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Estudo Dirigido - Psicofarmacologia

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1) Quais são os principais sintomas da bipolaridade? 
 
R: Oscilar entre momentos de felicidade e depressão repentinamente. Os sintomas podem variar 
dependendo da sua fase, que podem ser de mania, hipomania e depressiva. 
 
Mania 
A euforia (ou mania) é uma das fases do Transtorno Bipolar e caracteriza-se por um estado de 
exaltação do humor, com aumento de energia, sem qualquer relação com o momento que o indivíduo 
está vivendo. Nesse período do transtorno bipolar, o paciente não está deprimido e nem alegre por 
um motivo especial, mas apresenta humor eufórico, irritável ou mesmo arrogante. Mania de grandeza 
também é muito comum. Em geral, a mudança do comportamento na euforia é súbita, mas o 
indivíduo não percebe a sua alteração ou a atribui a algum fator do momento. O senso crítico e a 
capacidade de avaliação objetiva das situações ficam prejudicados ou ausentes, com explosões de 
raiva e fúria. 
 
Hipomania 
É um estado de mania mais leve e que traz menos prejuízo. Geralmente, a hipomania acarreta em 
um funcionamento acelerado, porém produtivo para o paciente. Muitos não identificam que estão em 
fase hipomaníaca, nivelando esse período como a fase eutímica (humor normal). Esse ponto é 
importantíssimo, pois muitos pacientes, quando estão entrando em hipomania (podendo evoluir para 
a mania ou não) são resistentes quanto a manter o tratamento e muitas vezes param com a 
medicação, o que se torna um grande problema para estabilizar o transtorno. 
 
Depressão 
As fases de depressão dentro do transtorno bipolar também são consideradas um subtipo de 
depressão. Existe a depressão bipolar tipo 1, que é intercalada com episódios de mania, e a tipo 2, 
na qual os episódios fora da depressão tem uma euforia um pouco menos intensa. Os sintomas 
apresentados na fase de depressão são os mesmos de um episódio depressivo: humor deprimido, 
falta de energia, falta de iniciativa e vontade, falta de prazer, alteração do sono, alteração do apetite, 
lentidão do pensamento, lentidão motora. Já nas fases de euforia, o paciente pode apresentar 
sintomas como: agitação, ocupação com diversas atividades, obsessão com determinados assuntos, 
aumento de impulsividade, aumento de energia, desatenção e hiperatividade. A pessoa com esse 
quadro geralmente acha que está bem e saudável. 
 
2) Quais são as possíveis causas da bipolaridade? 
 
R: Ainda não foi determinada a causa efetiva do transtorno bipolar, mas já se sabe que fatores 
genéticos, alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores estão 
envolvidos. Eventos externos podem precipitar a manifestação desse distúrbio do humor nas 
pessoas geneticamente predispostas. Os principais neurotransmissores envolvidos nos transtornos 
de humor são a serotonina, a noradrenalina e a dopamina. Essas substâncias são as responsáveis 
pela regulação do sono, apetite, concentração, raciocínio, memória, motivação, capacidade de sentir 
prazer e tomada de decisões. 
 
3) Diferencie os tipos transtorno afetivo bipolar (bipolaridade): 
 
TIPO I: Predomínio da fase maníaca (eufórica) com depressão mais leve (distimia). 
 
TIPO II: Predomínio da fase depressiva com mania mais leve (hipomania). 
 
MISTA: Quando os episódios possuem várias características tanto de mania quanto de depressão 
simultaneamente. 
CICLOS RÁPIDOS: Quando os episódios de variações de humor duram menos de uma semana. 
 
CICLOTIMIA: Os sintomas são persistentes por pelo menos dois anos, períodos em que sintomas de 
hipomania são leves e depressão ou distimia não são tão profundos para ser qualificados como 
depressão maior. 
 
4) Faça um resumo sobre o carbonato de lítio no tratamento da bipolaridade. 
 
R: Ajuda no controle das alterações de humor (maníaca/depressiva), diminuindo os quadros e 
intensidade dos mesmos. 
 
5) Além do Carbonato de lítio quais outros tipos de medicamentos indicados para o 
tratamento da bipolaridade e determine os seus mecanismos de ação. 
 
R: Anticonvulsivantes, estabilizadores de humor e terapia. 
 
6) Defina esquizofrenia? 
 
R: A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado pela perda de contato com a realidade 
(psicose), alucinações (é comum ouvir vozes), falsas convicções (delírios), pensamento e 
comportamento fora de ordem, redução das demonstrações de emoções, diminuição da motivação, 
uma piora da função mental (cognição) e problemas no desempenho diário, incluindo no âmbito 
profissional, social, relacionamentos e autocuidado. 
 
7) Quais são sintomas positivos e negativos da esquizofrenia? Dê as características e 
exemplos para cada sintoma. 
 
Positivos: que somam aos acontecimentos: Insônia, alucinações, delírios, pensamentos suicidas, 
distúrbios de movimentos,. 
 
Negativos: redução do afeto, redução dos sentimentos de prazer do cotidiano, dificuldade de iniciar 
e manter-se em atividades, redução de fala, perda de higiene, isolamento. 
 
8) Quais são os principais neurotransmissores envolvidos no transtorno da esquizofrenia? 
 
R: Dopamina, Serotonina e Glutamina. 
 
9) Qual a teoria que procura explicar a esquizofrenia? Descreva-a indicando os 
neurotransmissores? 
 
R: Teoria dos neurotransmissores. Têm-se um excesso de dopamina na via mesolímbica e falta 
dopamina na via mesocortical. 
Apesar de existirem todas estas hipóteses para a explicação da origem da esquizofrenia, nenhuma 
delas individualmente consegue dar uma resposta satisfatória às muitas dúvidas que existem em 
torno das causas da doença, reforçando assim a ideia de uma provável etiologia multifatorial. 
 
10) Qual a relação entre a esquizofrenia e a droga LSD? 
 
R: É um dos alucinógenos mais fortes conhecidos pelos seus efeitos que se assemelham com os 
sintomas de esquizofrenia. O uso contínuo pode causar transtornos mentais, dentre eles, a 
esquizofrenia. Uma droga produzida em laboratório capaz de alterar as percepções, os pensamentos 
e os sentimentos de quem a utiliza. Ao consumir essa substância, a pessoa pode sentir, ouvir e ver 
coisas mesmo sem um estímulo tátil, auditivo e visual. 
 
11) O que são fármacos antipsicóticos típicos ou neurolépticos? Quais são os seus 
mecanismos de ação? 
 
R: São medicamentos usados no tratamento das perturbações psicóticas como esquizofrenia em 
doença bipolar e depressão. Seu mecanismo de ação: os antipsicóticos funcionam como 
antagonistas do receptor D2, diminuindo a sua ativação pela dopamina endógena. Os efeitos de 
controle sobre os sintomas da esquizofrenia surgem quando 80% dos receptores D2 estão 
bloqueados pelo antagonista. 
 
Bloqueiam os receptores dopaminérgicos D2 (o bloqueio desses receptores acarreta melhora dos 
sintomas psicóticos positivos – ver abaixo); têm maior efeito no controle dos sintomas positivos e 
maior frequência de efeitos extrapiramidais (distonia aguda, acatasia, parkinsonismo, discinesia 
tardia, síndrome neuroléptica maliga). Além dos efeitos extrapiramidais, apresentam como efeito 
colateral hiperprolactinemia (com consequentes disfunções sexuais, galactorréia, ginecomastia, 
alterações menstruais). 
 
Sintomas psicóticos positivos: caracterizam-se por serem manifestações que normalmente não estão 
presentes no psiquismo dos indivíduos. Exemplos: delírios, alucinações, desorganização do 
pensamento. 
 
Sintomas psicóticos negativos: caracterizam-se por ser uma subtração de características 
normalmente presentes no psiquismo. Exemplos: embotamento afetivo, isolamento social, pobreza 
de discurso, déficit cognitivo. 
 
12) O que são fármacos antipsicóticos atípicos? Quais são os seus mecanismos de ação? Em 
quais situações eles são receitados? E qual o medicamento é a exceção e pode ser utilizado 
em primeira linha? 
 
R: Tratamento de perturbações psicóticas e outros distúrbios caracterizados pela agitação. 
Bloqueiam os receptores dopaminérgicos D2 (controle dos sintomas positivos) e os receptores 
serotoninérgicos 5HT2A (controle dos sintomas negativos), apresentando uma eficácia mais ampla 
em relação aos típicos, já que atuam tanto sobre os sintomas positivos comosobre os sintomas 
negativos. Seus efeitos colaterais são: ganho de peso, síndrome metabólica. 
 
13) O que são benzodiazepínicos, quais seus tipos e usos? 
 
R: Os benzodiazepínicos atuam como sedativos (desaceleram as funções do corpo). São drogas 
psicotrópicas que atuam sobre o sistema nervoso central. Ou seja, a sua ação não se limita apenas 
ao relaxamento e sedação, mas são também anticonvulsivas, amnésicas e relaxantes musculares. 
Aumentam o efeito de uma substância química cerebral chamada GABA (ácido gama- 
aminobutírico). GABA é um inibidor cerebral produzido no cerebelo, nos gânglios basais e em muitas 
áreas da medula espinhal. A sua função é relaxar e reduzir a atividade dos neurônios. 
 
Seus tipos de uso são: para o tratamento de transtorno do pânico, ansiedade generalizada, insônia, 
abstinência alcoólica, epilepsia, perturbações afetivas, para aliviar a dor cirúrgica, e até mesmo para 
ajudar na desintoxicação de certas drogas. 
 
14) Descreva o mecanismo de ação dos benzodiazepínicos enfatizando sua ação nos 
receptores gabaérgicos. 
 
R: Atuam aumentando a afinidade do neurotransmissor Gama-amino-butírico (GABA) pelo receptor 
GABA, resultando em aumento da resposta sináptica inibitória no SNC, desencadeada pela entrada 
de íons cloreto na célula nervosa. 
 
 
 
https://amenteemaravilhosa.com.br/vencer-ansiedade-viver-ao-maximo/
15) Cite exemplos de benzodiazepínicos mais utilizados no tratamento de insônia e ansiedade. 
 
R: Clonazepam, Diazepam, Lorazepam (BZDs) 
 
16) O que são barbitúricos? Quando são indicados? Cite exemplos. 
 
R: Os barbitúricos pertencem à família de fármacos derivados do ácido barbitúrico (combinação de 
uréia e ácido malônico) responsáveis pela depressão do sistema nervoso central (SNC). Os 
barbitúricos, dependendo de sua fórmula e dosagem, podem apresentar um efeito sedativo 
(tranquilizante), hipnótico (induz ao sono), anticonvulsivo ou anestésico.São usados como 
antiepilépticos, sedativos, hipnóticos e anestésicos. Essas drogas foram grandemente utilizadas 
como hipnóticas na década de 60, até o aparecimento das benzodiazepinas. 
 
17) Por que os barbitúricos não são mais indicados na clínica da ansiedade/insônia? 
R: Os barbitúricos têm sido empregados, de forma abusiva, visto que quando utilizados por via 
endovenosa, ou oral, produzem sintomas semelhantes aos do álcool, ou seja, desinibição, 
comportamento violento, perda da coordenação motora e alteração da fala. O uso de doses maiores 
causa sedação e, inclusive, estados próximos do coma a overdose pode causar depressão 
respiratória, colapso circulatório, coma e morte. Em longo prazo, o consumo de barbitúricos pode 
produzir diminuição da memória, irritabilidade, inversão do ritmo de sono, reações alérgicas diversas, 
sintomas neurológicos, hematológicos ou gastrointestinais, entre dependência física e psicológica.

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