Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 ESCOLA TÉCNICA E FACULDADE SEQUENCIAL NUTRIÇÃO APOSTILA 2013 São Paulo 2 SUMARIO Sumário ESCOLA TÉCNICA E FACULDADE SEQUENCIAL ............................................................................. 1 NUTRIÇÃO ................................................................................................................................................... 1 APOSTILA .................................................................................................................................................... 1 SUMARIO ........................................................................................................................................................ 2 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 4 O CORPO COMO UM TODO ................................................................................................................................. 5 ALIMENTO ........................................................................................................................................................ 5 CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................................................................. 5 Divisão dos nutrientes .................................................................................................................................... 6 Necessidades diárias de vitaminas ........................................................................................................12 Minerais....................................................................................................................................................13 Alimentação balanceada ..........................................................................................................................14 PIRÂMIDE ALIMENTAR ......................................................................................................................................15 Alimentos Funcionais ANVISA portaria 389 de 30/04/99 .......................................................................18 Aditivos alimentares .................................................................................................................................20 COMENDO INSETOS .................................................................................................................................22 Alimentos diet e light ...............................................................................................................................23 Métodos de conservação .........................................................................................................................23 Alimentos defumados ..............................................................................................................................23 Alimentos liofilizados ...............................................................................................................................23 Alimentos congelados ..............................................................................................................................24 Alimentos lactofermentados ....................................................................................................................24 Cores dos alimentos .................................................................................................................................25 Microondas ..............................................................................................................................................26 Doenças transmitidas por alimentos .......................................................................................................27 Dicas para uma alimentação saudável. ....................................................................................................29 3 Dicas de compra ao Consumidor .............................................................................................................30 Dietas........................................................................................................................................................31 Dietas terapêuticas ..................................................................................................................................32 Dieta Enteral .............................................................................................................................................34 Dietas em Situações Especiais ..................................................................................................................38 Dieta vegetariana .....................................................................................................................................39 Dieta Macrobiótica ...................................................................................................................................39 Dieta ortomolecular .................................................................................................................................40 Alimentação da Nutriz ..............................................................................................................................41 Aleitamento Materno...............................................................................................................................42 NUTRIÇÃO NA TERCEIRA IDADE ...............................................................................................................48 Transtornos alimentares ..........................................................................................................................49 Referencias Bibliográfica ..........................................................................................................................53 4 INTRODUÇÃO Nossa nutrição sempre foi influenciada pelas superstições e ignorância que sempre andara juntas. O maior problema para o mundo é a alimentação. Se a nossa população continuar aumentando da maneira como está, no final do ano 3000, haverá apenas ½ metro de espaço para cada habitante. Cada dia é exigido da alimentação, mais sofisticação, mais temperos, variedades e misturas. Muito bom seria, se a humanidade voltasse à simplicidade dos nossos antepassados, quando o câncer era uma raridade e a longevidade era comum. Hoje em dia os cientistas mostram as vantagens da alimentação simples, alimentos não desnaturados pela industrialização. “Dizemos comumente que a saúde é um dom, e esta afirmação é correta para o início da vida, Mas até o fim de nossos dias, a nossa vida deve ser cuidada”. Ter saúde é um dever sagrado, porque não nos pertencemos. O apóstolo Paulo se refere a isso em I Coríntios 6:19, 20. “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos”? “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai a Deus no vosso corpo e no vosso espírito...”. 5 O CORPO COMO UM TODO Em matéria de corpo humano e saúde, não existe especialidade em órgãos. Todas as partes do organismo são dependentes umas das outras, e quando uma parte adoece, o organismo todo fica doente. ALIMENTO CLASSIFICAÇÃO Frutas Banana, manga, pêssego, uva. Hortaliças (tudo quevem da horta) Couve, brócolis, chuchu, abobrinha. Oleaginosas Amêndoa, amendoim, avelã, azeitona, castanhas, nozes, pinhão, semente de girassol, gergelim. Verduras (verde) Agrião, almeirão, alface, etc. Leguminosas Ervilhas, feijões, grão de bico, lentilha. Cereais Arroz, aveia, centeio, cevada, milho, trigo. A dietética clássica ordena os alimentos conforme sua análise química, agrupando-os em água, proteínas, hidratos de carbono ou açucares, vitaminas e minerais. Todos os elementos vitais contidos nos alimentos in natura podem ser transformados ou mesmo destruídos por processos de calor, conservação e industrialização, os quais embora mantenham o valor proteíno-calórico, alteram a qualidade biológica. De acordo com o dicionário Aurélio, natural é o que é produzido pela natureza, sem artifício, sem trabalho do homem. Existem hoje verdadeiros filosofias e pontos de vista sobre alimentação. 6 Divisão dos nutrientes a. Macros nutrientes – Carboidratos, lipídios e proteínas. b. Micronutrientes – Sais Minerais e vitaminas. Os macros nutrientes tem papel fundamental na manutenção das calorias. Os micros, apesar de não contribuírem caloricamente, mantem a integridade dos órgãos, tecidos e células. Água É a substancia que forma a maior parte do organismo (65%), distribuída de diversas maneiras nos diversos tecidos. Todos os alimentos são compostos de água, em proporções maiores ou menores. Alguns alimentos sólidos chegam a apresentar mais água que muitos alimentos líquidos, como é o caso da melancia e do melão que contém 90% de água enquanto o leite apresenta somente 87%. È recomendado a ingestão de 6 a 8 copos de água ao dia. Glicídios Também conhecido como hidratos de carbono, carboidrato ou açucares, são considerados alimentos energéticos, ou seja, destinados a gerar calorias. Quando os glicídios não são aproveitados, transformam-se em gorduras. Os glicídios simples como a frutose, açúcar de frutas, são absorvidas diretamente pelo intestino. A sacarose (cana e beterraba), lactose (leite), a glicose (amido, batata, trigo e arroz) antes de serem absorvidos precisam sofrer transformações pelos fermentos digestivos. Protídeo Também chamados de proteínas, são as mais importantes de todas as substancias conhecidas no reino animal e vegetal. São componentes das células, anticorpos, enzimas e de vários hormônios. As proteínas são necessárias para a formação de tecidos novos em nossos corpos por isso são chamadas de alimentos construtores. São formados por substancias mais simples chamadas de aminoácidos. Alguns aminoácidos são produzidos em quantidade suficiente pelo organismo enquanto outros precisam ser introduzidos através da alimentação. Os aminoácidos das proteínas são indispensáveis em todos os períodos da vida. São essenciais para o crescimento e desenvolvimento do organismo, asseguram as defesas (imunoglobulinas). Tipos de aminoácidos - Aminoácidos essenciais: são aqueles que o organismo não é capaz de formar Em quantidade suficiente, devendo recebê-los através da alimentação. 7 Leucina, isoleucina, metionina, lisina, fenilalanina, triptofano, valina, treonina, histidina. A Castanha do Pará e Soja tem praticamente todos. - Aminoácidos não essenciais: são aqueles que o organismo é capaz de formar Em quantidades suficientes, a partir de substâncias presentes em seu meio interno. Alanina, asparagina, ácido aspártico, cisteina, ácido glutâmico, glicina, prolina, glutamina, arginina, serina, tiosina. Para que os aminoácidos não essenciais sejam produzidos, é necessário ingerir. Aminoácidos essenciais. As principais fontes de proteínas são: Leite, ovos, carnes, grãos leguminosos, cogumelos, cereais integrais e frutas oleaginosas (nozes, castanhas, avelãs, pinhões, amêndoas). Para digerir as proteínas animais, o estomago necessita de muito mais ácido. Necessidade diária de proteínas Do nascimento até sete anos de idade – 2g/kg. Dos sete anos até o fim a adolescência – 1,5g/kg. Adultos 1g/kg. Casos graves de acidentes e queimado - 400 a 500g/dia. Algumas evidencias relacionam as dietas hiperproteicas ao câncer de mama, intestino grosso, pâncreas, próstata e rins. Lipídios Também chamados de gorduras, tem função energética além de serem transportadores de vitaminas lipossolúveis (solúveis em gordura). Conferem proteção contra variação de temperatura e contra a excessiva perda de água por transpiração. HDL LDL Para serem transportados pelo sangue, os lipídios são revestidos de uma capa de proteína, formando as lipoproteínas. Existem pelo menos dois tipos de lipoproteínas: as de baixa densidade (LDL – low density liporpotein) e a de alta \densidade (HDL - high density liporpotein), sendo que ambas tem comportamento diferente. As LDL carregam o colesterol pelo sangue e depositam nas paredes das artérias, enquanto que as HDL retiram as gorduras das artérias e levam ao fígado para serem eliminadas. Por isso que o LDL é chamado de mau colesterol e o HDL de bom colesterol. O colesterol foi transformado em vilão e tremendamente prejudicial ao organismo. No entanto o colesterol é a principal fonte de alguns hormônios da supra-renal, dos testículos, ovários e da placenta, além de ser importante para o sistema nervoso. 8 Portanto é uma substancia necessária. Nosso organismo fabrica no fígado quase todo o colesterol que necessitamos. O HDL é encontrado em alimentos ricos em gorduras insaturadas como: Gorduras vegetais, óleo de milho, soja, girassol, arroz, gergelim e azeite de oliva. O LDL é encontrado em alimentos ricos em gorduras saturadas como: gorduras animais (carne, leite, ovos) e alguns vegetais (coco). As gorduras saturadas estão ligadas a determinados casos de câncer de mama, colo de útero e próstata. Consistência das gorduras Insaturadas – liquidas em temperatura ambiente, ex.: Óleo de soja. Saturadas- solidas em temperatura ambiente, ex.: Manteiga. Monoinsaturadas – solidas quando resfriadas, ex.: Azeite de oliva. Gordura Trans São gorduras industrializadas que recebem uma adição de hidrogênio e faz com que sejam sólidas em temperatura ambiente, e não liquidas como deveriam ser naturalmente. A gordura trans aumenta os níveis de LDL e dos triglicérides que causa entupimento das artérias. Alem disso a gordura trans aumenta a gordura visceral, que é gordura armazenada entre as vísceras do corpo. Alimentos com gordura trans Salgadinhos de pacote, fast food, margarinas, pipoca de microondas, bolos e tortas industrializados, bolachas com cremes, alguns sorvetes de massa, frituras comerciais, pratos congelados, molhos prontos e maioneses, chocolates. Alguns alimentos naturais como carne e leite passam por um processo de hidrogenação natural, Ela acentua o sabor e a textura deixando o alimento mais crocante. Dosagem diária Por não ser necessária a organismo, não deveria ser ingerida. Mas a OMS recomenda a ingestão de não mais de dois gramas ao dia. Efeitos A gordura trans atrapalha a produção das outras gorduras que são necessárias ao desenvolvimento do sistema nervoso do feto e da criança. Vitaminas As vitaminas são divididas em: Lipossolúveis - solúveis em gordura. -A, D, E e K. Hidrossolúveis - solúveis em água. - C e complexo B. 8.1 Complexo B 9 Formado por: B1 (aneurina ou tiamina) Essencial para a formação do ácido clorídrico do estomago. O ácido atua na digestão do Ca, Fe, Vit C, Mg, P, Vit A, D, K. Destrói bactérias e atua na conversão dos carboidratos em energia. Deficiência – fadiga, perda de apetite, náusea, irritabilidade, depressão, diminuição de memória, bradicardia, perda de memória rachaduras e ardência nas solas dos pés, depressão,stress, herpes. Béri-Béri. O álcool inibe a absorção de vitamina B 1. No alcoolismo crônico, o aporte insuficiente de vitamina B1 na dieta, associado a uma inibição da sua absorção, conduz a uma miocardiopatia alcoólica, com dilatação do ventrículo direito, que pode ainda levar a uma descompensação cardíaca. Fontes – todos os vegetais, grãos integrais, legumes, levedo de cerveja, nozes, soja, flocos de aveia. B2 (riboflavina) Facilmente destruída pelo calor, muito instável à luz é necessária na produção e reparo dos tecidos orgânicos e mucosas. A vitamina B2 é indicada nas cãibras e fadiga muscular e, inclusivamente, na acne rosácea, determinadas enxaquecas e insuficiência de secreção láctea. Deficiência – rachaduras e feridas em canto da boca, inflamação de lábios e língua, descamação de pele ao redor do nariz, boca, testa e couro cabeludo com excessiva queda de cabelo, vertigem e tremores. Fonte – folhas verdes, brotos e cereais, leite e derivados, levedo de cerveja, ovos, carne e fígado. B3 - PP (niacina ou nicotinamida) Deficiência - lesões na pele, sistema nervoso e mental. Fontes mais abundantes: salmão e truta. B5 - ácido pantotenico No uso externo, é igualmente utilizada no caso de perturbações da nutrição das unhas, cãibras da gravidez, vermelhidão nas nádegas dos lactantes, seborréia, queda do cabelo e calvície, sendo frequentemente administrada em associação com a vitamina B 2, com efeito, antiseborréico. B6 (piridoxina, piridosol, piridoxamina). Vitamina antidepressã0 Deficiência – convulsões em crianças, depressão, anemia, problemas 10 grave de vitamina B6 provoca diversos sintomas: dermatite seborreica, anemia hipocrômica, várias formas de neurite periférica e convulsões de origem cerebral com alterações do EEG. Fontes – levedo de cerveja, brotos, leite e derivados, nozes, germe de trigo, leguminosas, banana, frutas secas, cereais integrais. B8 - biotina A biotina desempenha, indubitavelmente, um papel fundamental na manutenção da integridade da pele, tratamento da acne e de todas as alopecias, com ou sem seborréia. B12 (cianocobalamina). Normalmente, esta vitamina é receitada em associação com outras vitaminas B: com a B 1 e a B 6 em casos de afecções neurológicas ou reumáticas, neurites e polineurites, enxaquecas, nevralgias cervicobrânquias, torcicolos e lumbago Deficiência – língua lisa e irritável, degeneração nervosa, tremores, psicoses e deterioração mental. Fontes – frangos, peixes brancos, leite e derivados, levedo de cerveja, cereais integrais, nozes, germe de trigo, leguminosas, frutas secas, banana. Ácido fólico – Essencial para a renovação celular.Previne mal formações no feto como anencefalia. A pílula anticoncepcional inibe a formação de ácido fólico. Sua carência acarreta: anemia macrocítica, leucopenia. Fonte – está presente em praticamente todos os alimentos principalmente em vegetais com folhas, fígado, ovos, feijão e frutas. Carências de vitaminas do complexo B podem produzir as doenças: Beribéri (B1). A deficiência de vitamina B1 no homem produz o beribéri. O beribéri no homem é um estágio avançado de deficiência de vitamina B1 e se caracteriza por alterações do sistema nervoso periférico causado pelo acúmulo de ácido pirúvico. Hoje se conhecem duas formas bem definidas de beribéri. O beribéri seco (dry beri-beri), que se caracteriza por um maior desgaste muscular, perda de sensibilidade da pele, paralisia que começa nas pernas, estendendo-se posteriormente a outras partes do corpo. O beribéri úmido (wet beri-beri) que se caracteriza pelo aparecimento de edemas nos braços, nas pernas e no tronco, em estágio mais avançado o coração aumenta de volume e às vezes ocorre a morte do indivíduo por falhas cardíacas. Pelagra (B3 niacina) 11 A primeira publicação a respeito da doença foi feita em1755 por Thieri, medico francês, que aprendeu sobre a doença com Casal numa visita a Madrid.Casal (1762) associou a doença com pobreza e com ingestão de milho deteriorado. Essa coincidência levou erroneamente os investigadores a procurar agentes infecciosos e tóxicos no milho deteriorado. A melhora dos pacientes, quando em ambiente hospitalar, era atribuída ao repouso, ar fresco, exposição solar, água tudo menos melhora na alimentação.Foi somente em 1810 que Marzari suspeitou de um defeito na dieta alimentar. É encontrada com certa freqüência em nosso meio,principalmente em idosos, desnutridos e alcoólatras. O termo pelagra significa "pele áspera”. Provoca lesões cutâneas que ocorrem em qualquer ponto, usualmente no dorso das mãos e dos pés, axilas, cotovelos, pulsos, joelhos, debaixo dos seios e no períneo. De inicio, a pele apresenta-se vermelhas e pruriginosas; mais tarde, torna-se inchada, tensa, e surgem vesículas; finalmente, aparece à descamação, a pele subjacente permanecendo anormalmente espessa e pigmentada com atrofia com certo grau de endurecimento Nas zonas expostas à luz, como o pescoço e o colo, as lesões se apresentam com mais freqüência. Podem ocorrer também estomatites e fendas labiais. Fraqueza muscular, dermatite e diarréia. A língua pode apresentar-se vermelha e esfoliada, ou lisa, atrófica e brilhante. Anemia perniciosa (Deficiência de fatos intrínseco para conduzir ácido fólico e B12 para o intestino). 8.2 Vitamina C (ácido ascórbico) Essencial para a síntese (fabricação) de colágeno que é essencial para sustentação do tecido conjuntivo, resistência contra vírus, prevenção de reações alérgicas, é uma das proteínas mais abundantes do corpo humano, sendo também importante no metabolismo do ferro e da hemoglobina. Carência – escorbuto que causa sangramento das gengivas, má cicatrização da pele, enfraquecimentos muscular, cessação da formação óssea. Fontes: laranja, limão, caju, goiaba, kiwi, acerola, brócolis, couve-flor, tomate, maça, morango, goiaba, agrião, repolho. 8.3 Vitamina A (retinol, caroteno). Desempenha papel importante na visão, síntese do RNA, atividades normais do epitélio, metabolismo das gorduras e vitaminas e crescimento das crianças. Carência- Dificuldade de visão que pode evoluir para cegueira noturna (xeroftalmia), formação de cálculos renais, falta de elasticidade da pele, pele seca e escamosa. Vários estudos indicaram que se pode observar uma perda da capacidade auditiva e perturbações vestibulares em animais e seres humanos sujeitos a uma deficiência prolongada e grave de vitamina A. Todos os achados apontam para o papel primordial desempenhado pela vitamina A na manutenção da integridade morfológica e funcional das células sensoriais e ganglionares do ouvido interno. 12 Fontes: fígado de peixe, cenoura crua, abóbora, caqui, mamão, manga, brócolis, espinafre, batata doce, laranja, folhas de beterraba, tomate, melancia, couve, repolho, queijos, ovos. 8.4 vitamina D - ergocalciferol Formada na pele a partir do colesterol, através dos raios solares atua nos ossos e dentes promovendo absorção de cálcio e fósforo. A terapêutica à base de vitamina D tem por objetivo fundamental a profilaxia e o tratamento do raquitismo através da normalização do metabolismo do cálcio e do fósforo. Carência: Raquitismo caracterizado por pernas tortas, amolecimento dos ossos do crânio (osteomalácia), retardo no fechamento das moleiras. Fonte: peixes, grãos, gema de ovo, banana, derivados do leite. Para a transformação da pró-vitamina (existente na pele) em vitamina D é necessária à exposição ao sol. 8.5 Vitamina E- tocoferol Proteção contra o envelhecimento precoce e maus efeitos da poluição, melhorando a oxigenação celular e aumentando a energia muscular. Antioxidante, vasodilatadora, atua na regeneraçãoda pele, previne a trombose, aumenta a capacidade dos leucócitos contra infecção.Maturação dos gametas M e F. Deficiência - Nos adultos falta de vitalidade, letargia, incapacidade de concentração, fraqueza muscular, em crianças causa anemia em recém nascidos. Fontes: grãos, abacate, gema de ovo, de germe de trigo, óleos vegetais (oliva, amendoim, soja, algodão). 8.6 Vitamina K Possui papel importante na coagulação do sangue. Carência - ocorrência de hemorragias. Fontes: alfafa, trigo, legumes verdes, gema de ovo. As vitaminas hidrossolúveis, quando administradas em excesso, não costumam dar problemas, pois são eliminadas pela urina, mas as lipossolúveis, se espalham pelas gorduras do organismo acarretando intoxicações (hipervitaminose). Necessidades diárias de vitaminas Vitamina A 4.000-5.000UI (1 um=333UI) B1 – 1,0 a 1,5 mg. B2 – 1,2 a 1,7mg B3 –13 a 19mg. B5 – 4 a 7 mg B6 – 1,5mg B12 – 3mcg Ácido fólico – 400mcg. Vitamina C – 75mg. Vitamina D – 5-10mg para adultos e 15 mg para idosos acima de 70 anos Vitamina E – 200 a 1.200UI. (15mg) Vitamina K – 300mcg. 13 Minerais Água, proteínas, gorduras, carboidratos e vitaminas compõem aproximadamente 96% do organismo. Os 4%restantes são constituídos por minerais. Destes, 21 são considerados essenciais ao organismo: Cálcio fósforo, potássio, enxofre, cloro, magnésio, ferro, zinco, selênio, níquel, vanádio, cobre, iodo, molibdênio, cobalto, cromo, silício, estanho, flúor, manganês. Alguns minerais presentes no corpo humano ainda não têm função definida como: ouro, prata, mercúrio, bismuto, gálio chumbo, antimônio e lítio. Carência- Cretinismo (iodo). Anemia (ferro e cobre) Deficiência de crescimento (zinco) Alterações ósseas e dentárias (flúor). Enfraquecimento de ossos e dentes (cálcio) Anemia perniciosa (cobalto). Ação no organismo 1.Magnésio é considerado extremamente importante na prevenção de câncer. Fonte: frutas secas, verduras, mel, oleaginosas. 2. Ferro – Formação de glóbulos vermelhos. Fontes: Folhas verde escuras. Feijões, principalmente azuki, preto, carne, ovo, melado, frutas (pêssego, damasco, uva passa, ameixa preta) semente de abóbora e beterraba. 3. Fósforo - ligado ao cálcio, sendo essencial para ossos, dentes e sistema nervoso. Fonte: 4. Potássio - elimina o excesso de sal do organismo. Fonte: frutas, legumes, algas, banana, atum, água de coco. 5. Enxofre é essencial para cabelo, pele, unhas e glóbulos vermelhos. 6. Flúor - ligado às articulações ossos e dentes. Fonte; água e peixe. 7. Cromo - age no metabolismo da glicose facilitando a ação da insulina e Gera energia. Fontes: Lêvedo de cerveja, cereais integrais, carnes. 8. Cobre – fabricação de glóbulos vermelhos. Fonte: vegetais verde escuros, frutas secas e fígado. 9. Manganês – ativa enzimas necessárias para o metabolismo dos carboidratos, vitaminas do complexo B. Fonte: Nozes, leguminosas, farelo de trigo. 10. Selênio – Junto com a vitamina E é antioxidante e previne envelhecimento. Fonte: Germe de trigo, cereais integrais, couve, cebola, aspargo e coco. 11. Cálcio – formação de ossos e dentes. 14 Fonte - leite e derivados, folhas verde escuras, gergelim, amêndoas, algas, feijão preto e branco. 12. Iodo – funcionamento da glândula tireóide. Fonte - ar marinho, algas, agrião, alho, peixes marinhos. O sal de cozinha é enriquecido com iodo. 13. Zinco – crescimento e metabolismo – Fonte – Hortaliças, principalmente maxixe, grãos integrais, aveia, centeio, arroz, milho. Alimentação balanceada Deverá conter diariamente cerca de: 55% de Carboidratos. 30% de lipídios. 15% de proteínas. Vitaminas. Sais minerais. Fibras. 15 PIRÂMIDE ALIMENTAR 1. Grãos integrais, pães, cereais, arroz e massas, raízes e tubérculos. Esses alimentos devem constituir a maior fonte calórica no dia a dia. São recomendadas de 5 a 9 porções diárias desse grupo. A variação de quantidade de porções ocorre devido às diferenças de pessoa para pessoa levando-se em conta sexo, atividade física, e outros. Uma porção equivale a 1 fatia de pão ou 1/2x de cereais ou 1/2x de arroz ou massa. 16 2. Verduras e legumes Deve-se consumir de 3-5 porções de hortaliças por dia. Esse grupo é maior que o das frutas, pois, contem maiores quantidades de minerais e vitaminas. Uma porção equivale 1x de folhas cruas ou ½ de vegetais cozidos. 3. Frutas Sendo um grupo um pouco maior que o das verduras, recomenda-se consumir de 2-4 porções por dia. Uma porção equivale a 1 fruta ou 1/2x de suco de polpa . 4. Leite semidesnatado, iogurte, queijo fresco, derivados da soja. Consumir 2-3 porções diárias. São excelentes fontes protéicas e ricas em cálcio.Uma porção equivale a 1 copo de leite ou iogurte ou 2 fatias de queijo. 5. Feijões, nozes e sementes. Ingerir 2-3 porções diárias. São substitutos da carne e importante fonte de proteínas e ferro. Uma porção equivale a 1 ovo ou 1/2x de feijão ou 1/2x de nozes e castanhas. Em regimes com carne usar 1 filé pequeno de carne bovina, peixe ou ave. 6. Gorduras, óleos e doces. Deverão ser consumidos em pequena quantidade. A porção equivale a 1 colher de sopa de margarina ou maionese. Pré-bióticos e Pró-bióticos Os alimentos pré-bióticos são alguns tipos de fibras alimentares que promovem o crescimento de microorganismos benéficos. Funções: 1.Manutenção da flora intestinal; 2.Estimula a mobilidade intestinal (trânsito intestinal) prevenindo assim a diarréia e a constipação intestinal por estimularem a flora saudável. 3. Colabora para absorção das substâncias necessárias eliminando assim o excesso de glicose (açúcar) e colesterol. 4.Possui efeito bifidogênico, isto é, estimulam o crescimento das bifidobactérias. Essas bactérias suprimem a atividade de outras bactérias que são putrefativas, que podem formar substâncias tóxicas. Fonte Cebola, alho, tomate, banana, cevada, aveia, trigo, mel, brócolis, limão, laranja, \couve flor, uva, beterraba, ameixa, berinjela, soja, grãos integrais, verduras e frutas em geral. 17 Os probióticos são outro tipo de alimentos considerados funcionais por terem em sua composição um grande numero de células vivas. São microorganismos tipo lactobacilos que, quando ingeridos, exercem efeitos benéficos para a saúde. Esses organismos são adicionados aos alimentos, como os leites fermentados, por exemplo. Dessa forma, no meio ácido há uma diminuição na concentração de bactérias patogênicas e putrefativas, que provocam doenças e gases. Outras Funções: 1.Os probióticos aumentam de maneira significativa o valor nutritivo e terapêutico dos alimentos porque há um aumento dos níveis de vitaminas do complexo B e aminoácidos. Absorção acrescida de cálcio e ferro. 2.Fortalecimento do sistema imunológico, através de uma maior produção de células protetoras. 3.A manutenção do equilíbrio da flora intestinal é muito importante para o nosso organismo. Dessa maneira, a alimentação assume papel influente através da ingestão de alimentos que proporcionem o desenvolvimento no intestino de bactérias saudáveis. Fibras As fibras são encontradas nos grãos de cereais integrais e nas leguminosas como soja,feijões, farinhas integrais e farelo de trigo. As frutas e hortaliças também são fontes de fibras. Fibras insolúveis. Formada principalmente pela celulose e aumentam o bolo alimentar e fecal e a velocidade do trânsito. Ajudam na redução da absorção de vários compostos orgânicos como sais biliares, lipídios e colesterol. Pesquisas evidenciam que as fibrasdo farelo de arroz ajudam na prevenção de intoxicação por metais pesados como o chumbo, fazendo com que seja 18 eliminado pelas fezes. Em grande quantidade são perigosas porque reduzem a absorção de minerais úteis ao organismo. As fibras, reduzem a exposição a agentes carcinogênicos e se ligam aos hormônios promotores de câncer de colón e mama. Fibras solúveis: A principal fibra solúvel é a pectina, encontrada em frutas (laranja, maçãs), vegetais (cenoura), nos farelos de aveia e nas leguminosas. Esse tipo de fibra é classificada como solúvel por reter água formando uma estrutura em forma de gel. Este tipo de fibra ajuda na diminuição do nível de colesterol, prevenindo o aparecimento de doenças cardiovasculares. Alimentos Funcionais ANVISA portaria 389 de 30/04/99 São alimentos que contem substancias que reagem com a química do organismo prevenindo o aparecimento de doenças degenerativas., Ação: A.Anticâncer Tomate, melancia, papaia,pitanga, limão,laranja,tangerina e própolis. B.Redução de colesterol Uva, beterraba, ameixa, Shitake, tamarindo, óleo de amendoim, aveia, alho, cebola, soja, grãos integrais, salsinha, verduras e frutas. 19 C.Melhora= da microbiota intestinal Banana, batata, alcachofra, alimentos obtidos pela fermentação do leite. D. Efeito anti-inflamatório Muitas pessoas melhoraram dos sintomas da artrite, necessitando menos medicamentos e conseguindo uma melhor qualidade de vida. Atum e salmão são dois exemplos de alimentos com efeito antiinflamatório. mais peixes. A inflamação nem sempre tem aspectos negativos. Um ferimento fica avermelhado e inchado porque o organismo recruta leucócitos que combatem a infecção e aumenta o fluxo de sangue rico em oxigênio para facilitar a cicatrização. Mas alguns processos inflamatórios indesejáveis resultam de lesões menos relevantes, como a oxidação nas células que constituem as paredes dos vasos. Os antioxidantes podem ajudar a evitar essas lesões. Mas quando são insuficientes, os antiinflamatórios são necessários. Caso contrário, a tentativa do organismo em reparar suas lesões pode levar à inflamação crônica. A inflamação persistente ataca lentamente os tecidos saudáveis nas articulações, artérias e sistema nervoso. Fontes - ômega-3, encontrados em grandes quantidades, nos peixes, óleo de canola, nozes, espinafre e repolho, frutas, verduras. A maioria das frutas e verduras, principalmente as coloridas, parecem inibir a inflamação, graças à presença de fitossubstâncias, como a bromelaína, encontrada no abacaxi, e a quercetina, encontrada na maçã e cebola. Vegetais como o tomate contém cerca de 20 compostos com ação antiinflamatória.A semente de linhaça dourada é um dos alimentos mais ricos em ômega3. Um grupo de pesquisadores da Michigan State University, realizou experimentos e demonstrou que o extrato de cereja pode impedir dez vezes mais a formação de alguns agentes inflamatórios que a aspirina. Seus achados estimularam a ingestão de suco de cereja entre pacientes com artrite. Em pesquisa recente, demonstrou-se que a amora, morango e framboesa produzem efeitos semelhantes. , peixes e grãos integrais são os mesmos alimentos defendidos pelos nutricionistas há vários anos Obs.: 20 Os poliinsaturados ômega-6, encontrados no óleo de milho, dietas ricas em açúcar, farinha refinada e óleos vegetais parcialmente hidrogenados favorecem a inflamação. .www.uol.com.br/tododia/ ano2003/fevereiro/230203/mulher.htm - Aditivos alimentares De acordo com o artigo 2 de decreto n55. “871 de 26/3/1965” considera-se aditivo alimentar toda substancia intencionalmente acrescentada com a finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas propriedade, desde que não prejudique seu valor nutritivo. Aditivos: 1. Corante – intensificam a cor dos alimentos. _ Naturais; páprica, beterraba, açafrão, urucum. _ Artificiais: amarelo crepúsculo, Bordeaux-S, eritrosina, tartrazina, vermelho40, indigotina, azul-brilhante. São empregados em geléias, licores, aguardentes, aperitivos, manteiga, margarina, massas, recheio de biscoitos, pós e pudins mingaus, refrescos e sorvetes. 2. Flavorizantes e aromatizantes – Intensificam o sabor ou dão sabor e aroma. São extratos aromáticos que podem ser naturais ou artificiais. 3. Conservantes – retardam as alterações provocadas por microorganismos. São empregados em carnes, pães, vinhos, molhos, refrigerantes, margarinas, chocolates, doces de massa, geléias, leite de coco, maioneses, queijos, xaropes. 4. Antioxidantes – retardam o aparecimento de formações antioxidativas (rancificação). _ Ácido ascórbico, ácido fosfórico, BHA (butil-hidroxiasnisol), BHT (butil-hidroxitolueno), cálcio EDTA. Usados em manteigas, Margarinas, sucos de frutas, frituras em saquinhos plásticos (batata frita, aperitivos), leite de coco maioneses, molhos e Condimentos. 5. Estabilizantes – mantém as características físicas das suspensões. _ Acetato isobutirato da sacarose (SAIB), Agar-agar, bicarbonato De sódio, citrato de sódio goma-arábica, fosfato dissódico. Empregados em doces de leite, queijos fundidos, ketchup, Mostarda, cremes de leite, sorvetes, leites aromatizados, pós Para pudins, mingaus e sorvetes. 6. Espumíferos ou antiespumíferos - modificam a tensão superficial dos líquidos. 7. Espessantes – aumenta a viscosidade dos líquidos: ágar-ágar, goma 21 Arábica, celulose. 8. Edulcorantes – dão sabor doce aos alimentos. - Sacarina, ciclamato, stévia. Usados e, doces, Refrigerantes, chocolates, dietéticos em geral. 9. Umectantes – evitam a perda de umidade que causa ressecamento. - Lecitina, glicerol, sorbitol, propileno-glicol, dioctil, lactato De sódio. Usados em balas, doces, coco ralado, cremes, Bombons e produtos de confeitaria. 10. Antiumectantes – impedem que os alimentos umedeçam.- - Carbonato de cálcio, carbonato de magnésio, silicato de Cálcio, citrato de ferro, dióxido de silício. Empregados em Maionese, sal de cozinha, pós de refresco, leite em pó. 11. Acidulantes – intensificam o gosto ácido dos alimentos. - Ácido cítrico, ácido fosfórico, ácido acético, lactona, ácido Fumárico, ácido glicóico. Usados em balas,s doces, geléias Artificiais, licores, pós para refresco de frutas cítricas. 12. Emulsificantes- são substâncias que tornam possível a formação ou manutenção de uma mistura uniforme de duas ou mais fases que não se misturam nos alimentos como óleo e água. Estabilização de emulsões: quando se adiciona emulsificante a uma emulsão de água e óleo e eles se misturam. Interação com o amido: evitando ou retardando o envelhecimento de massas; Interação com as proteínas de farinha de trigo: promovendo a elasticidade da proteína aumentando o volume da massa. Ácido acético (acetoglicerídeos) Ácido lático (gliceril-lacto-palmitatos) Ácido cítrico (citroglicerídeos) Ácido tartárico diacetilado (DATEM) Ácido acético e tartárico Produtos de panificação; Bolos, Biscoitos, Sorvetes, Maionese e molhos, Muitos aditivos são substâncias naturais e inofensivas à saúde, outros artificiais não têm sua toxicidade comprovada, portanto podemos dizer que os aditivos são aceitos até provarem que são tóxicos. A realidade deveria ser exatamente o contrário: serem proibidos até demonstrarem que são inócuos. Existem muitosaditivos tóxicos como: 13. Vermelho-40 que é cancerígeno. 14. Corantes e flavorizantes podem causar alergias. 15. Glutamato monossódico, empregado como tempero é causador de câncer. 22 16. Nitratos e nitritos usados na produção e conservação de embutidos (salsichas, salames). 17. Ácido acético que descalcifica os ossos COMENDO INSETOS É verdade, muito provavelmente já comemos insetos, se não inteiros, já experimentamos pelo menos o "suco" deles em produtos que estão costumeiramente em nossas geladeiras e despensas. Biscoitos recheados, sorvetes, iogurtes, embutidos, queijos, balas, sucos e muitos outros produtos podem conter corantes em suas composições. Esses corantes podem ser de várias cores e ter variadas origens. Existem os artificiais, que são produtos químicos sintetizados em laboratório e os naturais. Os corantes artificiais, largamente usados até o final da década de 1980 estão sendo gradualmente substituídos pelos naturais em virtude de pressões da sociedade e dos governos em busca de produtos menos nocivos à saúde, principalmente das crianças. Os corantes naturais são obtidos basicamente a partir de raízes, folhas, cascas, sementes, frutos e até de INSETOS. O carmim é um corante natural que contém o pigmento vermelho ácido carmínico, extraído do corpo de insetos fêmeas grávidas Dactylopius coccus costa, conhecido como cochonilha. O "suco" do inseto tem a cor vermelho sangue e é muito utilizado como corante em alimentos, cosméticos, tecidos e produtos farmacêuticos (Alimentos industrializados de cor avermelhada costumam conter corantes). Esses corantes feitos de insetos esmagados estão relacionados no rótulo das embalagens com um dos nomes abaixo: 1. Carmim 2. Cochineal 3. Corante Natural Carmim de Cochonilha 4. Colorizante E120 5. Corante carmim INS 120 6. Corante INS 120 Bilhões desses insetos são criados e esmagados para fazer corante vermelho a cada ano no mundo inteiro. Setenta mil insetos são suficientes para fazer meio quilo de corante. Parece ironia, mas ao mesmo tempo em que as cochonilhas são criadas para fazer corante também são combatidas nas lavouras, pois são pragas destruidoras em várias culturas. O uso de cochonilha vem desde o descobrimento das Américas (já era usada pelos Astecas) e aumentou recentemente depois que se descobriu que alguns corantes artificiais causavam câncer. Agora as indústrias estão usando insetos esmagados porque é "natural". Como alternativa as indústrias poderiam usar o corante vermelho natural de 23 beterraba, que não causa alergias e nem restrições éticas. Para os que não desejam incluir INSETOS na sua dieta, a melhor maneira de se evitar é ler e conferir atentamente os rótulos de cada produto antes de levar para casa. Empresas como a Nestlé, Kibon, Bauducco, Tostines, Danone, Vigor, Batavo, usam insetos esmagados em parte de seus produtos. Alimentos diet e light Os produtos diet (dietéticos) são destituídos de certos componentes como açúcar, sal e gordura, o que reduz às calorias a zero. São usados para regimes específicos para diabetes e colesterol alto. Os produtos light (leve) indicam a redução de gorduras, sal e açúcar. Se forem consumidos em grandes quantidades acabarão nos fornecendo o mesmo número de calorias de um alimento comum. Por ter produtos como açúcar e gordura em numero reduzido, não indica que possa ser comido à vontade. Alguns produtos podem ser light e diet ao mesmo tempo. Ex. Um iogurte desnatado é light por ter baixo nível de gordura e é diet porque é isento de açúcar. Métodos de conservação Alimentos defumados A defumação é um processo que visa conservar os alimentos. É um processo muito antigo e tem sido empregada em praticamente todas as civilizações. No princípio era utilizada somente na conservação de peixes. Os principais produtos submetidos à defumação são carnes e peixes e alguns queijos. Eles se conservam por muito tempo graças à impregnação de sua superfície com aldeído fórmico que tem ação bactericida. A fumaça é formada por mais de 200 substancias, muitas das quais cancerígenas. Por essa causa devem ser usados com cautela. Alimentos liofilizados É um processo de desidratação. Consiste em congelar abruptamente o alimento em nitrogênio a –80o. Com isso a água das células é transformada em cristais e o alimento é colocado para secar em câmara de vácuo, onde os cristais de gelo saem das células. O único inconveniente é o alto custo, pois os alimentos liofilizados quase não perdem 24 suas propriedades nutritivas. O processo reduz os alimentos a pó, bastando acrescentar água para retorná-los à condição original. O tempo de conservação é indefinido, desde que protegidos da umidade por embalagens adequadas. Sua conservação dispensa refrigeração e outros cuidados. Alimentos congelados O congelamento dos alimentos está cada vez mais incorporado à vida do homem. Suas vantagens são bem conhecidas, sendo que a principal é de ordem econômica, pois permite o armazenamento de produtos fora de estação. Cuidados no congelamento: 1. O produto deve ser de boa qualidade e da época. 2. Pratos prontos devem ser resfriados rapidamente após o preparo para impedir o crescimento de germes. 3. Os alimentos só devem ser embalados quando frios para evitar acúmulo de vapor no interior do recipiente. 4. A temperatura correta de congelamento é de –18 a -30º, não devendo ser congelados em congelador de geladeira cuja temperatura é de –12o. 5. O descongelamento deverá ser feito lentamente, de um dia para o outro, e os pratos prontos deverão ir direto ao forno. 6. Os alimentos prontos não devem voltar ao freezer após o descongelamento por causa do crescimento das bactérias. Contra-indicações: Após 90 dias perdem de 30-50% de vitamina C, e vitaminas do complexo B. Alimentos lactofermentados São submetidos a uma prévia digestão chamada de fermentação lática, provocada por germes que nutrem os açucares. Reativam a flora intestinal que desempenha papel importante na fabricação de vitamina K, complexo B e C. O seu consumo exagerado pode acarretar desmineralização devido à acidez excessiva do organismo. Fontes: iogurtes, chucrute etc. 14. Alimentos industrializados Pelas necessidades da vida moderna nós não produzimos os alimentos que comemos, por isso torna-se fundamental a industrialização, pois de outro modo seria praticamente impossível comer. 25 A tecnologia e a comercialização aumentaram o risco de contaminação por agentes químicos, físicos e biológicos. Os principais riscos industriais são: 1. Desnutrição por falta de nutrientes nos alimentos. 2. Concentração de tóxicos como: pesticidas e aditivos. 3. Embalagens que podem conter fungos, bactérias, e também são usadas cerca de 120 corantes e pigmentos à base de anilina, mercúrio ou cádmio para colorir os plásticos.O cloreto de vinila usado em recipientes de bebidas tem sido responsável pelas alterações cromossômicas e efeitos carcinogênicos. 4. Latas com chumbo, estanho e zinco podem constituir fontes de intoxicação já que as soldas são feitas de ligas de metal. 5. Antibióticos para reduzir contaminação. 6. Vácuo – não desenvolvem germes aeróbios (vivem em presença de O2), mas podem desenvolver germes anaeróbios (que vivem sem ar). 7. Irradiação – Os alimentos são submetidos a cobalto60, reduzindo os microorganismos. Todos os alimentos irradiados não têm nenhuma energia vital. Cores dos alimentos As cores dos alimentos são determinadas pela presença de certos pigmentos. Essas substâncias alem de colorir, tem função de proteger o organismo contra certas doenças. + Alimentos brancos são ricos em cálcioe fósforo como leite, couve-flor, batata, arroz, cogumelo. Contribuem para a formação e manutenção dos ossos, regulam batimentos cardíacos e ajudam o sistema nervoso e muscular. + Alimentos vermelhos como morango tomate, melancia, caqui, goiaba vermelha, framboesa e cereja, possuem licopeno que é antioxidante e previnem o aparecimento de Ca de próstata. +Alimentos amarelos como mamão, cenoura, manga, laranja, abóbora, pêssego e damasco são ricos em vitamina B3 que ajudam o sistema nervoso, previne Ca de mama, e possuem também o Betacaroteno, um antioxidante que protege o coração. + Alimentos arroxeados como uva, berinjela, ameixa, figo, repolho roxo e beterraba possuem antioxidantes que retardam o envelhecimento e neutralizam substancias cancerígenas. + Alimentos verdes como vegetais folhosos,pimentão e ervas contem clorofila e vitamina A que tem ação desintoxicante, vitamina C que inibe os radicais livres que envelhecem as células, tem efeito anticancerígeno e cardioprotetor alem de proteger pele e cabelo. + Alimentos marrons são ricos em fibras e melhoram o transito intestinal, combatem a ansiedade e depressão alem de prevenir Ca e doenças cardiovasculares. 26 Microondas RECENTES INFORMAÇÕES DO JOHN HOPKINS HOSPITAL. 1. Não coloque nenhum recipiente plástico em microondas. 2. Não coloque suas garrafas de plástico, com água, em congelador. 3. Não ponha nenhuma embalagem de plástico em microonda. Substâncias químicas como dioxina causa câncer, especialmente câncer de mama. Dioxinas são altamente venenosas às células dos nossos corpo. Isto se aplica especialmente para alimentos gordurosos. A combinação da gordura e alta temperatura liberam dioxinas na comida e finalmente nas células do corpo. Segundo o Dr. Edward Fujimoto, Gerente de Programa de Bem-estar junto ao Hospital de Castle. O correto é usar vidro, como Pirex ou recipientes cerâmicos para aquecer a comida. Você obtém os mesmos resultados, só que sem a dioxina. Alimentos já prontos, congelados, sopas prontas empacotadas, etc., devem ser removidos dos recipientes e aquecidos em outra coisa. O papel não se recomenda, pois você não sabe a sua composição. É mais seguro usar vidro temperado. Ele também nos lembrou que, há um tempo atrás, alguns restaurantes de fast food deixaram de usar embalagens de recipientes feitos com espumas sintéticas. Uma das razões é o problema da dioxina.Também mostrou que aquela envoltura de plástico, muito perigosa quando colocado por cima dos alimentos, para ser cozidos no forno de microondas. Como a comida recebe altas temperaturas, faz as toxinas venenosas derreterem a embalagem do plástico e gotejar para dentro da comida.Cubra o alimento com pirex ou cerâmica.> 27 Doenças transmitidas por alimentos Os alimentos podem ser contaminados e tornarem-se tóxicos, de acordo com O agente contaminante como: 1. Contaminação bacteriana – alimentos contaminados com protozoários, bactérias e fungos. 2. Contaminação química-chumbo, agrotóxicos, raticidas, inseticidas. As contaminações bacterianas dependem de 4 fatores: Contaminação Bacteriana Higiene Ambiental Alimentos. Mãos do manipulador. Hábitos do manipulador. Utensílios e Equipamentos. Técnica Armazenamento. Preparo e manipulação. Conservação. Temperatura Conservação da matéria prima. Armazenamento. Exposição e distribuição Tempo Armazenamento. Manipulação e preparo. Exposição e distribuição. 28 Microorganismos agentes de toxinfecções Alimentares Staphilococus áureus Período de incubação 1 – 6 horas Fonte Nariz, boca, pele e mãos. Contaminação Manipulação inadequada. Alimentos Carnes cozidas, laticínios, cremes, recheios doces e salgados. Quadro clínico Vômitos, náuseas, diarréias, prostração. Bacillus cereus Período de incubação 1- 6horas forma diarréica, 8 – 20horas forma emética Fonte Solo, cereais e grãos, farinhas e hortaliças. Contaminação Caixas de transporte e exposição ao pó. Alimentos Arroz, feijão e outros cereais, vegetais cozidos, pudins, cremes e massas. Quadro clínico Náuseas, vômitos e diarréia. Clostridium botulinum Período de incubação 12 – 72 horas. Fonte Solo, vegetais, frutas e peixes. Contaminação Manipulação inadequada. Alimentos Conservas, carnes cozidas e patês. Quadro clínico Visão dupla, dificuldade para falar e paralisia. Shigela Período de incubação 12 – 72horas Fonte Fezes e água. Contaminação Manipulação Alimentos Manipulados 29 Dicas para uma alimentação saudável. 3. Faça no mínimo 3 refeições diárias, com um fruta, suco ou iogurte nos intervalos. 4. Coma devagar e mastigue bem s alimentos. 5. Prefira as verduras que podem ser consumidas cruas. 6. Coma diariamente vegetais de folhas escuras (couve, mostarda, agrião, espinafre) e vegetais amarelos (cenoura, abóbora). 7. Comas as frutas que são possíveis com casca. 8. Consuma ao menos 1 fruta cítrica por dia (laranja, abacaxi, tangerina, caju). 9. Massas e pães são alimentos energéticos, mas não abuse das quantidades. Prefira pães integrais ricos em fibras. 10. Consuma fibras que facilitam o transito intestinal e diminuem o colesterol. 11. Prefira as gorduras insaturadas como óleo de canola, girassol e milho e azeite de oliva na salada. 12. Beba pelo menos 8 copos de água por dia. 13. Adquira produtos de boa qualidade e registro dos órgãos oficiais (MS Ministério da Saúde e SIF Serviço de Inspeção Federal). 14. Sirva os alimentos logo após o preparo. 15. Armazene bem os alimentos em temperatura abaixo de 10o.C. 16. Lave as mãos corretamente antes, durante e na manipulação de alimentos. 17. Mantenha os utensílio e instalações rigorosamente limpos. 18. Controle insetos voadores e roedores. 19. Utiliza água pura. Os reservatórios deverão ser limpos a cada 6 meses. 30 Dicas de compra ao Consumidor 31 Dietas Tipo Definição Indicação Alimentos proibidos Alimentos permitidos 1. Dieta líquida *Liquida Espessada(mel); *Líquida Espessada Creme (creme de batata, cenoura, milho) ; *Líquida Espessada Pudim (consistência de Pudim, gelatina) Dietas cuja consistência não exige trabalho do trato digestório *Disfagias; * Pré e PO. *Infecções agudas; * Dificuldade de mastigação. Todos os alimentos sólidos e crus Café, leite, chá, caldo de legumes, sopas liquidificadas, iogurtes, mingaus. Gelatinas. 2. Dieta pastosa *Pastoso Grosso Homogêneo (semelhante ao danoninho ), não pode conter pedacinhos, totalmente lisa. *Pastoso fino homogêneo: (na consistência do Iogurte comum), não pode conter pedacinhos, totalmente livre. Consistência pastosa em forma de purês. *Dentição incompleta. *Problemas neurológicos. *Traumatismos de região bucal. *Úlceras. *Pré e Pó. Verduras e legumes crus. Alimentos sólidos e fibrosos. Condimentos. Bebidas alcoólicas. Refrigerantes Carnes Legumes em forma de purês. Bolachas à base de leite. Mingaus, pudins e gelatinas. Ovos. Leite e derivados. 3.Dieta leve ou branda Consistência semifluida, com alimentos cozidos e moídos. Apresenta restrições quanto ao teor de celulose e alimentos fermentativos. *Dificuldademoderada em mastigar e deglutir. *Pré e PO. *Diminuição de função gastrintestinal. *Gastrite. *Úlceras. *Depois de estado diarréico. Verduras cruas ou cozidas Leguminosas secas. Condimentos fortes. Frios e embutidos. Bebidas alcoólicas e refrigerantes Enlatados e carnes gordas. Frituras. Alimentos cozidos sem casca e sementes. Mingaus de cereais. Frutas cozidas. Pães e biscoitos, leite e derivados. Carnes grelhadas ou cozidas 5. Dieta geral Pessoas em Condições normais de alimentação Patologias que não exigem dieta específica. Alimentos excessivamente condimentados Sem restrições 32 Dietas terapêuticas Tipo Composição Indicações Proibições Alimentos Liberados 1. Hipercalórica Alto teor de hidratos de carbono Pacientes submetidos a stress. Doenças infecciosas. Queimaduras Bebidas alcoólicas. Condimentos. Alimentos ricos em calorias. Doces, creme de leite, farináceos, mel, frutas oleaginosas. 2. Hiperproteica Alto teor de proteínas Reposição de tecidos Bebidas alcoólicas. Condimentos Leite e derivados, carnes, ovos e suplementos como sustagem. 3. Hipocalórica Restrição calórica podendo variar de 1000 a 2000 cal. Pessoas com problemas de obesidade. Doces, bebidas doces, açúcar, alimentos gordurosos, frios e embutidos. Frutas, com exceção de abacate verduras, e legumes e frutas oleaginosas. Pães integrais, cereais, leite e derivados, alimentos dietéticos. 4. Hipoproteica Redução das proteínas totais. Pacientes nefropatas e principalmente Insuficiência renal aguda e crônica. Leguminosas secas. Frios e embutidos. Soja e alimentos integrais. Pão, bolacha, geléia, frutas, arroz, verduras e legumes, doces. Os alimentos derivados de animais deverão seguir prescrição de nutrição. 5. Hipossódica Controle de teor de sódio Pacientes hipertensos, cardíacos, edemaciados, renais, cirrose hepática. Azeitonas, enlatados, biscoitos salgados, misturas para bolos e tortas, bicarbonato, temperos prontos, carnes salgadas e defumadas. Todos desde que com controle de sal. 33 6. Hipogordurosa Restrição no teor de gordura. Enfermidades hepáticas e de vesícula. Leite integral, queijos gordurosos, manteiga e margarina, creme de leite, chantili, carnes gordas, abacate, coco, frutas oleaginosas, maionese, gema de ovo, enlatados e embutidos, biscoitos amanteigados, doces concentrados, folhados, chocolates, e frituras. Carnes magras (frango e peixe), cereais, massas, leguminosas, bolachas (água e sal), doces, frutas, leite e derivados desnatados. 7. Laxativa Dieta rica em celulose de efeito laxativo. Obstipação intestinal. Alimentos refinados. Doces concentrados e alimentos não integrais. Legumes, verduras cruas e cozidas, alimentos integrais. 8. Para diabetes. Quando o organismo é incapaz de utilizar a glicose. Pacientes diabéticos. Balas, doces, massas, gorduras, frutas oleaginosas, farináceos, refrigerantes. Frutas, verduras, legumes, pães integrais, leite e derivados e alimentos dietéticos. 9. Para úlcera Evita a irritação mecânica das mucosas gastrintestinais. Recuperação de mucosa. Verduras, frutas e legumes crus. Alimentos duros e fibrosos. Condimentos e molhos. Bebidas alcoólicas, refrigerantes e estimulantes como mate e café. Carnes magras, legumes cozidos, verduras e frutas cozidas, mingaus, pudins e gelatinas, leite e derivados. 10. Para DPOC Baixo teor de carboidrato para menor formação de CO2. Bronquite, asma, enfisema. Doces concentrados, açúcar refinado, massas, farináceos, bolachas. Leite integral e derivados, frutas oleaginosas, maionese, chocolates, frituras e óleos. 34 Dieta Enteral Definição A nutrição enteral (NE) por sonda é o método de escolha para oferecer suporte nutricional a pacientes que têm trato gastrointestinal funcionante, mas não conseguem manter ingestão oral adequada. As dietas comercializadas tem sido preparada industrialmente. Essas dietas são administradas diretamente no estomago e intestino delgado, evitando as porções superiores do tubo digestivo, através de uma sonda gástrica. As dietas comerciais tem vantagem pois possuem valor nutritivo completo, apresentam risco mínimo de contaminação, e permitem uma dieta específica e individual. Pode ser preparada conforme o seu estado,desencadeado por choque, politraumatismos e queimaduras Indicações Doenças neurológicas Trauma facial Trauma oral ou de esôfago Lesão traumática cerebral. Contra indicações É contra indicada em: * Obstrução ao intestinal. * Pancreatite Vias de acesso Via Naogástrica Para curtos períodos(3 a 4 semanas). Uma sonda é inserida do nariz até o estomago. Esse processo trás a vantagem de preservar as funções digestivas e os processos hormonais e bacterianos do estomago. Nasoenteral Para NE, utilizam-se sondas finas e flexíveis, de poliuretano ou silicone, denominadas sondas enterais ou de Dobhoff. Conforme a portaria MS/SVS no 337 de 14/04/1999, a passagem da sonda enteral e a verificação da sua posição são da responsabilidade do enfermeiro. A escolha da posição da sonda deve levar em consideração, entre outros fatores, o risco de aspiração pulmonar e o nível de atividade do paciente. Com o acesso jejunal, os riscos de aspiração pulmonar e de saída acidental da sonda são menores, e a nutrição pode ser mais precoce. 35 Gastrostomia/Jejunostomia A sonda é inserida por procedimento cirúrgico através da parede abdominal e pode ficar inserida no estomago ou no jejuno. Material Necessário Sonda Nasoenteral Bomba de infusão Dieta prescrita Sonda naso-enteral Introduz-se pelo nariz, atravessa o piloro e deve ficar situada no duodeno, no jejuno ou no íleo proximal. Pode obstruir facilmente por serem de pequeno calibre. Outras sondas que são menos usadas são a gastrostomia e jejunostomia colocadas cirurgicamente. Bomba de infusão São dispositivos automáticos que conectados à sonda nasoenteral permitem regular de forma automática e de uma medida exata, o ritmo e a velocidade do fluxo administrado. Tem sistemas de alarmes que avisam sobre falhas na passagem da infusão. Requisitos para instalação Antes de se inicial a dieta enteral prescrita ( dieta/24 horas), verifica-se a tolerância do paciente, administrando-se pela sonda 100ml de água a cada 3 horas, pinçando a sonda e conectando-a ao saco coletor., para avaliação da drenagem. Apenas se administrará a dieta se o conteúdo do drenado gástrico obtido for escasso. Cuidados de Enfermagem 1. Comprovar o tipo de nutrição prescrita para o paciente. 2. Deverá ser administrada em temperatura ambiente, para evitar alterações de temperatura no trato gastro intestinal. Nunca aquecer a dieta , mesmo em banho Maria ou similar pois altera a composição coagulando as proteínas. 3. Selecionar a bomba de infusão. 4. Fixar a sonda com adesivo não alergênico após ter desengordurado a pele na testa, bochecha ou nariz sem tracionar a asa do nariz (fazer alça frouxa para prevenir tensão e deslocamento). Essa fixação deve ser trocada quando necessário, modificando a posição da alça da sonda e da fixação em caso de irritação ou lesão cutânea . 5. Adaptar o frasco de dieta à bomba.Retirar o ar do sistema. 6. Ligar e programa a bomba no ritmo prescrito (21 a 42ml/h). À medida que aumenta a tolerância x do paciente, aumentar a velocidade em dias sucessivos. 7. Colocar o paciente em decúbito elevado, Fowler 30-45O. 8. A nutrição enteral é programada para 23 horas. 36 9. Identificar os equipos para evitar a infusão acidental em via endovenosa. 10. Lavar a sonda com água após administração da dieta; 11. Proceder à limpeza e lubrificação das narinas com água e vaselina líquida; 12. Manter a cavidade oral limpa 13. Observar e monitorar vômitos 14. MONITORIZAÇÃO: * Oferta nutricional e balanço hídrico, sinais vitais e peso diariamente. * Velocidade de infusão da dieta. * Clínicos: distensão abdominal, número de evacuações diárias, presença de sangue nas fezes. * Diarréia. A diarréia é definida como a ocorrência 4 ou mais evacuações líquidas ou semilíquidas, em moderada a grande quantidade, em 24 horas. As suas causas são múltiplas.:Pode ser ocasionada por volume errado de alimentação, erro no tempo de infusão ou contaminação. Em caso de diarréia,não se deve suspender NE, mas diminuir o gotejamento (40 a 50 ml/h em caso de posicionamento gástrico, 20 a 25 ml/h, no duodeno ou jejuno). Comunicar a nutricionista, para adaptar a fórmula às necessidades do paciente, e a equipe médica. * Monitorar atentamente a hidratação do paciente. * Obstipação: comunicar a nutricionista para adequação da fórmula, a Equipe médica para prescrição de laxantes se necessário * Posicionamento da sonda após vômito; * Bioquímicos: URINA: glicosúria, potássio. SANGUE: eletrólitos, proteínas totais e frações, uréia e creatinina; FEZES: pesquisa de sangue oculto COMPLICAÇÕES Gastrintestinais: Náuseas, vômitos, estase gástrica, refluxo gastroesofágico, distensão abdominal, cólicas, empachamento, flatulência, diarréia e obstipação. Mecânicas: Erosão nasal, esofagite, estenose, obstrução da sonda, Rouquidão, faringite, otite, sinusite. Metabólicas: Hiperidratação, desidratação, hiperglicemia, hipoglicemia, anormalidades eletrolíticas, alterações da função hepática. Respiratórias: Aspiração pulmonar, pneumonia química ou infecciosa. Infecciosas: Gastroenterocolite. Psicológicas: Ansiedade e depressão, ligadas à falta de estímulo ao paladar, isolamento social, inatividade. 37 1. Obstrução da sonda; 2. Aspiração pulmonar; 3. Deslocamento ou remoção acidental da sonda; 4. Diarréia; 5. Distensão abdominal; 6. Náuseas e vômitos; 7. Constipação intestinal; 8. METABÓLICAS: desidratação, hipopotassemia, hiperpotassemia, hipernatremia, hipofosfatemia, hipercapnia. Cuidados de enfermagem com as ostomias Manter curativo oclusivo, seco, trocado diariamente. Observar a pele, procurando sinais de vazamento de líquido gástrico, duodenal ou de infecção, tais como eritema, secreção purulenta, edema. Nutrição Parenteral Definição Consiste na administração de todos os nutrientes necessários para a sobrevida por outras vias que não o trato gastrintestinal. Tipos: Nutrição Parenteral Total (NPT) e Nutrição Parenteral Parcial(NPP). Vias Central – administrada por veia de grande calibre ( jugular ou subclávia), quando a solução é hipertônica como glicose 50%. Periférica – administrada por veia na mão ou antebraço, quando a glicose é 5%. Indicações a) Pré-operatória - pacientes portadores de desnutrição(perda de 15% do peso)com doenças obstrutivas do trato gastrintestinal. b) Complicações cirúrgicas pós-operatórias – fístulas intestinais, infecção peritonial. c) Pós-traumatismo – lesões múltiplas, queimaduras graves, infecção. d) Desordens gastrintestinais – vômitos crônicos, doença intestinal infecciosa. (E)Colite ulcerativa. f) Insuficiência hepática e renal. (g)Condições pediátricas – má formação gastrintestinal. Composição Todos os nutrientes essências devem ser fornecidos em quantidades exatas.Deve incluir, carboidratos, gorduras, aminoácidos, minerais, vitaminas, eletrólitos. A formulação deverá atender as necessidades individuais de cada paciente. As soluções usadas contem glicose hipertônica, aminoácidos, eletrólitos e sais minerais como ferro, cobre, zinco. Administração 38 As vitaminas são disponíveis em ampolas. Vit K 1 amp/IM/3/3d, Ácido fólico/ 1 amp IM/ semanalmente, Vit B12 /1 amp IM/ semanalmente. Finalização Não deve ser interrompida abruptamente, pois devido ao elevado nível de insulina circulante há perigo de hiperglicemia súbita. Ao término do último frasco administra-se soro glicosado a 10% por 12 horas, seguindo-se da retirada do cateter central, se houver indicação. Dietas em Situações Especiais 1. Queimados O Organismo queimado, por quebra de barreira da pele, perde muita água através da evaporação e respiração. Esta perda pode ser estimada em 2,0 a 3,0 ml/kg/%ACQ. O estoque de glicose é consumido em poucas horas devido ao hipermetabolismo ocasionado pelo trauma. Esse consumo de glicose faz com que o organismo queime proteínas musculares e viscerais. A suplementação precoce de carboidratos e outros nutrientes previne a perda protéica. Essa proteína também é perdida pela exudação na pele queimada. Corresponde a cerca de 2 a 3 g de proteína/%ACQ/dia. Não há ganho de peso até a cobertura da superfície queimada. Alimentação do queimado Quando a dieta oral não é possível, casos de queimaduras de face e orofaringe, ou não é suficiente para suprir as necessidade do paciente, indica-se a nutrição enteral(NE). Pacientes com mais de 30%ACQ necessitam de suporte nutricional por NE. O aporte calórico é aumentado gradativamente e alcança as necessidades totais no terceiro dia após a queimadura. O objetivo principal da nutrição é impedir a deterioração clínica do paciente com perda de peso, redução dos mecanismos de defesa, e diminuição da velocidade de cicatrização. Dietas conforme as culturas 1.Dieta Kasher - judaica Kosher (ou Kasher) significa apropriado, aceitável ou ritualmente usável. O alimento é dividido em três classificações: a. A carne e os alimentos que contêm carne (fleishig); b. O leite e os alimentos que contêm leite (milchig); c. Alimentos que não contêm nem leite nem carne (pareveh) (ASHERI, 1995). Os judeus podem comer carne de animais de sangue quente, que tenham cascos fendidos e ruminem, sendo eles as vacas, cabras e ovelhas. Cervos, alces, búfalos e outros também são Kasher, mas como tem de ser mortos conforme a lei judaica. Animais kasher como o boi, ovelha, cabra (que têm o casco fendido e são ruminantes) e as aves kasher, só podem ser consumidos após serem devidamente abatidos e inspecionados por um especialista (shochet). Depois, devem ser devidamente 39 processados (salgados e lavados) de modo a extrair o sangue, que não é kasher (EIZIRIK, 1984). Para retirar o sangue, a carne é salgada pelo período de uma hora, antes da cocção, a carne é lavada. Quanto aos peixes, apenas os que possuem escamas e barbatanas podem ser consumidos; a razão para isso é desconhecida. Para as aves (galinha, peru e pomba), não existem restrições, apenas não pode-se utilizar água quente para retirar as penas. Peixes não precisam ser 'kasherizados', pois eles possuem uma quantidade mínima de sangue, portanto, na Torá a afirmação que a proibição de ingerir sangue está limitada a mamíferos e aves (YISRAEL, 2000). Animais como porco, camelo, jumento, lebre, coelho, lagarto, crustáceos (lagosta, camarão, siri), ostras, cação, lula, aves de rapina e insetos não são Kasher (EIZIRIK, 1984) Carne de animais, aves e leite, e seus respectivos derivados, não podem ser misturados, mesmo que ambos sejam kasher. É preciso ter panelas, talheres, louças, utensílios e piasseparadas. Após, ingerir algo de carne, pode-se ingerir laticínios seis horas depois. Pareveh são alimentos que não são nem de leite, nem de carne (como os vegetais, por exemplo) (EIZIRIK, 1984). Vegetais, grãos e frutas in natura para serem Kasher, devem ser examinados (ou peneirados no caso da farinha) para extrair vermes ou insetos que não são kasher. Derivados de uva e vinho requerem supervisão de um judeu especializado. http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/11053 Dieta vegetariana Os principais tipos de dieta vegetariana incluem: Vegetarianismo estrito - evita o consumo de todos os produtos animais incluindo ovos, leite e queijo. Os seguidores desse tipo de dieta também são conhecidos como vegans. Ovo-lacto-vegetarianismo - Essa prática proíbe a ingestão de todas as carnes, porém permite o consumo de produtos animais como ovos e leite. Lacto-vegetarianismo - Elimina a ingestão de todas as carnes, mas permite o consumo de leite e seus derivados, como queijo, manteiga e iogurte. Ovo-vegetarianismo - proíbe o consumo de carnes, mas permite comer ovos. Pesco-vegetarianismo - Esse tipo de dieta permite a ingestão de frutos do mar, principalmente peixe. Muitas vezes não é considerada como uma verdadeira dieta vegetariana. Dieta Macrobiótica Macrobiótica é um regime de dieta proposto nos final dos anos 60 por Michio Kushi, que foi inspirado pelo filósofo Georges Ohsawa. A dieta macrobiótica enfatiza cereais integrais cultivados localmente, legumes e produtos de soja 40 fermentada, combinados em refeições pelo princípio das propriedades do yin e yang. O ideal é que não seja consumido nenhum produto animal, porém Kushi recomenda que a dieta seja adotada gradualmente, comendo cada vez menos alimentos de origem animal até que o corpo não tenha mais necessidade deles. Farinha refinada, açúcar, laticínios e carne de vertebrados são vistos como os mais nocivos, enquanto peixe é considerado aceitável se o corpo pedir por ele. Além de frutas naturais, o único adoçante usado na comida macrobiótica é xarope de malte de cevada. Exemplos de combinações: Arroz integral, lentilhas e couve-flor Cevada integral, ervilhas e cenouras Trigo integral, grão-de-bico seco e batatas. Os proponentes da macrobiótica afirmam que essa dieta pode ajudar a alcançar a paz interior e salvação do consumismo, assim como trazer benefícios significativos para a saúde, incluindo proteção contra enfermidades cardíacas e alguns cânceres. Alguns do que seguem essa dieta acreditam que sua boa saúde é decorrente de comer macrobioticamente, porém oponentes apontam diversas mortes de pessoas que estavam usando a forma mais severa de macrobiótica. Não foi comprovada nenhuma ligação de causa entre dieta e as mortes, mas isso não pode ser descartado como um fator possível. Dieta ortomolecular A dieta ortomolecular é parte da medicina ortomolecular, a qual propõe que muitas doenças e problemas de saúde resultam de desequilíbrios químicos ou deficiências de nutrientes, e podem ser prevenidas, tratadas ou curadas ao alcançar o nível ótimo de substâncias como vitaminas, sais minerais, enzimas, antioxidantes, aminoácidos, ácidos graxos essenciais, pró-hormônios, lipotrópicos e fibras alimentares. Desta forma, a dieta ortomolecular procura atingir o nível ideal dessas substâncias e muitas vezes são utilizados suplementos nutricionais. Prática da dieta ortomolecular Na prática, a dieta ortomolecular baseia-se bastante em testes laboratoriais sofisticados para vitaminas, sais minerais, hormônios, aminoácidos, microbiologia, função gastrintestinal, etc. Algumas análises laboratoriais empregadas para a dieta ortomolecular não são aceitas na medicina convencional. A dieta molecular objetiva fornecer, na maior parte das vezes via oral, as quantidades ideais das substâncias normais ao organismo. Mais freqüentemente a definição da quantidade "ideal" dessas substâncias é produto do julgamento do praticante da medicina ortomolecular, que prescreve os nutrientes baseado nos testes, sintomas do paciente e em seu próprio julgamento do que é apropriado. 41 Suplementos na dieta ortomolecular Nos primeiros dias da medicina ortomolecular, os suplementos para a dieta geralmente eram de altas doses de um nutriente. Hoje em dia, é mais comum na dieta ortomolecular o uso de muitas substâncias como: aminoácidos, enzimas, hormônios, vitaminas, sais minerais, etc. Muitas vezes, a suplementação da dieta é feita com doses altas de vitaminas, bem maiores que consumo recomendado. As substâncias nutricionais também podem ser administradas com mudanças na dieta, a fim de enfatizar certos alimentos ricos e m nutrientes. http://www.copacabanarunners.net/dieta-tao.html Alimentação da Nutriz Para a produção do leite, é necessária a ingestão de calorias e de líquidos além do habitual. Por isso, durante o período de amamentação, costuma haver um aumento do apetite e da sede da mulher e também algumas mudanças nas preferências alimentares. Acredita-se que um consumo extra de 500 calorias por dia seja o suficiente, pois a maioria das mulheres armazena, durante a gravidez, de 2kg a 4kg para serem usados na lactação. Fazem parte das recomendações para uma alimentação adequada durante a lactação os seguintes itens: • Consumir dieta variada, incluindo pães e cereais, frutas, legumes, verduras, derivados do leite e carnes; • Consumir três ou mais porções de derivados do leite por dia; • Esforçar-se para consumir frutas e vegetais ricos em vitamina A; • Certificar-se de que a sede está sendo saciada; • Evitar dietas e medicamentos que promovam rápida perda de peso (mais de 500g por semana); • Consumir com moderação café e outros produtos cafeinados. 34 A alimentação ideal de uma nutriz pode não ser acessível para muitas mulheres de famílias com baixa renda, o que pode desestimulá-las a amamentar seus filhos. Por isso, a orientação alimentar de cada nutriz deve ser feita levando-se em consideração, além das preferências e dos hábitos culturais, a acessibilidade aos alimentos. É importante lembrar que as mulheres produzem leite de boa qualidade mesmo consumindo dietas subótimas. É preciso estar atento para o risco de hipovitaminose B em crianças amamentadas por mães vegetarianas, haja vista que essa vitamina não é encontrada em vegetais. É importante também certificar-se de que as nutrizes vegetarianas estão ingerindo quantidade suficiente de proteínas. Como regra geral, as mulheres que amamentam não necessitam evitar determinados alimentos. Entretanto, se elas perceberem algum efeito na criança de algum componente de sua dieta, pode-se indicar a prova terapêutica: retirar o alimento da dieta por algum tempo e reintroduzi-lo, observando atentamente a reação da criança. 42 Caso os sinais e/ou sintomas da criança melhorem substancialmente com a retirada do alimento e piorem com a sua reintrodução, ele deve ser evitado. O leite de vaca é um dos principais alimentos implicados no desenvolvimento de alergias alimentares. As mulheres que amamentam devem ser encorajadas a ingerir líquidos em quantidades suficientes para saciar a sua sede. Entretanto, líquidos em excesso devem ser evitados, pois não aumentam a produção de leite, podendo até diminuí-la. Aleitamento Materno É muito importante conhecer e utilizar as definições de aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e reconhecidas no mundo inteiro(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2007a). Assim, o aleitamento materno costuma ser classificado em: • Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos. • Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno,
Compartilhar