peeling enzimatico

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PEELING 
ENZIMÁTICO 
(Biológico)
Lara
Sthefane
Giovanna
Definição
Segundo Gomes (2013), peelings enzimáticos são estruturas biológicas que diminuem a espessura da camada córnea, dando a pele a renovação celular, assim, melhorando a aparência tecidual. 
Parecido com o peeling químico, porém, menos agressivo. Ele faz o uso de enzimas proteolíticas que removem as camadas mais superficiais da pele. Trabalha facilitando a remoção dos queratinócitos, através de um mecanismo de quebra das proteínas. 
Acaba sendo uma alternativa para pessoas que têm grande sensibilidade ao peeling mecânico ou químico. 
Dependendo da concentração de enzimas utilizadas, pode-se fazer:
suavização do relevo cutâneo
abrir caminho para permeação de ativos funcionais
otimizar os resultados dos peelings ácidos .
Guerra (2013) enfatiza que:
Enzimas - são proteínas com atividade biocatalítica;
Enzimas - proteolíticas, são enzimas que hidrolisam proteínas;
Benefícios obtidos:
Remoção das células mortas da epiderme
Neutralizando os radicais livres
Propriedades levemente clareadoras
Regeneração dos tecidos epidérmicos e dérmicos
Não agride e não irrita o tecido cutâneo 
Aplicação
1. Higienização (remova com gases umedecidas)
2. Tonificação
3. Aplicação do peeling enzimático. 
Aplique a solução sobre a face
Deixe absorver por alguns segundos.
Intercalar massagem durante dois minutos e descanso durante quatro minutos (o calor corporal provocado pela massagem ativa o produto).
4. Retirar o produto e aplicar solução neutralizante.
5. Finalizar com loção calmante e protetor solar.
SESSÕES 
Podem ser estipuladas entre 6 a 10 sessões com intervalos de 15 dias, podendo ser ajustadas de acordo com o tratamento. Já que o protocolo depende do objetivo procurado e do biotipo de pele a ser tratada. 
É de grande importância, o home care orientado pelo profissional capacitado, para que some ao tratamento e o efeito seja reforçado.
Indicações
Rico em antioxidantes e propriedades anti-inflamatórias. O peeling enzimático pode ser realizado em qualquer parte do corpo e do rosto que necessite de:
melhora na textura, iluminação, brilho e maciez 
Promove renovação celular natural;
Leve clareamento manchas pigmentares e vestígios de acne
Hidratação
Peles sensíveis
Auxiliar no rejuvenescimento e uniformizar a pele
Suavização de linhas finas;
Contraindicações
Em geral, ao indivíduo que apresenta sensibilidade a algum componente da fórmula do produto está contraindicada a realização do procedimento (questionar perante anamnese), bem como a aplicação sobre área com lesão. É importante ressaltar que não é interessante a realização em pacientes em uso contínuo de ácidos (com pele extremamente sensibilizada por agente externo) ou em pós-laser imediato. 
Grávida pode fazer? 
Não há contraindicações para grávidas fazerem esse tratamento.
Cuidados antes do peeling
É importante verificar se a área a ser trabalhada não apresenta lesão e se o paciente não apresenta alergia a algum componente da fórmula. Além disso, é importante que a pele esteja higienizada. Esta é a primeira parte do tratamento. O profissional deverá realizar uma limpeza e higienização da pele antes a aplicação do peeling. Esta parte deve ser feita de forma adequada com a utilização de espuma ou de sabonete específico para cada tipo de pele, realizando-se a remoção completa do produto para receber a próxima etapa. 
No pós-tratamento é importante o uso de filtro solar em caso de tratamento facial específico e a realização de manutenção previamente proposta pelo profissional. Após as sessões de aplicação do produto, devesse sempre fazer uso de filtro solar, pois a pele estará mais sensível e com a camada protetora mais fina. Recomenda-se o filtro solar com proteção maior do que 30. Evite também, ao máximo, a exposição ao sol e procure utilizar acessórios como roupas e chapéus que possam proteger a área onde foi realizado o peeling. 
A recuperação após o tratamento e também os possíveis efeitos irão depender da forma como foi realizado o procedimento. Em alguns casos, pode haver vermelhidão e descamação na região onde foi realizado o peeling, com recuperação rápida quando ele é mais superficial, num prazo de 2 a 10 dias, em geral. 
Cuidados após o peeling
Possíveis complicações
Os riscos e complicações são baixos, pois a base é natural, mas é importante observar sempre se o paciente refere ardência ou incômodo, pois não é uma reação normal ao procedimento. As complicações deste tipo de tratamento são raras, mas podem acontecer casos de escurecimento da pele e até mesmo alguns tipos de infecções causadas por vírus e bactérias. Nestes casos, procure imediatamente o médico responsável e faça uma avaliação do problema. Muitas vezes é necessário o uso de medicamentos antifúngicos, antibióticos, antivirais, de cremes cicatrizantes e calmantes, entre outros.
Principais derivados
A papaína é uma enzima alcalóide, provém do látex do fruto verde do mamoeiro (Carica papaya), encontrado comumente no Brasil. Trata-se de uma mistura complexa de enzimas proteolíticas e peroxidases, que provoca a proteólise do tecido desvitalizado. 
PAPAÍNA
Propriedades:
Ação proteolítica e anti-inflamatória
Agente desbridante (cicatrizante) tópico
Mecanismo de ação:
Atua como desbridante químico, facilitando o processo cicatricial. Tem ação bactericida e anti-inflamatória. Proporciona alinhamento das fibras de colágeno, promovendo crescimento tecidual uniforme. Também age como potente digestivo de material morto proteico. Sua eficácia é aumentada na presença de ativadores que estimulam sua potência digestiva, como a uréia, que desnatura proteínas por ação solvente e desnatura material necrosado permitindo que fique mais susceptível a digestão enzimática.
A bromelina é um concentrado de enzimas proteolíticas derivadas do caule da fruta do abacaxi e acredita-se ter propriedades anti-inflamatórias. A bromelina é uma mistura de enzimas que digerem proteínas, derivada do caule, frutas e suco da planta de abacaxi. Pode ser usada sozinha ou em conjunto com outros medicamentos. As pessoas usam bromelina topicamente, para remover a pele morta das queimaduras e por via oral, para reduzir a inflamação e o inchaço - principalmente nas passagens nasais. Também é usada como auxílio digestivo para osteoartrite e para reduzir a dor nos músculos doloridos. 
BROMELINA
Propriedades:
Aumenta a imunidade;
Ação anti-inflamatória;
Melhora a digestão;
Melhora a circulação;
Acelera a cicatrização;
Enzima proteolítica
Mecanismo de ação:
A bromelina atua na decomposição de proteínas em peptonas menores por meio de hidrólise, contribuindo para maior eficiência na digestão das proteínas. Devido as suas propriedades, ação anti-inflamatória e antitumoral, modulação da imunidade, facilita a digestão, acelerador da cicatrização, melhora da circulação e sistema cardiovascular, entre outros.
A tripsina é uma enzima que cliva a ligação peptídica de proteínas à peptídeos e aminoácidos, promovendo a absorção e o aproveitamento desses nutrientes pelo organismo. 
Propriedades:
Auxiliar nos processos inflamatórios (reduzindo edema e dor);
Auxiliar na regeneração tecidual e cicatrização.
Mecanismo de ação:
A tripsina é um tipo de enzima que age nas proteínas que se encontram no quimo (massa de aspecto branco leitoso que corresponde ao bolo alimentar depois de no estômago se juntar com ácido clorídrico (HCl), que dilacera as fibras musculares, e pepsina, que quebra as proteínas em peptídios mais simples) dentro do intestino delgado (no duodeno - primeira parcela do intestino delgado, onde ocorre a mitose).
Produzida pelo pâncreas numa forma inativa denominada tripsinogénio, que ao atingir o duodeno se transforma em tripsina ativa devido a enteroquinase presente no suco intestinal.
TRIPSINA
ANTES x DEPOIS
Bibliografia 
ARTIGOS DE REVISÃO. Terapêutica dermatológica tópica. Disponível em: www.ufjf.br. Acesso em: 26 de junho de 2020.
NEGOCIOS DA ESTÉTICA. Tudo sobre peeling. 2º ed. Suzano-SP, 2015, p-7.
GOMES,R. K.; DAMAZIO, M. G. Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos. 4 ed. São Paulo-SP: 2013.
JAHARA, S. R. Sistema 4m no tratamento de melasma: peeling químico, peeling de cristal e diamante e LED. Edição: 1 /junho de 2018. Disponível em: books.google.com.br Acesso em: 26 de junho de 2020.
Batistuzzo JAO, Itaya M, Eto Y. Formulário Médico – Farmacêutico. Tecnopress, 3a ed.; 2006