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TRAUMATISMO DENTAL E COLAGEM DE FRAGMENTOS

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Sheila Prates -93 
Dentística 
 
 
TRAUMATISMO DENTAL E COLAGEM DE FRAGMENTOS 
 
Causas: brincadeiras e práticas de esportes, bicicletas, patins, esportes com bolas, acidentes automobilísticos, lutas, 
etc. 
Traumatismo dentário é uma urgência odontológica que requer cuidados especiais. Gera impacto psicológico ao 
paciente e aos familiares. 
Trauma implica em uma lesão razoavelmente severa e não fisiológica a qualquer parte do corpo. Qualquer injuria, 
seja química, térmica ou mecânica sobre as estruturas dentais, deve ser analisada como um trauma dental e seus 
efeitos como uma injuria traumática. 
Prevalência 
• 50% das crianças em idade escolar (decíduas, permanente ou mista) 
• 10-15% dos 4 a 6 anos 
• 35% aos 12 anos 
• Brasil 
- 8 a 58% entre crianças de 9 a 13 anos 
- 10 a 31% para crianças de 1 a 5 anos 
• Dentes envolvidos: 37% ICS; 18% ICI; 6% ILI; 3%ILS 
Etiologia 
• É muito comum em crianças 7 a 12 anos – atividades esportivas e confrontos 
• Na primeira infância – causado por quedas 
• 2 a 6 anos – quedas e falta de atenção 
• Adolescente e adultos – acidentes de trânsito, lutas e esportes (falta de material de proteção) 
Severidade da injuria 
• Depende da energia do impacto 
• Resiliência do objeto impactante 
• Forma do objeto impactante 
• Ângulo de direção da força impactante 
• Trauma direto: ocorre no dente 
• Trauma indireto: uma arcada inflige sobre a outra (mais perigoso que o direto, avaliar outras superfícies) 
Traumatismo dentário 
• Fatores bucais – predisposição 
-Overjet acentuado 
-Mordida aberta anterior 
-Lábio superior curto ou hipotônico 
-Pacientes respiradores bucais 
-Prática esportiva sem protetor bucal 
-Hábitos parafuncionais não controlados (posteriores também são alvos nesses casos) 
 
 
• Fatores ambientais 
Terrenos e áreas descampadas 
Aglomeração de pessoas 
Escolas 
Clubes 
 
• Fatores comportamentais: beber antes de dirigir 
 
• Presença de doenças, deficiências e limitações físicas 
Epilético 
Paralisia cerebral 
Deficientes auditivos e visuais 
 
Exame do paciente 
• Ficou algum período inconsciente? Analisar comportamento neurológico, pode encaminhar para o hospital 
• Mudou a sua mordida? 
• Sensibilidade do dente? 
Diagnóstico inicial 
• Exame neurológico básico – seguir lápis ou dedo de um lado ao outro, qual dia da semana, nome completo... 
• História medica do paciente 
• História do trauma 
• Exame extra-oral 
• Exame intra-oral 
Tecidos moles 
Tecidos duros/sustentação 
• Exame radiográfico 
• Encaminhamento para imunização para tétano para o UBS, ao menos que ele tenha tomado vacina nos 
últimos 6 meses. 
Exames 
• Tecido mole (circundante, gengival, lingual...) 
• Mobilidade 
Grau 0 – sem mobilidade 
Grau 1 – ligeira mobilidade 
Grau 2 – marcante mobilidade 
Grau 3 – “praticamente solto” 
 
Classificação dos traumatismos dentários 
• Lesões das estruturas de suporte (sustentação) 
 
✓ Concurssão 
✓ Sub-luxação 
✓ Intrusão 
✓ Avulsão 
✓ Luxação lateral 
✓ Extrusão 
✓ Fratura alveolar 
Até extrusão o tratamento tem mais chance de sucesso. 
 
 
CONCURSSÃO 
 
• Trauma nas estruturas de suporte do dente sem aumento da mobilidade ou deslocamento, mas com dor a 
percurssão. 
• Sinais visíveis – nenhum 
• Testes de percussão – sensível ao toque 
• Teste de mobilidade – nenhum 
• Teste de vitalidade pulpar – positivo 
• Achados radiográficos – sem anormalidades 
• Tratamento – monitoramento das condições pulpares por cerca de 1 ano 
• Instrução ao paciente – cuidado com o dente e evitar morder. Alimentação mais mole 
 
SUB-LUXAÇÃO 
• Trauma nas estruturas de suporte resultando em um aumento de mobilidade, mas sem deslocamento do 
dente. Sangramento do sulco gengival 
• Pode ocorrer danos na rede neurovascular do dente 
• Pode ocorrer áreas com separação de ligamento periodontal com sangramento e edema 
• Sinais visíveis – nenhum 
• Testes de percussão – sensível ao toque 
• Teste de mobilidade – aumento de mobilidade 
• Teste de vitalidade pulpar – sensibilidade transitória (recomendável fazer depois de uma semana) 
• Achados radiográficos – geralmente sem anormalidades 
• Tratamento 
Sutura se houver necessidade 
Em caso de dor na relação oclusal, aliviar a oclusão 
Splint (barra fixa: RC, fio ortodôntico) se necessário (por 2 semanas). Pegar 3 planos para estabilizar 
Controle clínico radiográfico por 1 ano 
 
EXTRUSÃO 
 
• Deslocamento parcial do dente do alvéolo 
• Pode resultar em separação parcial ou total do ligamento periodontal e exposição radicular 
• Sinais visíveis – dente aparece alongado 
• Testes de percussão – sensível 
• Teste de mobilidade – excessivamente 
• Teste de vitalidade pulpar – falta de resposta 
• Achados radiográficos – espaço do LP pode estar ausente total ou parcial da raiz 
• Ápice aberto 
Reavaliar após 1 semana, caso teste de vitalidade der negativo – tratamento endodôntico com curativo com 
MTA 
• Ápice fechado 
Reavaliar após 1 semana, caso teste de vitalidade der negativo – tratamento endodôntico 
• Tratamento 
Limpeza e sutura (se necessário) 
Reposição do dente com pressão digital (tentar colocar o dente na posição normal) 
Splint com resina por 2 semanas 
Monitoramento das condições pulpares 
Controle clínico radiográfico periodicamente durante 1 ano e acompanhamento até 5 anos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUXAÇÃO LATERAL 
 
• Deslocamento com fratura do osso alveolar lingual/vestibular. Impressão do dente estar menor 
• Separação parcial ou total do LP/ aprisionamento do ápice. 
• Sinais visíveis – deslocamento vestibular ou lingual da coroa 
• Testes de percussão – geralmente som “metálico” (dente em contato com o osso) 
• Teste de mobilidade – nenhum 
• Teste de vitalidade pulpar – sem resposta 
• Achados radiográficos – aumento do espaço do LP 
• Tratamento 
Anestesia 
Limpeza 
Reposição do dente com pressão digital 
Sutura se for necessário 
Splint com resina por 4 semanas 
Acompanhamento clinico e radiográfico após 2,4,8 semanas, 6 e 12 meses por 5 anos 
Tratamento endodôntico 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRUSÃO 
 
• Deslocamento do dente para dentro do alvéolo, pode estar acompanhada por fratura alveolar. 
• Laceração e contusão do LP 
• Contusão do osso alveolar 
• Perda de continuidade do selamento marginal gengival 
• Sinais visíveis – deslocamento axialmente dentro do osso alveolar 
• Testes de percussão – geralmente som “metálico” (dente em contato com o osso) 
• Teste de mobilidade – nenhum 
• Teste de vitalidade pulpar – sem resposta 
• Achados radiográficos – sem espaço do LP. Geralmente fratura radicular 
• Tratamento – de acordo com a idade do paciente 
Reposição espontânea – ápice aperto 
Reposição ortodôntica ou cirurgia (movimentos de lateralidade e splintagem) 
Endodôntica (quando raiz estiver completa) após 3-4 semanas do trauma 
 
 
 
AVULSÃO 
 
• Deslocamento completo do dente para fora do alvéolo 
• O alvéolo fica preenchido por coágulo 
• Sinais visíveis – dente fora do alvéolo 
• Testes de percussão – não indicado 
• Teste de mobilidade – não indicado 
• Teste de vitalidade pulpar – não indicado 
• Achados radiográficos – verificar fratura óssea 
• Instrução ao paciente 
Manter a calma 
Achar o dente e pegá-lo pela coroa 
Lavar se necessário (sem esfregar para não retirar o LP), preferencialmente com soro fisiológico 
Encorajar o paciente ou familiar a reposicionar o dente, caso contrário colocar o dente no leite em solução 
salina (preferencialmente) ou dentro da boca, na bochecha 
Procurar imediatamente o dentista 
• Tratamento 
Remover o coágulo com cuidado sem raspar o alvéolo 
Verificar o alvéolo se houve fratura 
Reposicionar o dente 
Suturar se necessário 
Verificar o posicionamento do dente (clínica e radiograficamente) 
Splint flexível por até 4 semanas 
Administrar antibiótico sistêmico 
Verificar vacina antitetânica – encaminhar para UBS 
Endodontia7 a 10 dias após replantação antes da remoção do splint 
Controle semanal no 1º mês a cada 3 meses posteriormente até 1 e depois anualmente. A tendência desse 
dente é ter reabsorção ou anquilose. Se anquilosar o dente não cai, ao contrário da reabsorção. 
 
 
 
 
FRATURA ALVEOLAR 
• Fratura do processo alveolar 
• Pode ou não envolver o alvéolo 
• Sinais visíveis – deslocamento do segmento alveolar 
• Testes de percussão – sensível 
• Teste de mobilidade – mobilidade do segmento 
• Teste de vitalidade pulpar – negativa 
• Achados radiográficos – linha de fratura 
 
• Tratamento 
Lavagem da região 
Anestesia 
Reposição manual 
Sutura se houver necessidade 
Splint por 4 semanas 
Acompanhamento clínico/radiográfico (importante 
acompanhamento semanal devido a fratura da tábua óssea, 
pode ocorrer necrose se não voltar a ter irrigação sanguínea). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRATURAS CORONÁRIAS 
Trinca nos dentes: não precisa de tratamento. Ao longo da vida ocorre trincamento natural devido ao stress. 
Fratura de esmalte sem envolvimento de dentina, com envolvimento de dentina, com envolvimento de polpa. 
Fratura com envolvimento de coroa sem envolvimento de raiz e polpa e coroa com envolvimento de raiz e polpa 
Classificações dos traumatismos dentários 
• Lesões das estruturas duras do dente 
Fratura coronária 
➢ Esmalte ou esmalte/dentina 
➢ Esmalte/dentina com exposição pulpar 
Fratura corono radicular 
Fratura radicular 
FRATURA CORONO-RADICULAR – fratura de esmalte, dentina e cemento com ou sem exposição pulpar 
FRATURAS RADICULARES 
• Fraturas horizontais e oblíquas: terços cervical, médio e apical 
• Fraturas verticais – dentes comprometidos (assim como fratura obliqua ao menos se estiver do terço médio 
para apical, pode-se salvar) 
• Se o dente não tiver mobilidade pode deixa-lo, mas se tiver, precisa ser acompanhado 
Tratamento das fraturas coronárias 
• Tipo e extensão do trauma 
• Idade do paciente 
• Exigências estéticas 
• Condições econômicas 
• Experiência profissional 
 
Diagnóstico 
Exame intra-bucal 
Teste de percussão: vertical e horizontal, teste radiográfico, anamnese, tipo de trauma, vitalidade pulpar, 
-Anquilose, intrusão e lesão ao LP 
Teste de vitalidade – com gelo, calor 
- Falsos negativos: realizar exames posteriores para confirmação 
Exame radiográfico 
-Complementação do diagnóstico 
Futuras avaliações comparativas. Avisar ao paciente a futura mudança de cor do dente traumatizado. Todo trauma 
gera uma reação da polpa, essa resposta pulpar leva a dentina reacional com isso, vai ocorrer maior remineralização 
da dentina que ao longo do tempo fica mais escura, alterando a translucidez e opacidade do elemento dentário 
traumatizado. 
Fraturas de esmalte – depende da extensão da fratura 
• Regularização 
• Colagem de fragmentos 
• Restauração 
❖ Pequena “lasca” de esmalte: regularização e alisamento. Pontas diamantadas, borrachas abrasivas e discos 
de polimento 
❖ Comprometimento da estética e função: colagem de fragmento ou restauração 
 
Fratura de esmalte e dentina – exposição do complexo dentinho-pulpar 
Feixe vasculho-nervoso> sensibilidade dolorosa e reações fisiológicas 
Dente hígido – reação aguda no processo, dor momentânea 
Proteção do Complexo Dentino-pulpar 
Depende da condição da fratura: colagem do fragmento ou restauração 
 
COLAGEM DE FRAGMENTOS (RESTAURAÇÃO BIOLÓGICA) 
Vantagens 
• Melhor estética 
• Resultado mais duradouro 
• Melhor função 
• Fator emocional e social positivo 
• Procedimento seguro, simples e rápido 
Limitações 
• Resistência diminuída 
• Desidratação do fragmento 
• Posicionamento inadequado do fragmento 
• Aparecimento da linha da união 
 
Técnica: pegar o fragmento e esquentar com um bastão de guta percha e tentar encaixar para saber o 
posicionamento perfeito 
• Verificar o fragmento 
• Profilaxia 
• Seleção de cor (se precisar acrescentar RC) 
• Isolamento 
• Testar no remanescente dentários 
• Proteção pulpar se houver necessidade 
• Cimentar o fragmento com sistema adesivo ou cimento resinoso dual 
• Ajuste oclusal
Pode colocar proteção pulpar. Verificar posicionamento do elemento e colocar o ácido no dente e no fragmento, 
lava bem, aplicar adesivo em ambos, colocar o fragmento encaixado em posição correta e depois polimerizar as duas 
faces por 30 segundos. 
• Sessão seguinte: 
Verificar linha de fratura (canaleta) 
Restaurar com a resina da cor do dente 
Acabamento e polimento 
Fraturas de esmalte e dentina com exposição do tecido pulpar 
Tempo de exposição de tecido pulpar 
• Até 24 horas: proteção pulpar direta 
• Após 24 horas: pulpotomia ou pulpectomia 
Exposição da polpa: Hidróxido de cálcio PA; cimento de hidróxido de cálcio; CIV; material restaurador 
Fraturas radiculares 
• Tentar reposicionar 
• Verificar grau de mobilidade 
• Vitalidade pulpar 
• Contenção 
 
Prevenção: orientação e intervenção. Alertar aos pais quanto 
ao uso da cadeirinha no carro e sinto de segurança. Capacetes. 
Uso de protetores bucais nos esportes. Orientar caso ocorra 
acidentes traumáticos.

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