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Relatório da aula prática - Atividade da peroxidase Prof. Dra. Giuseppina Pace Pereira Lima Beatriz Zerbinato Balista Botucatu, 2020. Introdução A peroxidase é uma enzima que degrada Peróxido de Hidrogênio (H2O2). Essa molécula de H2O2 é um radical livre, que pode ser danoso para a célula se presente em grande quantidade, pois causa o rompimento da membrana e a perda de seletividade celular, e como consequência leva a morte celular. Sendo assim, há o aumento da atividade da enzima Peroxidase para evitar os altos níveis de Peróxido de Hidrogênio e consequentemente a morte celular. A atividade da peroxidase na maioria dos casos, aumenta sob diferentes situações de estresse, provocadas por ferimentos, infecções causadas por fungos, salinidade, déficit hídrico, déficit nutricional, dentre outros, isso ocorre devido à essas condições aumentarem os níveis de peroxido de hidrogênio e assim ocorre o aumento da atividade da peroxidase, para conter os danos à célula. Para que isso seja feito, ela quebra o peroxido de hidrogênio em substancias não danosas. Além de indicar condições de estresse a peroxidase também indica a qualidade em alimentos – enzimas de escurecimento enzimático; variações de cor, aroma e textura-. Além de indicar senescência – útil nos pós colheita da indústria do papel. Nesta aula pudemos aprender sobre a atividade da peroxidase, na batata-doce (I. batatas). Foi realizado um procedimento para a extração da enzima. Material e métodos Reagentes e Soluções 1. Solução extratora: Tampão fosfato de potássio a 0,2M – pH 6,7 2. Solução A: Peróxido de hidrogênio (H2O2) à 30% 3. Solução B: Fenol e Amino antipirina (AAP) Ensaio A amostra foi macerada em nitrogênio liquido Na balança analítica, foram pesados 500mg de amostra e com auxílio da pipeta automática, foram adicionados 5ml da solução tampão de fosfato de potássio 0,2M pH 6,7. Centrifugaram sob refrigeração por 10 minutos, sob 6000 rpm. Durante o tempo que a amostra estava na centrifuga foram pré-identificados tubos de ensaio: Branco da solução; Branco da Amostra; Amostra (amostra crua e amostra cozida). Após ser retirada da centrifuga, foram colocados em cada tubo de ensaio uma quantidade do sobrenadante da amostra. E logo após, os tubos foram colocados em banho maria, pré-aquecido, com temperatura igual a 30º C, durante 5 minutos. Essa é a temperatura ideal para que a enzima peroxidase não desnature. Com os tubos de ensaio em banho maria, foram acrescentados os reagentes e as reações foram homogeneizadas. Portanto cada tubo de ensaio, ficou composto pela seguinte reação: Importante salientar que no Branco da amostra não foram colocadas as soluções A e B, para não ocorrer a reação com as soluções e ser possível visualizar o que acontece com a amostra. No branco da amostra, para substituir as soluções de substrato e solução que dá coloração à amostra, foi colocado 1,0 ml de água destilada. Os tubos com as reações foram deixados em banho maria durante 5 minutos. Passado o tempo, os tubos foram transferidos para banho maria em água fervente, e foram mantidos sempre sendo homogeneizados. Após serem retirados do banho maria, foram realizadas as leituras no espectrofotômetro para medir a absorbância das amostras. Para essa leitura, o aparelho foi ajustado com 505nm. A cubeta utilizada foi a de vidro, como leitura de referência foi usada a amostra do tubo branco da solução. Logo após, as cubetas contendo as amostras foram preparadas e as leituras realizadas. Resultados Após análise espectrofotométrica, foram obtidos os seguintes resultados para as amostras. Amostra Leitura (nm) Resultado Leitura Final Branco da amostra 1 0,130 0,77 Amostra 1 0,900 Branco da amostra 2 0,026 0,262 Amostra 2 0,288 Resultado para amostra 1: U.A = (0,77 x 2) / (6,58 x 5 x 0,5) 0,5 U.A = 0,18 μmol H2O2 decomposto. min-1. g-1 massa fresca. Resultado para amostra 2: U.A = (0,262 x 2) / (6,58 x 5 x 0,5) 0,5 U.A = 0.063 μmol H2O2 decomposto. min-1. g-1 massa fresca. Discussão Foi possível através da pratica, notar a diferença de coloração nas amostras, a amostra crua apresentou além de coloração mais escura, resultado de U.A = 0,18 μmol H2O2 decomposto. min-1. g-1 massa fresca, e a amostra cozida apresentou coloração mais clara e U.A = 0.063 μmol H2O2 decomposto. min-1. g-1 massa fresca. Evidenciando assim que a temperatura influenciou a atividade enzimática. Conclusão Através da pratica, foi possível notar a diferença de coloração, e a partir desta conclui-se que a temperatura influenciou os resultados obtidos. Além de que pudemos concluir que ocorreu a desnaturação de maior parte da enzima Literaturas Consultadas LIMA, G. P. P.; BRASIL, O. G; OLIVERA, A. M. Polyamines and peroxidase activity in bean (Phaseolus vulgaris L.) grown under saline stress. Scientia agrícola, v. 56, n.1, p. 21-16, 1999. FREITAS, Andreia Andrade de et al. Atividades das enzimas peroxidase (POD) e polifenoloxidase (PPO) nas uvas das cultivares benitaka e rubi e em seus sucos e geléias. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, v. 28, n. 1, p. 172-177, mar. 2008.. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612008000100025&lng=pt&nrm=iso>.acessos em 19 maio 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-20612008000100025 BRITO, C.A.K. et al. Características da atividade da peroxidase de abacaxis Ananás comosus ((L.) Merrill) da cultivar IAC gomo-de-mel e do clone IAC-1. Ciência e Tecnologia de Alimentos. 25(2):244-249, 2005. Disponível em <https://www.scielo.br/pdf/cta/v25n2/25018.pdf>. Acesso em 19 maio 2020.
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