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O DIREITO AMBIENTAL BRASILEIRO E A RESPONSABILIDADE PÓS-CONSUMO POR MEIO DA LOGÍSTICA REVERSA

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O DIREITO AMBIENTAL BRASILEIRO E A RESPONSABILIDADE PÓS-CONSUMO POR MEIO DA LOGÍSTICA REVERSA.
Eduardo Henrique Ferreira, Advogado da União. 
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A Constituição da República de 1988 dispõe, em seu artigo 225, que o meio ambiente ecologicamente equilibrado é direito de todos, cabendo ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as gerações presentes e futuras.
Art. 225, CF. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Observa-se, de imediato, que a Carta Constitucional impôs o dever de proteger o meio ambiente não só ao Poder Público, mas também a toda a coletividade.
Sobre o tema, Pedro Lenza (2016, p. 1.454 e 1.455) elucida que: 
O art. 225, caput, preceitua que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
O dever de preservação será por parte do Estado e da coletividade, uma vez que o meio ambiente não é um bem privado ou público, mas bem de uso comum do povo.
Podemos sustentar que o meio ambiente é bem de fruição geral da coletividade, de natureza difusa e, assim, caracterizado como res omnium – coisa de todos, e não como res nullius, como advertiu Sérgio Ferraz. Trata-se de direito que, apesar de pertencer a cada indivíduo, é de todos ao mesmo tempo e, ainda, das futuras gerações.
Como corretamente nota Cristiane Derani, o texto de 1988 inova ao estabelecer uma justiça distributiva entre as gerações (ou redistribuição entre as gerações), visto que as gerações do presente não poderão utilizar o meio ambiente sem pensar no futuro das gerações posteriores, bem como na sua sadia qualidade de vida, intimamente ligada à preservação ambiental.
Especificamente quanto ao Poder Público, o legislador constituinte estabeleceu as seguintes competências: 
Art. 225. (...)
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; 
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; 
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
O Direito Ambiental, ramo do Direito que contém os princípios e as normas jurídicas voltadas à proteção da qualidade do meio ambiente, prevê instrumentos que viabilizam tal proteção.
Um dos princípios mais caros à matéria ambiental é o da função socioambiental da propriedade, sobre o qual Frederico Amado (2014, p. 99) ressalta que:
Já se fala atualmente em função socioambiental da propriedade, uma vez que um dos requisitos para que a propriedade rural alcance a sua função social é o respeito à legislação ambiental (artigo 186, II, da CRFB), bem como a propriedade urbana, pois o plano diretor deverá necessariamente considerar a preservação ambiental, a exemplo da instituição de áreas verdes.
Digno de nota, outrossim, é o artigo 1.228, § 1º, do Código Civil, um caso de norma ambiental inserta no diploma civil, o que denota o caráter transversal do Direito Ambiental, que permeia em todos os ramos jurídicos, em que está insculpido que “o direito de propriedade deve ser exercitado em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas”.
Outrossim, a função social (ou socioambiental) não se configura como simples limitação ao exercício do direito de propriedade, e sim tem caráter endógeno, apresentando-se como quinto atributo ao lado do uso, gozo, disposição e reivindicação. Na realidade, operou-se a ecologização da propriedade.
Nesse sentido, leciona o grande JOSÉ AFONSO DA SILVA (2002, p. 283): “enfim, a função social se manifesta na própria configuração estrutural do direito de propriedade”.
Nessa trilha, o legislador se inspirou neste Princípio ao elaborar a redação do artigo 28, do novo Código Florestal, que não permite a conversão de vegetação nativa para uso alternativo do solo (desmatamentos) no imóvel rural que possuir área abandonada.
O Código Civil, ao tratar da função social da sociedade, em seu art. 1.228, traça, ainda que timidamente, parâmetros para o atendimento da sunção sociambiental, quais sejam a preservação da flora, da fauna, das belezas naturais, do equilíbrio histório e artístico, além da não poluição do ar e das águas.
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
§ 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.
Assim, a função socioambiental da propriedade já é reconhecida pela doutrina e jurisprudência pátria há algum tempo. No entanto, diante das características da sociedade moderna, ganha cada vez mais destaque no cenário jurídico nacional.
A propósito, veja-se os seguintes precedentes do Superior Tribunal de Justiça:
ADMINISTRATIVO - CRIAÇÃO DO PARQUE ESTADUAL XIXOVÁ-JAPUÍ - DECRETO ESTADUAL 37.536/93 - DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA - REQUISITOS - NÃO-CONFIGURAÇÃO.
1. Na seara do Direito Constitucional não há mais lugar para falar-se em direito absoluto, já que, segundo o princípio da razoabilidade, os direitos previstos na Carta Magna encontram seu fundamento e limite no próprio texto constitucional.
2. Antes da promulgação da Constituição vigente, o legislador já cuidava de impor algumas restrições ao uso da propriedade com o escopo de preservar o meio ambiente.
3. Para se falar em desapropriação indireta impõe-se que sejam preenchidos os seguintes requisitos: que o bem tenha sido incorporado ao patrimônio do Poder Público e que a situação fática seja irreversível.
4. Caso dos autos, em que não restou constatado que as apontadas restrições estatais implicaram no esvaziamento do conteúdo econômico da propriedade da recorrente, tampouco que o Poder Público revelou qualquer intenção de incorporar ao seu patrimônio o imóvel de propriedade da embargante.
5. Eventual limitação administrativa mais extensa do que as já existentes quando da edição do Dec. Estadual 37.536/93 deve ser comprovada pela autora por meio de ação própria.
6. Embargos de divergência não providos.
(EREsp 628.588/SP, Rel. Ministra ELIANA CALMON, PRIMEIRASEÇÃO, julgado em 10/12/2008, DJe 09/02/2009).
AMBIENTAL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ÓBICES ADMISSIONAIS NÃO CARACTERIZADOS. CHÁCARA DESTINADA AO LAZER. PROPRIEDADE LOCALIZADA EM ZONA RURAL. CASA CONSTRUÍDA EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. INVASÃO DA FAIXA MÍNIMA DE PROTEÇÃO DA MARGEM DE CURSO DE ÁGUA. DEMOLIÇÃO PARCIAL. MEDIDA ADEQUADA À MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE E DOS ATRIBUTOS QUE JUSTIFICARAM A CRIAÇÃO DA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP).
1. Diversamente do alegado pelos recorridos, não se fazem presentes, na espécie, os óbices admissionais consubstanciados nas Súmulas 7 e 211/STJ, e nas Súmulas 282 e 284/STF.
2. No caso dos autos, tem-se por incontroverso que parte da edificação pertencente aos réus adentra oito metros na faixa de preservação que ladeia pequeno curso d'água existente na propriedade.
3. De acordo com o art. 2º, a, 1, da Lei nº 4.771/1965 (antigo Código Florestal), com redação dada pela Lei nº 7.803/89, são consideradas de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetação natural situadas ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água, em faixa marginal cuja largura mínima será de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura.
4. No plano normativo ambiental, a Constituição Federal condiciona a exegese e a eficácia do respectivo arcabouço regulamentar ordinário, por isso que o art. 2º, a, 1, da Lei nº 4.771/1965 (redação dada pela Lei nº 7.803/89), deve ser interpretado em harmonia com os ditames dos arts. 186 e 225, § 1º, III, da CF/88, evitando-se qualquer forma de utilização da propriedade que comprometa a integridade e os atributos que justificaram a criação da APP.
5. A utilização da propriedade rural para deleite pessoal de seus titulares, ignorando a proteção da faixa mínima nas margens de curso d'água e, por isso, em desconformidade com a função sócio-ambiental do imóvel, torna inescapável a demolição da edificação, quanto à porção que avançou para além do limite legalmente permitido.
6. Recurso especial do Parquet estadual a que se dá provimento.
(REsp 1341090/SP, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 24/10/2017, DJe 07/12/2017)
Nesse contexto, surge a função socioambiental das empresas, as quais devem se pautar pela contenção da degradação de recursos naturais, possibilitando o crescimento econômico mediante a adoção de modelos de consumo sustentáveis, harmonizando os fins lucrativos aos sociais e ambientais, bem como garantindo a manutenção da qualidade ambiental e de vida, para as gerações presentes e futuras, como exigiu o legislador constituinte.
Um dos principais desafios da atualidade é efetivar negócios sustentáveis. Os pequenos negócios também estão aperfeiçoando suas estratégias de sustentabilidade, visto que as sociedades empresárias, de um modo geral, passaram a considerar tal critério como um diferencial.
Nesse contexto, destaca-se-se, por exemplo, o conceito de marketing ambiental ou marketing verde, consistente na publicidade direcionada à venda de produtos e prestação de serviços que tragam benefícios ao meio ambiente ou causem menor degradação, inspirando uma imagem pública ecologicamente consciente.
A logística reversa trabalha justamente esse aspecto da sustentabilidade, o qual tenta balancear o desejo de conquistar e manter fatias de mercado, aproveitar as oportunidades de negócios e se atentar às restrições e exigências legais, de forma a integrar as esferas social, econômica e ambiental, apresentando o diferencial de preservação do meio ambiente.
Por essa razão, é importante que a política ambiental estabeleça um senso geral de orientação para as organizações e, simultaneamente, fixe os princípios e linhas de ação pertinentes aos assuntos e à postura empresarial relacionados ao meio ambiente, valendo-se não só da orientação, fiscalização e imposição de sanções, mas também da concessão de bônus aos que mantém postura preservacionista.
Nessa senda, o princípio do poluidor-pagador (polluter pays principle), também denominado princípio da responsabilidade, impõe que os custos sociais externos que acompanham o processo produtivo, resultantes dos danos ambientais, sejam internalizados, isto é, o poluidor – leia-se a empresa produtora de resíduos – deve internalizar, no processo produtivo, os danos causados ao meio ambiente.
Sobre o aludido princípio, Romeu Faria Thomé da Silva (2015, p. 73 e 74) ensina que
O princípio do poluidor-pagador, considerado como fundamental na política ambiental, pode ser entendido como um instrumento econômico que exige do poluidor, uma vez identificado, suportar as despesas de prevenção, reparação e repressão dos danos ambientais.
Para sua aplicação, os custos sociais externos que acompanham o processo de produção (v.g. valor econômico decorrente de danos ambientais) devem ser internalizados, ou seja, o custo resultante da poluição deve ser assumido pelos empreendedores de atividades potencialmente poluidoras, nos custos da produção. Assim, o causador da poluição arcará com os custos necessários à diminuição, eliminação ou neutralização do dano ambiental. Nesse sentido, doutrina Cristiane Derani que “durante o processo produtivo, além do produto a ser comercializado, são produzidas ‘externalidades negativas’. São chamadas externalidades porque, embora resultantes da produção, são recebidas pela coletividade, ao contrário do lucro, que é percebido pelo produtor privado. Daí a expressão ‘privatização de lucros e socialização de perdas’, quando identificadas as externalidades negativas. Com a aplicação deste princípio procura-se corrigir este custo adicionado à sociedade, impondo-se sua internalização. 
Segundo a doutrina, o princípio do poluidor-pagador está previsto no art. 225, § 2º, da Constituição Federal, que obriga o explorador de recursos minerais a recuperar o meio ambiente degradado, cominando sanções penais e administrativas aos infratores, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
A Carta Magna de 1988 prevê, ainda, no § 3º do art. 225, que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da reparação dos respectivos danos ambientais. Destaque-se a possibilidade de responsabilização penal, cível e administrativa das sociedades empresárias, na condição de pessoas jurídicas, pelos danos por elas causados.
Art. 225. (...)
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fixa obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
O princípio nº 16 da Declaração do Rio de 1992 também aborda o referido princípio, prescrevendo que:
as autoridades nacionais devem procurar promover a internalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, tendo em vista a abordagem segundo a qual o poluidor deve, em princípio, arcar com o custo da poluição, com a devida atenção ao interesse público.
	A seu turno, a Lei nº 6.938/91, que trata da Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA tratou do princípio do poluidor-pagador em seu artigo 4º, inciso VII, ao dispor que visará “à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos”.
	No mesmo sentido é a jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de Justiça, segundo a qual a responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, independentemente da qualificação jurídica do degradador, é regida, entre outros princípios, pelo do poluidor-pagador:
PROCESSUAL CIVIL. OFENSA AO ART. 535 DO CPC NÃO CONFIGURADA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ÁREA NON AEDIFICANDI. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP. DEGRADAÇÃO DECORRENTE DE EDIFICAÇÕES. CONDENAÇÃO AOBRIGAÇÕES DE FAZER E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO.
1. Trata-se na origem de Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais voltada à recuperação de Área de Preservação Permanente degradada.
2. Não se configura a ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil, uma vez que o Tribunal de origem julgou integralmente a lide e solucionou a controvérsia, tal como lhe foi apresentada.
3. De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a responsabilidade civil pelo dano ambiental, qualquer que seja a qualificação jurídica do degradador, público ou privado, é de natureza objetiva, solidária e ilimitada, sendo regida pelos princípios poluidor-pagador, da reparação in integrum, da prioridade da reparação in natura e do favor debilis, este último a legitimar uma série de técnicas de facilitação do acesso à justiça, entre as quais se inclui a inversão do ônus da prova em favor da vítima ambiental.
4. Induvidosa a prescrição do legislador, no que se refere à posição intangível e ao caráter non aedificandi da APP, nela interditando ocupação ou constrição, com pouquíssimas exceções (casos de utilidade pública e interesse social).
5. Causa inequívoco dano ecológico quem desmata, ocupa ou explora APP, ou impede sua regeneração, comportamento de que emerge obrigação propter rem de restaurar na sua plenitude e indenizar o meio ambiente degradado e terceiros afetados, sob regime de responsabilidade civil objetiva. São inúmeros os precedentes do STJ nessa linha: AgRg no REsp 1.494.988/MS, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 9.10.2015; REsp 1.247.140/PR, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, 22.11.2011; REsp 1.307.938/GO, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, DJe 16.9.2014; AgRg no REsp 1.367.968/SP, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 12.3.2014; EDcl no Ag 1.224.056/SP, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 6.8.2010; REsp 1.175.907/MG, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, DJe 25.9.2014.
6. A cumulação de obrigação de fazer, não fazer e pagar não configura bis in idem, porquanto a indenização, em vez de considerar lesão específica já ecologicamente restaurada ou a ser restaurada, põe o foco em parcela do dano que, embora causada pelo mesmo comportamento pretérito do agente, apresenta efeitos deletérios de cunho futuro, irreparável ou intangível. Nesse sentido: AgRg no REsp 1.545.276/SC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 13.4.2016; REsp 1.264.250/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 11.11.2011; REsp 1.382.999/SC, Rel.
Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 18.9.2014.
7. Recurso Especial provido para determinar a recuperação da área afetada, reconhecendo-se a possibilidade de cumulação de obrigação de fazer com pagamento de indenização, esta última a ser fixada na origem.
(REsp 1454281/MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/08/2016, DJe 09/09/2016)
O princípio do poluidor-pagador é um dos principais fundamentos para a adoção de uma postura sustentável por parte das sociedades empresárias, uma vez que exige a internalização dos custos sociais externos que acompanham o processo de produção.
Cumpre registrar também o princípio do usuário-pagador, considerado uma evolução do poluidor-pagador, o qual, consoante a cátedra de Romeu Faria Thomé da Silva (2015, p. 77):
estabelece que o usuário de recursos naturais deve pagar por sua utilização. A ideia é de definição de valor econômico ao bem natural com intuito de racionalizar o seu uso e evitar seu desperdício. A apropriação desses recursos por parte de um ou de vários indivíduos, públicos ou privados, deve proporcionar à coletividade o direito a uma compensação financeira pela utilização de recursos naturais, bens de uso comum.
Sobreleva-se, ainda, o princípio do protetor-recebedor, principal instrumento responsável pelo interesse das empresas no desenvolvimento da logística reversa, segundo o qual aquele que protege o meio ambiente deve receber estímulos, cabendo ao Poder Público, por meio da imposição de políticas tributárias que concedam incentivos fiscais e outros benefícios, recompensar os benfeitores como medida de educação ambiental.
Tal princípio efetiva a justiça econômica e valoriza os serviços ambientais prestados por uma população ou sociedade e remunera economicamente e de forma justa essa prestação de serviços. Mundialmente, várias sociedades prestam serviços ambientais gratuitamente, cumprindo tarefas como: preservar áreas indígenas, parques, unidades de conservação e áreas de mananciais, contudo, não recebem a gratificação precisa por esses serviços.
Frederico Amado (2014, p. 101) leciona sobre a importância do aludido princípio:
Outro importante princípio ambiental é o do Protetor-Receptor ou Recebedor, que seria a outra face da moeda do Princípio do Poluidor-Pagador, ao defender que as pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela preservação ambiental devem ser agraciadas com benefícios de alguma natureza, pois estão colaborando com toda a coletividade para a consecução do direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Assim, haveria uma espécie de compensação pela prestação dos serviços ambientais em favor daqueles que atuam em defesa do meio ambiente, como verdadeira maneira de se promover a justiça ambiental, a exemplo da criação de uma compensação financeira em favor do proprietário rural que mantém a reserva florestal legal em sua propriedade acima do limite mínimo fixado no artigo 12 do novo Código Florestal.
Além de benefícios financeiros diretos a serem pagos pelo Poder Público, também é possível a concessão de créditos subsidiados, redução de base de cálculos e alíquotas de tributos, ou mesmo a instituição de isenções por normas específicas. 
É exemplo da incidência do princípio do protetor-recebedor a concessão de crédito presumido de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as indústrias que comprem matéria-prima reciclável diretamente de cooperativas de catadores.
O Estado de Minas Gerais, em clara aplicação do princípio do protetor-recebedor, editou o Decreto 45.113/2009, criando o “Programa Bolsa-Verde”, por meio do qual o ente político paga um incentivo financeiro aos proprietários que prestam serviços ambientais, correspondente a uma bolsa que varia entre R$ 110,00 e R$ 300,00 por hectare preservado de reserva legal ou área de preservação permanente.
Houve também a criação, pelo Estado do Amazonas, do “Programa Bolsa Floresta”, pela Lei Estadual 3.135/2007.
Em conformidade com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos – PNRS, o Estado do Ceará passou a prever incentivos fiscais de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS, ao incluir, na lista de seus produtos sujeitos à redução na base de cálculo, aqueles resultantes da utilização de materiais recicláveis, tais como plástico, papel, papelão, resíduos da construção civil, dentre outros materiais. Foi instituído pelo Estado o Certificado do Selo Verde, a ser utilizado nos produtos que gozarão da redução na carga tributária.
Foi adotada em alguns municípios a redução das alíquotas de Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU para os cidadãos que mantêm áreas verdes protegidas em suas propriedades. A cidade de Curitiba ofereceu tal incentivo para as áreas cadastradas e reconhecidas pela prefeitura como áreas verdes privadas. 
Também configura manifestação do princípio a exclusão da área tributável do Imposto Territorial Rural – ITR de alguns espaços ambientais especialmente protegidos, nos termos do artigo 10, § 1º, II, da Lei 9.393/96. É o caso das Reservas Particulares de Patrimônio Natural – RPPN’s, que isentam seus proprietários do ônus representado pelo Imposto Territorial Rural- ITR, fato que tem estimulado os donos de terras, que têm sensibilidade ecológica, a transformarem suas propriedades em RPPNs. No Estado de Minas Gerais, em 1996, cerca de 100 municípios se beneficiaram do ICMS ecológicoverde, porque tinham parques e áreas de preservação.
Tratando da compensação ambiental, intimamente ligada ao princípio do protetor-recebedor, Fernanda Brusa Molino (2012, p. 300 e 301) faz as seguintes anotações:
A compensação ambiental lato sensu consiste em um mecanismo de reparação que compreende a recuperação de um ambiente modificado por uma atividade ou empreendimento, abancando a natureza pecuniária ou não. 
A compensação ou prêmio por serviços ambientais tem como principal objetivo transferir recursos ou benefícios da parte que se beneficia para a parte que ‘ajuda’ a natureza a produzir ou manter os seres vivos e as condições que garantem os processos ecológicos de que necessitamos.
Assim, a compensação está relacionada a atos de conservação ou de mitigação de práticas degradadoras ou comprometedoras de condutas realizadas ante ao meio ambiente
A medida de compensação está embasada em um princípio pouco conhecido que é o princípio do Protetor-Recebedor. Maurício Andrés Ribeiro apud Erika Bechara nos explica:
O princípio Protetor-Recebedor postula que aquele agente público ou privado que protege um bem natural em benefício da comunidade deve receber uma compensação financeira como incentivo pelo serviço de proteção ambiental prestado. O princípio Protetor-Recebedor incentiva economicamente quem protege uma área, deixando de utilizar seus recursos, estimulando assim a preservação.
Vários países já estão adotando a política de pagamento por serviços ambientais, inclusive o Brasil. Pois a compensação por serviços ambientais já é uma realidade. Assim, veremos ume xemplo de compensação existente no Brasil e que tem relação com o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, vislumbrando assim tal mecanismo como uma medida de compensação.
No panorama apresentado, destaca-se a Lei nº 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, dispondo, como registra seu artigo 1º, sobre os respectivos princípios, objetivos e instrumentos:
Art. 1º Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. 
Quanto aos objetivos da Lei nº 12.305/10, destaca-se: a) a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental, uma vez que os riscos da disposição inadequada dos resíduos lhes afetam; b) a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, que têm como fim minimizar os possíveis danos ao meio ambiente; c) o estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços, no sentido de orientar a produção e o consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida sem a degradação ambiental às gerações futuras; d) a adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; e) a regularidade, a continuidade, a funcionalidade e a universalização da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de uma gestão econômica que assegure a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, depois de observadas as diretrizes nacionais para o saneamento básico; f) a prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para produtos reciclados e recicláveis e, também, bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis; g) a integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; h) o estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável, a fim de oportunizar informações sobre a forma de destinação final, evitar a geração e reduzir a produção dos resíduos, os quais evidenciam a visão sistemática que permeiam as diretrizes aplicáveis aos resíduos sólidos.
Foram instituídos relevantes instrumentos para a gestão ambiental da destinação final dos resíduos sólidos de maneira ambientalmente adequada, com a possibilidade de reaproveitamento de grande parte dos resíduos inerentes à produção e ao consumo.
Sob esse prisma, o supracitado diploma normativo traz, expressamente, o conceito legal de logística reversa no artigo 3º, XII:
XII – logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada;
Assim, os resíduos sólidos, isto é, o lixo, deixam de ser mero rejeito para se covnerter e um bem ecônomico.
É o que orientou a edição do art. 6º, V, da Lei 12.305/2010, que dispõe sobre o princípio da ecoeficiência, efetivado pela compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recurso naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta.
De oturo lado, a Lei nº 12.305/2010 também elencou, em seu art. 6º, II, como princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, o do poluidor-pagador e o do protetor-recebedor. No inciso VI do mesmo dispositivo, consagrou como princípio a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade, o que evidencia a importância da atividade empresária na preservação do meio ambiente quanto ao tratamento e à destinação dos resíduos.
Os produtos objeto de logística reversa constam no art. 33 da Lei nº 12.305/2010:
Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:
I – agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso;
II – pilhas e baterias;
III – pneus;
IV – óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V – lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI – produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Conforme preceitua o dispositivo legal, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos elencados no dispositivo são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, viabilizando o retorno dos produtos após o uso pelo consumidor de forma autônoma em relação ao serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos. 
	Conclui-se, portanto, que as políticas nacionais, estaduais e municipais de coleta e restituição de resíduos sólidos, sob o prisma da responsabilidade pós-consumo, compõem importantes instrumentos que visam persuadir o setor empresarial a realizar uma gestão responsável dos resíduos, tendo como importante instrumento a implementação e ampliação da logística reversa, concretizando os princípios do poluidor-pagador, usuário-pagador e protetor-recebedor, com vistas a preservar o meio ambiente.
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