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PARNASIANISMO Período contemporâneo ao Realismo/Naturalismo Realismo tinha um ideal:a crítica social,visavam a melhoria da sociedade.Os parnasianos visavam a beleza,estética; Surgiu entre 1860-1866 na França,quando autores se reúnem e começam a pensar em novas formas para escrever,valorizando a arte,retomando a estética; Parnasse- Parnaso no Brasil-região montanhosa da Grécia onde acreditava-se que viviam os deus e musas inspiradoras da poesia; Revista “Le Parnasse Contemporain” – Parnaso Contemporâneo,responsável pelo nome “parnasianos”; Parnasianismo foi simultâneo ao Realismo e ao Naturalismo. Saindo da França,passou por Portugal,com o poeta Antero de Quental,mas teve pouca força.Sobressaiu-se no Brasil. CARACTERÍSTICAS DO PARNASIANISMC Crítica/Combate ao Romantismo Objetivismo Materialista Universalismo Perfeição formal(esteticismo) Preciosismo lingüístico Descritivismo/Plasticidade *Impassibilidade *Arte pela arte Formas poéticas firmes e regulares,como o soneto Erotismo Referências à mitologia Greco-latina Não se destacou em Portugal,por isso trabalhar com autores brasileiros.temos 3 que mais se destacaram,formando a “Tríade Parnasiana”: Raimundo Correia-poeta filósofo Alberto de Oliveira-poeta geladeira Olavo Bilac-prícipe dos poetas brasileiros.Teve duas faces: Parnasiana e Romantico-Parnasiana Raimundo Correia-As Pombas Vai-se a primeira pomba despertada... Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas Das pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada. E à tarde, quando a rígida nortada Sopra, aos pombais, de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada... Também dos corações onde abotoam Os sonhos, um a um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais; No azul da adolescência as asas soltam, Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais. Alberto de Oliveira-Vaso Grego Esta de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhante copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia. Era o poeta de Teos que o suspendia Então, e, ora repleta ora esvasada, A taça amiga aos dedos seus tinia, Toda de roxas pétalas colmada. Depois... Mas, o lavor da taça admira, Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordas Finas hás de lhe ouvir, canora e doce, Ignota voz, qual se da antiga lira Fosse a encantada música das cordas, Qual se essa voz de Anacreonte fosse. Olavo Bilac -A um poeta Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço; e a trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua, Rica mas sóbria, como um templo grego. Não se mostre na fábrica o suplício Do mestre. E, natural, o efeito agrade, Sem lembrar os andaimes do edifício: Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifício, É a força e a graça na simplicidade. Olavo Bilac- Um Beijo Foste o beijo melhor da minha vida, ou talvez o pior...Glória e tormento, contigo à luz subi do firmamento, contigo fui pela infernal descida! Morreste, e o meu desejo não te olvida: queimas-me o sangue, enches-me o pensamento, e do teu gosto amargo me alimento, e rolo-te na boca malferida. Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo, batismo e extrema-unção, naquele instante por que, feliz, eu não morri contigo? Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto, beijo divino! e anseio delirante, na perpétua saudade de um minuto...
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