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LARINGITES – GEREZ /Laringite Estridulosa - cronicas/ DOENÇAS INFECCIOSAS E INFLAMATÓRIAS DA LARINGE INTRODUÇÃO · As laringites são processos viróticos, infecciosos ou alérgicos que trazem hiperplasias difusas ou localizadas na laringe. · E que podem obliterar a luz laríngea através dos edemas de suas mucosas. · É claro que quanto menor for a laringe, mais rapidamente se produzem a obstrução e asfixia. CLASSIFICAÇÃO · Laringite agudas essencialmente obstrutivas · Laringite crônica essencialmente disfônicas LARINGITES AGUDAS 1. Epiglotite aguda 2. Laringotraqueobronquite aguda 3. Laringite catarral aguda 4. Laringite estridulosa LARINGITES CRÔNICAS 1. Nódulos 2. Pólipos 3. Cistos 4. Granuloma inespecífico 5. Edema de Reinke 6. Candidíase LARINGE ANATOMIA · Órgão envolvido na respiração e fonação · Região cervical anterior · Esqueleto cartilaginoso sustentado por ligamentos · Apresenta 9 cartilagens · Cartilagens e ligamentos – face anterior e posterior · Cartilagem tireoide · Cartilagem cricoide (1) · Cartilagem epiglótica (1) · Cartilagem aritenóides (2) · Cartilagem corniculadas ou cuneiforme (4) ANATOMIA INERVAÇÃO DA LARINGE · N. laríngeo superior SENSITIVA · N. laríngeo inferior MOTORA · N. laríngeo inferior direito abandona o vago contornando a subclávia e sobe até a laringe. · N. laríngeo inferior esquerdo nasce no mediastino, na altura de T2, contorna o arco da aorta e segue até a laringe. · A cavidade endolaríngea é dividida em 3 regiões: supraglotica, glótica e infraglótica. LARINGITES AGUDAS · As doenças infecciosas e inflamatórias agudas que resultam em quadros obstrutivos agudos e se destacam principalmente na criança, · Requerem rápido diagnóstico e tratamento adequado, pois podem ser fatais. EPIGLOTITE AGUDA INTRODUÇÃO · É um processo inflamatório edematoso que envolve principalmente a epiglotite e as pregas ariepiglóticas. · O agente etiológico mais frequente é o Haemophilus influenzae tipo B (estreptococos + estafilococos) · Acomete criança entre 2 e 5 anos com predominância no sexo masculino. Vacina previne , isso ↓ nos adultos. · Ocorre mais nos meses de frio. · Evoluindo para obstrução respiratória dentro de 2 a 6horas. QUADRO CLÍNICO · Epiglote apresenta-se com congestão e edema intensos. · Crianças prostada · Dispneia (posição sentada) · Salivação abundante pela intensa odinofagia · Estridor inspiratório e expiratório · Disfonia · Tosse improdutiva DIAGNÓSTICO · É confirmado por exame radiológico do perfil da laringe, com penetração para partes moles mostrando a VOLUMOSA EPIGLOTE. TRATAMENTO · Ambiente hospitalar · Corticosteroides por via sistêmica · Nebulização constante com oxigênio umidificado · Antibioticoterapia · Intubação nasotraqueal (graves) · Traqueostomia LARINGOTRAQUEOBRONQUITE AGUDA INTRODUÇÃO · Causada pelos vírus Parainfluenza 1 e 2 e Influenza A. · Ocorrem em sua maioria, no outono e inverno. · Mais frequentes em crianças do sexo masculino entre o 1° e 3 ° anos de vida. QUADRO CLÍNICO · Temperatura corpórea elevada · Estridor inspiratório · Tosse improdutiva · Dispneia DIAGNÓSTICO · História clinica · Exame físico TRATAMENTO · Ambiente hospitalar · Umidificação das vias aéreas · Corticosteroides · Antibioticoterapia (infecção bacteriana) · Intubação endotraqueal · Traqueostomia LARINGITE CATARRAL AGUDA INTRODUÇÃO É decorrente de: · Resfriados comuns · Mudanças bruscas de temperatura atmosférica · Ingestão de líquidos gelados · Inalação de substancias irritantes · Instala-se subitamente, traduzindo-se por sensação de constrição dolorosa ao nível da laringe · Rouquidão que pode progredir até a afonia · Tosse e expectoração mucosa (posteriormente mucocatarral) LARINGOSCOPIA · Congestão difusa da mucosa laríngea · Recoberta por exsudato mucoso ou mucocatarral · Paresia das cordas vocais TRATAMENTO · Repouso vocal · Evitar todas as causas predisponentes e alimentadoras dos processos inflamatórios · Anti-inflamatórios · Analgésicos · Fazer inalações · Ingesta hídrica · Corticosteroides · Antibioticoterapia LARINGITE ESTRIDULOSA INTRODUÇÃO · Também chamada de FALSO CRUPE · É uma laringite infecciosa caracterizada por crises de sufocação noturna · Geralmente do sexo masculino · Crianças portadoras de infecção discreta das vias respiratórias superiores e hipertrofia adenoideana com respiração bucal de suplência. · Outros fatores etiológicos: psicológicos e alérgicos. QUADRO SINTOMATOLOGICO · A criança que se recolheu ao leito em estado de boa saúde · Desperta pela madrugada tomada de intensa agitação · Fácies de angustia, tosse ou choro enrouquecidos · E sinais alarmantes de sufocação, dando a impressão de morte iminente · A inspiração torna-se difícil e estridulosa, com tiragem supra-esternal. · Crise de sudorese generalizada · Em poucos minutos o quadro sintomatológico dramático começa a declinar e tudo se normaliza. · A tosse permanece por vários dias. TRATAMENTO · Corticosteroides · Inalação com adrenalina (1ml em 5ml de soro fisiológico) · Antitussígenos · Ambiente calmo LARINGITES CRÔNICAS 1. Nódulos 2. Pólipos 3. Cistos 4. Granuloma inespecífico 5. Edema de Reinke 6. Candidíase L.C. INTRODUÇÃO · Caracterizam-se por rouquidão permanente, em maior ou menor intensidade. · São mais comuns na idade adulta · Geralmente se acompanha de expectoração mucocatarral (pela manhã) · Obrigando o pct a tossir e a ‘raspar” a gar4ganta ruidosamente, para limpar a laringe e clarear a voz · Em outros pct, a rouquidão vai se acentuando no decorrer do dia, a proporção que vai havendo uso continuado da voz. CAUSAS · Surtos frequentes de laringite aguda · Uso exagerado de tabaco · Uso exagerado de álcool · Inalação de substancias irritantes em ambientes profissionais · Carpinteiros · Tecelões · Químicos · Mecânicos · Respiração bucal de suplência · Infecções das vias respiratórias superiores · Uso exagerado e inadequados da voz · Oradores · Leiloeiros · Locutores · Professores · Enfermidades gerais que predispõem aos distúrbios vasomotores · Gastroenterites · Distúrbios hormonais · Diabetes · Insuficiência hepáticas · Exposição continuada ao calor ou ao frio (cozinheiros, foguistas, geleiros) · Doenças especificas · TB · Sífilis · Micoses Sob o ponto de vista anatomopatológico, caracterizam-se por inflamação catarral crônica da mucosa laríngea, ao lado de hiperplasia, localizada ou difusa do tecido conjuntivo submucoso. NODULOS INTRODUÇÃO · Correspondem a lesões tumorais das corda vocais de origem fibrótica. · São formados as custas de processos irritativos por abusos e/ou mau uso da voz e a processos inflamatórios da própria laringe. · Os nódulos são comuns nas crianças e mulheres · Em geral são bilaterais · Situam-se normalmente na união dos 2 terços posteriores com o terço anterior da corda vocal (zona que mais concentra energia durante a fonação) · Aparecem como 2 pequenas saliências sesseis e esbranquiçadas, projetando-se nas bordas livres das cordas vocais. · Fatores desencadeantes · Hormonal · Fumo · Álcool QUADRO CLÍNICO · Disfonia · Diplofonia · Cansaço ao falar · Dor quando presente, será referida nas musculaturas cervicais e torácicas. DIAGNÓSTICO · História clinica · Profissão · Hábitos · Sexo · Idade · Laringoscopia indireta · Videolaringoscopia TRATAMENTO · Fonoterapia · Fonoterapia + cirurgia + fonoterapia PÓLIPOS INTRODUÇÃO · São lesões tumorais das cordas vocais de origem fibrótica · Geralmente são formados as custas de processos irritativos por abusos e/ou mau uso da voz e a processos inflamatórios da própria laringe. · São encontrados normalmente no terço médio de uma só das cordas vocais. · Aparecem como lesões esbranquiçadas ou hiperemiadas, discretas ou proeminentes, sesseis ou pediculadas e unilaterais. · Mais frequente em homens · Participação maior de fatores inflamatórios que irritativos · Agravados sempre pelo usos do fumo e do álcool em excesso · Aspectos dos pólipos · Pólipos gelatinoso · Pólipos fibroso · Póliposteleangiectásico QUADRO CLÍNICO · Disfonia · Diplofonia · Cansaço ao falar · Dor – referida (cervical ou torácica) DIAGNÓSTICO · Historia clinica · Laringoscopia indireta · Videolaringoscopia TRATAMENTO · Evitar fumo e álcool · Fonoterapia pré-operatoria · Cirurgia CISTOS INTRODUÇÃO · São neoformações constituídas por secreções amareladas e recobertas por um epitélio claro e transparente. · Podem apresentar-se em tamanhos variáveis e em diferentes regiões da laringe · De acordo com sua constituição histológica, podem ser classificados em: · Cistos epidermoides · Cistos de retenção · Cistos de tecido linfoide. · São oriundos de processos irritativos e de infecções crônicas da laringe · Localizam-se com maior frequência na: · Epiglote · Cordas vocais · Seios piriformes QUADRO CLÍNICO A sintomatologia fica sempre subordinada a localização do cisto. · Disfonia · Dispneia · Disfagia · Dor · Sensação de corpo estranho DIAGNÓSTICO · História clínica · Laringoscopia indireta · Videolaringoscopia TRATAMENTO · Cirúrgico · Microcirurgia de laringe GRANULOMA INESPECIFICO INTRODUÇÃO · São lesões pedunculares ou não, com granulação exuberante e recobertas por um epitélio liso e bem delimitado. · A formação dos granulomas tem como causa o traumatismo e a infecção subsequente. · Dividimos em 3 grupos quanto a etiologia: · Granulomas pos cirúrgicos · Granulomas de contacto · Granulomas por refluxo gastroesofageano SINTOMATOLOGIA · O sintoma clássico é a disfonia · Dor na laringe · Sensação dolorosa ao falar DIAGNÓSTICO · Historia clinica · Laringoscopia indireta · Vídeolaringoscopia TRATAMENTO · Consiste na retirada pura e simples da lesão através de microcirugia de laringe · Uso do laser de CO2. EDEMA DE REINKE INTRODUÇÃO · É o edema bilateral da camada superficial da lamina própria, ou espaço de Reinke. · É predominantemente uma doença da idade adulta · Encontra-se nos 2 sexos · Incidência é maior nas mulheres que atingiram a menopausa. · A etiologia do edema parece infecciosa, irritativa e hormonal: · Rinossinusite, amigdalites · Abuso de fumo · Menopausa QUADRO CLINICO · Disfonia DIAGNÓSTICO · História clinica · Laringoscopia indireta · Vídeo laringoscopia TRATAMENTO · Cirúrgico · Microcirurgia de laringe CANDIDÍASE INTRODUÇÃO · A infecção laríngea por Candida albicans é um problema crescente para os otorrinolaringologistas na sua forma aguda ou crônica. · Fatores predisponentes: · Uso prolongado de antimicrobianos · Radioterapia para os tumores de cabeça e pescoço · Pacientes imunodeprimidos DIAGNÓSTICO · Historia clinica · Laringoscopia · Exame microscópico do esfregaço TRATAMENTO · Nistatina em soluções orais · Cetoconazol · Anfotericina B em casos mais extremos OUTRAS LARINGITE CRÔNICA · TB laríngea · Blastomicose · Doença de Hansen · Sifilis Laringea
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