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1
união brasileira de faculdades - unibf
trabalho de conclusÃo de curso
nome completo: ÁLVARO TADEU SANTOS REZENDE
tema: A EDUCAÇÃO ESPECIAL E a inclusão no ensino regular
NOME DO CURSO: neuropsicopedagogia educação especial e inclusiva
pós-graduação lato sensu
PASSA TEMPO/MG 
2020
INFORMAÇÕES PESSOAIS:
	NOME DO ALUNO
	ENDEREÇO
	CONTATO
	OBSERVAÇÃO
	ÁLVARO TADEU SANTOS REZENDE
	RUA Francisco Teodoro, 534, Centro, Passa Tempo/MG
Cep: 35.537-000
	Pedagogo789@gmail.com
(37)988455134
	
 TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO E APROVAÇÃO
AUTOR ÁLVARO TADEU SANTOS REZENDE
TÍTULO
A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR
Autorizo que o presente artigo científico apresentado ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu da UniBF – União Brasileira de Faculdades , como requisito parcial para obtenção do certificado de Especialista em Ensino Religioso, e aprovado pelos professores responsáveis pela orientação e sua aprovação, seja utilizado para pesquisas acadêmicas de outros participantes deste ou de outros cursos, afim de aprimorar o ambiente acadêmico e a discussão entorno das temáticas aqui propostas. 
TÍTULO: A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR
AUTOR: ÁLVARO TADEU SANTOS REZENDE
ORIENTADOR: Prof. Especialista Adival José Reinert Junior
RESUMO
O presente trabalho tem como proposta estudar formas eficazes de inclusão de todos os alunos, inclusive os alunos portadores de necessidades educativas especiais no ensino regular. Observa-se uma enorme falha no sistema educacional brasileiro quanto ao verdadeiro papel da inclusão. O principal objetivo deste trabalho é tentar encontrar formas concretas e eficientes de se fazer realmente a inclusão nas escolas. Baseada na declaração de SALAMANCA que coloca: “o princípio fundamental desta linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiências e bem dotadas, crianças que vivem nas ruas e que trabalham, crianças de populações distantes, ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas,” observamos que se tem muito a fazer para que a inclusão de fato,aconteça.
PALAVRAS-CHAVE: Acesso, qualidade, desafio, igualdade.
1 INTRODUÇÃO 
A proposta deste trabalho tem por objetivo apresentar reflexões e questionamentos sobre o verdadeiro papel da Educação especial e Inclusão no Ensino Regular abordando a história dos mesmos no Brasil. 
A inclusão é um processo dinâmico e gradual, que se resume em “coopera-ção/solidariedade, respeito às diferenças, comunidade, valorização das diferenças, melhora para todos, pesquisa reflexiva” (SANCHEZ, 2005. p.17). 
O educador é o mediador responsável pela construção do conhecimento, interação e socialização do aluno com Necessidades educativas Especiais, sendo a inclusão considerada uma tentativa de reedificar este público, analisando desde os casos mais complexos aos mais singelos, pois uma educação de qualidade é direito de todos.
A inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todas as oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola. Mas na verdade o que vemos são escolas e profissionais despreparados para receber os alunos que sofrem qualquer transtorno de aprendizagem, sejam físicas, mentais ou intelectuais.
Neste sentido a pesquisa indagará: A trajetória da Educação Especial e Educação Inclusiva no Brasil. Quais foram os avanços e conquistas? A Dissonância entre a Teoria e Prática da Inclusão Escolar no Ensino Regular. Quais são os meios para que a teoria e a prática possam estar aliadas no contexto da Educação Inclusiva no Brasil? 
O presente trabalho tem objetivo de demonstrar historicamente todas as lutas e conquistas, as frustrações e descontentamento de profissionais que desejam ver acontecer nas escolas uma inclusão verdadeira.
A importância do tema que me propus a estudar, está no fato de que a Inclusão nas escolas do Brasil, exerce um papel falho tanto na teoria quanto na prática, na medida em que orienta os profissionais envolvidos de forma incoerente e insatisfatória não dando aos mesmos, que são diretamente responsáveis pelo sucesso da inclusão, meios e formas adequadas de se trabalhar.
Para o autor FERREIRA (2005, p. 44) a inclusão envolve:
[...] uma filosofia que valoriza diversidade de força, habilidades e necessidade {do ser humano} como natural e desejável, trazendo para cada comunidade a oportunidade de responder de forma que conduza à aprendiza-gem e do crescimento da comunidade como um todo, e dando a cada membro desta comunidade um papel de valor. (FERREIRA,2005, P.44)
Portanto diante de tantas reflexões, a educação inclusiva no Brasil, necessita ser revista em todos os seus segmentos, para que ela possa acontecer de forma funcional. Trazendo assim, benefícios para todos os alunos, principalmente os alunos com necessidades educativas especiais.
2 A TRAJETÓRIA HISTORICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA NO BRASIL E NO MUNDO 
Para que possamos compreender melhor a Educação Especial e Inclusiva no Brasil, é fundamental que retornemos a sua história e sua trajetória até os dias atuais, analisando o período histórico nos séculos XVII e XVIII, além de refletir sobre as atitudes e formas de vida em sociedade, as escolhas culturais num determinado contexto, em uma determinada época, que foi caracterizada pela ignorância e rejeição do indivíduo deficiente, quando a família, a escola e a sociedade, discriminavam o indivíduo portador de deficiência de uma forma extremamente preconceituosa. 
Os deficientes mentais eram internados em orfanatos, manicômios, prisões e outros tipos de instituições que os tratavam como doentes anormais, “[...] na antiguidade as pessoas com deficiência mental, física e sensorial eram apresentadas como aleijadas, mal constituídas, débeis, anormais ou deformadas” (BRASIL, 2001, p.25).
No decorrer da história da humanidade, as concepções sobre as deficiências foram evoluindo “conforme as crenças, valores culturais, concepção de homem e transformações sociais que ocorreram nos diferentes momentos históricos” (BRASIL, 2001, p.25).
No século XIX aqueles indivíduos que apresentavam deficiência eram isolados em suas residências, proporcionando uma “educação” fora das escolas, “protegendo” o deficiente da sociedade, sem que esta tivesse que suportar o seu contato. Muitos eram presos em quartos, onde recebiam comida por uma pequena janela feita na porta. Eram tidos como loucos e a própria família os excluíam de qualquer tipo de convívio, por vergonha e medo. Pareciam verdadeiros animais barbados e nus. Comendo com as mãos, sem tomar banho, sem contato nenhum com a sociedade.
Gradativamente a partir do século XX, alguns cidadãos começam a valorizar o público deficiente e manifestam-se a nível mundial através de movimentos sociais de luta contra a discriminação em defesa de uma sociedade inclusiva.
A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar-se em associações de pessoas preocupa-das com o problema da deficiência: a esfera gover-namental prossegue a desencadear algumas ações visando à peculiaridade deste alunado, criando escolas junto a hospitais e ao ensino regular, outras entidades filantrópicas especializadas continuam sendo fundadas, há m surgimento de formas diferenciadas de atendimento em clínicas, institutos psicopedagógicos e outros de reabilitação. JANNUZZI (2004, p.34):
Desta forma, ao final do século XX, movimentos sociais, políticos e educacionais, estudiosos, associações e conferências propõem aprofundar as discussões, problematizando os aspectos acerca do público referido, resultando em reflexões diante das práticas educacionais.
Documentos, como, por exemplo, a Declaração de Salamanca (1994), defendem que o princípio norteador da escola deve ser o de propiciar a mesma educação a todas as crianças. Nessadireção, a inclusão traz como eixo norteador a legitimação da diferença (diferentes práticas pedagógicas) em uma mesma sala de aula para que o aluno com deficiência possa acessar o objeto de conhecimento. “Acessar” tem um papel crucial na legitimação da diferença em sala de aula, pois é preciso permitir ao aluno que tenha acesso a tudo, por outras vias, que eliminem as barreiras existentes. 
Ao final do século XX até os dias atuais é percebido que os avanços sociais, pedagógicos e tecnológicos, por uma sociedade inclusiva no Brasil, vêm sendo mais valorizada, contando com sala de recursos, atendimentos diferenciados, métodos tecnológicos como computadores adaptados, sintetizadores de fala, programas e aplicativos, dentre outros diversos modelos tecnológicos e inclusão social de um público que sofreu arduamente e ainda sofre, com discriminações e preconceitos e hoje busca a garantia de seus direitos perante a sociedade, promovendo o desenvolvimento social, sem se esquecer de suas potencialidades e peculiaridades.
Frente a esse novo paradigma educativo, a escola deve ser definida como uma instituição social que tem por obrigação atender a todas as crianças, sem exceção. A escola deve ser aberta, pluralista, democrática e de qualidade. Portanto, deve manter as suas portas abertas às pessoas com necessidades educativas especiais. GODOFREDO (1999, p. 31)
Portanto, a escola tem a função de receber e ensinar todas as crianças, jovens e adultos independentemente de suas condições físicas, intelectuais ou sociais, adaptando-se ao processo ensino-aprendizagem, bem como a estrutura física da escola adaptada às necessidades de sua clientela.
A Declaração de Salamanca ainda manifesta de forma explicita que a rede de ensino regular deverá disponibilizar os recursos necessários ao atendimento dos alunos com necessidades educativas especiais.
Devem ser disponibilizados recursos para garantir a formação dos professores de ensino regular que atendem alunos com necessidades especiais, para apoiar centros de recursos e para os professores de educação especial ou de apoio. Também é necessário assegurar as ajudas técnicas indispensáveis para garantir o sucesso dum sistema de educação integrada, cujas estratégias devem, portanto, estar ligadas ao desenvolvimento dos serviços de apoio a nível central e intermédio. (Declaração de Salamanca, 1994, p. 42)
Portanto depois de conhecer a evolução histórica da educação especial e inclusiva no Brasil, nota-se que várias conquistas foram feitas, mas muito ainda se tem a fazer em prol de uma verdadeira educação inclusiva.
A estrutura de uma ação significativa para retratar a Educação Inclusiva aconteceu, na década de 1990, com a Conferência Mundial Sobre Educação para Todos; em 1994, no governo da Espanha na cidade de Salamanca onde estiveram presentes representantes governamentais de 94 países. Lá foram instituídas ações para difundir as teorias e práticas inclusivas.
 Nós, os delegados da Conferência Mundial de Educação Especial, representando 88 governos e 25 organizações internacionais em assembléia aqui em Salamanca, Espanha, entre 7 e 10 de junho de 1994, reafirmamos o nosso compromisso para com a Educação para Todos, reconhecendo a necessidade e urgência do providenciamento de educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino e re-endossamos a Estrutura de Ação em Educação Especial, em que, pelo espírito de cujas provisões e recomendações governo e organizações sejam guiados.(”Declaração de Salamanca, 1994”).
Essa Conferência de marco mundial estabeleceu muitos objetivos positivos, para as práticas em solo brasileiro, reafirmando que a inclusão é melhor meio para se conhecer a diversidade.
A Declaração de Salamanca define a inclusão como reforma que apoia e acolhe a diversidade entre todos os alunos. Os seus objetivos consistem em eliminar a exclusão social que é conseqüência das respostas a diversidade relacionada com a raça, as classes sociais, a etnicidade, a religião, o gênero e a capacidade. No entanto, esta definição não é muito bem compreendida ou não é aplicada, “ inclusão” não significa unicamente a colocação de crianças com deficiência em classe regulares, ao lado de seus colegas, elas deverão ter uma educação adequada e a oportunidade de se desenvolver, no seu máximo potencial. (LOPES, 2009, p.29) 
Outras leis foram sendo criadas para dar suporte e garantir direitos e deveres a pessoa portadora de deficiência, esses direitos foram assegurados, como exemplos a LDBEN (Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional) no ano de 1996, onde faz referência o artigo 58, a seguir: 
Art. 58 . Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. §1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial. §2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular. §3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
E, também o artigo 59 da mesma lei, a saber:
Art. 59 . Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. 
O artigo 58 nos revela atendimento a PNEE com o auxílio de apoio especializado no qual podemos citar o AEE (Atendimento educacional especializado) e quando não houver integração os mesmos devem ser dirigidos a instituições da educação especial promovendo assim o seu direito a educação. O artigo 59 mostra que o educando tem todo o direito de receber da escola as articulações necessárias para o seu desenvolvimento, assim como a capacitação dos professores para atendimento especializado com o aluno incluso.
Em 2003, o MEC (Ministério da Educação e Cultura) coloca em prática o Programa Educação Inclusiva com o intuito de promover a educação de forma mais qualificativa, significativa e garantia de acesso para os alunos, com os avanços no âmbito educacional aos professores e gestores da área.
[...] com vistas a apoiar a transformação dos sistemas de ensino em sistemas educacionais inclusivas, promovendo um amplo processo de informação de gestores e educadores nos municípios brasileiros para a garantia do direito de acesso de todos à escolarização, à oferta do atendimento educacional especializado e à garantia da acessibilidade. (Ministério da Educação – Secretaria de Educação Especial, 2008, p. 14) 
Em 2004, o Ministério Público Federal comunica o documento que garante o ingresso de alunos portadores de deficiência na rede regular de ensino, trazendo assim garantias além da sua permanência, a sua acessibilidade e autonomia nas condições deum futuro melhor.
[...] o acesso de alunos com deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular, com o objetivo de disseminar os conceitos e diretrizes mundiais para a inclusão, reafirmando o direito e os benefícios da escolarização de alunos com ou sem deficiência nas turmas comuns do ensino regular. [...] o Decreto nº5.296/04 regulamentou as Leis nº10.048/00 e nº10.098/00, estabelecendo norma e critério para promoção da acessibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.[...] (Ministério da Educação – Secretaria de Educação Especial, 2008, p. 14)
Em 2006, foi assegurado o acesso em todos os níveis de ensino de maneira inclusiva, sendo abordado em seus espaços o desenvolvimento das suas habilidades em todos os aspectos, sejam elas físicas e intelectuais de seus alunos de forma íntegra e digna, isso foi possível mediante a confirmação pela ONU - Organização das Nações Unidas que afirma:
A convenção sobre os Diretos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela ONU em 2006 e da qual o Brasil é signatário, estabelece que os Estados – partes devem assegurar um sistema de educação inclusiva em todos os níveis de ensino, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social compatível com a meta da plena participação e inclusão [...] (Ministério da Educação – Secretaria de Educação Especial, 2008, p. 15)
Em 2007, mais uma conquista se estabeleceu “é lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE [...]” (Ministério da Educação – Secretaria de Educação Especial, 2008, p. 15), em que apresenta uma construção de capacitação aos professores para trabalhar nessa área, recursos para acessibilidade, para o seu acesso e a permanência nas instituições, com isso os objetivos a serem alcançados são de extrema importância na perspectiva da educação inclusiva, vejamos alguns que garantem a sua evolução:
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e alta habilidades/superdotação nas escolas regulares, orientando sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais, garantindo:
Transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior;
Atendimento educacional especializado;
Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino;
Formação de professores par o atendimento educacionais especializados e demais profissionais da educação para a inclusão escola;
Participação da família e da comunidade; 
Acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação; e 
Articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.
(Ministério da Educação – Secretaria de Educação Especial, 2008, p. 19)
Atualmente, a educação é substancialmente indispensável para todos os seres humanos e por isso a construção de uma sociedade ao longo dos anos impõe transformações em questões de convívio. A continuidade por mais políticas públicas e leis que salienta o direito à pessoa com deficiência à inclusão escolar foi sendo atendida e melhor aperfeiçoada a cada ano de conquista, mas as lutas pela igualdade, a quebra de paradigmas, e o preconceito por parte da família e até mesmo pelas escolas em saber adaptar o seu currículo em prol de seus alunos, ainda se julgam muito difíceis, pois falta implementação de recursos financeiros.
Sobre a educação especial, à primeira vista, referia-se as pessoas com alguma anomalia que eram designadas como alvo de críticas e ofensas, pois o convívio com os demais indivíduos das classes sociais, especialmente a elite, eram um fato que não aceitava naquela época. A história da educação especial começou a ser difundida na Europa e na América do Norte em meados do século XVI e XVII, onde nessa época as pessoas portadoras de quaisquer deficiências eram tratadas como indiferentes pessoas demoníacas e incapazes de conviver em sociedade, sendo assim ineducáveis, segundo “Miranda”, (2003, p.2):
Inicialmente é evidenciada uma primeira fase, marcada pela negligência, na era pré- cristã, em que havia uma ausência total de atendimento. Os deficientes eram abandonados, perseguidos e eliminados devido às suas condições atípicas, e a sociedade legitimava essas ações como sendo normais.
Essa fase marcada pela negligência foi uma das épocas em que os deficientes mais sofreram com descaso, desrespeito e preconceito da sociedade em não saber lidar, pela falta de informações que não eram compreendidas. 
Nos séculos XVIII e meados do século XIX, os deficientes dessa época eram segregados, ou seja, afastados e separados do convívio com as elites e as pessoas consideradas normais.
[...] pessoas com deficiências físicas e mentais continuam isoladas do resto da sociedade, mas agora em asilos, conventos e albergues. Surge o primeiro hospital psiquiátrico na Europa, mas todas as instituições dessa época não passam de prisões, sem tratamento especializado nem programas educacionais. (LOPES, 2009, p. 18)
Nessa época amplia-se um pouco a ideia de que quaisquer pessoas que apresentasse comprometimentos físicos e mentais deveriam situar-se em lugares específicos, mas ainda não viam como integrantes do meio social.
Nos séculos XIX e XX, nessa época nasce um grande avanço, escolas e classes especiais públicas eram criadas oferecendo um ensino especializado na mesma “[...] já no final do século XIX e meados do século XX, pelo desenvolvimento de escolas e/ou classes especiais em escolas públicas, visando oferecer à pessoa deficiente uma educação à parte [...]” (MIRANDA, 2003 p. 2). No final do século XX há uma mudança de tratamento em relação às pessoas com deficiência, observando uma possibilidade de integralizar essas pessoas em lugares de ensino regular. 
Na fase de integração, esses alunos são inseridos em escolas de ensino regular, mas por mérito próprio têm de se adaptar aos espaços físicos e sociais das classes de ensino as quais foram inseridos, ou seja, deve partir dos alunos a adaptação à metodologia educacional, ao ambiente físico e social da escola. (MONTEIRO, 2008, p. 10 e 11)
A adaptação da pessoa com deficiência nos diversos âmbitos era difícil, desumana e inferior aos seus requisitos básicos de acessibilidade e aprendizagem. Sendo assim limitadas ao conhecimento, de maneira em que os alunos não interagissem uns com os outros, levados a aprenderem individualmente, sem nenhum acompanhamento e metodologias adaptáveis aos mesmos.
Compreende-se que ao passar dos séculos, houve na história da educação especial no mundo pequenos avanços significativos, mas existia-se ainda muito descaso com o deficiente.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A educação inclusiva é um processo em pleno desenvolvimento, sujeitando de reflexões e especialmente ações concretas para alcançar práticas eficientes. Entretanto, é inegável o avanço da educação inclusiva historicamente, conforme reparado pelo presente estudo. A promoção do acesso educacional a todos os indivíduos, a legislação vigente a Declaração de Salamanca e a LDB que abriram portas para as pessoas com NEE em prol da inclusão de uma sociedade mais justa. Contudo, é questionável o alcance de tais iniciativas e legislação vigente quando se pretende analisar a qualidade da educação ofertada. 
Através da pesquisa é possível reconhecer que para a educação inclusiva acontecer na prática, é necessária a qualidade, eficiência e competência dos gestores educacionais, bem como a disponibilidade de recursos e oferecimento de boa estrutura escolar pelas políticas públicas, pois a educação inclusiva necessita do seu cumprimento, acordado à qualidade que a legislação brasileira oferece. 
Observa-se por meio dessa pesquisa que na organização para educação inclusiva  há muitos ajustes a serem feitos, e para que ocorra o exercício da inclusão mudanças são necessárias, não só mudanças físicas no ambiente escolar como também mudanças no interior do ser humano, para que haja a conscientizaçãode todas as pessoas com relação à inclusão.
A proposta de inclusão tal como foi abordada tem seus aspectos favoráveis, mas há também os desfavoráveis. De forma equivocada, muitos professores e outros profissionais pensam que para praticar a inclusão basta colocar o aluno com necessidades especiais matriculado em uma classe regular. Todos os professores regentes e demais profissionais da escola deveriam ter uma formação mínima para não sofrer com tantos desafios e dificuldades. 
As famílias devem ser envolvidas de forma efetiva para dar suporte no desenvolvimento do aluno, uma vez que muitos pais acham que matricular o filho com deficiência na escola regular  já resolve a situação da aprendizagem do filho, visto que o seu papel não acaba, pois  os pais devem também estar preparados  para firmar uma boa parceria com a escola.
A inclusão é uma proposta promissora, que precisa sair do papel, pois na prática às vezes se mostra ainda diferente e excludente, porém, é preciso salientar a sua importância, que permite a convivência de alunos especiais e demais alunos, o que proporciona ganhos a todas as pessoas, família, sociedade, escola, e principal-mente aos alunos, aos quais é dada a oportunidade de conviverem com a diversidade.
O desenvolvimento do presente estudo “o desafio dos professores frente às questões didático-pedagógicas”, possibilitou uma aprendizagem rica e de fundamental importância para entender os possíveis recursos pedagógicos que podem ser utilizados no processo de ensino-aprendizagem e inclusão no âmbito escolar.
De acordo com o tema da pesquisa, percebemos alguns aspectos que contribuem nas questões didático-pedagógicas entre escola/professor/aluno, dando ênfase na inclusão a PNEE (Pessoas com necessidades educativas especiais).
Inicialmente apareceu um breve histórico da educação especial no mundo, onde segue as etapas e desenvolvimento que essa educação sucedeu, resultando em uma adaptação que era difícil quanto a acessibilidade e aprendizagem. Em seguida um pouco da história no Brasil, onde ocorreu inúmeros acontecimentos, como por exemplo, instituições e políticas públicas em favor dessas pessoas na perspectiva de algumas mudanças significativas e um atendimento educacional direcionado.
O termo inclusão escolar nos mostra que a educação foi feita para abranger todos os alunos, sem discriminação alguma, promovendo a cidadania, humanização e socialização.
Quanto à educação inclusiva no Brasil e legislações, completamos que houve conferência, leis, programa, documento, convenção, plano e política em apoio a PNEE, em que se observa a ocorrência a adaptação, mas ainda é difícil por faltar implementação de recursos financeiros.
Apresentaram-se na pesquisa alguns órgãos competentes que dão base aos direitos dessas pessoas, enfatizando fazer valer a voz e oportunidades iguais a qualquer outro cidadão. Destaca-se também que a formação dos professores é essencial no processo de inclusão, mas que no momento o mesmo intitula-se desprovido de mecanismos que possa atender o aluno na sala de aula. Há alguns aspectos didático-pedagógicos, direcionados aos alunos especiais em que se contribui para sua formação auxiliando na interação e convívio social. 
4 REFERÊNCIAS 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília, 1988. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12716&Itemid=863.
______. Declaração de Salamanca. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Áreadas Necessidades Educativas Especiais. Brasília: UNESCO, 1994. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf.
 
______. Decreto Nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei n°7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial,1999. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/decreto/D3298.htm
 
______.Decreto Nº 3.956, de 8 de outubro de 2001. Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. Guatemala: 2001. Disponívelem:http://www.portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/decreto3956.pdf.
______. Decreto N° 6094, de 24 de abril de 2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das famílias e da comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e financeira, visando à mobilização social pela melhoria da qualidade da educação básica. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial, 2007.Disponívelem:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6094.htm.
 
______. Lei Nº. 7.853, de 24 de outubro de 1989. Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela
jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial, 1989. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L7853.htm.
 
______. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial, 2008.Disponível em:http://www.portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf.
 
 
CAPELLINI, Vera L. M. F. A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns: avaliação do rendimento acadêmico. 2001. 237 dissertação (Mestrado em Educação Especial) – Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2001.
 
FERREIRA, Bárbara C.; MENDES, Enicéia G.; ALMEIDA, Maria A.; DEL PRETTE,ZILDA, A. P. Parceria colaborativa: descrição de uma experiência entre o ensino regular e especial. Revista Educação Especial: revista da UFSM, Rio Grande do Sul, n. 29, 2007.
 
FERREIRA, Maria E. C.; GUIMARÃES, Marly. Educação inclusiva. Rio de Janeiro:DP&A editora, 2003. 158 p.
 
GURGEL, Thais. Inclusão, só com aprendizagem. Nova Escola: A revista do professor, Ministério da Educação, ano XXII, n. 206, p. 38 – 45, out. de 2007.
  
MANTOAN, Maria T. E. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer?. São Paulo: Moderna, 2006.
 
GODOFREDO, Vera Lúcia Flor Sénéchal. Educação: Direito de todos os Brasileiros. In: Salto para o Futuro: Educação Especial: Tendências atuais/ Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 1999.
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união brasileira de faculdades – unibf 
CURSO DE pós graduação (nome do curso em maiusculo)
MODALIDADE A DISTÂNCIA - EAD

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