direito processual penal, assinale a opção correta. 
a) Caso um policial militar cometa, em uma mesma comarca, dois delitos conexos, 
um cujo processo e julgamento seja de competência da justiça estadual militar 
e o outro, da justiça comum estadual, haverá cisão processual. Art. 79, I CPP 
b) Os desembargadores dos tribunais de justiça dos estados e dos tribunais 
regionais federais possuem prerrogativa de foro especial, devendo ser 
processados e julgados criminalmente no STF. 
c) A competência para processo e julgamento por crime de contrabando ou 
descaminho define-se pela prevenção do juízo federal do local por onde as 
mercadorias sejam indevidamente introduzidas no Brasil. 
d) Caso um indivíduo tenha cometido, em uma mesma comarca, dois delitos 
conexos, um cujo processo e julgamento seja da competência da justiça federal 
e o outro, da justiça comum estadual, a competência para o julgamento 
unificado dos dois crimes será determinada pelo delito considerado mais grave.

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