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1 FACULDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II RELATÓRIO NO 05: TROCADOR DE CALOR Profa. Dra. Isabel Danidtza e Prof. Dr. Hugo Melendez Data da experiência: 17/10/2020 Data da entrega do relatório: 9/11/2020 Turma: A Grupo: 6 Preparado por R.A. Revisado e aprovado por (assinatura) Christian Garcia Leão 032915 Henrick Stevan Fernandes 031355 Laís Cassaro 031312 Letícia Silva de Moura 036013 2 1 OBJETIVO Observar o funcionamento de um trocador de calor e seus processos de troca térmica. Analisar os resultados obtidos no experimento a partir da comparação do comportamento das temperaturas dos fluidos em trocadores de calor de escoamento paralelo e de escoamento contracorrente 3 2 INTRODUÇÃO TEÓRICA Trocadores de calor são dispositivos que efetuam a transmissão de calor (aquecimentos ou resfriamento) de um fluido para o outro. Em alguns trocadores de calor a transferência de energia entre os fluidos ocorre através de uma parede de separação, em outros equipamentos a transferência acontece em contato direto (KREITH, 1999, p.120). Na maioria dos trocadores de calor, os fluidos são separados por uma superfície de transferência de calor e não se misturam. Esses trocadores são chamados tipo de transferência direta ou simplesmente recuperadores. Trocadores nos quais há um fluxo intermitente de calor do fluido quente para o frio (via armazenamento de calor e rejeição de calor através da superfície ou matriz do trocador) são referidos como tipo de transferência indireta ou simplesmente regeneradores (KREITH, 1999, p.120). Os trocadores de calor podem ser classificados de acordo com o processo de transferência, construção, arranjo de fluxo, compactação da superfície, número de fluidos e mecanismos de transferência de calor (KREITH, 1999, p.120). A equação básica do projeto para um trocador de calor é dada por 𝑑𝐴 = 𝑑𝑄𝑈Δ𝑇 onde dA é o elemento da área de superfície necessária para transferir um quantidade de calor dQ em um ponto no trocador onde a transferência de calor geral é o coeficiente U e onde a diferença geral de temperatura entre os dois fluxos é ΔT. Através da equação de projeto podemos calcular o coeficiente global de troca de calor (U) ou a taxa de transferência de calor (Q), ambos servem para o projeto de um dimensionamento de trocadores de calor (PERRY, 1997, p.935). 4 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL O experimento foi realizado no trocador de calor (ilustração 1). Ilustração 1 - Trocador de Calor FONTE: Profª. Dra. Isabel Danidtza e Prof. Dr. Hugo Melendez, 2020. Encheu-se o reservatório de água e observou-se com cuidado o nível de água fria. Ligou-se a bomba e o controle de temperatura do reservatório habilitando o aquecimento aquecimento. Com a tecla “MOD” ajustou-se o Set Point da temperatura da água, no reservatório, em 45°C. Verificou- se as mangueiras de água fria entrada/saída estão adequadamente ajustadas. Verificou-se a posição das válvulas de água fria para escoamento em contracorrente/em paralelo. Acionou-se a entrada de água fria até uma vazão que fosse a metade da vazão da água quente. Eliminou-se o ar visível no tubo de vidro do trocador com o auxílio da pequena válvula auxiliar do reservatório de água quente. Fechou-se a válvula logo após o procedimento. Anotou-se os tempos dos 4 termopares. Registrou-se o tempo necessário (minutos) para o sistema atingir o regime permanente de temperaturas. 5 4 DADOS 4.1 DADOS COLETADOS NO LABORATÓRIO Tabela 1 - Tabela de Temperatura e vazão do escoamento em corrente paralela Temperatura 1 Teq (ºC) Temperatura 2 Tef (ºC) Temperatura 3 Tsq (ºC) Temperatura 4 Tsf (ºC) Vazão do Quente(Qt) (L/min) Vazão do Frio(Qf) (L/min) 44,0 23,1 41,1 30,2 10,0 5,0 FONTE: Profa. Dra. Isabel Danidtza e Prof. Dr. Hugo Melendez, 2020. Tabela 2 - Tabela de Temperatura e vazão do escoamento contracorrente Temperatura 1 Teq (ºC) Temperatura 2 Tef (ºC) Temperatura 3 Tsq (ºC) Temperatura 4 Tsf (ºC) Vazão do Quente(Qt) (L/min) Vazão do Frio(Qf) (L/min) 43,5 24,0 40,7 29,3 10,0 5,2 FONTE: Profa. Dra. Isabel Danidtza e Prof. Dr. Hugo Melendez, 2020. Tabela 3 - Dimensões do trocador lado quente Quantidade de tubos Diâmetro nominal (mm) Diâmetro interno (mm) Diâmetro externo (mm) Comprimento (mm) 4 3/8 7,7 9,5 635 FONTE: Profa. Dra. Isabel Danidtza e Prof. Dr. Hugo Melendez, 2020. 6 Tabela 4 - Dimensões do trocador lado frio Quantidade de tubos Diâmetro nominal (mm) Diâmetro interno (mm) 1 11/4 35,0 FONTE: Profa. Dra. Isabel Danidtza e Prof. Dr. Hugo Melendez, 2020. 4.2 DADOS DA LITERATURA CIENTÍFICA Tabela 5 - Tabela de Calor Específico da Água na pressão de saturação °F K °C Calor específico (KJ/Kg.K) 32 273 0 4,226 41 278 5 4,206 50 283 10 4,195 59 288 15 4,187 68 293 20 4,182 77 298 25 4,178 86 303 30 4,176 95 308 35 4,175 104 313 40 4,175 113 318 45 4,176 FONTE: Introdução à Termodinâmica na Engenharia Química - M. M. Abbott, H. C. Van Ness, J. M. Smith 7ª Edição, 2007. 7 5 TRATAMENTOS DE DADOS 8 9 10 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES Para analisar os resultados obtidos no experimento, comparou-se o comportamento das temperaturas dos fluidos em trocadores de calor de escoamento paralelo e de escoamento contracorrente, conforme o Gráfico 1 e o Gráfico 2. Gráfico 1 - Comportamento das temperaturas dos fluidos em trocador de escoamento paralelo Fonte: Próprio autor. Gráfico 2 - Comportamento das temperaturas dos fluidos em trocador de escoamento contracorrente Fonte: Próprio autor. 11 Através dos cálculos de potência dos fluidos conforme ilustrado na Tabela 5 , nota-se que é coerente dizer que nos dois sistemas o fluido quente cede energia e o fluido frio recebe energia, pois o primeiro apresenta um valor negativo e o segundo é positivo. Também percebe-se que a grande diferença entre as potências dos fluidos frio e quente sofrem influência do ambiente externo, já que troca de calor ocorre não só meio mas como nas adjacências. Tabela 6 - Resultados dos cálculos de potência da corrente paralela Potência no fluido quente (W) Potência no fluido frio (W) -2023,62 2477,19 Tabela 7 - Resultados dos cálculos de potência da contracorrente Potência no fluido quente (W) Potência no fluido frio (W) -2024,0 2576,3 Fonte: Próprio autor. Como apresentado na Tabela 6, os valores de LMTD expressam a força motriz requerida da temperatura na transferência de calor em trocadores. Em ambos padrões de escoamentos os resultados foram aproximados e possuem uma diferença de apenas 0,27°C entre eles, neste caso, no trocador de calor de corrente paralela, é levemente transferido mais calor no meio que no trocador de contracorrente. Tabela 8 - Resultados dos cálculos de diferença de temperatura média logarítmica. Corrente paralela LMTD (ºC) contracorrete LMTD (ºC) 15,36 15,09 Fonte: Próprio autor. 12 Outro resultado obtido foi do coeficiente global de troca térmica, como demonstrado na Tabela 7, os valores foram aproximados em ambos os padrões de escoamento, revelando que ambos possuem troca térmica similar. Tabela 9 - Resultados dos cálculos de coeficiente global de troca térmica. U corrente paralela LMTD (W/m² °C) U contracorrete LMTD (W/m² °C) 1919,64 1954,2 Fonte: Próprio autor. 13 7 CONCLUSÕES Ao término do experimento , notou-se que é coerente dizer que nos dois sistemas o fluido quente cede energia e o fluido frio recebe energia. E , ao comparar os diferente sentido de escoamento do fluido frio, notou-se que, no trocador de calor de corrente paralela, é transferido , sutilmente, mais calor ao meio que no trocador de contracorrente. Ao finalizar os cálculos e comparar coeficiente global de troca térmica, notou-se que os valores foram bem próximos nos dois padrões de escoamento, revelando que ambos possuem troca térmica similar. 14 8 RESPOSTAS ÀS QUESTÕES PROPOSTAs NO CAPÍTULO DE RESULTADOS: Apresente os valores numéricos dos parâmetros de processo em regime permanente. NOCAPÍTULO DE RESULTADOS E DISCUSSÃO 1. Calcule a potência (watts) fornecida pelo fluido quente e a potência recebida pelo fluido frio. Compare os dois regimes de escoamento e discuta. 2. Calcule a diferença de temperatura média logarítmica (DTML ou MLDT) para os dois padrões de escoamento. Compare e discuta. 3. Calcule o coeficiente global de troca térmica para os dois padrões de escoamento. Compare e discuta. 15 REFERÊNCIAS KREITH, F.B. Heat and Mass Transfer Mechanical Engineering Handbook. Boca Raton: CRC Press LLC, 1999. 120 p. PERRY, R.H. Perry’s Chemical Engineers’ Handbook. United States of America: The McGraw-Hill Companies, 1997.
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