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SEGURALIDADE SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

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SEGURALIDADE SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
1. Conceito 
A seguridade social está direcionada à necessidade social, promovendo a manutenção de vida ou que se destina ao sustento de subsistência da coletividade com dignidade.
Dessa forma, com base nas diretrizes do artigo 6º da Constituição Federal a seguridade social está relacionada à saúde, à previdência social e à assistência social. Mas, a idéia central está pré-definida no artigo 194 do mesmo diploma legal, ou seja, a concepção de um conjunto de ações que envolvem os três pilares da seguridade social está direcionada à proteção social, visando sempre uma garantia constitucional e infraconstitucional para pessoas que se encontram em situação de doença, invalidez, desempregada, ou qualquer meio que impossibilita a manter uma vida digna.
O artigo 194 da Constituição Federal além de trazer uma garantia constitucional de proteção social, também se destina ao seu financiamento. De acordo com artigo 196, da CF/88 todos têm o direito de ser assegurado, independente das condições financeiras, visto que essa garantia se adequada ao custeio e à necessidade, estendendo-se, inclusive, ao direito à saúde.
Se ao indivíduo que está acometido pela previdência social, este terá direito ao benefício previdenciário de acordo com sua necessidade. No entanto, caso o cidadão não esteja nos regimes previdenciários, mas que preencha os requisitos legais terá seu direito garantido por intermédio da assistência social. 
Portanto, para que não haja obscuridade é necessário o entendimento de que o direito à previdência social está relacionado ao caráter contributivo previdenciário, diferente do direito à assistência social que independe de uma contribuição, sendo destinados aqueles que necessitam e preencha os requisitos normativos. Por fim, neste último contexto também se encaixa o direito à saúde, uma vez que independe de contribuição, mas que está condicionado para pessoas de toda classe social, sem distinção de rico ou pobre.
2. A relação jurídica da seguridade social
A seguridade social, conceituada no artigo 194 da CF/88 tem o caráter de proteção social, ou seja, o objeto de sua relação jurídica está direcionada ao acontecimento de alguma coisa ou não, o que a doutrina entende como: consequência-necessidade. 
Para tanto, pode-se dizer que o planejamento de risco assegurado pela Constituição Federal é as prestações da seguridade social, que é o gênero, e, consequentemente os benefícios e serviços são espécies daquele. 
Assim, a relação jurídica está associada ao sujeito ativo, passivo e objeto da seguridade social, que são, respectivamente: quem dela necessitar, os Poderes Públicos e a sociedade, e a contigência-necessidade. 
3. Princípios da seguridade social
A seguridade social expressa no artigo 194 na carta magna, pertinente a colimar glórias extraordinárias, fixadas em lei, possui princípios específicos ao tema conexos à generalidade e aos valores que devem ser protegidos, tendo os fundamentos em: ordem jurídica e na omissão, este como fonte de direito, enquanto aquele orienta na interpretação da lei. 
Os princípios são: 
a) Universalidade da cobertura e universalidade do atendimento: todos aqueles que vivem no território brasileiro tem direito ao mínimo para manter sua sobrevivência e da sua família. Tal princípio aplica-se também aos estrangeiros que residem no Brasil, pois seu fundamento está designado em dois tópicos: a cobertura e o atendimento. A cobertura está ligada ao objeto da relação jurídica que desempenham situação de necessidade, enquanto o atendimento está condicionado ao sujeito que necessita da proteção social. 
b) Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais: a uniformidade significa que tantos os trabalhadores urbanos e rurais terão a proteção social de forma igualitária, seus benefícios serão os mesmos. Por outro lado, a equivalência é paga de acordo com a proporcionalidade de suas prestações, tendo em vista que a forma de pagamento é realizada diferente entre ambos. 
c) Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços: está de acordo com o acontecimento de algo ou não. Portanto, a seletividade deve estar pautada nas necessidades das pessoas, ou seja, na contingência, prestando o serviço que cumpra o dever de suprir a desigualdade social, sempre escolhendo aqueles realmente necessitam de proteção social.
d) Irredutibilidade do valor dos benefícios: o princípio deixa a ideia clara de que os benefícios não devem sofrer reajustes, garantindo sempre a sobrevivência do indivíduo com dignidade. 
e) Equidade na forma de participação no custeio: a equidade trás o entendimento de que a participação no custeio do Poder Público e da sociedade deve ser sempre em primeiro lugar, visando a possibilidade de acontecer alguma coisa, enquanto a capacidade no econômico-financeira, estendendo-se ao quantitativo de valores pagos. 
f) Diversidade da base de financiamento: o financiamento da seguridade social é custeado pela comunidade, sendo os trabalhadores, empresas e os entes estatais, na medida de suas responsabilidades. A responsabilidade da base financeira está elencada no artigo 195, da CF/88. 
g) Caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa. Participação da comunidade: “a gestão da seguridade social é quadripartite, com a participação de representantes dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Poder Público nos órgãos colegiados (art. 194, parágrafo único, VII).”
h) A regra da contrapartida: “embora não prevista expressamente como um princípio, não há como deixar de mencionar a regra da contrapartida, trazida pelo § 5º do art. 195: “nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.”.
4. Conclusão 
De acordo com Marisa Ferreira dos Santos, a seguridade social é o componente que atua na desigualdade social, proporcionado aos cidadãos a garantia constitucional por intermédio dos seus princípios que o objetivo da seguridade seja atingido, principalmente no que tange ao fator econômico. 
Portanto, pode-se concluir que a Seguridade Social é um instrumento que gira em torno dos direitos sociais, equilibrando sempre as diferenças e, essencialmente, o fator econômico. Não podendo deixar de falar que os princípios são fundamentais para interpretação da norma e que sua constituição seja aplicada sem o perigo de perecimento do direito em concreto. 
REFERÊNCIAS
Santos, Marisa Ferreira dos Direito previdenciário esquematizado® / Marisa Ferreira dos Santos; coord. Pedro Lenza. – 6. ed. – São Paulo: Saraiva, 2016. 1. Direito previdenciário 2. Direito previdenciário - Brasil I. Lenza, Pedro. II. Título. CDU-34:368.4(81);
Santos, Marisa Ferreira dos Direito previdenciário esquematizado / Marisa Ferreira dos Santos. – São Paulo : Saraiva, 2011.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em: <HTTP://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituiçaoCompilado.htm>. Acessado em: 09 maio de 2020.

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