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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL- REI Engenharia Química Laboratório de Engenharia Química III Determinação do coeficiente de difusão mássica – Experiência de Stefan Karina Takai, Marcela Magalhães, Nicole Moura, Thalyta Fonseca. Resumo RESUMO - O fenômeno de transferência de massa está presente em muitos processos industriais, sendo o fluxo mássico motivado pela diferença de concentração entre as substâncias envolvidas. O transporte de massa pelo mecanismo de difusão é avaliado pelo cálculo do coeficiente de difusividade. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar o coeficiente de difusão mássico (DAB) da acetona e do éter etílico no ar pelo método da célula de Stefan, sem reação química e em condições de regime pseudo-permanente. Com os resultados obtidos, observou-se que, os valores dos coeficientes de difusão encontrados experimentalmente e utilizando as correlações empíricas de Fuller e Hischfelder para comparações, foram discrepantes, este fato, pode ser explicado pela grande variabilidade da temperatura durantes as coletas dos dados, assim como a falta de pontos de coleta dos parâmetros, gerando, portanto, um grande erro experimental. Com os cálculos do DAB, também foi possível avaliar que ouve grande diferença entre a difusividade do éter e da acetona, isso porque se trata de análise de compostos distintos, sendo que cada substância apresenta uma difusividade mássica diferente quando submetidas as mesmas condições de pressão e temperatura. Palavras-chave: coeficiente de difusividade, célula de stefan, difusão mássica. Introdução Transferência de massa é o transporte de um componente de uma região de alta concentração para outra de baixa concentração, de modo a minimizar as diferenças de concentração no sistema. Com destaque para a natureza do termo concentração, sendo este definido como a quantidade (molar ou mássica) de substância por unidade de volume (1). A transferência de massa pode ocorrer pelo mecanismo de difusão molecular ou de convecção. O conhecimento sobre os mecanismos de transferência de massa, em especial sobre a difusão, é de extrema importância na indústria, visto que diversos processos envolvem gradientes de concentração. Uma das grandezas que caracteriza a transferência de massa por difusão molecular é a difusividade mássica, DAB, que pode ser entendida, como a velocidade com a qual uma espécie se difunde na outra (1). A difusividade mássica difere para cada espécie química, quando submetidas às mesmas condições de temperatura e pressão. Porém, se forem alteradas constantemente as condições de temperatura e pressão que uma espécie química está submetida, variações em sua difusividade mássica serão observadas (1). A determinação do coeficiente de difusividade pode ser realizada por meio do Experimento de Stefan, o qual consiste em preencher um tubo capilar (diâmetro muito inferior ao comprimento) com um líquido volátil puro (A) com orientação unidimensional (direção axial) e fixar o mesmo, verticalmente, num local onde haja constante renovação de ar (B) e a temperatura possa ser considerada constante (2). O presente trabalho objetiva determinar o coeficiente de difusão mássico (DAB) da acetona (C3H6O) e do éter etílico (C4H10O), utilizando o experimento da célula de Stefan sem reação química em condições de regime pseudo- permanente, por meio de um filme estagnado. Experimental Para a parte experimental, utilizou-se células de Stefan, constituídas de tubos de vidros graduados para analisar a Laboratório de Engenharia Química III – 2º semestre/2018 2 diferença de altura dos líquidos com o passar do tempo. Os líquidos analisados na prática para o cálculo de coeficiente de difusão foi a acetona (C3H6O) e o éter (C4H10O), reagentes indicados nas figuras 2 e 3, dessa forma, medições da altura dessa coluna de vidro foram realizadas durante 3 dias. A cada coleta de dados, utilizou-se instrumentos de medição como barômetro e termômetro, na medição e averiguação da pressão e da temperatura (controle do experimento) e uma régua foi utilizada para medição das alturas. Figura 1. Células de Stefan utilizadas para determinação do coeficiente de difusão mássica da acetona e do éter etílico presente no Laboratório de Engenharia Química - UFSJ. Figura 2. Reagente acetona P.A. presente no Laboratório de Engenharia Química – UFSJ. Figura 3. Reagente éter etílico (dietílico) P.A. presente no Laboratório de Engenharia Química – UFSJ. As leituras foram realizadas em 3 dias decorrentes, depois de iniciar o experimento, sendo que em cada dia era para serem feitas três medidas, contudo, devido à falta de energia que se obteve no Laboratório de Engenharia Química durante a realização da prática, algumas medidas não puderam ser feitas, já que o laboratório se encontrava fechado no horário de medição. Dessa forma, foram feitas 6 medições no total. Resultados e Discussão As medições das alturas dos tubos de vidro graduados foram feitas em tempos espaçados de forma a coletar os dados de altura, pressão e temperatura para o cálculo de coeficiente de difusão. Para a determinação do coeficiente de difusão foi analisado as alturas da interfase dos líquidos, que variou de acordo com o tempo, a pressão e temperatura do experimento durante 3 dias, totalizando 6 medições dispostas na Tabela 1. Tabela 1. Dados coletados no experimento durante três dias consecutivos. Tempo (h) T (oC) Pressão (hPa) Altura da coluna de ar acetona (cm) Altura da coluna de ar éter (cm) 0 26 868,9 14,2 7,9 4 23 862,5 14,3 9 16 23 870,6 14,4 11 22 25 867,9 14,7 11,8 28 23 862,5 15 12,9 52 23,5 857,4 25 24,7 Laboratório de Engenharia Química III – 2º semestre/2018 3 Com os dados coletados de tempo e altura do sistema acetona – ar e éter – ar realizou-se a plotagem dos gráficos 1 e 2. Após isso, calculou-se os coeficientes angulares das retas provindas do ajuste linear dos pontos medidos, sendo 2,1659 para o éter e 0,5033 para a acetona. A pressão média foi de 0,8923 bar e a temperatura média de 23,9°C (297 K), valores utilizados posteriormente no cálculo do coeficiente de difusão mássica experimental (DAB). Figura 4. Relação da altura versus tempo para o sistema acetona – ar. Figura 5. Relação da altura versus tempo para o sistema éter – ar. Observando os resultados gráficos, percebe-se que os coeficientes de correlação das equações das retas foram baixos devido ao espaçamento de tempo obtido em relação à última medição, podendo ter interferência direta no cálculo do coeficiente de difusão. Utilizando a equação da continuidade, observada na Equação 1: Equação 1: Equação da Continuidade. ∇. �⃗� 𝐴 + 𝜕𝜌𝐴 𝜕𝑡 + −𝑅𝐴 = 0 Onde: 𝐶𝐴: concentração da espécie; ∇. �⃗� 𝐴: gradiente do fluxo molar nas direções X, Y e Z; 𝑅𝐴: termo relacionado a reação química da espécie A. Tendo, por exemplo, um volume de controle com fluxo mássico na direção X, Y e Z, o gradiente é aberto em derivadas parciais dos fluxos em cada direção. Figura 6. Volume de controle diferencial [3]. Padronizando a acetona e o éter representados como componentes A e o ar como o componente B para as equações trabalhadas. Considerando o sistema binário, unidirecional em Z, desconsiderando o fenômeno de transporte nas demais direções, regime pseudo-permanente, meio não reacional e que a densidade dos líquidos e o DAB são constantes, a Equação 1 pode ser simplificada na Equação 2: Equação 2: Equação da continuidade aplicada as condições. 𝜕𝑁𝐴,𝑧 𝜕𝑧 = 0 Sendo o 𝑁𝐴,𝑧, fluxo molarde A na direção z, é expresso pela Equação 3: Equação 3: Fluxo molar de A na direção Z. 𝑁𝐴,𝑧 = −𝑐. 𝐷𝐴𝐵 . 𝜕𝑦𝐴 𝜕𝑧 + 𝑦𝐴 . (𝑁𝐴,𝑧 + 𝑁𝐵,𝑧) Fazendo a consideração de que o ar (B) está estagnado, NB nulo, a Equação 3 pode ser simplificada na Equação 4: Equação 4: Simplificação do fluxo molar de A na direção Z. 𝑁𝐴,𝑍 = − 𝑐. 𝐷𝐴𝐵 1 − 𝑦𝐴 . 𝑑𝑦𝐴 𝑑𝑧 Onde: Laboratório de Engenharia Química III – 2º semestre/2018 4 𝑦𝐴: fração molar da espécie A; C: concentração molar; 𝐷𝐴𝐵: coeficiente de difusividade A em B. Figura 7. Capilar semipreenchido por líquido puro com a existência de um filme gasoso estagnado avaliando a variação da altura do líquido em relação do tempo [3]. Substituindo a Equação 4 na 2 e considerando as densidades dos líquidos e DAB constantes, tem-se: Equação 5: Fluxo de A na direção Z abrindo em fração molar. 𝜕 𝜕𝑧 ( 1 1 − 𝑦𝐴 . 𝜕𝑦𝐴 𝜕𝑧 ) = 0 Fazendo-se uma dupla integração da Equação 5, obtém- se a Equação 6: Equação 6: Equação do fluxo de A em forma de logaritmo. − ln(1 − 𝑦𝐴) = 𝑧. 𝐶1 + 𝐶2 As constantes C1 e C2 são calculadas pelas condições de fronteira, onde Z = Z1 em t = t1 e Z = Z0 em t = t0. Equação 7: Fração molar de A em Z1. 𝑦𝐴1 = 𝑃𝐴 𝑣𝑎𝑝 𝑃 Equação 8: Fração molar de A em Z0. 𝑦𝐴2 = 0 Aplicando as condições de contorno, tem-se: Equação 9: Solução aplicando a condição de contorno para yA1. − 𝑙𝑛(1 − 𝑦𝐴1) = 𝑍1. 𝐶1 + 𝐶2 Equação 10: Solução aplicando as condições de contorno para 𝑦𝐴2. − 𝑙𝑛(1 − 𝑦𝐴2) = 𝑍2. 𝐶1 + 𝐶2 Pela resolução do sistema acima, tem-se a Equação 12: Equação 11: Constante C1. 𝐶1 = 1 𝑍1 − 𝑍2 . 𝑙𝑛 ( 1 − 𝑦𝐴2 1 − 𝑦𝐴1 ) A taxa de evaporação é dada pela Equação 12: Equação 12: Taxa de evaporação. 𝑊𝐴 = 𝑁𝐴,𝑧 . 𝑆 = 𝑑 𝑑𝑡 ( 𝑚𝐴 𝑀𝐴 ) Onde: S: área da seção transversal; MA: massa molar da espécie A; mA: massa de ª Equação 13: Massa de A. 𝑚𝐴 = 𝜌𝐴𝐿 . 𝑉 = 𝜌𝐴𝐿 . 𝑆. 𝑍 Onde: 𝜌𝐴𝐿: densidade específica da espécie A em Z. Substituindo a Equação 13 em 12, tem-se: Equação 14: Fluxo de A em função da densidade. 𝑁𝐴,𝑧. 𝑆 = 1 𝑀𝐴 . 𝑑(𝜌𝐴𝐿 . 𝑆. 𝑍) 𝑑𝑡 𝑁𝐴,𝑧 = 𝜌𝐴𝐿 𝑀𝐴 . 𝑑𝑍 𝑑𝑡 Igualando as equações: 𝑐. 𝐷𝐴𝐵 . 1 (𝑍2 − 𝑍1) 𝑙𝑛 ( 1 − 𝑦𝐴2 1 − 𝑦𝐴1 ) = 𝜌𝐴𝐿 𝑀𝐴 . 𝑑𝑍 𝑑𝑡 Com a integração da equação, obtém-se a Equação 19: Equação 15: Integração da igualdade. 𝑐. 𝐷𝐴𝐵 . 𝑀𝐴 𝜌𝐴𝐿 . 𝑙𝑛 ( 1 − 𝑦𝐴2 1 − 𝑦𝐴1 ) . 𝑡 = 𝑍2 2 + 𝐶3 A constante C3 é calculada com a condição de contorno que em t = 0, Z = Z0. Assim: Laboratório de Engenharia Química III – 2º semestre/2018 5 Equação 16: Constante 𝐶3. 𝐶3 = − 𝑍𝑜 2 2 A Equação 17 pode ser expressa pela substituição das constantes: Equação 17: Substituição das constantes encontradas. 𝑍2 − 𝑍0 2 𝑡 = 2. 𝑃. 𝐷𝐴𝐵 . 𝑀𝐴 𝑅. 𝑇. 𝜌𝐴𝐿 . ln( 1 1 − 𝑃𝐴 𝑣𝑎𝑝 𝑃 ) Rearranjando essas equações obtêm-se a equação do coeficiente de difusão presente na memória de cálculo. Os valores de coeficientes experimental, teórico e empírico estão presentes na Tabela 2 e calculado na última seção do artigo. Tabela 2. Porcentagem de erro em relação a literatura dos valores de DAB obtido com os valores calculados. Líquido Acetona Éter etílico Parâmetros DAB (cm²/s) Erro (%) DAB (cm²/s) Erro (%) Literatura 0,11 26,32 0,0896 16,65 Experimental 0,2623 75,68 0,9250 760 Teórico 0,1493 - 0,1075 - Fuller 0,1219 18,35 0,1032 4,0 Hischfelder 0,1325 11,25 0,0987 8,18 Conclusões O experimento de Stefan demonstrou um erro considerável do coeficiente de massa, já obteve grandes erro dos valores calculados, principalmente do éter. Esse erro pode estar atrelado aos pontos que não foram medidos devido a empecilhos do laboratório, já que percebeu-se que obteve- se grandes valores de coeficiente angular das curvas. Portanto, os valores calculados obtiveram grande interferência do procedimento que não foi completo corretamente. Referências Bibliográficas [1]WELTY, J.R; WICKS, C.E; WILSON, R.E. Fundamentals of momentum, heat, and mass transfer. 5 Ed. New York: John Wiley e Sons, 1984. [2] R. E. Cunningham, R. J. J. William. Diffusion in Gases and Porous Media. New York: Plenum Press, 1980. [3] Gerônimo, Fenômenos de Transporte. Apostila USP. Memorial de Cálculo Cálculo de Dab experimental Através dos gráficos (altura² versus tempo) foi possível obter a equação da reta, assim foi encontrado o coeficiente angular de 10,044 para o éter e 7,6776 para a acetona. O valor da constante dos gases ideais utilizado, R, foi de 83,14 bar.cm³/(mol.K). As densidades do éter dietílico e da acetona são 0,710 g/cm3 e 0,790 g/cm3, respectivamente. Já as massas molares são de 74,12 g/mol e 58,08 g/mol, respectivamente. Para realizar o cálculo do 𝐷𝐴𝐵 foi utilizado a seguinte relação: 𝐷𝐴𝐵 = 𝛼. 𝑅. 𝑇. 𝜌𝐴𝐿 2. 𝑃.𝑀𝐴. ln( 1 1 − 𝑃𝐴 𝑣𝑎𝑝 𝑃 ) A pressão média do sistema é dada por: �̅� = ∑ 𝑃𝑖 𝑛 𝑖=1 𝑛 �̅� = 868,9 + 862,5 + 870,6 + 867,9 + 862,5 + 857,4 6 �̅� = 864,9 ℎ𝑃𝑎 = 0,8649 𝑏𝑎𝑟 A temperatura média é dada por: �̅� = 26 + 23 + 23 + 25 + 23 + 23,5 6 �̅� = 23,9 = 297 𝐾 A pressão de vapor, pode ser encontrada através da equação de Antoine: ln 𝑃𝑣𝑎𝑝(𝑘𝑃𝑎) = 𝐴 − 𝐵 𝑇(°C) + 𝐶 Os coeficientes do éter e acetona podem ser vistos na Tabela 3 a seguir. Tabela 3. Coeficientes para cálculo de pressão de vapor do éter e acetona Laboratório de Engenharia Química III – 2º semestre/2018 6 Líquido A B C Éter 14,3145 2756,22 228,060 Acetona 14,0735 2511,29 231,200 Para o éter, temos: ln 𝑃𝑣𝑎𝑝(𝑘𝑃𝑎) = 14,3145 − 2756,22 23,9 + 228,060 𝑃𝑣𝑎𝑝 = 29,23 𝑘𝑃𝑎 = 0,2923 𝑏𝑎𝑟 Para acetona, temos: ln 𝑃𝑣𝑎𝑝(𝑘𝑃𝑎) = 14,0735 − 2511,29 23,9 + 231,200 𝑃𝑣𝑎𝑝 = 68,65 𝑘𝑃𝑎 = 0,6865 𝑏𝑎𝑟 Logo, utilizando os dados acima apresentados, tem-se que o DAB para o éter é: 𝐷𝐴𝐵 = 𝛼. 𝑅. 𝑇. 𝜌𝐴𝐿 2. 𝑃.𝑀𝐴. ln( 1 1 − 𝑃𝐴 𝑣𝑎𝑝 𝑃 ) 𝐷𝐴𝐵 = ( 10,044cm2. h−1). (0,710 g. cm−3). (83,14 bar. cm3.mol−1. K−1). (297 K) 2. (0,8649 bar). (74,12 g.mol−1). 𝑙𝑛 ( 1 1 − 0,2923 0,8649⁄ ) 𝐷𝐴𝐵 = 3330,07 𝑐𝑚² ℎ = 0,9250 𝑐𝑚² 𝑠 Da mesma forma, para a acetona: 𝐷𝐴𝐵 = 𝛼. 𝑅. 𝑇. 𝜌𝐴𝐿 2. 𝑃.𝑀𝐴. 𝑙𝑛 ( 1 1 − 𝑃𝐴 𝑣𝑎𝑝 𝑃 ) 𝐷𝐴𝐵 = ( 7,6776 cm2. h−1). (0,79 g. cm−3). (83,14 bar. cm3.mol−1. K−1). (297 K) 2. (0,8649 bar). (58,08 g.mol−1). 𝑙𝑛 ( 1 1 − 06865 0,8649⁄ ) 𝐷𝐴𝐵944,34 𝑐𝑚² ℎ = 0,2623 𝑐𝑚² 𝑠 Cálculo de Dab teórico Para o cálculo do Dab teórico são necessários os valores dos coeficientes de difusividade dos mesmos, assim temos: - Éter dietílico: 0,0896 cm²/s a 1atm e 293 K - Acetona: 0,11 cm²/s a 1atm (1,01325 bar) e 273 K Através da correlação abaixo podemos determinar o valor na temperatura e pressão obtidos. 𝐷𝐴𝐵 (𝑇𝑒𝑥𝑝,𝑃𝑒𝑥𝑝) 𝐷𝐴𝐵 (𝑇𝑡𝑒,𝑃𝑡𝑒) = ( 𝑃𝑡𝑒 𝑃𝑒𝑥𝑝 ) . ( 𝑇𝑒𝑥𝑝 𝑇𝑡𝑒 ) 1,75 Para o éter dietílico, 𝐷𝐴𝐵 (297 𝐾; 0,8649 𝑏𝑎𝑟) = 0,0896. ( 1,01325 0,8649 ) ∗ ( 297 293 ) 1,75 𝐷𝐴𝐵 (297 𝐾; 0,8649 𝑏𝑎𝑟) = 0,1075 cm²/s Para acetona, 𝐷𝐴𝐵 (297 𝐾; 0,8649 𝑏𝑎𝑟) = 0,11. ( 1,01325 0,8649 ) ∗ ( 297 273 ) 1,75 𝐷𝐴𝐵 (297 𝐾; 0,8649 𝑏𝑎𝑟) = 0,1493 cm²/s Correlação de Fuller, Schetter e Giddings 𝐷𝐴𝐵 = 1. 10 −3. 𝑇1,75 𝑃. [(∑ 𝑣) 1 3⁄ 𝐴 + (∑ 𝑣) 1 3⁄ 𝐵] 2 . ( 1 𝑀𝐴 + 1 𝑀𝐵 ) 1 2⁄ O volume de difusão do ar é 19,7 e fez-se o cálculo do volume de difusão de cada átomo presente para o éter, sendo que 𝑣𝐶 = 15,9, 𝑣𝐻 = 2,31 e 𝑣𝑂 = 6,11. Assim temosque o volume de difusão total do éter é: (∑𝑣) É𝑡𝑒𝑟 = 4. 15,9 + 10. 2,31 + 1. 6,11 (∑𝑣) É𝑡𝑒𝑟 = 92,81 A massa molar do éter é 74,12 g.mol-1, a massa molar do ar é 28,84 g mol-1, a temperatura é 297 K e a pressão é 0,8649 bar. 𝐷𝐴𝐵 = 1. 10 −3. 2971,75 0,8649. [(92,81) 1 3⁄ + (19,7) 1 3⁄ ]2 . ( 1 74,12 + 1 28,84 ) 1 2⁄ 𝐷𝐴𝐵 = 0,1032 𝑐𝑚 2. 𝑠−1 Repetiu-se os mesmos procedimentos para cálculo do volume de difusão total da acetona onde 𝑣𝐶 = 15,9, 𝑣𝐻 = 2,31 e 𝑣𝑂 = 6,11. Laboratório de Engenharia Química III – 2º semestre/2018 7 (∑𝑣) 𝐴𝑐𝑒𝑡𝑜𝑛𝑎 = 3. 15,9 + 6. 2,31 + 1. 6,11 (∑𝑣) 𝐴𝑐𝑒𝑡𝑜𝑛𝑎 = 67,67 A massa molar da acetona é 58,08 g.mol-1, a massa molar do ar é 28,84 g mol-1; a temperatura é 297 K e a pressão 0,8649 bar. 𝐷𝐴𝐵 = 1. 10 −3. 2971,75 0,8649. [(67,67) 1 3⁄ + (19,7) 1 3⁄ ]2 . ( 1 58,08 + 1 28,84 ) 1 2⁄ 𝐷𝐴𝐵 = 0,1219 𝑐𝑚 2. 𝑠−1 Correlação de Hirschfelder A correlação de Hirschfelder possui a seguinte equação: 𝐷𝐴𝐵 = 0,001858 𝑇 3 2⁄ 𝑃𝜎²𝐴𝐵𝛺𝐷 [ 1 𝑀𝐴 + 1 𝑀𝐵 ] 1 2⁄ Para a determinação do coeficiente de difusão mássica do sistema éter-ar tem-se: a massa de éter de 74,12 g.mol- 1, a massa de ar de 28,84 g.mol-1, a temperatura de 297 K, a pressão de 0,8649 bar, σar = 3,542 Ȧ, σéter = 5,678 Ȧ e 𝛺𝐷 = 1,140 . 𝜎𝐴𝐵 = 3,542 + 5,678 2 = 4,61 Substituindo os valores acima na correlação de Hirschfelder: 𝐷𝐴𝐵 = 0,001858. (297) 3 2⁄ 0,8649. (4,61)2. 1,140 [ 1 79,12 + 1 28,84 ] 1 2⁄ 𝐷𝐴𝐵 = 0.0987 𝑐𝑚 2. 𝑠−1 Para o sistema acetona-ar, a massa molar da acetona é de 58,08 g.mol-1, a massa de molar do ar é de 28,84 g mol- 1, a temperatura é de 297 K, a pressão é igual a 0,8649 bar; σar = 3,542 Ȧ, σacetona = 4,600 Ȧ; 𝛺𝐷 = 1,140 . 𝜎𝐴𝐵 = 3,542 + 4,600 2 = 4,071 Usando então a correlação de Hirschfelder: 𝐷𝐴𝐵 = 0,001858. (297) 3 2⁄ 0,8649. (4,071)2 1,140 [ 1 58,08 + 1 28,84 ] 1 2⁄ 𝐷𝐴𝐵 = 0.1325 𝑐𝑚 2. 𝑠−1 Erros Relativos Para o cálculo do erro relativo utiliza-se a seguinte fórmula: 𝐸 = | 𝐷𝐴𝐵𝐸𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 − 𝐷𝐴𝐵𝑇𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 𝐷𝐴𝐵𝑇𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 | . 100% Erro na literatura para o sistema éter etílico – ar 𝐸 = | 0,0896 − 0,1075 0,1075 | . 100% = 16,65% Erro na literatura para o sistema acetona – ar 𝐸 = | 0,11 − 0,1493 0,1493 | . 100% = 26,32% Erro experimental para o sistema éter etílico – ar 𝐸 = | 0,9250 − 0,1075 0,1075 | . 100% = 760% Erro experimental para o sistema acetona – ar 𝐸 = | 0,2623 − 0,1493 0,1493 | . 100% = 75,68% Erro da correlação de Fuller, Schetter e Giddings para o sistema éter etílico – ar 𝐸 = | 0,1032 − 0,1075 0,1075 | . 100% = 4% Erro da correlação de Fuller, Schetter e Giddings para o sistema acetona – ar 𝐸 = | 0,1219 − 0,1493 0,1493 | . 100% = 18,35% Erro da correlação Hirschfelder para o sistema éter etílico – ar 𝐸 = | 0,0987 − 0,1075 0,1075 | . 100% = 8,18% Laboratório de Engenharia Química III – 2º semestre/2018 8 Erro da correlação de Hirschfelder para o sistema acetona – ar 𝐸 = | 0,1325 − 0,1493 0,1493 | . 100% = 11,25%
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