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Relações Intermaxilares

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO 
DEPARTAMENTO DE MATERIAIS DENTÁRIOS E PRÓTESE 
PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÕES INTERMAXILARES 
 
 
 
 
Profa. Dra. Valéria Oliveira Pagnano de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
Relações Intermaxilares em PPR – Profa. Dra. Valéria Oliveira Pagnano de Souza 2 
RELAÇÕES INTERMAXILARES 
 
 
 A reabilitação oral envolve uma seqüência de etapas que devem ser 
realizadas de maneira altamente criteriosa. O sucesso de qualquer trabalho 
reabilitador depende de um diagnóstico correto que envolve a anamnese, 
exames clínico e radiográfico e avaliação dos modelos de estudo montados 
em articulador semi-ajustável. 
No caso da Prótese Parcial Removível, o restabelecimento de relações 
harmônicas e funcionais entre os arcos dentários é fundamental para a 
longevidade do tratamento reabilitador. 
A obtenção das relações intermaxilares em PPR tem como objetivo 
restabelecer um padrão harmônico com os movimentos mandibulares, 
proporcionar função mastigatória eficiente, distribuir cargas oclusais, eliminar 
ou minimizar contatos deflectivos, diminuir forças de alavanca sobre os 
dentes remanescentes, restabelecer a estética, proporcionar saúde e conforto 
ao paciente e principalmente proteger as estruturas remanescentes. 
O profissional deve sempre realizar uma análise oclusal prévia do 
paciente, visando obtenção de oclusão equilibrada entre os dentes 
remanescentes e os demais componentes do sistema estomatognático. 
Para que realmente a PPR alcance o objetivo de restabelecer a função 
mastigatória e preservar as estruturas remanescentes é fundamental o 
registro correto e adequado restabelecimento das relações intermaxilares. 
As relações intermaxilares referem-se às diversas posições que a 
mandíbula ocupa em relação à maxila, que podem ser verticais ou 
horizontais. Dentre as horizontais podemos citar a Relação Cêntrica, a 
Máxima Intercuspidação Habitual ou Oclusão Cêntrica e Relação de Oclusão 
Relações Intermaxilares em PPR – Profa. Dra. Valéria Oliveira Pagnano de Souza 3 
Cêntrica. Dentre as verticais temos a Dimensão Vertical de Repouso e a 
Dimensão Vertical de Oclusão. 
Quando realizamos a montagem para diagnóstico, a Relação Cêntrica 
(RC) é a posição de escolha porque é uma posição reproduzível, importante 
ao conforto, função e saúde do sistema estomatognático. Segundo Dawson 
(1993) a RC é definida como a relação da mandíbula com a maxila quando o 
conjunto côndilo-disco propriamente alinhado está na posição mais superior 
contra a eminência articular, independente da posição dos dentes ou da 
Dimensão Vertical. 
A Máxima Intercuspidação Habitual (MIH) refere-se à relação da 
mandíbula com a maxila quando os dentes estão em máximo contato oclusal, 
independente da posição ou do alinhamento do conjunto côndilo-disco. A 
Relação de Oclusão Cêntrica (ROC) refere-se à relação da mandíbula com a 
maxila, quando os dentes estão em máximo contato oclusal e o conjunto 
côndilo-disco, alinhado na posição de RC. 
Para o correto registro da Relação Cêntrica é necessária adequada 
manipulação mandibular. Geralmente são utilizadas as seguintes técnicas: 
guia da ponta do mento, manipulação bilateral, deglutição e utilização do 
miomonitor. 
Na técnica da guia da ponta do mento o paciente deve estar sentado e 
relaxado, com a cabeça numa inclinação de 60º em relação ao solo para não 
haver tensão dos músculos da cabeça. O profissional deve apoiar o polegar 
direito sobre os incisivos centrais inferiores e o indicador sobre o mento, 
guiando a mandíbula a partir de máxima abertura até que se acomode 
posteriormente na posição terminal de fechamento, a partir da qual são 
Relações Intermaxilares em PPR – Profa. Dra. Valéria Oliveira Pagnano de Souza 4 
realizados pequenos movimentos para baixo e para cima, ao redor deste 
eixo, até que se estabeleça o contato inicial em RC. Estabelecido 
corretamente este contato, torna-se simples guiar o paciente nas 
manipulações subseqüentes. 
Na técnica bimanual, o paciente deve estar sentado reclinado, 
praticamente em decúbito dorsal, com o mento voltado para cima e o 
profissional posicionado por trás, mantendo firmemente a cabeça do paciente 
entre seu antebraço e caixa torácica. O operador apóia os polegares sobre a 
concavidade da sínfise mentoniana, de modo que suas pontas se toquem e 
os quatro dedos restantes de cada mão se posicionem na borda inferior da 
mandíbula, com o cuidado de não exercer pressão sobre os tecidos moles do 
pescoço. O profissional conduz o paciente a suaves movimentos de abertura 
e fechamento, sem contato dentário, até sentir que a mandíbula do paciente 
esteja rotacionando livremente ao redor do eixo condilar. Neste ponto é 
aplicada uma firme pressão para manter o eixo condilar para cima, 
firmemente contra os ligamentos mandibulares limitantes e a eminência 
articular. A pressão para cima é aplicada com os dedos que estão 
posicionados na borda inferior da mandíbula, enquanto que os polegares 
pressionam para trás e para baixo. Estes movimentos permitirão localizar o 
eixo terminal de fechamento e posicionam os côndilos nas cavidades 
glenóides para cima, na sua posição mais superior-anterior. 
A prática mostra que ambas as técnicas são passíveis de serem 
realizadas e são as mais simples e fáceis que dispomos clinicamente, assim 
a escolha de uma ou de outra dependerá da adaptação e domínio de cada 
profissional. 
Relações Intermaxilares em PPR – Profa. Dra. Valéria Oliveira Pagnano de Souza 5 
Além da manipulação adequada, são utilizados dispositivos colocados 
entre os incisivos, denominados desprogramadores oclusais, para eliminar 
qualquer tipo de interferência oclusal que possa causar desvio da mandíbula 
da posição de RC. Dentre eles podemos citar: jig de Lucia, leaf gauge, 
espátula de afastamento lingual e rolos de algodão. 
Para iniciarmos a montagem dos modelos de estudo no articulador, 
primeiramente é necessário o registro do arco facial porque permite 
estabelecer uma referência crânio-facial para o modelo superior. Em seguida, 
é realizado o registro intermaxilar da posição de RC para a montagem do 
modelo inferior. 
Para obtenção de registros intermaxilares precisos, é necessário que o 
material utilizado possua as seguintes propriedades: 
a) resistência mínima ao fechamento mandibular antes da presa, para não 
deslocar dentes ou influenciar o padrão normal de fechamento, isto é, 
permitir que o mecanismo mastigatório atue livre de esforços; 
b) rigidez após a presa, para não se deformar ao ser removido da boca; 
d) ausência de fixação ou aderência aos dentes; 
e) estabilidade dimensional após a presa; 
f) facilidade de manipulação; 
g) tempo de trabalho adequado; 
h) fácil aceitabilidade pelo paciente; 
i) assentamento correto dos modelos; 
j) baixo custo. 
 Além de todas essas características desejáveis para um material de 
registro, é necessário ao profissional seguir determinados princípios: 
Relações Intermaxilares em PPR – Profa. Dra. Valéria Oliveira Pagnano de Souza 6 
- eliminar a disfunção muscular ou de ATM; 
- controlar o paciente, de forma que colabore para que o registro seja o mais 
exato possível; 
- verificar se a montagem dos modelos no articulador está condizente com a 
cavidade oral; 
- armazenar os registros por menor tempo possível, para minimizar 
alterações dimensionais inerentes aos materiais; 
- interpor cuidadosamente os registros entre os modelos, sem pressão 
excessiva, evitando distorção do material e conseqüente relacionamento 
incorreto dos modelos. 
 Em casos de presença de dentes anteriores e oclusão estável, que 
permita obtenção de tripodismo na articulação manual dos modelos, para o 
registro da RC é utilizado o jig como desprogramador oclusal, por fornecer 
ponto de parada rígido, e lâmina de cera para registro do relacionamentodos dentes posteriores. Em casos de ausência de dentes anteriores e/ou 
oclusão instável, devemos lançar mão da utilização de bases de registro, 
confeccionadas com resina acrílica autopolimerizável e rolete de cera, 
adaptadas nos espaços desdentados ou extremidades livres. 
 É imprescindível que as bases de registro tenham adequada 
adaptação, rigidez e estabilidade. O profissional deve observar atentamente 
ausência de báscula, deslocamento ou compressão sobre os tecidos moles 
durante a obtenção do registro. Além disso, toda as superfícies das bases 
que têm contato com lábios, bochechas e língua devem ser lisas, 
arredondadas e polidas para maior conforto do paciente e facilidade de 
obtenção do registro interoclusal. Como a fibromucosa é a estrutura que 
Relações Intermaxilares em PPR – Profa. Dra. Valéria Oliveira Pagnano de Souza 7 
sofre maior deslocamento durante a obtenção do registro, maior deve ser a 
área chapeável de suporte das bases para que ocorra distribuição uniforme 
de forças sobre o rebordo e, conseqüentemente, menor compressão sobre 
a fibromucosa. 
 
DIMENSÃO VERTICAL 
Além do registro interoclusal da RC, é necessário o restabelecimento 
das relações verticais, em casos onde houve perda de Dimensão Vertical. 
A Dimensão Vertical de Repouso (DVR) se refere à posição vertical da 
mandíbula em relação à maxila quando os músculos elevadores e 
abaixadores estão em equilíbrio. 
A Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) se refere à posição vertical da 
mandíbula em relação à maxila quando os dentes superiores e inferiores 
estão em contato intercuspídico na posição de fechamento máximo. 
O Espaço Funcional Livre se refere à pequena distância intermaxilar 
que corresponde ao deslocamento da mandíbula da posição de DVR à 
DVO. Assim, a DVO = DVR – DVO. 
Existem métodos diretos e indiretos descritos para determinação da 
DVO. Dentre os métodos diretos podemos citar: método de Boss, da 
deglutição e da máscara facial. Dentre os indiretos, ou seja, aqueles que 
determinam a DVO a partir da DVR, existem: método de Willis, fotográfico, 
de Sears, de Turner e Fox, de Gerson Martins, de Brodie e Thomson e o 
fonético de Silverman. A Disciplina de PPR da FORP/USP utiliza mais 
corriqueiramente a associação dos métodos da deglutição, de Willis e o 
fonético. 
Relações Intermaxilares em PPR – Profa. Dra. Valéria Oliveira Pagnano de Souza 8 
O método da deglutição consiste basicamente em levarmos à boca 
roletes de cera plastificados que, após sucessivas deglutições de saliva ou 
água, são comprimidos, sendo que o espaço intermaxilar registrado nos 
planos de cera corresponderá ao EFL. 
O método de Willis utiliza um compasso em forma de L com haste 
móvel que corre ao longo do instrumento. Willis verificou que a distância 
entre a comissura labial e a palpebral é igual à distância entre a base do 
mento e a do nariz quando o paciente se encontra em repouso muscular. 
Desta forma, preconizou a utilização deste compasso com graduações em 
escala centesimal para a medida da DVR. Assim, a partir da DVR obtida, 
subtrai-se o EFL para se obter a DVO. 
O método fonético consiste em obter-se o mínimo espaço fonético que 
permita ao paciente pronunciar palavras sibilantes como Mississipi, 
sessenta, sessenta e seis. 
É necessária muita atenção por parte do profissional no 
restabelecimento da Dimensão Vertical porque muitas vezes o EFL 
selecionado é pequeno e a pronúncia poderá ser prejudicada e o paciente 
apresentar cansaço muscular. Com o EFL muito grande, prejudica-se a 
estética e a pronúncia torna-se sibilante. Desta forma, o EFL selecionado 
deve proporcionar conforto, estética e fonética satisfatórios ao paciente. 
No caso do registro da Dimensão Vertical, de pacientes com arco 
totalmente desdentado com arco antagonista parcialmente desdentado, a 
seqüência de procedimentos adotada é a seguinte: 
1. Medir a DVR com compasso de Willis 
2. Diminuir o EFL (DVR = DVR – EFL) 
Relações Intermaxilares em PPR – Profa. Dra. Valéria Oliveira Pagnano de Souza 9 
3. Ajustar planos de cera 
4. Reavaliação por meio da análise estética (perfil facial) e fonética 
(pronúncia de palavras sibilantes) 
Em casos de pacientes com perda de Dimensão Vertical, com arcos 
parcialmente desdentados, adota-se a seguinte seqüência: 
1. Obtenção dos modelos de estudo 
2. Registro com arco facial 
3. Montagem do modelo superior no articulador 
4. Determinação da DVO (DVO = DVR – EFL) 
5. Registro da RC 
6. Montagem do modelo inferior no articulador 
7. Restabelecimento da DVO no pino do articulador 
8. Análise do espaço intermaxilar no articulador 
Em casos de montagem em articulador para diagnóstico, sempre a 
posição de escolha é a Relação Cêntrica. Nos casos de montagem para 
tratamento, se o paciente apresentar RC e MIH coincidentes ou não 
apresentar sinais e sintomas de Disfunção da Articulação Têmporo-
Mandibular, e os espaços desdentados forem pequenos, realiza-se a 
montagem em MIH e ajustes em RC, caso contrário, a montagem deverá 
ser realizada em Relação Cêntrica. 
É importante esclarecer que não existe uma fórmula mágica de 
registro interoclusal adotada para todos os casos clínicos. É necessário que o 
profissional tenha discernimento para selecionar a técnica mais adequada 
para cada caso em particular, visando sempre melhoria na reprodução da 
situação existente na cavidade oral no articulador. Desta forma, com uma 
Relações Intermaxilares em PPR – Profa. Dra. Valéria Oliveira Pagnano de Souza 10 
montagem de modelos corretamente realizada, estará minimizando o tempo 
clínico gasto na detecção e ajuste de interferências oclusais, e, portanto, 
propiciando melhoria na qualidade dos resultados e diminuição no custo 
operacional do tratamento. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. Dawson, P. Avaliação, diagnóstico e tratamento de problemas 
oclusais. Trad. por Silas da Cunha Ribeiro. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas, 
1993. 
2. Araújo, J.E.J., Moraes, J.V. Conceitos atuais das relações maxilo-
mandibulares em Prótese Parcial Removível in Atualização na Clínica 
Odontológica. A prática da clínica geral de Todescan, F.F. e Bottino, .M.A. 
Artes Médicas, 1996. p.723-742. 
3. Tamaki, T. Dentaduras completas. São Paulo:Sarvier, 1988. 
4. Carr, A.B., Mc Mc Givney, G.P. Brown, D.T. Mc Cracken Prótese Parcial 
Removível. 12.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 
 
 
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