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MATERIAL DIDÁTICO COMPETÊNCIAS, CARREIRAS E INOVAÇÕES U N I V E R S I DA D E CANDIDO MENDES CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010 Impressão e Editoração 0800 283 8380 www.ucamprominas.com.br SUMÁRIO UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................. 03 UNIDADE 2 – COMPETÊNCIAS ............................................................................ 05 2.1 Conceitos e definições ...................................................................................... 05 2.2 Tipos de competências...................................................................................... 07 2.3 Indicadores de competências ............................................................................ 09 UNIDADE 3 – CONHECIMENTOS X RH X GESTÃO ORGANIZACIONAL........... 11 UNIDADE 4 – CARREIRAS .................................................................................... 16 4.1 Conceitos e definições ...................................................................................... 16 4.2 Planejamento de carreiras ................................................................................. 17 4.3 Tipos de carreiras .............................................................................................. 19 4.4 Competências fundamentais para a carreira ..................................................... 21 4.5 Aplicando a matriz SWOT na gestão de carreiras ............................................. 23 4.6 Caminho para o sucesso pessoal ..................................................................... 26 UNIDADE 5 – A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL ..................................................... 32 5.1 As inteligências múltiplas .................................................................................. 32 5.2 A inteligência emocional .................................................................................... 39 5.3 Treinando a inteligência emocional no ambiente de trabalho............................ 47 5.4 O feedback na avaliação de desempenho ........................................................ 55 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 64 UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO Competências, conhecimentos, carreira, inteligência emocional são alguns dos elementos que compõem a extensa área que lida com os recursos humanos nas organizações e, portanto, fazem parte da rotina da gestão de pessoas. A globalização é um fenômeno que traz no seu bojo as mais diversas implicações, seja para a economia, seja para a sociedade de maneira geral. No contexto das organizações, estas se deparam com aumento da competitividade, necessidades de aumentar os lucros e diminuir custos. Tanto as relações produtivas quanto as trabalhistas e mercadológicas vem sendo revista desde fins do século XX e, hoje, dentre os avanços, percebemos que as pessoas são vistas como o maior capital da empresa. Na Era da Informação, o capital que passa a ter maior importância nas análises estratégicas é certamente aquele que circunda ativos intangíveis como o capital humano. Devido a essa gradativa importância, nota-se que se desenvolve dentro das organizações um total deslocamento dos ativos tangíveis e físicos para os ativos intangíveis e abstratos (BAUTZER, 2006). O conhecimento e as competências que elas vão acumulando ao longo de suas experiências somam-se de tal maneira que realmente elas passam a ser as maiores promotoras de si mesmas e peça fundamental na engrenagem organizacional. Pois bem, conceitos e definições, tipos de competência e suas relações com o conhecimento são os primeiros temas que estudaremos. Na sequência, apresentamos algumas reflexões sobre as carreiras e, por fim, vamos discorrer sobre a inteligência emocional. De maneira bem ampla e geral, utilizamos ‘carreira’ para nos referirmos à mobilidade ocupacional (caminho trilhado por um executivo, por exemplo) quando se trata de uma carreira de negócios, ou, estabilidade ocupacional quando nos referimos à carreira como profissão (a carreira militar, por exemplo). Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 4 Em ambas as situações, a ideia é de um caminho estruturado e organizado no tempo e no espaço que pode ser percorrido por alguém. O último tópico, A inteligência emocional, se traduz em uma inovação no ambiente organizacional por um simples fato que podemos traduzir na fala de Daniel Goleman: As empresas não estão abrindo mão da inteligência e do talento em nome da boa convivência. Elas estão aliando bem os dois conceitos. Sabem que, se compararem duas pessoas com o mesmo Q.I., mas com diferentes quocientes emocionais, certamente o profissional mais agradável e controlado irá mais longe. O que faz um profissional inteligente e se tornar brilhante é o fato de saber cativar os outros, ser um líder que motiva. Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha como premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar, deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores, incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma redação original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas opiniões pessoais. Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo modo, podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo dos estudos. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 5 UNIDADE 2 – COMPETÊNCIAS 2.1 Conceitos e definições Para Magalhães et al. (1997), competência diz respeito ao “conjunto de conhecimentos, habilidades e experiências que credenciam um profissional a exercer determinada função”. Trata-se de uma abordagem que parece restringir o conceito às questões técnicas relacionadas ao trabalho e à especificação do cargo. Zarifian (1996) atribuiu menor importância às questões técnicas, dizendo que competência é assumir responsabilidades frente a situações de trabalho complexas, ou seja, o profissional precisa saber lidar com eventos inéditos, surpreendentes, de natureza singular. Para ele, um indivíduo competente possui um entendimento prático de situações, baseado em conhecimentos adquiridos em experiências anteriores. Seu conceito está baseado na premissa de que, em um ambiente dinâmico e competitivo, não é possível considerar o trabalho, mesmo que englobe a dimensão da equipe, como um conjunto de tarefas ou atividades pré-definidas e estáticas. Tudo é dinâmico! Stroobants (1997) compreende a competência como uma resultante de três componentes principais: saberes ou conhecimentos formais que podem ser traduzidos em fatos concretos, definindo regras; saber-fazer, procedimento empírico como as receitas e conhecimentos tácitos dos ofícios, que se desenvolvem na prática cotidiana de uma profissão ou ocupação; saber-ser, compreendido como osaber social ou senso comum, que mobiliza estratégias e raciocínios complexos, bem como interpretações e visões de mundo. Esse conjunto de saberes abrange os saberes teóricos (necessários para compreender um fenômeno, um objeto, uma situação, uma organização ou um Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 6 processo), os saberes do meio (referentes ao contexto, compreendem os saberes sobre sistemas, processos, materiais e produtos, estratégias, estrutura, cultura organizacional, entre outros) e os saberes procedimentais (descrevem como uma ação deve ser realizada, ou seja, os procedimentos, métodos, modos operatórios adequados; envolve um conjunto de ações a serem realizadas em uma ordem estabelecida). As aptidões ou qualidades referem-se ao saber ser. Diz respeito ao que se convencionou chamar de competências comportamentais, como por exemplo, as habilidades de relacionamento pessoal, atitudes flexíveis, a pró-atividade, entre outras, cada vez mais exigidas dos profissionais no contexto organizacional. Recursos emocionais e fisiológicos referem-se ao saber controlar as reações emocionais que podem significar obstáculos e riscos ou vantagem e auxílio na solução de problemas (LUSTRI et al., 2005). Dutra, Hipólito e Silva (1998 apud BRANDÃO E GUIMARÃES, 1999), por exemplo, definem competência como a capacidade de uma pessoa gerar resultados dentro dos objetivos organizacionais. Para Ropé & Tanguy (1997 apud BRANDÃO E GUIMARÃES, 1999), um dos aspectos essenciais da competência é que esta não pode ser compreendida de forma separada da ação. Durand (1998 apud BRANDÃO E GUIMARÃES, 1999) construiu um conceito baseado em três dimensões: conhecimento, habilidade e atitude (Knowledge, Know-How and Attitudes), que engloba, além das questões técnicas, a cognição e atitudes relacionadas ao trabalho, sendo interdependentes e necessários à consecução de determinado propósito, acrescentando ainda, que o desenvolvimento de competências se dá por meio da aprendizagem individual e coletiva, envolvendo simultaneamente as três dimensões do seu modelo, isto é, pela assimilação de conhecimentos, integração de habilidades e adoção de atitudes relevantes para um contexto organizacional específico ou para a obtenção de alto desempenho no trabalho. Sua abordagem parece possuir aceitação mais ampla tanto no ambiente empresarial como no meio acadêmico, à Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 7 medida que procuram integrar aspectos técnicos, sociais e atitudes relacionadas ao trabalho. Em Lustri et al. (2005), encontramos que a competência não é um estado, mas uma ação que resulta da combinação de recursos pessoais (conhecimentos, habilidades, qualidades, experiências, capacidades cognitivas, recursos emocionais, entre outros) e recursos do meio (tecnologia, banco de dados, livros, relacionamentos, entre outros). Nos recursos do meio, o indivíduo pode buscar complementos para os seus recursos pessoais, quando não possuir todos os saberes que necessita para realizar sua ação competente. A competência consiste, assim, em saber combinar esses recursos para produzir uma ação competente. 2.2 Tipos de competências Lustri et al. (2005) diz que as Competências individuais consistem em um conjunto de conhecimentos combinados e colocados em prática a serviço da organização para gerar resultados de valor para os stakeholders1. De acordo com os conceitos de competências, expostos acima, a competência individual passou a ser compreendida como um conjunto de capacidades humanas necessárias para que o indivíduo assumisse as atividades previstas no processo de organização do trabalho, ou seja: conhecimentos – o que a pessoa precisa saber para desempenhar uma tarefa ou o conjunto de informações associadas à experiência, à intuição e aos valores, podendo ser explícito (transmissível em linguagem formal) ou tácito (enraizado na ação, no comprometimento e no envolvimento, em um contexto específico); habilidades – demonstração de um talento particular na prática, da capacidade do indivíduo de desempenhar as várias tarefas previstas para o exercício da sua função, podendo ser intelectual ou física; 1 Partes interessadas ou especificamente dentro do conceito de gestão, são as pessoas que possuem interesse no sucesso da empresa, ou ainda, as pessoas que são afetadas pela atuação de uma empresa. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 8 atitudes – modo de proceder ou agir, avaliações de diversos aspectos do mundo social armazenadas na memória que tornam mais previsível e estável o ambiente (FLEURY, 2002). Tanto na literatura acadêmica como nos textos que fundamentam a prática administrativa, destaca-se a importância de se alinhar competências às necessidades estabelecidas pelos cargos ou posições existentes nas organizações, ou seja, por meio do processo de aprendizagem e da Gestão de Competências que as organizações podem desenvolver as competências necessárias para realizar sua estratégia competitiva (FLEURY 2002). O termo competência essencial (core competence) ganhou importância no cenário administrativo a partir do artigo “The core competence of the corporation”, de Prahalad & Hamel, em 1990. De acordo com os autores, competências essenciais são recursos intangíveis que: em relação aos concorrentes, são difíceis de ser imitados; em relação a mercados e clientes, são os recursos essenciais para que a empresa possa prover produtos/serviços diferenciados; e, em relação ao processo de mudança e evolução da própria empresa, são o fator fundamental da maior flexibilidade que permite a exploração de diferentes mercados. Tais competências não estão estritamente relacionadas à tecnologia: elas podem estar localizadas em qualquer função administrativa. Além disso, para desenvolver competência essencial a longo prazo, a organização necessita de um processo sistemático de aprendizagem e inovação organizacional (LUSTRI et al., 2005). Quando uma organização define sua estratégia competitiva, ela identifica as competências essenciais do negócio e as competências necessárias a cada função, que são as competências organizacionais. Dessa maneira, pode-se dizer que a organização possui diversas competências organizacionais, localizadas em diversas áreas; destas, apenas algumas são as competências essenciais, aquelas Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 9 que a diferenciam e que lhe garantem uma vantagem competitiva sustentável perante às demais organizações. Esta competitividade vai depender, no longo prazo, da administração do processo de aprendizagem organizacional, que vai reforçar e promover as competências organizacionais e que vai dar foco e reposicionar as estratégias competitivas. Para Lustri et al. (2005), resumidamente, é a capacidade de conectar os indivíduos em uma rede de competência coletiva, capaz de criar vantagem competitiva, gerando efetivamente resultados de valor para o negócio e seus stakeholders. Analisando as diversas definições de competência, observa-se que elas se complementame convergem para um ponto essencial: as competências organizacionais, as quais não têm existência concreta até que se materializem através das pessoas e suas ações competentes. A organização deve, portanto, empreender esforços na identificação e no desenvolvimento das competências individuais para a formação das suas competências. Há uma relação estreita entre as competências individuais e as organizacionais. Dutra (2001 apud Lustri et al. 2005) as coloca em situação de interdependência em que a organização empresta às pessoas o seu patrimônio de competências, dando-lhes condições para enfrentar situações diversas. As pessoas devolvem para a organização o seu aprendizado, dando-lhe condições de sobrevivência e desenvolvimento. No entendimento de Fleury (2002), a estratégia organizacional determina quais competências serão necessárias para sua implementação, o que nos leva a perceber que as competências individuais devem estar atreladas às competências organizacionais, as quais devem sustentar a estratégia organizacional. 2.3 Indicadores de competência Cardoso et al. (2007) criaram indicadores de competência que foram baseados na engenharia de processos, entendendo que investimentos eficazes Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 10 em Recursos Humanos sempre se desdobrarão em melhorias à execução dos processos de uma organização. Os conhecimentos necessários em uma organização podem ser mapeados com base na modelagem dos processos da mesma, possibilitando a geração de um ‘mapa’ de conhecimentos que representa uma parte relevante da competência requerida, o conhecimento operacional (CARDOSO et al, 2007). Pode-se dizer que, pelas atividades descritas nos processos, são descobertas as competências necessárias à execução dos mesmos, e assim detalhadas quais informações devem ser assimiladas para se gerar os conhecimentos associados a cada competência. Segundo o método apresentado, de mapeamento, outro conjunto de conhecimentos deve ser obtido, aquele que representa a disponibilidade de conhecimento nos Recursos Humanos de uma organização. Isto poderia ser feito, por exemplo, através de formulários de avaliação individual remetidos aos funcionários. Para os mesmos autores, os ‘gaps’, ou aberturas, podem ser positivos ou negativos, representando desnivelamentos entre oferta e demanda de conhecimento e podem indicar falhas na gestão do conhecimento vigente na organização, assim, de posse das informações colhidas, pode-se corrigir as falhas, aumentando a efetividade das ações de capacitação da organização, do mesmo modo que é possível descobrir potenciais desperdiçados (CARDOSO et al., 2007). Os indicadores devem ser utilizados continuamente como ferramenta gerencial para avaliação e desenvolvimento da GC, fornecendo insumos para elaboração de programas de treinamento, de realocação horizontal e vertical de pessoal, de contratação, remuneração e demissão de pessoal, entre outros. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 11 UNIDADE 3 – CONHECIMENTOS X RH X GESTÃO ORGANIZACIONAL O ser humano é dotado de capacidade de conhecer e de pensar. Conhecer e pensar representa não somente uma capacidade como também uma necessidade para o homem; necessidade para sua sobrevivência em meio à diversidade de riscos e eminentes ameaças às nossas estruturações e anseios (SÁ, SANTOS e BASSANI, 2009). Em linhas gerais e sintéticas, o conhecimento é essencial à sobrevivência do homem. O filósofo Francis Bacon mencionou, a princípio, entre os anos de 1620 e 1623, que “saber é poder”, tornando este princípio o fio condutor de sua vida e de sua atividade intelectual (SÁ, SANTOS e BASSANI, 2009). O conhecimento não aparece em balanços patrimoniais, apesar de estar diretamente representado por indicadores de mercado, ou mesmo por análise de desempenho dos aludidos contratos. E ainda, o motor da vantagem competitiva é a geração permanente de inovações e o seu principal insumo é o conhecimento. O conhecimento neste momento assume um papel de constantes movimentos de mudanças, voltado para o futuro à medida que influencia a tomada de decisão e participa do processo de estabilidade do empreendimento. De acordo com o disposto por Rodriguez (2003, p. VII apud SÁ; SANTOS; BASSANI, 2009), a velocidade crescente com que se processam as mudanças no mundo contemporâneo, aliada a um novo ambiente de competição global, exige uma necessidade urgente de transformação no comportamento das empresas. Ainda que reconhecidamente, o conhecimento ocupe lugar de destaque no cenário empresarial, em relação às vantagens competitivas, o mercado se depara com elementos de clara rejeição – que necessariamente devam ser avaliados em uma ambiência empresarial (SÁ, SANTOS e BASSANI, 2009, p. 12). O conhecimento é a base principal de valorização nas organizações de hoje. Então, o que poderá dar de errado em uma estratégia orientada para o Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 12 conhecimento? Muito pouco. Um dos principais problemas para aqueles que desejam adotá-la é o famoso fantasma da era industrial que ainda assombra o mundo empresarial. A era industrial ainda vê as pessoas como custos e não como receitas. Mas, como utilizaremos, desenvolveremos e estruturaremos continuamente o conhecimento dentro das organizações? O conhecimento, material intelectual bruto, transforma-se em capital intelectual, a partir do momento que passa a agregar valor aos produtos/serviços. E esse capital é, em alguns casos, mais valioso do que o próprio capital econômico. O novo milênio estará desafiando todas as organizações a mostrarem suas competências. As tarefas diárias exigem um alto grau de conhecimento e inteligência, no qual nos impedem de ter relacionamentos estreitos, os sistemas tem que ser cada vez mais abertos, igualitários e honestos. Os empregados têm que pensar conjuntamente para, unidos, explorar as oportunidades, os serviços e resolver os problemas. Isto porque a organização diz respeito à forma como estruturamos os nossos relacionamentos, adequando a nova realidade, devido às mudanças das nossas ideias sobre os métodos e os padrões de organização. O estágio atual para o futuro só é possível preparando as pessoas, educando-as, treinando-as, desenvolvendo-as, enfim, investimento em quem, de fato, vai fazer essa transformação, portanto, a chave da vantagem competitiva está justamente na Gestão do Conhecimento aliada às competências pessoais e organizacionais. A gestão do conhecimento surgiu na década de 1990, como uma proposta de agregar valor à informação e facilitar o fluxo interativo em toda a corporação. Ela desenvolve sistemas e processos que visam adquirir e partilhar ativos intelectuais. Reporta inevitavelmente ao uso pleno do conhecimento, direcionando-o como diferencial estratégico competitivo de sucesso. Aumenta a geração de informações que sejam úteis e significativas e promovam atividades, enquanto procura aumentar o aprendizado individual e grupal. Além disso, ela Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 13 pode maximizar o valor da basede conhecimento da organização em funções diversas e localizações diferentes. Essa ferramenta, como diz Rigby (2000), mostra que as empresas de sucesso não são um conjunto de produtos, mas sim de bases de conhecimento distintas. Esse capital intelectual é a chave da vantagem competitiva da companhia com seus clientes-alvo. A gestão do conhecimento procura acumular o capital intelectual que criará competências essenciais exclusivas e produzirá resultados melhores. Com o enfoque da gestão do conhecimento começa-se a rever a empresa, suas estratégias, sua estrutura e sua cultura. Isso se dá num ambiente competitivo, onde a rápida globalização da economia e as melhorias nos transportes e comunicações dão aos consumidores uma gama de opções sem precedentes. Pressões sobre os preços não deixam margem para ineficiência. O ciclo de desenvolvimento de novos produtos é cada vez mais curto. As empresas precisam de qualidade, valor agregado, serviço, inovação, flexibilidade, agilidade e velocidade de forma cada vez mais crítica. As empresas tendem a se diferenciar pelo que elas sabem e pela forma como conseguem usar esse conhecimento (KRAEMER, 2004). Pensando assim, a Gestão do conhecimento nada mais é do que “a maneira como as empresas geram, difundem e alavancam seus ativos intelectuais”. A verdade é que a globalização e o advento da internet como uma realidade, o conhecimento, principal valor intangível das empresas, pôde circular de maneira mais rápida e se democratizar na sociedade e no interior das companhias. Mas, como ter políticas e práticas para proteger, reter e disseminar, de forma sistêmica, esse recurso presente na cabeça das pessoas e nos processos e demandas dos departamentos? Rever modelos de gestão para trabalhar mais efetivamente com a matéria-prima “conhecimento” exigia dinâmicas próprias que precisavam ser entendidas no contexto organizacional. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 14 A partir daí foi que a gestão do conhecimento (KM, do inglês Knowledge Management) surgiu para tentar implementar processos que pudessem organizar e facilitar o acesso ao conhecimento. No entanto, apenas “saber muito” sobre alguma coisa não proporciona vantagem competitiva, mas sim quando aliado a sua gestão é que resultados aparecem, podendo ser traduzidos efetivamente em redução de erros, decisões mais fundamentadas, aumento da inovação, melhor ambiente de trabalho, e, claro, mais lucratividade. A isso podemos chamar também de aplicação das competências. José Cláudio Terra, consultor e presidente da Terra Forum, empresa especializada em treinamento e consultoria em gestão do conhecimento, foi um dos pioneiros em KM (knowledge management – gestão do conhecimento) no Brasil. Ele lembra que o país demorou mais de dez anos – em relação aos EUA – para começar a tratar o assunto de forma estratégica. “Há três anos, discutíamos KM com gerentes. Hoje, o nível é executivo”, compara Terra. Quando se lida com conhecimento organizacional, ter políticas claras para identificação e proteção dos ativos é essencial. Qual o conhecimento que se precisa proteger? Onde há oportunidades de transferir o conhecimento na organização e gerar resultados econômicos? Quais são as pessoas que deveriam colaborar mais e não estão? Onde encontramos o conhecimento de alto valor e que está sendo pouco utilizado pela organização? Quais são os processos que se tem para criar inovação sistemática e não ao acaso? Essas respostas, que devem ser respondidas pelo nível mais alto das empresas, indicam o caminho inicial para a efetiva aplicação da gestão (TERRA, 2002). Todo o conceito de KM parte da premissa de que o conhecimento existente na empresa – seja ele nos departamentos, processos ou nas pessoas – Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 15 pertence à organização. Mas garantir que colaboradores vão compartilhar “seu conhecimento”, sem que isso gere neles uma sensação de “perda de poder”, é algo que demanda políticas claras de incentivo. As pessoas são as grandes beneficiadas com a gestão do conhecimento. Você aprende muito mais em um curto espaço de tempo”, enfatiza Terra. Mas também é fato que organizações mais tradicionais não valorizam de forma clara aqueles que partilham o que sabem e nem proveem as condições organizacionais e de infraestrutura para que isso aconteça. Para o RH, o conhecimento sempre esteve associado ao plano de carreira, mapas de competência, treinamento ou universidades corporativas. Tudo isso mudou. O profissional da área terá de entender mais de tecnologia e de sua aplicabilidade, ou seja, trabalhar de forma mais efetiva os portais de busca, mecanismos de colaboração virtual, comunidades virtuais, blogs, wikis e uma série de novas ferramentas que entram no universo corporativo e que cumprem um papel na transferência e acesso à informação e ao conhecimento. “O RH deve começar a se envolver mais com ativos intangíveis”, diz Terra (2002). Para ele, é preciso que o RH entenda o que a gestão do conhecimento pode significar em termos de valor de mercado para empresa, como proteger informações estratégicas e saber que muitas vezes esse processo envolve pessoas que detêm conhecimentos que ninguém na organização tem. Naturalmente, o RH já tem um papel forte nisso, mas deve-se adquirir, a partir de agora, uma dimensão cultural. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 16 UNIDADE 4 – CARREIRAS Usamos ‘Carreira’ para nos referirmos à mobilidade ocupacional (caminho trilhado por um executivo, por exemplo) quando se trata de uma carreira de negócios, ou, estabilidade ocupacional quando nos referimos à carreira como profissão (a carreira militar, por exemplo). Em ambas as situações, a ideia é de um caminho estruturado e organizado no tempo e no espaço que pode ser percorrido por alguém. Hall (1976 apud DUTRA, 1996) define carreira como uma sequência de atitudes e comportamentos, associada com experiências e atividades relacionadas ao trabalho, durante o período de vida de uma pessoa. Em decorrência das mudanças globais que ocorre naquela velocidade incrível, a definição de carreiras vem sendo alterada significativamente. Como diz Andrade (2009), a carreira vem se apresentando como multidirecional e dinâmica, contrastando com o modelo tradicional no qual se configurava predominantemente como linear, estática e rígida. As carreiras devem ser flexíveis e dinâmicas para permitir ao indivíduo novas perspectivas de sucesso. 4.1 Conceitos e definições Etimologicamente, a palavra “carreira” origina-se do latim via carraria, estrada para carros (MARTINS, 2001). Para Chanlat (1995), o conceito de carreira, tal qual o conhecemos hoje, como trajetória da vida profissional, apareceu no decorrer do século XIX, assim como suas derivadas, carreirismo e carreirista, no século XX. A carreira, em sua acepção moderna, significa um ofício, uma profissão que apresenta etapas, uma progressão. Assim, a carreira nasce com a sociedade industrial capitalista liberal (ANDRADE, 2009). Ao discorrer sobre as inclinações profissionais Schein (1990 apud ANDRADE, 2009) concebe a carreira como a maneira pela qual a vida Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.brTelefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 17 profissional de uma pessoa se desenvolve ao longo do tempo e como é vista por ela. Para o autor, a palavra carreira é usada de diferentes maneiras e possui muitas conotações. O “seguir uma carreira” pode tanto se aplicar ao indivíduo com uma determinada profissão ou àquele cuja vida profissional implica em mudanças constantes. Dutra (1996) também adere a esta concepção mais ampla do conceito de carreira e cita duas outras importantes definições. Na primeira, carreira é uma sequência de atitudes e comportamentos, associada com experiências e atividades relacionadas ao trabalho, durante o período de vida de uma pessoa (Hall, 1976, apud Dutra, 1996). Na segunda, utilizada como principal referência para as publicações geradas a partir da década de 1980, as carreiras constituem as sequências de posições ocupadas e de trabalhos realizados durante a vida de uma pessoa. 4.2 Planejamento de carreiras Embora saibamos que haja certa resistência por parte das pessoas quando se trata da ação “planejamento”, preparar-se para um empreendimento, seguindo um roteiro ou método estabelecido, pode ser num primeiro momento o caminho do planejamento de uma carreira, lembrando que mediante as adversidades e velocidade dos acontecimentos desse século XXI, esse planejamento não pode ser engessado, ao contrário, deve haver variantes e possibilidades de flexibilidade, ou seja, é sempre bom termos um plano “B” para alguma emergência ou percalço. Segundo Tachizawa et al. (2006), “planejamento de carreira é um processo contínuo de interação entre o empregado e a organização visando a atender aos objetivos e interesses de ambas as partes”. Gestão ou administração e planejamento de carreira são dois fatores que motivam e ambientam o profissional à organização. Estes fatores somados ajudam ambos a promover a interação: Conhecimento-Habilidade-Atitude. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 18 Como diz Hofmeister (2009), a administração de carreira é uma exigência de qualificação, de especialização e de educação contínua por parte do trabalhador para que ele possa acompanhar as mudanças tecnológicas e de cenários dos novos tempos. Reciclar-se periodicamente, manter seus conhecimentos atualizados e buscar desenvolver novas e diferentes habilidades faz parte da gestão de carreiras, além de dar segurança profissional, capacidade de gerar trabalho e renda permanentes. Segundo Dutra (1996), um sistema de administração de carreiras deve estar baseado em: princípios (que representam os compromissos acertados entre a empresa e as pessoas); estrutura (opções de carreira); e, instrumentos de gestão (mecanismos que irão possibilitar os indivíduos a maiores e crescentes níveis de abstração e complexidade de tarefas e funções). Sob a ótica da empresa, a carreira deve ser administrada com bases próprias para desenvolver um profissional adequado ao cargo e à empresa. Essa administração consiste em novas estratégias de recursos humanos, mais flexíveis, que procuram identificar os profissionais para conciliar os diversos tipos de trabalho e o próprio interesse do profissional (HOFMEISTER, 2009). Sob o prisma pessoal, contribui sobremaneira quando o sujeito desenvolve habilidades e competências que lhe darão subsídio para alcançar as metas traçadas. Determinar e desenvolver valores, atitudes, necessidades internas, identidade e estilo de vida; experiências e conhecimento; definir sua rede de contatos, os relacionamentos e como encontrar a pessoa certa; identificar oportunidades, ameaças; sensibilidade em relação ao tempo das escolhas e atividades são conhecimentos que se transformam em habilidades e competências que levam ao gerenciamento da própria carreira. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 19 São as próprias pessoas, que estimuladas pelas mudanças dos cenários e a necessidade de qualificação, gerenciam sua carreira. Portanto, cabe a elas o papel principal na administração de carreira. As pessoas precisam se conhecer (autoconhecimento), ter consciência de seu projeto profissional, reconhecer as oportunidades e exigência do mercado de trabalho. Assim como o planejamento é a reflexão sobre as ações que se pretende realizar para alcançar os objetivos, a gestão é a administração destas ações em nosso cronograma, no tempo e na rotina diária. A gerência do planejamento mantém o profissional constantemente atualizado e em sintonia com as mudanças do mercado, conferindo-lhe maturidade e longevidade (MASLOWSKI et al., 2012, p. 21). Em resumo, integrar e alinhar os objetivos pessoais com os do mercado de trabalho; dividir expectativas, ser positivo e realista na medida do necessário ajudarão a construir uma carreira que leve ao sucesso pessoal. 4.3 Tipos de carreiras A carreira, em uma perspectiva tradicional, pode ser vista como um ajustamento do indivíduo a uma ocupação escolhida ou à imagem que dela possui e esse processo de ajustamento implica critérios dos quais nasce à noção de hierarquia ou de sequência de papéis com maiores responsabilidades dentro de uma ocupação. Experiências passadas e expectativas futuras devem ser usadas no planejamento de carreira (MALVEZZI, 2000). Traçar um objetivo de vida e carreira tornará a identificação com as oportunidades oferecidas mais claras a partir também de uma autoavaliação, quando a carreira é idealizada pelo próprio funcionário. Isso, no entanto, não significa que o indivíduo tenha que implantar esse planejamento na íntegra. No decorrer do tempo ele pode perceber competências, interesses e oportunidades antes não perceptíveis claramente e tomar outro rumo para sua carreira. Chanlat (1995) classifica o modelo moderno de carreira em quatro grandes tipos que no quadro a seguir estão representados com as principais mudanças que ocorrerão na evolução desses modelos. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 20 Tipos de carreira Recursos principais Elemento central da ascensão Tipos de organização Limites Tipos de sociedades Burocrática Posição hierárquica. Avanço de uma posição hierárquica a outra. Organizações de grande porte. Número de escalões existentes. Sociedade de empregados. Profissional Saber e reputação. Profissão. Perícia. Habilidades profissionais. Organização de peritos. Burocracia profissional. Nível de perícia e reparação. Sociedade de peritos. Empreendedora Capacidade de criação e inovação. Criação de novos valores, novos produtos e serviços. Pequenas e médias empresas. Capacidade pessoal. Sociedade que valoriza a iniciativa individual. Empresas artesanais, culturais, comunitárias e de caridade. Exigências externas. Sociopolítica Habilidades sociais e capital de relações. Conhecimento. Relações de parentesco Rede social. Familiar comunitária de clãs. Número de relações conhecidas e ativas. Sociedade clãs. Fonte: Chanlat (1995, p. 72) A abordagem moderna de carreira surge em decorrência de mudanças sociais, tais como a feminização do mercado de trabalho, a elevação dos graus de instrução, a cosmopolização do tecido social, a afirmação dosdireitos dos indivíduos, a globalização da economia e a flexibilização do trabalho, entre outros (CHANLAT, 1995, p. 72). Assim, nessa abordagem, não importa o sexo ou a origem social do indivíduo, pois todos podem fazer carreira. Apesar de mais democrático, o moderno modelo de carreira se caracteriza pela instabilidade, descontinuidade e horizontalidade, em contraposição ao modelo tradicional. Essa mudança, necessariamente, não significou progresso e bem-estar para as pessoas, que se tornam as responsáveis por suas próprias carreiras. Tal tipificação do modelo moderno de carreira dá Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 21 conta dos diversos tipos coexistentes de profissionais no mercado, o que vai depender das características da função e da organização a que está vinculado. Assim, em organizações de grande porte ainda persiste a carreira do tipo burocrático, muito embora haja tendência de que essas organizações flexibilizem cada dia mais suas estruturas e a forma de ascensão, passando a valorizar atributos próprios de outros tipos de carreira, como o saber, a criatividade e o capital de relações, por exemplo. Mesmo em grandes e tradicionais empresas, incluindo as do setor público, pouco a pouco, a mentalidade e as atitudes estão se reconfigurando ao novo conceito de carreira, em que a capacidade de inovar e flexibilizar são fatores-chaves. Importa salientar que ainda existem profissionais que sonham com a possibilidade de fazer carreira nos moldes do conceito tradicional, em que as responsabilidades por seu desenvolvimento são muito mais da própria empresa que do indivíduo. Nesse sentido, o novo conceito de carreira envolve mudança no contrato psicológico entre os participantes, principalmente no quesito lealdade empregado-empresa. Mas ficam muitas questões porque não se pode garantir emprego a ninguém, principalmente no contexto de incertezas que vivem as organizações, portanto, a responsabilidade da empresa pela carreira do empregado é quase nula. Nos novos termos, quem assume grande parte dos riscos é o empregado, liberando a empresa para seus processos de flexibilização. 4.4 Competências fundamentais para a carreira Vimos inicialmente que competência diz respeito ao conjunto de conhecimentos, habilidades e experiências que credenciam uma pessoa a executar determinada tarefa/função (MAGALHÃES et al., 1997). Resulta, portanto, de três componentes principais (saberes ou conhecimento formais; saber-fazer e saber-ser) e que tal conjunto de saberes envolve os saberes teóricos, do meio e procedimentais. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 22 Em relação à carreira, podemos dizer que competências são pré- requisitos técnicos exigidos por uma empresa para que determinada pessoa concorra a uma oportunidade, à “vaga do cargo”. Muitas vezes observamos de imediato a seguinte solicitação: “necessário trabalhar em equipe e sob pressão”, em outras situações, os profissionais quando informados ou perspicazes percebem, durante o início do processo seletivo, as características miradas pela organização para ocupar determinado cargo. Em algumas situações, as competências para determinado cargo são requeridas em quaisquer empresas, que podemos definir como fundamentais. Vários consultores de RH citam as seguintes: 1. Visão de negócio – para subir degraus na carreira, é preciso ver além de sua área de atuação. É preciso enxergar o funcionamento do seu departamento, o cliente, a empresa, o mercado. 2. Trabalho em equipe – atividades em grupo requerem aptidão para lidar com gente, que possuem personalidades e modos diferentes de trabalhar. O desafio aqui é alcançar os resultados em grupo, administrando as diferenças, sendo flexível. 3. Liderança – uma boa liderança é essencial em qualquer contexto de nossas vidas. Seja para comandar uma casa, lidar com a família, ou gerenciar colegas e colaboradores, portanto, liderar, influenciar pessoas, conduzir estas ou projetos em direção a um objetivo é essencial para a carreira. 4. Autoconhecimento – o bom profissional deve ter consciência de suas habilidades e pontos frágeis, por isso deve descobrir suas fontes de motivação para chegar a um nível de excelência no trabalho. 5. Atitude (o “A” do CHA) – o profissional completo reúne o CHA (conhecimentos, habilidades, atitude). 6. Voltado a resultados – ninguém sobrevive no mercado de trabalho sem entregar resultados. Salvo os profissionais privilegiados, esta entrega se dá em curto prazo. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 23 7. Resiliência; adaptabilidade – a competência passa por ser resiliente e flexível para suportar as pressões do mercado de trabalho e adaptar-se à cultura e aos mecanismos de funcionamento de sua área para sobreviver no mundo corporativo (MARTINS, 2014). 8. Ser sociável – lidamos com pessoas o tempo todo. Sejam os nossos colegas de trabalho, chefes, líderes, superiores, amigos ou familiares. Por isso, desenvolver habilidades sociais como a capacidade de ouvir e trabalhar em equipe é fundamental para lidar melhor com as pessoas. Isso ajudará a compreender cada um e aceitar as diferenças sem julgamentos e sem que isso interfira de maneira negativa em sua vida ou trabalho (MARQUES, 2013). 9. Comunicação – a comunicação é uma competência indispensável a qualquer profissional e muito valorizada dentro das organizações. Falar bem e escrever corretamente são diferenciais importantíssimos em sua carreira. Uma boa comunicação ajuda a conquistar um bom desempenho durante reuniões, apresentações ou entrega de relatórios, e-mails, entre outras atividades profissionais (MARQUES, 2013). Uma ótima dica para desenvolver esta aptidão é estimular a leitura. Ela desenvolve seu conhecimento e amplia seu vocabulário, além de deixar sua escrita mais correta. 10. Organização – a organização é outra competência fundamental a qualquer profissional. Sem organização não há como lidar bem com prazos e horários e, consequentemente, o rendimento acaba sendo prejudicado. Uma boa forma de aprender a se organizar é utilizar uma agenda para anotar demandas e compromissos ou criar uma planilha de atividades separando cada tarefa por ordem de prioridade. Assim você saberá o que executar primeiro, gerenciará melhor o seu tempo e evitará deixar coisas para a última hora (MARQUES, 2013). 4.5 Aplicando a matriz SWOT na gestão de carreiras Ameaças e oportunidades, forças e fraquezas nos remetem a uma ferramenta, a análise SWOT (strengths, weaknesses, opportunities e threats) Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 24 matriz muito utilizada pelas empresas quando se trata de planejamento estratégico, analisar cenários, ambientes e visualizar o futuro. Vamos transportar o conceito para a gestão de carreiras, afinal de contas, gerir sua carreira passa por utilizar ferramentas estratégicas, com vistas a um futuro promissor. Relembrando para aqueles que já têm conhecimento da ferramenta e definindo brevemente aos iniciantes, os pontos fortes e fracos são essencialmente fatores internos da organização, enquanto as oportunidades e ameaçasestão relacionadas com fatores externos. Na verdade, a análise SWOT é uma ferramenta pré-estratégica, pois ela colhe as informações para a posteriori iniciar o planejamento estratégico propriamente dito. A análise SWOT ajuda a realçar as suas principais vantagens, os seus talentos, aptidões e oportunidades, bem como protege contra eventuais ameaças. Henrique (2011) lança uma série de questionamentos que você pode responder (de maneira bem honesta consigo mesmo) e depois de analisá-las, você pode traçar estratégias de melhoria, como por exemplo: a) Pontos fortes: O que você faz melhor que as pessoas à sua volta? Qual característica sua geralmente é mais elogiada? Quais vantagens você tem que outras pessoas não têm? Quais valores você tem que os outros não conseguem ter? Você faz parte de algum grupo informal? Se sim como ele pode ser um ponto forte para você? Qual experiência que você possui que ninguém possui? Quais os recursos que você tem acesso que mais ninguém tem? b) Fraquezas: Quais tarefas você evita no seu dia a dia e por quê? Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 25 O que você não se sente confiante em fazer? Você se sente confortável com sua formação? Se não, qual detalhe dela que mais lhe causa este sentimento? Existe alguma característica pessoal que você acha que te atrapalha? (Por exemplo, você precisa falar em público e se sente tímido) As pessoas geralmente esperam algo de você e, por mais que tente, não consegue atender as expectativas? Quais são seus vícios no trabalho que geralmente podem irritar outros colaboradores? (por exemplo, ficar estressado fácil, chegar atrasado). c) Oportunidades: A empresa que você trabalha, ou seu ramo de atividade, está em expansão? Se sim, o que você pode fazer para aproveitar esta situação? Você costuma frequentar eventos ligados à sua área? Você mantem contato com seus antigos colegas de classe e demais pessoas ligadas a sua vida profissional? Você está ligado nas novas tecnologias ligadas à sua área? Qual seu nível de interação com pessoas da sua área na internet? Onde existem oportunidades dentro de sua empresa ou no mercado que ninguém está aproveitando? O que você poderia fazer para aproveitá-las? Quais novas tendências de gestão estão surgindo que você pode aplicar ao seu local de trabalho? O que fazer para aproveitá-las? d) Ameaças: A tecnologia é um problema para você, ela ameaça seu cargo? Você está em uma área da empresa que pode sofrer outsourcing (contratação de mão de obra terceirizada) a qualquer momento? Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 26 Você possui muitos competidores na mesma área que você? O seus pontos fracos podem aumentar os seus riscos frente às ameaças? Quais os obstáculos que você enfrenta hoje na sua vida? 4.6 Caminho para o sucesso pessoal Salvo algumas exceções: em alguns aspectos, todos os homens são iguais: todos querem sobreviver, obter reconhecimento e atingir a felicidade; em outros aspectos, nem todos os homens são iguais uns aos outros: há variações e coincidências em gostos, valores, visões de mundo, entre outros; e em outra variedade de aspectos, todos os homens são diferentes dos demais: cada um é único. Em analogia a uma pesquisa de Kluckhohn e Murray (1974 apud Rosa, 2011): “Todo homem é, sob certos aspectos: (a) como todos os outros homens; (b) como alguns outros homens; (c) como nenhum outro homem”. Esse prisma acima nos leva a entender que o sucesso pode ser definido: em termos universais – por grandes realizações, fama, poder, dinheiro; quando restrito a grupos – desempenho científico de valor, bom desempenho como violonista, bons resultados como executivo, embora algumas pessoas que atingem o sucesso no âmbito restrito também podem chegar ao sucesso no âmbito universal, naturalmente, no entanto, o sucesso no âmbito universal ou de grupo não está ao alcance de todos. Poderão existir requisitos como talento ou nível de inteligência elevado, como é o caso do desempenho artístico ou científico de alto valor. Ou, quando não há tais requisitos, grandes realizações podem ser decorrentes de sorte (o que inclui uma trajetória de vida específica que facilitou a ascensão). É o caso de uma pessoa que, não tendo nenhum talento ou Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 27 qualificação especial, chega a um alto cargo político ou vira uma “celebridade” da TV; individual – quando o profissional sonhava em deixar as funções executivas e transformar-se em docente – ao atingir essa meta e consolidar-se na nova carreira, chegou ao sucesso. Em princípio este é o único e verdadeiro sucesso: o que faz sentido no âmbito individual. Rosa (2011) explica que nada impede, por exemplo, que uma pessoa aspire atingir grandes realizações na política, nos negócios ou na arte. Caso suas aspirações sejam sensatas e viáveis, se houver uma definição pessoal e consciente das metas e elas sejam concretizadas, há sucesso no âmbito pessoal e também no âmbito universal. Por outro lado, se a pessoa atinge grandes realizações – fama, dinheiro – mas não era isso exatamente o que ela queria, não há sucesso. Algumas pessoas definem para si mesmas metas inatingíveis ou de realização pouco provável. Por exemplo: ela deseja intensamente consagrar-se como compositor, mas não tem o talento requerido, ou como cientista, mas não tem o nível de inteligência adequado. Os esforços para atingir o sucesso inviável resultarão em frustração e decepção. É fundamental estabelecer que, havendo uma patologia, não se pode falar em sucesso. Não são consideradas bem-sucedidas as realizações decorrentes dos estados alterados de consciência, do domínio por paixões alucinadas, da visão destorcida da realidade, do crime. Sucesso verdadeiro pressupõe um indivíduo consciente e equilibrado, inserido positivamente na sociedade. Quatro fatores são interferentes quando falamos em obter sucesso e concretizar realizações, o que diferencia as pessoas, ou seja, capacidade, estratégia, desempenho e sorte são fatores que levam uma pessoa a ir mais longe ou não, bem explicados por Rosa (2011). Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 28 a) Capacidade Capacidade é o conjunto das qualificações pessoais. Aqui estão o talento, a qualificação intelectual e a qualificação emocional. Seja para atingir o sucesso no âmbito individual, seja para chegar às realizações do âmbito grupal ou universal, sempre há interferência, em alguma medida, da capacidade. Todos têm capacidade para atingir o sucesso? Se falarmos sobre sucesso no âmbito universal ou de grupo, a resposta é um sonoro não. Mas, no âmbito do indivíduo, sim. Muitas pessoas que não têm fama, dinheiro, poder, que não lograram realizar nada de destaque na arte ou ciência, tem uma vida equilibrada, harmônica e feliz. São pessoas de sucesso. Podemos dizer que, no âmbito individual, o sucesso deveria estar ao alcance de todos. E está – ao alcance de todos os sensatos. A pessoa que tem a sensatez para perceber o tamanho de sua própria capacidade,suas limitações, e sonha com realizações à altura disso, é sensata. Ela, sim, pode até fazer um esforço permanente para ampliar sua capacidade, mas não tem visão delirante de si mesma e não sonha com realizações inatingíveis. b) Estratégia As estratégias adotadas no percurso da carreira também têm um peso significativo. A estratégia é um conjunto de decisões, a escolha de caminhos por meio dos quais a pessoa tentará atingir suas metas. Ela lida sempre com a incerteza – não se pode ter certeza absoluta previamente sobre qual caminho será melhor. Assim, mesmo a pessoa capaz poderá cometer erros de escolha. Eis algumas escolhas que terão forte impacto sobre as realizações, principalmente no âmbito da carreira: da profissão, da empresa para trabalhar, de parceiros, entre outros. c) Desempenho Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 29 O desempenho no trabalho é igualmente importante. Quanto a pessoa trabalha? Para quem deseja ser concertista de piano, há uma grande diferença entre aquele que estuda quatro e o que estuda oito horas por dia. O mesmo podemos dizer do empreendedor que trabalha mais horas. Guardadas outras condições pessoais e ambientais, ele tende a ir mais longe que o colega menos afeito ao trabalho. Além da quantidade de horas trabalhadas, há o empenho em buscar a qualidade, isto é: a pessoa não só trabalha na realização das tarefas em si, mas trabalha na sua própria mudança pessoal, ela se esforça permanentemente para tornar-se melhor, mais eficaz. Por fim, bom desempenho não pode ficar restrito às tarefas, mas tem de se estender ao campo das relações, afinal, as pessoas trabalham para o mercado e precisam de parcerias. De um modo geral, então, podemos dizer que a probabilidade de sucesso aumenta na proporção da qualidade e quantidade de esforço voltado para as metas, no âmbito profissional e social. d) Sorte Por fim, em uma medida ou outra, a sorte sempre interfere. Sorte aqui não quer dizer qualidade pessoal, pois, evidentemente nesse sentido ela não existe. Quer dizer interferência de fatores externos à pessoa, fora de seu controle, que a favoreçam – ou atrapalhem. Coisas que o mundo traz de graça para alguns e que facilitam bastante as realizações: herança, chegar no momento certo, conhecer a pessoa certa, entrar na empresa certa, envolver-se em acontecimento favorável. Ou a má sorte, que eventualmente tira alguém da trajetória vitoriosa. Eis uma fonte de razoável confusão: algumas pessoas parecem receber mais da vida – e, com frequência, os outros acham que têm mais sorte. Eventualmente, é verdade que uma ou outra pessoa coincidentemente tenha recebido mais dádivas, assim como já se registraram casos de indivíduos que foram vitimados por raios mais de uma vez. Quando se trata de eventos de sorte propriamente ditos, tudo é aleatório. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 30 Entretanto, há pessoas que parecem ter sorte, mas na verdade têm qualidades ou atributos que atraem coisas boas. Por exemplo: simpatia; posição social privilegiada; beleza; capacidade de identificar (e agarrar no tempo certo) boas oportunidades trazidas pela vida; inteligência emocional; e, capacidade de trabalho. Pode ser também que as pessoas recebam mais dádivas da vida porque fazem mais coisas – e o agir, por si, cria oportunidades. Thomas Jefferson disse “eu percebo que quanto mais duro eu trabalho, mais sorte pareço ter”. Evidentemente, quando fazendo a coisa certa, quanto mais a pessoa trabalha, mais tende a atrair coisas positivas, porque faz mais contatos, propaga uma imagem melhor, aprende mais e percebe mais coisas. Na mesma linha de raciocínio, há pessoas que parecem ter azar, mas têm na verdade características que “chamam” problemas, como por exemplo: negligência; desleixo; propensão a conflitos; companhia de gente problemática; e, descontrole emocional. Embora tenhamos visto os fatores isoladamente, na verdade o que leva ao sucesso maior ou menor não são fatores isolados, mas os fatores combinados. Por exemplo, o esforço intensivo partindo de uma pessoa com maior competência certamente resultará em maior produtividade que o mesmo esforço feito por pessoa menos capaz. Por outro lado, um lance de sorte provavelmente trará mais frutos para aquele que trabalha mais. Uma boa estratégia, por outro lado, com um Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 31 desempenho sofrível, poderá trazer resultados aquém dos esperados (ROSA, 2011). Outra condição ou ação de igual importância é saber administrar a si mesmo, à sua herança física, social, intelectual e emocional e aos seus atributos, ou seja, administrar os fatores citados. A vida nos oferece oportunidades, dádivas, mas também sofremos adversidades em graus variados, portanto, é preciso reconhecer essas condições e tratá-las com consciência e paciência. Uma parte daquilo que chamamos sucesso dependerá da pessoa e outra parte não dependerá. Na parte que depende dela poderá fazer bem mais por si mesma, se buscar administrar de forma inteligente sua vida e carreira. Decisões refletidas e conscientes, atenção para com seus recursos e ativos, trabalho eficiente e direcionado, essas coisas da boa administração não são garantia, mas seguramente ampliam sobremaneira a probabilidade de sucesso (ROSA, 2011). Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 32 UNIDADE 5 – A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 5.1 As inteligências múltiplas Já algumas décadas, os Neurologistas têm documentado que o sistema nervoso humano não é um órgão com propósito único nem tão pouco é infinitamente plástico. Acredita-se, hoje, que o sistema nervoso seja altamente diferenciado e que diferentes centros neurais processem diferentes tipos de informação (GARDNER, 1995). Howard Gardner, psicólogo da Universidade de Harvard, baseou-se nestas pesquisas para questionar a tradicional visão da inteligência, uma visão que enfatiza as habilidades linguística e lógico-matemática. Segundo ele, todos os indivíduos normais são capazes de uma atuação em pelo menos sete diferentes e, até certo ponto, independentes áreas intelectuais. Ele sugere que não existem habilidades gerais, duvida da possibilidade de se medir a inteligência através de testes de papel e Iápis e dá grande importância a diferentes atuações valorizadas em culturas diversas. Finalmente, ele define inteligência como a habilidade para resolver problemas ou criar produtos que sejam significativos em um ou mais ambientes culturais. A sua Teoria das Inteligências Múltiplas é uma alternativa para o conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e única, que permite aos indivíduos uma performance, maior ou menor, em qualquer área de atuação. Sua insatisfação com a ideia de QI e com visões unitárias de inteligência, que focalizam, sobretudo, as habilidades importantes para o sucesso escolar, levou Gardner a redefinir inteligência à luz das origens biológicas da habilidade para resolver problemas. Através da avaliação das atuações de diferentes profissionaisem diversas culturas, e do repertório de habilidades dos seres humanos na busca de soluções, culturalmente apropriadas, para os seus problemas, Gardner trabalhou no sentido inverso ao desenvolvimento, retroagindo para eventualmente Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 33 chegar às inteligências que deram origem a tais realizações. Na sua pesquisa, Gardner estudou também: desenvolvimento de diferentes habilidades em crianças normais e crianças superdotadas; adultos com lesões cerebrais e como estes não perdem a intensidade de sua produção intelectual, mas sim uma ou algumas habilidades, sem que outras habilidades sejam sequer atingidas; populações ditas excepcionais, tais como autistas, que apresentam ausências nas suas habilidades intelectuais; como se deu o desenvolvimento cognitivo através dos milênios (GAMA, 1998). Psicólogo construtivista muito influenciado por Piaget, Gardner distingue- se de seu colega de Genebra na medida em que Piaget acreditava que todos os aspectos da simbolização partem de uma mesma função semiótica, enquanto que ele acredita que processos psicológicos independentes são empregados quando o indivíduo lida com símbolos linguísticos, numéricos gestuais ou outros. Segundo Gardner, uma criança pode ter um desempenho precoce em uma área (o que Piaget chamaria de pensamento formal) e estar na média ou mesmo abaixo da média em outra (o equivalente, por exemplo, ao estágio sensório-motor). Gardner descreve o desenvolvimento cognitivo como uma capacidade cada vez maior de entender e expressar significado em vários sistemas simbólicos utilizados num contexto cultural, e sugere que não há uma ligação necessária entre a capacidade ou estágio de desenvolvimento em uma área de desempenho e capacidades ou estágios em outras áreas ou domínios (MALKUS e col., 1988 apud GAMA, 1998). Gardner (1994) afirma que, num plano de análise psicológico, cada área ou domínio tem seu sistema simbólico próprio; num plano sociológico de estudo, cada domínio se caracteriza pelo desenvolvimento de competências valorizadas em culturas específicas. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 34 Sugere ainda, que as habilidades humanas não são organizadas de forma horizontal; ele propõe que se pense nessas habilidades como organizadas verticalmente, e que, ao invés de haver uma faculdade mental geral, como a memória talvez exista formas independentes de percepção, memória e aprendizado, em cada área ou domínio, com possíveis semelhanças entre as áreas, mas não necessariamente uma relação direta (GAMA, 1998). De acordo com estudos de Zylberberg e Nista-Piccolo (2008), o conceito de inteligência proposto por Gardner, inicialmente, era a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos, importantes em determinado ambiente ou comunidade cultural. Duas décadas após a publicação de sua teoria, ele reformulou este conceito substituindo o termo “capacidade” por potencial biopsicológico, querendo distanciar-se da concepção mais biológica e ressaltar que as influências culturais e psicológicas desempenham um papel determinante. A verdade, como diz Marina (1995, p. 277) é que a “inteligência inventa novos problemas e procura resolvê-los”. A contribuição fundamental da teoria das Inteligências Múltiplas, segundo Najmanovich (2001), foi a mudança da pergunta “Quão inteligente você é?” para a indagação “De que modo você é inteligente?”. Esta alteração desencadeou um giro crucial que ampliou gradativamente as discussões mais estéreis e polêmicas que marcaram as primeiras pesquisas sobre a inteligência humana. Indo além do modelo unitário, Gardner apresentou inicialmente sete inteligências relativamente autônomas: linguística, lógico-matemática, espacial, corporal, musical, interpessoal e intrapessoal. Acrescentou, anos depois, mais duas possíveis inteligências: a naturalista, que foi posteriormente confirmada, e a existencialista, que até o presente momento se encontra em discussão. Na visão desse autor, outras inteligências podem ser identificadas desde que respeitem os mesmos critérios de análise pelos quais todas as oito apontadas já passaram (ZYLBERBERG e NISTA-PICCOLO, 2008). Gardner postula que essas competências intelectuais são relativamente independentes, têm sua origem e limites genéticos próprios e substratos neuro- Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 35 anatômicos específicos e dispõem de processos cognitivos próprios. Segundo ele, os seres humanos dispõem de graus variados de cada uma das inteligências e maneiras diferentes com que elas se combinam e organizam e se utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver problemas e criar produtos. Gardner ressalta que, embora estas inteligências sejam, até certo ponto, independentes uma das outras, elas raramente funcionam isoladamente. Embora algumas ocupações exemplifiquem uma inteligência, na maioria dos casos, as ocupações ilustram bem a necessidade de uma combinação de inteligências. Por exemplo, um cirurgião necessita da acuidade da inteligência espacial combinada com a destreza da cinestésica (HIRSCH, 2013). Vejamos um pouco de cada uma delas: a) Inteligência Linguística: Tem como base símbolos linguísticos, letras, palavras, domínio da língua escrita e oral, articulação lógica e criativa das ideias, oratória e memória declarativa. É a habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir ideias (GAMA, 1998). Particularmente notável nos poetas e escritores, e também desenvolvida por oradores, jornalistas, publicitários e vendedores, por exemplo (HIRSCH, 2013). b) Inteligência musical Utiliza os símbolos musicais, ritmo, partituras, utilização de instrumentos, canto, composição, percepção de sons, tons, timbres, sensibilidade emocional à música e organização musical para resolver e criar problemas e produtos importantes em determinado meio cultural. Segundo Hirsch (2013), as pessoas dotadas desse tipo de inteligência geralmente não precisam de aprendizagem formal para exercê-la. c) Inteligência Lógico-matemática Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 36 Potencial biopsicológico de resolver e criar problemas e produtos importantes em determinado meio cultural, valendo-se de símbolos matemáticos, números, fórmulas, cálculos, proporções. Utiliza raciocínio abstrato para a organização lógica do pensamento. É a inteligência característica de matemáticos e cientistas. Segundo Gardner (1994 apud GAMA, 1998), porém, explica que, embora o talento científico e o talento matemático possam estar presentes num mesmo indivíduo, os motivos que movem as ações dos cientistas e dos matemáticos não são os mesmos. Enquanto os matemáticos desejam criar um mundo abstrato consistente, os cientistas pretendem explicar a natureza. A criança com especial aptidão nesta inteligência demonstra facilidade para contar e fazer cálculos matemáticos e para criar notações práticas de seu raciocínio. É a competência mais diretamente associada ao pensamento científico, portanto, a ideia tradicional de inteligência (HIRSCH, 2013). d) InteligênciaEspacial Vale-se das relações entre tempo e espaço, localização marítima e terrestre, utilização de mapas, cartografias, bússolas, composição de formas, senso de direção, organização do pensamento em figuras e diagramas. e) Inteligência Cinestésica Esta inteligência se refere à habilidade para resolver problemas ou criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo. É a habilidade para usar a coordenação grossa ou fina em esportes, artes cênicas ou plásticas no controle dos movimentos do corpo e na manipulação de objetos com destreza. f) Inteligência Interpessoal Relacionada à percepção e convivência com o outro. Implica conduzir diálogos, perceber como o outro se sente mesmo sem perguntar, características de sociabilidade e cooperação. Na sua forma mais primitiva, a inteligência interpessoal se manifesta em crianças pequenas como a habilidade para distinguir pessoas, e na sua forma Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 37 mais avançada, como a habilidade para perceber intenções e desejos de outras pessoas e para reagir apropriadamente a partir dessa percepção (GAMA, 1998). Esse tipo de inteligência ressalta nos indivíduos de fácil relacionamento pessoal, como líderes de grupos, políticos, terapeutas, professores, animadores de espetáculos e vendedores (HIRSCH, 2013). g) Inteligência Intrapessoal Esta inteligência é o correlativo interno da inteligência interpessoal, isto é, a habilidade para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e ideias, para discriminá-los e lançar mão deles na solução de problemas pessoais. É o reconhecimento de habilidades, necessidades, desejos e inteligências próprias, a capacidade para formular uma imagem precisa de si próprio e a habilidade para usar essa imagem para funcionar de forma efetiva. Como esta inteligência é a mais pessoal de todas, ela só é observável através dos sistemas simbólicos das outras inteligências, ou seja, através de manifestações linguísticas, musicais ou cinestésicas (GAMA, 1998). É a competência de uma pessoa conhecer-se e estar bem consigo mesma, administrando seus sentimentos e emoções a favor de seus projetos. Enfim, é a capacidade de formar um modelo real de si e utilizá-lo para se conduzir proveitosamente na vida (HIRSCH, 2013). Segundo Ballestero-Alvarez (2004), a inteligência intrapessoal compreende nossos pensamentos e sentimentos mais íntimos. Todas as pessoas, naturalmente, demonstram grande interesse por suas experiências internas e quando é permitido ou oferecido a elas a oportunidade de participar, elas obtêm grandes benefícios. As atividades adequadas a esse objetivo, de desenvolver a inteligência intrapessoal devem enaltecer a aprendizagem independente e autodirigida. As oportunidades de usar a imaginação e a possibilidade de dispor de momentos tranquilos e de um local especial onde se possa trabalhar e refletir também contribuem. É aconselhável que possamos aprender a processar os próprios sentimentos, a fixar e cumprir metas pessoais e a alcançar o autoconhecimento e Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 38 a autoestima. Formular questões a respeito da vida e das ambições pessoais e, depois, encontrar as respostas a tais mistérios outorga grande satisfação às pessoas. Quando se tenta descrever as características daqueles que possuem uma inteligência intrapessoal bem desenvolvida, é importante considerar que nem todos os aspectos se manifestam ao mesmo tempo em uma pessoa. Por exemplo, podemos ter uma imagem exata a nosso respeito, mas não um alto nível de autoestima. Além das inteligências acima mencionadas, Gardner (1995) menciona uma possível candidata à oitava inteligência: a inteligência moral ou espiritual, que pode ser considerada como uma componente da inteligência pessoal, visto que, o que é moral ou espiritual depende imensamente dos valores culturais ligados ao meio ambiente onde o indivíduo está inserido, não sendo classificada como uma inteligência à parte. Quanto à inteligência naturalista, ela envolve a relação das pessoas com o meio ambiente, perceber a integração com a natureza e os animais, enxergar detalhes e variedades em espécies e ambientes. A inteligência existencialista relaciona-se com a busca do sentido da vida e da humanidade, percepção mais ampla do propósito humano e das tarefas desempenhadas no cotidiano. Busca da transcendência associada à consciência da perenidade. Um tipo de inteligência que ainda não se configurou como tal, em face da enormidade de exigências dos critérios estabelecidos para a análise das IM (ZYLBERBERG; NISTA-PICCOLO, 2008). Gardner (2006) reafirmou que o número de inteligências é menos importante do que a premissa de que há uma multiplicidade delas e que cada ser humano tem um mix único, ou perfil único de pontos fortes e pontos fracos nas inteligências. Segundo Gardner (1994, p. 45), “não há e jamais haverá uma lista única, irrefutável e universalmente aceita de inteligências humanas”, porque em larga medida a inteligência não existe como uma entidade fisicamente verificável, mas é um construto que se manifesta em comportamentos. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 39 5.2 A inteligência emocional O termo “inteligência emocional” foi utilizado pela primeira vez num artigo de mesmo nome, no qual é apresentado como uma subclasse da Inteligência Social, cujas habilidades estariam relacionadas ao monitoramento dos sentimentos e emoções em si mesmo e nos outros, na discriminação entre ambos e na utilização desta informação para guiar o pensamento e as ações (SALOVEY; MAYER, 1990, p. 189). A utilização de processos relacionados à Inteligência Emocional se inicia quando uma informação carregada de afeto entra no sistema perceptual, envolvendo os seguintes componentes: a) Avaliação e expressão das emoções em si e nos outros. b) Regulação da emoção em si e nos outros. c) Utilização da emoção para adaptação. Esses processos ocorrem tanto para o processamento de informações verbais, quanto não verbais (SALOVEY; MAYER, 1990). Segundo Goleman (1996, p. 14), inteligência emocional é a capacidade de percepção de nossos próprios sentimentos, e a partir desta percepção saber lidar com eles, dominando-os quando negativos, desenvolvendo-os quando positivos, de modo a se conquistar o equilíbrio emocional. Este equilíbrio nos permite a motivação para uma vida mais harmonizada. Esta capacidade proporciona a percepção dos sentimentos dos outros e nos habilita a sermos competentes em nossos relacionamentos interpessoais. Em 1997, Salovey e Mayer citados por Bueno & Primi (2003) apresentaram uma revisão ampliada, clarificada e melhor organizada do modelo de 1990, que enfatizava a percepção e controle da emoção, mas omitia o pensamento sobre sentimento. Nas palavras dos autores, a definição que corrige esses problemas é a seguinte: Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 40 A Inteligência Emocional envolve a capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a capacidade
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