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Apostila - Aula 1

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DIREITO DAS SUCESSÕES 
AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E 
HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E 
RENÚNCIA DA HERANÇA 
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AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
UNIDADE 1: REVISÃO 
1. Noções Introdutórias (art. 5º, XXX, CF/88)
2. Abertura da Sucessão
2.1. Princípio da Saisine 
2.2. Momento de Abertura da Sucessão
2.3. Local de Abertura da Sucessão 
3. Espólio e Administração da Herança
4. Espécies de Sucessão:
4.1. Sucessão Legítima ou 
4.2. Sucessão Testamentária 
5. Legitima x Disponível 
 
1. Noções Introdutórias
Retomando, em breviário, as lições passadas na última aula (06/03), temos que o 
direito das sucessões é tratado no último livro do Código Civil de 2002 (
Direito das Sucessões) e é o ramo do direito civil que trata da sucessão 
neste ramo do direito que se estudam noções gerais como herança, testamento, 
espólio e outros termos relacionados à sucessão decorrente da morte.
herança encontra, inclusive, previsão constitucional, encontrando
5º, XXX da CF/88, de forma bastante objetiva, enfatizando a natureza de garantia 
constitucional de tal direito: “
poderia ser, já que o direito de herança é indissociável das noções de direito de 
propriedade e sua função social.
 
2. Abertura da Sucessão
A sucessão se abre com a morte
direitos, deveres e bens sem um titular, a lei cria um efeit
abertura da sucessão, ou seja, com a morte, que é transmissão automática da posse 
dos bens do falecido para os seus herdeiros, e assim, todos os herdeiros, até que se 
ultime a partilha dos bens eventualmente deixados pelo falecido, ter
destes bens. Esta posse se transmite de forma imediata e automática, sem a 
necessidade de nenhum ato por parte dos herdeiros.
 
2.1. Princípio da Saisine
A este efeito dá-se o nome de 
ordenamento, este princípio encontra previsão no art. 1.784 do CC:
 
Art. 1.784. Aberta a sucessão
testamentários. 
Veja-se: “Aberta a sucessão” = morte; 
 “transmite-se, desde logo” = imediata e automatic
 
1 Não confundir “abertura da sucessão” com “abertura de inventá
Código Civil, sendo portanto, instituto de direito material e opera
“abertura de inventário” é ato procedimental, regulado no CPC, e em nada se relaciona ou condiciona a 
abertura da sucessão. 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
Noções Introdutórias (art. 5º, XXX, CF/88) 
Abertura da Sucessão 
Princípio da Saisine 
Momento de Abertura da Sucessão 
Local de Abertura da Sucessão 
Espólio e Administração da Herança 
Espécies de Sucessão: 
Sucessão Legítima ou Ab Intestato 
Sucessão Testamentária 
Legitima x Disponível 
Noções Introdutórias 
Retomando, em breviário, as lições passadas na última aula (06/03), temos que o 
direito das sucessões é tratado no último livro do Código Civil de 2002 (
) e é o ramo do direito civil que trata da sucessão 
neste ramo do direito que se estudam noções gerais como herança, testamento, 
espólio e outros termos relacionados à sucessão decorrente da morte.
nclusive, previsão constitucional, encontrando-se plasmado no art. 
5º, XXX da CF/88, de forma bastante objetiva, enfatizando a natureza de garantia 
constitucional de tal direito: “XXX – é garantido o direito de herança”. E diferente não 
o direito de herança é indissociável das noções de direito de 
propriedade e sua função social. 
Abertura da Sucessão 
A sucessão se abre com a morte1, imediatamente. E para evitar a existência de 
direitos, deveres e bens sem um titular, a lei cria um efeito que se opera com a 
abertura da sucessão, ou seja, com a morte, que é transmissão automática da posse 
dos bens do falecido para os seus herdeiros, e assim, todos os herdeiros, até que se 
ultime a partilha dos bens eventualmente deixados pelo falecido, ter
destes bens. Esta posse se transmite de forma imediata e automática, sem a 
necessidade de nenhum ato por parte dos herdeiros. 
Princípio da Saisine 
se o nome de PRINCÍPIO DA SAISINE (droit de saisine
este princípio encontra previsão no art. 1.784 do CC: 
Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e 
se: “Aberta a sucessão” = morte; 
se, desde logo” = imediata e automaticamente 
 
Não confundir “abertura da sucessão” com “abertura de inventário”. A abertura da sucessão regula
Código Civil, sendo portanto, instituto de direito material e opera-se com a morte, incontinenti. Já a 
“abertura de inventário” é ato procedimental, regulado no CPC, e em nada se relaciona ou condiciona a 
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
Retomando, em breviário, as lições passadas na última aula (06/03), temos que o 
direito das sucessões é tratado no último livro do Código Civil de 2002 (Livro V – Do 
) e é o ramo do direito civil que trata da sucessão mortis causa. É 
neste ramo do direito que se estudam noções gerais como herança, testamento, 
espólio e outros termos relacionados à sucessão decorrente da morte. O direito à 
se plasmado no art. 
5º, XXX da CF/88, de forma bastante objetiva, enfatizando a natureza de garantia 
”. E diferente não 
o direito de herança é indissociável das noções de direito de 
, imediatamente. E para evitar a existência de 
o que se opera com a 
abertura da sucessão, ou seja, com a morte, que é transmissão automática da posse 
dos bens do falecido para os seus herdeiros, e assim, todos os herdeiros, até que se 
ultime a partilha dos bens eventualmente deixados pelo falecido, terão a composse 
destes bens. Esta posse se transmite de forma imediata e automática, sem a 
droit de saisine), e em nosso 
, aos herdeiros legítimos e 
rio”. A abertura da sucessão regula-se no 
se com a morte, incontinenti. Já a 
“abertura de inventário” é ato procedimental, regulado no CPC, e em nada se relaciona ou condiciona a 
 
AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
 
Verifica-se, portanto, que nosso sistema adota do Princípio da Saisine, e nas palavras 
de Anderson Schereiber, “esse imediatismo na transmissão dos bens impede que o 
patrimônio permaneça por qualquer instante sem titular, o que serve para evitar 
abusos e conflitos decorrentes do esbulho e heranças abertas” (SCHEREIBER, 2020; p. 
1.014). 
 
2.2. Momento de Abertura da Sucessão
Já se sabe que a sucessão abre
nem sempre o momento da abertura da sucessão é fac
tanto, apenas a título de recapitulação, é preciso relembrar as noções de morte à luz 
do direito civil, notadamente, (i) morte real; (ii) morte presumida sem declaração de 
ausência (art. 7º, CC); (iii) morte presumida com declar
(iv) comoriência (art. 8º, CC). De toda sorte, é fundamental, independente das 
circunstâncias, precisar o momento da morte, pois é com a abertura da sucessão que 
se verifica a legislação aplicável, que será aquela vigente a
 
Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura 
daquela. 
 
2.3. Local de Abertura da Sucessão
Já o local da abertura da sucessão será aquele em que o falecido tinha seu último 
domicílio, atentando-se aqui às regras de fixação de domicílio insertas no art. 71 do CC 
e nas regras de fixação de competência no art. 48 do CPC:
 
Código Civil 
Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido.
 
Art. 70. O domicílio da pessoa natura
ânimo definitivo. 
 
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, 
considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
 
Código de Processo Civil 
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a 
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou 
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda 
óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único.Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
 
3. Espólio e Administração da Herança
Uma vez aberta a sucessão 
considerados como uma universalidade, cuja posse incumbe aos herdeiros. A esta 
universalidade, dá-se o nome de espólio, que é o ente despersonalizado ou 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
se, portanto, que nosso sistema adota do Princípio da Saisine, e nas palavras 
de Anderson Schereiber, “esse imediatismo na transmissão dos bens impede que o 
patrimônio permaneça por qualquer instante sem titular, o que serve para evitar 
usos e conflitos decorrentes do esbulho e heranças abertas” (SCHEREIBER, 2020; p. 
Momento de Abertura da Sucessão 
Já se sabe que a sucessão abre-se com a morte, mas é precisso relembrar aqui, que 
nem sempre o momento da abertura da sucessão é facilmente verificável. E para 
tanto, apenas a título de recapitulação, é preciso relembrar as noções de morte à luz 
do direito civil, notadamente, (i) morte real; (ii) morte presumida sem declaração de 
ausência (art. 7º, CC); (iii) morte presumida com declaração de ausência (art. 22, CC) e 
(iv) comoriência (art. 8º, CC). De toda sorte, é fundamental, independente das 
circunstâncias, precisar o momento da morte, pois é com a abertura da sucessão que 
se verifica a legislação aplicável, que será aquela vigente ao tempo da morte:
Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura 
Local de Abertura da Sucessão 
Já o local da abertura da sucessão será aquele em que o falecido tinha seu último 
se aqui às regras de fixação de domicílio insertas no art. 71 do CC 
e nas regras de fixação de competência no art. 48 do CPC: 
se no lugar do último domicílio do falecido. 
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com 
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, 
á domicílio seu qualquer delas. 
domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a 
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou 
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda 
óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
o foro de situação dos bens imóveis; 
havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; 
veis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
Espólio e Administração da Herança 
Uma vez aberta a sucessão – repita-se, com a morte – os bens do falecido são 
considerados como uma universalidade, cuja posse incumbe aos herdeiros. A esta 
se o nome de espólio, que é o ente despersonalizado ou 
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
se, portanto, que nosso sistema adota do Princípio da Saisine, e nas palavras 
de Anderson Schereiber, “esse imediatismo na transmissão dos bens impede que o 
patrimônio permaneça por qualquer instante sem titular, o que serve para evitar 
usos e conflitos decorrentes do esbulho e heranças abertas” (SCHEREIBER, 2020; p. 
se com a morte, mas é precisso relembrar aqui, que 
ilmente verificável. E para 
tanto, apenas a título de recapitulação, é preciso relembrar as noções de morte à luz 
do direito civil, notadamente, (i) morte real; (ii) morte presumida sem declaração de 
ação de ausência (art. 22, CC) e 
(iv) comoriência (art. 8º, CC). De toda sorte, é fundamental, independente das 
circunstâncias, precisar o momento da morte, pois é com a abertura da sucessão que 
o tempo da morte: 
Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura 
Já o local da abertura da sucessão será aquele em que o falecido tinha seu último 
se aqui às regras de fixação de domicílio insertas no art. 71 do CC 
l é o lugar onde ela estabelece a sua residência com 
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, 
domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a 
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou 
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: 
veis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. 
os bens do falecido são 
considerados como uma universalidade, cuja posse incumbe aos herdeiros. A esta 
se o nome de espólio, que é o ente despersonalizado ou 
 
AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
despersonificado que encampa todos os direitos, deveres, bens, dívidas, etc., 
porventura deixados pelo de cujus
 
Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários seja
Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co
herança, será indivisível, e regular
 
A administração da herança regula
espólio possui legitimidade judicial ativa e passiva, desde que devidamente 
representado pelo inventariante (art. 75, VII do CPC).
 
Ao inventariante cabe a administração da herança (art. 1.991, CC), e até que o 
inventariante assuma este compro
1.797 do CC: 
 
Art. 1.991. Desde a assinatura do compromisso até a homologação da partilha, a 
administração da herança será exercida pelo inventariante.
 
Art. 1.797. Até o compromisso do inventariante, a ad
sucessivamente: 
I - ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da sucessão;
II - ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e, se houver mais de um nessas 
condições, ao mais velho; 
III - ao testamenteiro; 
IV - a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos incisos antecedentes, ou 
quando tiverem de ser afastadas por motivo grave levado ao conhecimento do juiz.
 
Ademais, a lei confere à sucessão aberta a natureza
art. 80 do CC, ainda que o falecido somente tenha deixado bens móveis. Significa que 
uma vez aberta a sucessão, e antes de ultimada a partilha com a transmissão definitiva 
dos bens aos novos titulares, estes bens, consider
por força de lei, natureza de bem imóvel:
 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
(...) 
II - o direito à sucessão aberta.
 
4. Espécies de Sucessão
São 2 as espécies de sucessão, conforme preconizado no art. 1
 
Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade.
 
4.1. Sucessão Legítima ou 
É a sucessão que se regula pela lei, usando as regras definidas em lei para verificar 
quem serão os herdeiros, e como será feita a at
um deles. 
 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
despersonificado que encampa todos os direitos, deveres, bens, dívidas, etc., 
de cujus. 
se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros.
Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e posse da 
herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.
A administração da herança regula-se pelas normas relativas ao con
espólio possui legitimidade judicial ativa e passiva, desde que devidamente 
representado pelo inventariante (art. 75, VII do CPC). 
Ao inventariante cabe a administração da herança (art. 1.991, CC), e até que o 
inventariante assuma este compromisso, a administração é regulada na forma do art. 
Art. 1.991. Desde a assinatura do compromisso até a homologação da partilha, a 
administração da herança será exercida pelo inventariante. 
Art. 1.797. Até o compromisso do inventariante, a administração da herança caberá, 
ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da sucessão;
ao herdeiro que estiver na posse e administraçãodos bens, e, se houver mais de um nessas 
a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos incisos antecedentes, ou 
quando tiverem de ser afastadas por motivo grave levado ao conhecimento do juiz.
Ademais, a lei confere à sucessão aberta a natureza jurídica de bem imóvel, conforme 
art. 80 do CC, ainda que o falecido somente tenha deixado bens móveis. Significa que 
uma vez aberta a sucessão, e antes de ultimada a partilha com a transmissão definitiva 
dos bens aos novos titulares, estes bens, considerados enquanto universalidade, tem, 
por força de lei, natureza de bem imóvel: 
se imóveis para os efeitos legais: 
o direito à sucessão aberta. 
Espécies de Sucessão 
São 2 as espécies de sucessão, conforme preconizado no art. 1.786 do CC:
se por lei ou por disposição de última vontade. 
Sucessão Legítima ou Ab Intestato 
É a sucessão que se regula pela lei, usando as regras definidas em lei para verificar 
quem serão os herdeiros, e como será feita a atribuição do quinhão hereditário a cada 
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
despersonificado que encampa todos os direitos, deveres, bens, dívidas, etc., 
m os herdeiros. 
herdeiros, quanto à propriedade e posse da 
á pelas normas relativas ao condomínio. 
se pelas normas relativas ao condomínio, e o 
espólio possui legitimidade judicial ativa e passiva, desde que devidamente 
Ao inventariante cabe a administração da herança (art. 1.991, CC), e até que o 
misso, a administração é regulada na forma do art. 
Art. 1.991. Desde a assinatura do compromisso até a homologação da partilha, a 
ministração da herança caberá, 
ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da sucessão; 
ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e, se houver mais de um nessas 
a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos incisos antecedentes, ou 
quando tiverem de ser afastadas por motivo grave levado ao conhecimento do juiz. 
jurídica de bem imóvel, conforme 
art. 80 do CC, ainda que o falecido somente tenha deixado bens móveis. Significa que 
uma vez aberta a sucessão, e antes de ultimada a partilha com a transmissão definitiva 
ados enquanto universalidade, tem, 
.786 do CC: 
É a sucessão que se regula pela lei, usando as regras definidas em lei para verificar 
ribuição do quinhão hereditário a cada 
 
AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
Na sucessão legítima, é obedecida a ordem de vocação hereditária, prevista no art. 
1.829 do CC, que organiza uma espécie de “fila indiana”, estabelecendo, entre os 
herdeiros que sobreviveram ao falecido, qu
 
Art. 1.829. A sucessão legítima defere
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o 
falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obri
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver 
deixado bens particulares; 
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; 
III - ao cônjuge sobrevivente; 
IV - aos colaterais. 
 
4.2. Sucessão Testamentária
É aquela que decorre da manifestação de última vontade do falecido, ou seja, decorre 
de testamento, legado ou codicilo, quando o falecido deixa manifestada a destinação 
que deve ser dada a seu patrimônio. Frisa
sofrer limitações, como será visto a seguir.
 
5. Legítima X Disponível 
A lei estabelece que descendentes, ascendentes e cônjuge/companheiro
herdeiros necessários, também chamados 
destes herdeiros sobreviver ao 
para eles, e apenas a metade remanescente poderá ser objeto de testamento. 
 
À metade que precisará será reservada aos herdeiros necessários, dá
Legítima, e sobre esta, não há liberd
dividida entre os herdeiros vocacionados. À metade remanescente, dá
Disponível, e esta metade pode ser livremente testada, conforme a vontade do 
falecido, que portanto, poderá deixar metade d
vizinho, caridade, igreja, etc.
 
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.
 
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
 
Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, 
constituindo a legítima. 
 
 
 
 
2 O STF, através dos REs nº 646.721 e 878.694, declarou a inconstitucionalidade do art. 1.790 do CC, que 
estabelecia uma diferenciação entre o regime sucessório aplicado ao companheiro. Mediante interpretação 
conforme a constituição, hoje é d
forma, afasta-se a aplicação do art. 1.790 do C
alguma regra aplicável ao cônjuge, por conseguinte, será aplicada ao companheiro.
 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
Na sucessão legítima, é obedecida a ordem de vocação hereditária, prevista no art. 
1.829 do CC, que organiza uma espécie de “fila indiana”, estabelecendo, entre os 
herdeiros que sobreviveram ao falecido, quais serão chamados a suceder.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: 
aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o 
falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, 
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver 
aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; 
 
ão Testamentária 
É aquela que decorre da manifestação de última vontade do falecido, ou seja, decorre 
de testamento, legado ou codicilo, quando o falecido deixa manifestada a destinação 
que deve ser dada a seu patrimônio. Frisa-se aqui que a liberdade de t
sofrer limitações, como será visto a seguir. 
Legítima X Disponível 
A lei estabelece que descendentes, ascendentes e cônjuge/companheiro
, também chamados reservatários. Isto significa que se algum 
reviver ao de cujus, metade do patrimônio deverá ser deixado 
para eles, e apenas a metade remanescente poderá ser objeto de testamento. 
À metade que precisará será reservada aos herdeiros necessários, dá
, e sobre esta, não há liberdade para testar, pois ela ficará reservada para ser 
dividida entre os herdeiros vocacionados. À metade remanescente, dá
, e esta metade pode ser livremente testada, conforme a vontade do 
falecido, que portanto, poderá deixar metade de seu patrimônio para um amigo, 
vizinho, caridade, igreja, etc. 
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
ertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, 
 
O STF, através dos REs nº 646.721 e 878.694, declarou a inconstitucionalidade do art. 1.790 do CC, que 
estabelecia uma diferenciação entre o regime sucessório aplicado ao companheiro. Mediante interpretação 
conforme a constituição, hoje é dado ao companheiro o mesmo tratamento que se dá ao cônjuge. Desta 
se a aplicação do art. 1.790 do CC, e nas demais regras sucessórias, sempre que constar 
alguma regra aplicável ao cônjuge, por conseguinte, será aplicada ao companheiro. 
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
Na sucessão legítima, é obedecida a ordem de vocação hereditária, prevista no art. 
1.829 do CC, que organiza uma espécie de “fila indiana”, estabelecendo, entre os 
ais serão chamados a suceder. 
aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o 
gatória de bens (art. 1.640, 
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver 
É aquela que decorre da manifestação de última vontade do falecido, ou seja, decorre 
de testamento, legado ou codicilo, quando o falecido deixa manifestada a destinação 
se aqui que a liberdade de testar pode 
A lei estabelece que descendentes, ascendentes e cônjuge/companheiro2são 
. Isto significa que se algum 
, metade do patrimônio deverá ser deixado 
para eles, e apenas a metade remanescente poderá ser objeto de testamento. 
À metade que precisará será reservada aos herdeiros necessários, dá-se o nome de 
ade para testar, pois ela ficará reservada para ser 
dividida entre os herdeiros vocacionados. À metade remanescente, dá-se o nome de 
, e esta metade pode ser livremente testada, conforme a vontade do 
e seu patrimônio para um amigo, 
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança. 
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. 
ertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, 
O STF, através dos REs nº 646.721 e 878.694, declarou a inconstitucionalidade do art. 1.790 do CC, que 
estabelecia uma diferenciação entre o regime sucessório aplicado ao companheiro. Mediante interpretação 
ado ao companheiro o mesmo tratamento que se dá ao cônjuge. Desta 
, sempre que constar 
 
AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
UNIDADE 2: HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE
 
1. Herança Jacente 
1.1 Natureza Jurídica 
1.2 Hipóteses de Jacência 
1.3 Procedimento 
2. Herança Vacante 
2.1. Declaração de Vacância
2.2. Efeitos da Declaração de Vacância 
2.3. Delação Definitiva dos Bens Vagos ao Ente Público
3. Declaração Sumária de Vacância 
4. Direito dos Credores do Renunciante
 
 
1. Herança Jacente 
Conforme já verificado neste
forma do testamento (art. 1.786 CC). No entanto, há hipóteses em que o falecido pode 
não ter deixado nenhum parente sucessível, tampouco testamento, e nestes casos, os 
bens ficam vagos, pois não há ninguém em favor de quem 
(art. 1.784 CC). A estes bens vagos, atribui
 
1.1. Natureza Jurídica 
A herança jacente não possui personalidade, tampouco considera
autônomo, justamente por ser acéfalo. É portanto, um 
atual. Todavia, nosso sistema não comporta patrimônio sem titular, e a esta herança 
“acéfala” deve ser dada uma destinação. Assim sendo, a lei estabelece o procedimento 
a ser adotado nos casos de jacência. 
 
1.2. Hipóteses de Jacência
As hipóteses de jacência estão previstas em lei, no art. 1.819 do CC:
 
Art. 1.819. Falecendo alguém 
conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração 
de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua 
vacância. 
 
Frisa-se que herdeiro notoriamente conhecido são aqueles presentes no lugar em que 
se abre a sucessão, e que poderiam ser facilmente localizados por serem conhe
de todos. 
 
1.3. Procedimento 
O procedimento a ser adotado nos casos de herança jacente está previsto no CPC, nos 
arts. 738 e seguintes. Nestes casos, como não há herdeiros para promover a 
arrecadação dos bens, esta arrecadação é feita pela autoridade jud
tanto, nomeará um curador:
 
Art. 738. Nos casos em que a lei considere jacente a herança, o juiz em cuja comarca tiver 
domicílio o falecido procederá imediatamente à arrecadação dos respectivos bens.
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
UNIDADE 2: HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE 
Natureza Jurídica 
Hipóteses de Jacência 
 
ação de Vacância 
2.2. Efeitos da Declaração de Vacância 
2.3. Delação Definitiva dos Bens Vagos ao Ente Público 
3. Declaração Sumária de Vacância 
4. Direito dos Credores do Renunciante 
neste material, a sucessão pode se dar na forma da lei ou na 
forma do testamento (art. 1.786 CC). No entanto, há hipóteses em que o falecido pode 
não ter deixado nenhum parente sucessível, tampouco testamento, e nestes casos, os 
bens ficam vagos, pois não há ninguém em favor de quem operar os efeitos da Saisine 
(art. 1.784 CC). A estes bens vagos, atribui-se o status de herança jacente. 
 
A herança jacente não possui personalidade, tampouco considera
autônomo, justamente por ser acéfalo. É portanto, um estado de herança sem dono 
Todavia, nosso sistema não comporta patrimônio sem titular, e a esta herança 
“acéfala” deve ser dada uma destinação. Assim sendo, a lei estabelece o procedimento 
a ser adotado nos casos de jacência. 
Hipóteses de Jacência 
As hipóteses de jacência estão previstas em lei, no art. 1.819 do CC: 
Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente 
, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração 
urador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua 
se que herdeiro notoriamente conhecido são aqueles presentes no lugar em que 
se abre a sucessão, e que poderiam ser facilmente localizados por serem conhe
O procedimento a ser adotado nos casos de herança jacente está previsto no CPC, nos 
arts. 738 e seguintes. Nestes casos, como não há herdeiros para promover a 
arrecadação dos bens, esta arrecadação é feita pela autoridade judiciária, que, para 
tanto, nomeará um curador: 
Art. 738. Nos casos em que a lei considere jacente a herança, o juiz em cuja comarca tiver 
domicílio o falecido procederá imediatamente à arrecadação dos respectivos bens.
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
ode se dar na forma da lei ou na 
forma do testamento (art. 1.786 CC). No entanto, há hipóteses em que o falecido pode 
não ter deixado nenhum parente sucessível, tampouco testamento, e nestes casos, os 
operar os efeitos da Saisine 
se o status de herança jacente. 
A herança jacente não possui personalidade, tampouco considera-se patrimônio 
estado de herança sem dono 
Todavia, nosso sistema não comporta patrimônio sem titular, e a esta herança 
“acéfala” deve ser dada uma destinação. Assim sendo, a lei estabelece o procedimento 
sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente 
, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração 
urador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua 
se que herdeiro notoriamente conhecido são aqueles presentes no lugar em que 
se abre a sucessão, e que poderiam ser facilmente localizados por serem conhecidos 
O procedimento a ser adotado nos casos de herança jacente está previsto no CPC, nos 
arts. 738 e seguintes. Nestes casos, como não há herdeiros para promover a 
iciária, que, para 
Art. 738. Nos casos em que a lei considere jacente a herança, o juiz em cuja comarca tiver 
domicílio o falecido procederá imediatamente à arrecadação dos respectivos bens. 
 
AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
 
Art. 739. A herança jacente ficará s
curador até a respectiva entrega ao sucessor legalmente habilitado ou até a declaração de 
vacância. 
§ 1º Incumbe ao curador: 
I - representar a herança em juízo ou fora dele, com intervenção do Ministério P
II - ter em boa guarda e conservação os bens arrecadados e promover a arrecadação de outros 
porventura existentes; 
III - executar as medidas conservatórias dos direitos da herança;
IV - apresentar mensalmente ao juiz balancete da receita e da despe
V - prestar contas ao final de sua gestão.
§ 2º Aplica-se ao curador o disposto nos
 
Após a arrecadação dos bens, é preciso oportunizar o aparecimento de eventuais 
herdeiros até então não conhecidos, o que faz através da publicação de
também na forma da lei processual: 
 
Art. 741. Ultimada a arrecadação, o juiz mandará expedir edital
mundial de computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado o juízo e na plataforma 
de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 3 (três) meses, ou, não 
havendo sítio, no órgão oficial e na imprensa da comarca, por 3 (três) vezes com intervalos de 1 
(um) mês, para que os sucessores do falecido venham a habilitar
contado da primeira publicação.
§ 1º Verificada a existência de sucessor ou de testamenteiro em lugar certo, far
citação, sem prejuízo do edital.
§ 2º Quando o falecidofor estrangeiro, será também comunicado o fato à autoridade consular.
§ 3º Julgada a habilitação do herdeiro, reconhecida a qualidade do testamenteiro ou provada a 
identidade do cônjuge ou companheiro, a arrecadação converter
§ 4º Os credores da herança poderão habilitar
cobrança. 
 
Se após a publicação do primeiro edital decorrer 1 ano, a 
declarada vacante. 
 
2. Herança Vacante 
2.1. Declaração de Vacância 
Conforme verificado, falecendo alguém sem deixar testamento ou herdeiros 
notoriamente conhecidos, a her
sucessores, a autoridade judiciária promove a arrecadação dos bens através de 
curador nomeado para tal finalidade. Após a arrecadação, de modo a oportunizar que 
eventuais herdeiros apareçam, a lei determi
publicizar esta situação. Mas esta situação não pode perdurar indefinidamente, e a lei 
estabelece como limite temporal o interregno de 1 ano contado da primeira 
publicação de edital. Se decorrido este interregno, herdei
é então declarada vacante, consoante art. 1.820 do CC:
 
Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos 
editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publi
haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança declarada vacante.
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
Art. 739. A herança jacente ficará sob a guarda, a conservação e a administração de um 
curador até a respectiva entrega ao sucessor legalmente habilitado ou até a declaração de 
representar a herança em juízo ou fora dele, com intervenção do Ministério P
ter em boa guarda e conservação os bens arrecadados e promover a arrecadação de outros 
executar as medidas conservatórias dos direitos da herança; 
apresentar mensalmente ao juiz balancete da receita e da despesa; 
prestar contas ao final de sua gestão. 
se ao curador o disposto nos arts. 159 a 161 . 
Após a arrecadação dos bens, é preciso oportunizar o aparecimento de eventuais 
herdeiros até então não conhecidos, o que faz através da publicação de
também na forma da lei processual: 
Ultimada a arrecadação, o juiz mandará expedir edital, que será publicado na rede 
mundial de computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado o juízo e na plataforma 
Nacional de Justiça, onde permanecerá por 3 (três) meses, ou, não 
havendo sítio, no órgão oficial e na imprensa da comarca, por 3 (três) vezes com intervalos de 1 
(um) mês, para que os sucessores do falecido venham a habilitar-se no prazo de 6 (seis) meses
contado da primeira publicação. 
§ 1º Verificada a existência de sucessor ou de testamenteiro em lugar certo, far
citação, sem prejuízo do edital. 
§ 2º Quando o falecido for estrangeiro, será também comunicado o fato à autoridade consular.
Julgada a habilitação do herdeiro, reconhecida a qualidade do testamenteiro ou provada a 
identidade do cônjuge ou companheiro, a arrecadação converter-se-á em inventário.
§ 4º Os credores da herança poderão habilitar-se como nos inventários ou propor a açã
Se após a publicação do primeiro edital decorrer 1 ano, a herança então será 
Declaração de Vacância 
Conforme verificado, falecendo alguém sem deixar testamento ou herdeiros 
notoriamente conhecidos, a herança é considerada jacente, e então, na ausência de 
sucessores, a autoridade judiciária promove a arrecadação dos bens através de 
curador nomeado para tal finalidade. Após a arrecadação, de modo a oportunizar que 
eventuais herdeiros apareçam, a lei determina a publicação de editais, visando 
Mas esta situação não pode perdurar indefinidamente, e a lei 
estabelece como limite temporal o interregno de 1 ano contado da primeira 
publicação de edital. Se decorrido este interregno, herdeiro algum aparecer, a herança 
é então declarada vacante, consoante art. 1.820 do CC: 
Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos 
editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publi
haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança declarada vacante.
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
ob a guarda, a conservação e a administração de um 
curador até a respectiva entrega ao sucessor legalmente habilitado ou até a declaração de 
representar a herança em juízo ou fora dele, com intervenção do Ministério Público; 
ter em boa guarda e conservação os bens arrecadados e promover a arrecadação de outros 
Após a arrecadação dos bens, é preciso oportunizar o aparecimento de eventuais 
herdeiros até então não conhecidos, o que faz através da publicação de editais, 
, que será publicado na rede 
mundial de computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado o juízo e na plataforma 
Nacional de Justiça, onde permanecerá por 3 (três) meses, ou, não 
havendo sítio, no órgão oficial e na imprensa da comarca, por 3 (três) vezes com intervalos de 1 
se no prazo de 6 (seis) meses 
§ 1º Verificada a existência de sucessor ou de testamenteiro em lugar certo, far-se-á a sua 
§ 2º Quando o falecido for estrangeiro, será também comunicado o fato à autoridade consular. 
Julgada a habilitação do herdeiro, reconhecida a qualidade do testamenteiro ou provada a 
á em inventário. 
se como nos inventários ou propor a ação de 
herança então será 
Conforme verificado, falecendo alguém sem deixar testamento ou herdeiros 
ança é considerada jacente, e então, na ausência de 
sucessores, a autoridade judiciária promove a arrecadação dos bens através de 
curador nomeado para tal finalidade. Após a arrecadação, de modo a oportunizar que 
na a publicação de editais, visando 
Mas esta situação não pode perdurar indefinidamente, e a lei 
estabelece como limite temporal o interregno de 1 ano contado da primeira 
ro algum aparecer, a herança 
Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos 
editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publicação, sem que 
haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança declarada vacante. 
 
AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
 
Assim também preconiza a lei processual: 
 
Art. 743. Passado 1 (um) ano da primeira publicação do edital e não havendo herdeiro 
habilitado nem habilitação pen
§ 1º Pendendo habilitação, a vacância será declarada pela mesma sentença que a julgar 
improcedente, aguardando-se, no caso de serem diversas as habilitações, o julgamento da 
última. 
§ 2º Transitada em julgado a sent
herdeiros e os credores só poderão reclamar o seu direito por ação direta.
 
Portanto, verifica-se que toda herança vacante já foi jacente um dia, e jacência não se 
confunde com vacância, sendo a pr
segunda. 
 
2.2. Efeitos da Declaração de Vacância
A declaração de vacância produz alguns efeitos bem acentuados, a saber:
a) Coloca fim à jacência;
b) Gera a certeza jurídica de que o patrimônio não possui um titular
c) Afasta da sucessão os herdeiros colaterais
 
Com efeito, até a declaração de vacância, quando a herança ainda é tida por jacente, 
quaisquer herdeiros que tomem conhecimento da situação podem habilitar
descendentes, ascendentes, cônjuge/companheiro, colaterais.
de vacância, eventuais herdeiros colaterais ficam peremptoriamente afastados da 
sucessão. 
 
Art. 1.822. (...) 
Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais ficarão 
excluídos da sucessão. 
 
2.3. Delação Definitiva ao Ente Público 
Com a declaração de vacância, os bens são transferidos ao ente público, que passará a 
ter a propriedade resolúvel dos mesmos, sem prejuízo do direito de eventuais 
herdeiros que venham a reclamar o patrimônio (à exceção dos colaterai
Todavia, eventuais herdeiros que somente apareçam após a declaração de vacância 
não mais poderão reclamar sua parte incidentalmente, através de habilitação, e sim 
através de ação autônoma. 
 
Mas mesmo aqui a situação não pode permanecer i
qualquer distorçãoneste sentido, estabelece um prazo de 5 anos, contados da 
abertura da sucessão (morte). Passados 5 anos a partir da morte do autor da herança, 
os bens passarão definitivamente para a propriedade do en
detinha tão somente a propriedade resolúvel).
 
Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente 
se habilitarem; mas, decorridos
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
Assim também preconiza a lei processual: 
Art. 743. Passado 1 (um) ano da primeira publicação do edital e não havendo herdeiro 
habilitado nem habilitação pendente, será a herança declarada vacante. 
§ 1º Pendendo habilitação, a vacância será declarada pela mesma sentença que a julgar 
se, no caso de serem diversas as habilitações, o julgamento da 
§ 2º Transitada em julgado a sentença que declarou a vacância, o cônjuge, o companheiro, os 
herdeiros e os credores só poderão reclamar o seu direito por ação direta. 
se que toda herança vacante já foi jacente um dia, e jacência não se 
confunde com vacância, sendo a primeira uma fase do processo que antecede a 
Efeitos da Declaração de Vacância 
A declaração de vacância produz alguns efeitos bem acentuados, a saber:
Coloca fim à jacência; 
Gera a certeza jurídica de que o patrimônio não possui um titular
a sucessão os herdeiros colaterais 
Com efeito, até a declaração de vacância, quando a herança ainda é tida por jacente, 
quaisquer herdeiros que tomem conhecimento da situação podem habilitar
descendentes, ascendentes, cônjuge/companheiro, colaterais. Mas após a declaração 
de vacância, eventuais herdeiros colaterais ficam peremptoriamente afastados da 
Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais ficarão 
nitiva ao Ente Público 
Com a declaração de vacância, os bens são transferidos ao ente público, que passará a 
ter a propriedade resolúvel dos mesmos, sem prejuízo do direito de eventuais 
herdeiros que venham a reclamar o patrimônio (à exceção dos colaterai
Todavia, eventuais herdeiros que somente apareçam após a declaração de vacância 
não mais poderão reclamar sua parte incidentalmente, através de habilitação, e sim 
através de ação autônoma. 
Mas mesmo aqui a situação não pode permanecer indefinidamente, e a lei, para evitar 
qualquer distorção neste sentido, estabelece um prazo de 5 anos, contados da 
abertura da sucessão (morte). Passados 5 anos a partir da morte do autor da herança, 
os bens passarão definitivamente para a propriedade do ente público (que até então 
detinha tão somente a propriedade resolúvel). 
Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente 
se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados 
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
Art. 743. Passado 1 (um) ano da primeira publicação do edital e não havendo herdeiro 
§ 1º Pendendo habilitação, a vacância será declarada pela mesma sentença que a julgar 
se, no caso de serem diversas as habilitações, o julgamento da 
ença que declarou a vacância, o cônjuge, o companheiro, os 
se que toda herança vacante já foi jacente um dia, e jacência não se 
imeira uma fase do processo que antecede a 
A declaração de vacância produz alguns efeitos bem acentuados, a saber: 
Gera a certeza jurídica de que o patrimônio não possui um titular 
Com efeito, até a declaração de vacância, quando a herança ainda é tida por jacente, 
quaisquer herdeiros que tomem conhecimento da situação podem habilitar-se – 
Mas após a declaração 
de vacância, eventuais herdeiros colaterais ficam peremptoriamente afastados da 
Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais ficarão 
Com a declaração de vacância, os bens são transferidos ao ente público, que passará a 
ter a propriedade resolúvel dos mesmos, sem prejuízo do direito de eventuais 
herdeiros que venham a reclamar o patrimônio (à exceção dos colaterais, já excluídos). 
Todavia, eventuais herdeiros que somente apareçam após a declaração de vacância 
não mais poderão reclamar sua parte incidentalmente, através de habilitação, e sim 
ndefinidamente, e a lei, para evitar 
qualquer distorção neste sentido, estabelece um prazo de 5 anos, contados da 
abertura da sucessão (morte). Passados 5 anos a partir da morte do autor da herança, 
te público (que até então 
Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente 
os bens arrecadados 
 
AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas 
circunscrições, incorporando-
(...) 
 
3. Declaração Sumária de Vacância
Além das hipóteses de jacência previstas e
testamento ou herdeiros notoriamente conhecidos 
herdeiros eventualmente existentes renunciarem à herança, repudiando assim sua 
participação na sucessão. 
 
Se a inexistência de herdeiros se der não pela sua inexistência, mas sim porque todos 
aqueles existentes não o quiseram suceder, não haverá necessidade de se percorrer o 
procedimento de jacência, com a publicação dos editais e espera do interregno de 1 
ano. Neste caso, é possí
sumariamente a declaração de vacância: 
 
Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será esta desde logo 
declarada vacante. 
 
4. Direito dos Credores
Outrossim sim, há que se ressaltar
do falecido habilitem seus créditos, de modo a satisfazer as dívidas do falecido:
 
Art. 1.821. É assegurado aos credores o direito de pedir o pagamento das dívidas reconhecidas, 
nos limites das forças da herança.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
sarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas 
se ao domínio da União quando situados em território federal.
Declaração Sumária de Vacância 
Além das hipóteses de jacência previstas em lei e já vistas até aqui –
testamento ou herdeiros notoriamente conhecidos – há ainda a possibilidade todos os 
herdeiros eventualmente existentes renunciarem à herança, repudiando assim sua 
 
herdeiros se der não pela sua inexistência, mas sim porque todos 
aqueles existentes não o quiseram suceder, não haverá necessidade de se percorrer o 
procedimento de jacência, com a publicação dos editais e espera do interregno de 1 
ano. Neste caso, é possível, desde já, e após a arrecadação, promover
sumariamente a declaração de vacância: 
Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será esta desde logo 
Direito dos Credores 
Outrossim sim, há que se ressaltar que a lei também permite que eventuais credores 
do falecido habilitem seus créditos, de modo a satisfazer as dívidas do falecido:
Art. 1.821. É assegurado aos credores o direito de pedir o pagamento das dívidas reconhecidas, 
ança. 
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
sarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas 
se ao domínio da União quando situados em território federal. 
– inexistência de 
há ainda a possibilidade todos os 
herdeiros eventualmente existentes renunciarem à herança, repudiando assim sua 
herdeiros se der não pela sua inexistência, mas sim porque todos 
aqueles existentes não o quiseram suceder, não haverá necessidade de se percorrer o 
procedimento de jacência, com a publicação dos editais e espera do interregno de 1 
vel, desde já, e após a arrecadação, promover-se 
Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será esta desde logo 
que a lei também permite que eventuais credores 
do falecido habilitem seus créditos, de modo a satisfazer as dívidas do falecido: 
Art. 1.821. É assegurado aos credores o direito de pedir o pagamento das dívidas reconhecidas, 
 
AULA 1 – REVISÃO/ HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
UNIDADE 3: ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
1. Aceitação da Herança
1.1. Características do Ato Jurídico de Aceitação
1.2. Modalidades de Aceitação:
 a) expressa 
 b) tácita 
 c) presumida
2. Renúncia da Herança 
 2.1. Características do Ato Jurídic
2.2. Ato Jurídico Solene 
 a) instrumento público
 b) termo nos autos
2.3. Requisitos para a renúncia
2.4. Efeitos da Renúncia 
 a) Retroação à data da abertura da sucessão
 b) Direito de Acrescer aos demais herdeiros
 c) Exclusão dos herdei
 2.5. Direito dos Credores do Reunciante
 
 
1. Aceitação da Herança
O fato de a lei eleger alguém à categoria de herdeiro sucessível, não significa que este 
herdeiro esteja obrigado a herdar. Diante disto, importante verificar as diferentes
modalidades de aceitação e seus efeitos. Vejamos, pois.
 
Como já visto, por força da Saisine, uma vez aberta a sucessão (com a morte), desde já 
opera-se a transmissão dos bens para a posse dos herdeiros. A aceitação da herança é 
então o ato do herdeiro qu
 
Art. 1.804. Aceita a herança, torna
abertura da sucessão. 
Parágrafo único. A transmissão tem
herança. 
 
1.1. Características do Ato Jurídico de Aceitação
Trata-se de ato unilateral
convalidação por outrem. Além disso, como visto, uma vez aberta a sucessão, os bens 
do de cujus são considerados enquanto universalidade de 
disso, a aceitação é também 
Trata-se ainda de ato incondicional
se pode, por exemplo, condicionar a aceitação à verificação 
 
Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.
(...) 
 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
UNIDADE 3: ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
Aceitação da Herança 
Características do Ato Jurídico de Aceitação 
Modalidades de Aceitação: 
 
c) presumida 
2. Renúncia da Herança 
2.1. Características do Ato Jurídico de Renúncia 
2.2. Ato Jurídico Solene 
a) instrumento público 
b) termo nos autos 
Requisitos para a renúncia 
2.4. Efeitos da Renúncia 
a) Retroação à data da abertura da sucessão 
b) Direito de Acrescer aos demais herdeiros 
c) Exclusão dos herdeiros do renunciante 
2.5. Direito dos Credores do Reunciante 
Aceitação da Herança 
O fato de a lei eleger alguém à categoria de herdeiro sucessível, não significa que este 
herdeiro esteja obrigado a herdar. Diante disto, importante verificar as diferentes
modalidades de aceitação e seus efeitos. Vejamos, pois. 
já visto, por força da Saisine, uma vez aberta a sucessão (com a morte), desde já 
se a transmissão dos bens para a posse dos herdeiros. A aceitação da herança é 
então o ato do herdeiro que confirma a transmissão da herança. 
Art. 1.804. Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a 
Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à 
icas do Ato Jurídico de Aceitação 
ato unilateral de titularidade do herdeiro, que prescinde de qualquer 
convalidação por outrem. Além disso, como visto, uma vez aberta a sucessão, os bens 
são considerados enquanto universalidade de bens (espólio), e diante 
disso, a aceitação é também ato indivisível: ou se aceita tudo, ou não se aceita nada. 
ato incondicional, devendo ser praticada pura e simplesmente. Não 
se pode, por exemplo, condicionar a aceitação à verificação de inexistência de dívidas.
Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
O fato de a lei eleger alguém à categoria de herdeiro sucessível, não significa que este 
herdeiro esteja obrigado a herdar. Diante disto, importante verificar as diferentes 
já visto, por força da Saisine, uma vez aberta a sucessão (com a morte), desde já 
se a transmissão dos bens para a posse dos herdeiros. A aceitação da herança é 
se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a 
se por não verificada quando o herdeiro renuncia à 
de titularidade do herdeiro, que prescinde de qualquer 
convalidação por outrem. Além disso, como visto, uma vez aberta a sucessão, os bens 
bens (espólio), e diante 
: ou se aceita tudo, ou não se aceita nada. 
, devendo ser praticada pura e simplesmente. Não 
de inexistência de dívidas. 
Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo. 
 
AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
É, portanto, a aceitação, o ato pelo qual o herdeiro manifesta livremente a vontade de 
receber a herança que lhe é transmitida.
 
1.2. Modalidades de Aceitação
A aceitação pode operar
presumida. 
 
A aceitação expressa é aquela feita por declaração escrita, em que o herdeiro, 
expressamente, exprime a sua vontade de aceitar a herança
 
A aceitação tácita é aquela em que, embora o herdeiro não faça menção expressa, 
passa a se comportar como herdeiro. 
 
Mas a própria lei faz ressalvas quanto a determinados atos que se praticados pelos 
herdeiros, não importarão em a
herdeiro providenciar o funeral do autor da herança. Tal comportamento demonstra
se estar muito mais ligado à garantia da dignidade do falecido, do que com a vontade 
de herdar efetivamente, e portanto, não é 
caracterização de aceitação tácita.
 
Por outro lado, se o herdeiro providenciar a contratação de advogado para a abertura 
de inventário, ou se providencia as certidões necessárias para a arrecadação dos bens, 
tal comportamento já denota a vontade de herdar, e é portanto considerado como ato 
de aceitação tácita. 
 
Art. 1.805. A aceitação da herança, quando 
tácita, há de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro.
§ 1º Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os 
meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória.
§ 2º Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos 
demais co-herdeiros. 
 
Já na aceitação presumida
sucessão, um dos eventuais herdeiros mantenha
expressamente sua aceitação (modalidade expressa), tampouco comportando
como herdeiro (modalidade tácita). Neste caso, é de interesse dos demais herdeiros 
perquirir se o herdeiro inerte irá ou não aceitar, pois a depender disso, alterar
por completo a divisão dos quinhões hereditários. Assim sendo, os demais herdeiros 
providenciam, nos autos do inventário, a intimação do herdeiro inerte para que 
manifeste sua aceitação ou eventual renúncia. Se intimado a manifestar
permanece silente por prazo não superior a 30 dias a contar de sua intimação, 
presume-se que tenha ace
mesmo após sua válida intimação, é tido como aceitação presumida.
 
Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte 
dias após aberta a sucessão, req
nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita.
 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
É, portanto, a aceitação, o ato pelo qual o herdeiro manifesta livremente a vontade de 
receber a herança que lhe é transmitida. 
Modalidades de Aceitação 
A aceitação pode operar-se de diferentes formas: (i) expressa; (ii) tácita; (iii) 
é aquela feita por declaração escrita, em que o herdeiro, 
expressamente, exprime a sua vontade de aceitar a herança que lhe é transmitida.
é aquela em que, embora o herdeiro não faça menção expressa, 
passa a se comportar como herdeiro. 
Mas a própria lei faz ressalvas quanto a determinados atos que se praticados pelos 
herdeiros, não importarão em aceitação tácita, como por exemplo, o fato de um 
herdeiro providenciar o funeral do autor da herança. Tal comportamento demonstra
se estar muito mais ligado à garantia da dignidade do falecido, do que com a vontade 
de herdar efetivamente, e portanto, não é considerado suficiente para a 
caracterização de aceitação tácita. 
Por outro lado, se o herdeiro providenciar a contratação de advogadopara a abertura 
de inventário, ou se providencia as certidões necessárias para a arrecadação dos bens, 
já denota a vontade de herdar, e é portanto considerado como ato 
Art. 1.805. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita; quando 
somente de atos próprios da qualidade de herdeiro. 
§ 1º Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os 
meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória. 
§ 2º Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos 
aceitação presumida, é preciso verificar uma situação em que, com a abertura da 
sucessão, um dos eventuais herdeiros mantenha-se inerte, não declarando 
expressamente sua aceitação (modalidade expressa), tampouco comportando
eiro (modalidade tácita). Neste caso, é de interesse dos demais herdeiros 
perquirir se o herdeiro inerte irá ou não aceitar, pois a depender disso, alterar
por completo a divisão dos quinhões hereditários. Assim sendo, os demais herdeiros 
m, nos autos do inventário, a intimação do herdeiro inerte para que 
manifeste sua aceitação ou eventual renúncia. Se intimado a manifestar
permanece silente por prazo não superior a 30 dias a contar de sua intimação, 
se que tenha aceitado a herança. Atenção: neste caso, o silêncio do herdeiro 
mesmo após sua válida intimação, é tido como aceitação presumida. 
Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte 
dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, 
nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita. 
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
É, portanto, a aceitação, o ato pelo qual o herdeiro manifesta livremente a vontade de 
se de diferentes formas: (i) expressa; (ii) tácita; (iii) 
é aquela feita por declaração escrita, em que o herdeiro, 
que lhe é transmitida. 
é aquela em que, embora o herdeiro não faça menção expressa, 
Mas a própria lei faz ressalvas quanto a determinados atos que se praticados pelos 
ceitação tácita, como por exemplo, o fato de um 
herdeiro providenciar o funeral do autor da herança. Tal comportamento demonstra-
se estar muito mais ligado à garantia da dignidade do falecido, do que com a vontade 
considerado suficiente para a 
Por outro lado, se o herdeiro providenciar a contratação de advogado para a abertura 
de inventário, ou se providencia as certidões necessárias para a arrecadação dos bens, 
já denota a vontade de herdar, e é portanto considerado como ato 
se por declaração escrita; quando 
 
§ 1º Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os 
§ 2º Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos 
, é preciso verificar uma situação em que, com a abertura da 
se inerte, não declarando 
expressamente sua aceitação (modalidade expressa), tampouco comportando-se 
eiro (modalidade tácita). Neste caso, é de interesse dos demais herdeiros 
perquirir se o herdeiro inerte irá ou não aceitar, pois a depender disso, alterar-se-ia 
por completo a divisão dos quinhões hereditários. Assim sendo, os demais herdeiros 
m, nos autos do inventário, a intimação do herdeiro inerte para que 
manifeste sua aceitação ou eventual renúncia. Se intimado a manifestar-se, o herdeiro 
permanece silente por prazo não superior a 30 dias a contar de sua intimação, 
itado a herança. Atenção: neste caso, o silêncio do herdeiro 
Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte 
uerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, 
 
AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
E uma vez aceita a herança, independente da modalidade, o ato jurídico é irretratável 
e irrevogável: 
 
Art. 1.812. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.
 
2. Renúncia da Herança
O herdeiro sucessível não é obrigado a aceitar, podendo renunciar à herança, por ato 
de livre vontade imotivada. Por exemplo, o bem objeto da herança pode estar em 
ruína, ou pode não ser vantajoso do ponto de vista fiscal, ou ainda, pode o falecido ter 
deixado tantas dívidas ao ponto de esvaziar por completo seus ativos. Fato é, que a 
renúncia independe de motivos, e o herdeiro pode simplesmente renunciar porque o 
quer. 
 
2.1. Características do Ato Jurídico de Renúncia
O ato jurídico de renúncia da herança é ato unilateral, indivisível, incondicional, 
irretratável e irrevogável, assim como a aceitação.
 
2.2. Ato jurídico Solene
Todavia, diversamente da aceitação que pode ser verifica de 
presumidamente, a renúncia é ato jurídico solene, o que significa que apenas se pode 
praticá-la nas formas previstas em lei, conforme art. 1.806 do CC:
a) Instrumento público
b) Termo nos autos 
 
Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar 
termo judicial. 
 
Ou seja, apenas se pode praticar a renúncia por escritura pública lavrada em Cartório, 
ou então, por termo nos autos do inventário, quando o herdeiro intimado a 
manifestar-se, vaticina sua renúncia. 
expressa, e jamais se presume.
 
2.3. Requisitos para a Renúncia
Para que a renúncia seja considerada válida e apta a produzir todos os seus efeitos, 
necessário que se observem alguns requisitos, a saber:
- Capacidade Jurídica do Renunciante
- Sucessão aberta (é nula a renúncia praticada antes da morte) 
- Forma prescrita em lei (ato solene)
- Impossibilidade de repúdio parcial (é sempre um tudo ou nada)
- Não é válida de praticada após a aceitação tácita ou presumid
também é irretratável) 
- Se o renunciante for casado, precisará de outorga marital
 
Quanto ao último requisito da outorga marital, ele decorre de uma interpretação 
sistêmica da lei, com a aplicação conjunta do art. 80, II c/c art. 1.6
Explica-se: a lei, no art. 80, II do CC, confere à sucessão aberta a natureza de bem 
imóvel; e no art. 1.647, I, exige
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
E uma vez aceita a herança, independente da modalidade, o ato jurídico é irretratável 
irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança. 
Renúncia da Herança 
O herdeiro sucessível não é obrigado a aceitar, podendo renunciar à herança, por ato 
de livre vontade imotivada. Por exemplo, o bem objeto da herança pode estar em 
pode não ser vantajoso do ponto de vista fiscal, ou ainda, pode o falecido ter 
deixado tantas dívidas ao ponto de esvaziar por completo seus ativos. Fato é, que a 
renúncia independe de motivos, e o herdeiro pode simplesmente renunciar porque o 
terísticas do Ato Jurídico de Renúncia 
O ato jurídico de renúncia da herança é ato unilateral, indivisível, incondicional, 
irretratável e irrevogável, assim como a aceitação. 
Ato jurídico Solene 
Todavia, diversamente da aceitação que pode ser verifica de forma tácita ou até 
presumidamente, a renúncia é ato jurídico solene, o que significa que apenas se pode 
la nas formas previstas em lei, conforme art. 1.806 do CC: 
Instrumento público 
Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou 
Ou seja, apenas se pode praticar a renúncia por escritura pública lavrada em Cartório, 
ou então, por termo nos autos do inventário, quando o herdeiro intimado a 
se, vaticina sua renúncia. Ou seja, a renúncia apenas se pratica de forma 
expressa, e jamais se presume. 
Requisitos para a Renúncia 
Para que a renúncia seja considerada válida e apta a produzir todos os seus efeitos, 
necessário que se observem alguns requisitos, a saber: 
de Jurídica do Renunciante 
Sucessão aberta (é nula a renúncia praticada antes da morte) 
Forma prescrita em lei (ato solene) 
Impossibilidade de repúdio parcial (é sempre um tudo ou nada) 
Não é válida de praticada após a aceitação tácita ou presumida (já que a aceitação 
Se o renunciante for casado, precisará de outorga marital 
Quantoao último requisito da outorga marital, ele decorre de uma interpretação 
sistêmica da lei, com a aplicação conjunta do art. 80, II c/c art. 1.647, I, ambos do CC. 
se: a lei, no art. 80, II do CC, confere à sucessão aberta a natureza de bem 
imóvel; e no art. 1.647, I, exige-se a vênia conjugal em todos os regimes de bem 
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
E uma vez aceita a herança, independente da modalidade, o ato jurídico é irretratável 
 
O herdeiro sucessível não é obrigado a aceitar, podendo renunciar à herança, por ato 
de livre vontade imotivada. Por exemplo, o bem objeto da herança pode estar em 
pode não ser vantajoso do ponto de vista fiscal, ou ainda, pode o falecido ter 
deixado tantas dívidas ao ponto de esvaziar por completo seus ativos. Fato é, que a 
renúncia independe de motivos, e o herdeiro pode simplesmente renunciar porque o 
O ato jurídico de renúncia da herança é ato unilateral, indivisível, incondicional, 
forma tácita ou até 
presumidamente, a renúncia é ato jurídico solene, o que significa que apenas se pode 
expressamente de instrumento público ou 
Ou seja, apenas se pode praticar a renúncia por escritura pública lavrada em Cartório, 
ou então, por termo nos autos do inventário, quando o herdeiro intimado a 
Ou seja, a renúncia apenas se pratica de forma 
Para que a renúncia seja considerada válida e apta a produzir todos os seus efeitos, 
a (já que a aceitação 
Quanto ao último requisito da outorga marital, ele decorre de uma interpretação 
47, I, ambos do CC. 
se: a lei, no art. 80, II do CC, confere à sucessão aberta a natureza de bem 
se a vênia conjugal em todos os regimes de bem 
 
AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
(exceto no da separação absoluta) para a alienação de bens imóveis. Or
herança (bem imóvel por força de lei) importa em abrir mão deste bem, ou seja, 
importa em alienação de um direito sobre um bem imóvel. Logo, pela interpretação 
sistêmica da lei, a renúncia de pessoa casada (exceto no regime de separação 
absoluta), exige a outorga do outro cônjuge.
 
2.4. Efeitos da Renúncia
a) Retroação à data da abertura da sucessão
A renúncia válida retroage à data da abertura da sucessão, e considera
caso, com a retroação dos efeitos, a Saisine sequer operou seus efei
depreende do parágrafo único do art. 1.804 do CC:
 
Art. 1.804. (...) 
Parágrafo único. A transmissão tem
herança. 
 
b) Direito de Acrescer aos demais herdeiros
Outro importante efeito da renúncia
renunciante, aos demais herdeiros:
 
Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros herdeiros da 
mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve
 
Exemplo: Falecendo o autor da herança A, sobrevivem
aceitassem a herança seria dividida em 3 partes iguais, cabendo 1/3 para cada um. 
Mas se um deles, o D, renuncia, a sua parte acrescerá aos demais irmãos, e assim 
sendo, a herança deixada pelo autor da herança, será dividida em 2 partes iguais, 
cabendo ½ a B e o ½ remanescente a C.
 
 
 
c) Exclusão dos Herdeiros do Renunciante
Outro efeito decorrente da renúncia, é a exclusão da renúncia de todos os eventuais 
herdeiros do herdeiro renunciante, pois é como se o renunciante jamais tivesse 
existido. É o que preconiza a 1ª parte do 
 
Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante.
único legítimo da sua classe, ou se tod
poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça.
B
Filho 1
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
(exceto no da separação absoluta) para a alienação de bens imóveis. Or
herança (bem imóvel por força de lei) importa em abrir mão deste bem, ou seja, 
importa em alienação de um direito sobre um bem imóvel. Logo, pela interpretação 
sistêmica da lei, a renúncia de pessoa casada (exceto no regime de separação 
oluta), exige a outorga do outro cônjuge. 
Efeitos da Renúncia 
Retroação à data da abertura da sucessão 
A renúncia válida retroage à data da abertura da sucessão, e considera
caso, com a retroação dos efeitos, a Saisine sequer operou seus efei
depreende do parágrafo único do art. 1.804 do CC: 
Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à 
Direito de Acrescer aos demais herdeiros 
Outro importante efeito da renúncia é o direito de acrescer a parte que caberia ao 
renunciante, aos demais herdeiros: 
Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros herdeiros da 
mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da subseqüente. 
Falecendo o autor da herança A, sobrevivem-lhe 3 filhos, B, C e D. Se todos 
aceitassem a herança seria dividida em 3 partes iguais, cabendo 1/3 para cada um. 
Mas se um deles, o D, renuncia, a sua parte acrescerá aos demais irmãos, e assim 
ça deixada pelo autor da herança, será dividida em 2 partes iguais, 
cabendo ½ a B e o ½ remanescente a C. 
Exclusão dos Herdeiros do Renunciante 
Outro efeito decorrente da renúncia, é a exclusão da renúncia de todos os eventuais 
enunciante, pois é como se o renunciante jamais tivesse 
existido. É o que preconiza a 1ª parte do caput do art. 1.811 do CC. 
Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for o 
único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança, 
poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça. 
A
Autor da 
Herança
C
Filho 2
D
Filho 3
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
(exceto no da separação absoluta) para a alienação de bens imóveis. Ora, a renúncia à 
herança (bem imóvel por força de lei) importa em abrir mão deste bem, ou seja, 
importa em alienação de um direito sobre um bem imóvel. Logo, pela interpretação 
sistêmica da lei, a renúncia de pessoa casada (exceto no regime de separação 
A renúncia válida retroage à data da abertura da sucessão, e considera-se que neste 
caso, com a retroação dos efeitos, a Saisine sequer operou seus efeitos. É o eu se 
se por não verificada quando o herdeiro renuncia à 
é o direito de acrescer a parte que caberia ao 
Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros herdeiros da 
lhe 3 filhos, B, C e D. Se todos 
aceitassem a herança seria dividida em 3 partes iguais, cabendo 1/3 para cada um. 
Mas se um deles, o D, renuncia, a sua parte acrescerá aos demais irmãos, e assim 
ça deixada pelo autor da herança, será dividida em 2 partes iguais, 
 
Outro efeito decorrente da renúncia, é a exclusão da renúncia de todos os eventuais 
enunciante, pois é como se o renunciante jamais tivesse 
Se, porém, ele for o 
os os outros da mesma classe renunciarem a herança, 
 
AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
 
Exemplo: Falecendo o autor da herança A, sobrevivem
possui um filho, E, neto do autor da herança.
sucessão, pois a renúncia feita por seu pai estende seus efeitos, e o exclui da sucessão, 
pois é como se seu pai jamais tivesse existido naquela sucessão. 
 
Mas o mesmo artigo 1.811, estabelece uma exceção à regra aqui
conforme preconiza a 2º parte do referido dispositivo:
 
Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. 
único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança, 
poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça.
 
Exemplo: Falecendo o autor da herança A, sobrevivem
com 2 filhos, netos do autor da herança. Se todos os filhos, B, C e D, renunciarem 
(conforme art. 1.811, “se todos os outros [herdeiros] de uma mesma classe 
renunciarem a herança”), neste caso, os netos serão chamados à sucessão, dividindo
se a herança em quinhões iguais entre eles, a saber, 1/6 para cada um, aplicando
assim a exceção prevista no art. 1.8
 
 
 
 
B
Filho 1
E F
B
Filho 1
REVISÃO / HERANÇA JACENTEE HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
Falecendo o autor da herança A, sobrevivem-lhe 3 filhos, B, C e D. O filho D, 
possui um filho, E, neto do autor da herança. Se D, E também não será chamado à 
sucessão, pois a renúncia feita por seu pai estende seus efeitos, e o exclui da sucessão, 
pois é como se seu pai jamais tivesse existido naquela sucessão. 
Mas o mesmo artigo 1.811, estabelece uma exceção à regra aqui
conforme preconiza a 2º parte do referido dispositivo: 
Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for o 
único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança, 
rão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça. 
Falecendo o autor da herança A, sobrevivem-lhe 3 filhos, B, C e D, cada um 
com 2 filhos, netos do autor da herança. Se todos os filhos, B, C e D, renunciarem 
“se todos os outros [herdeiros] de uma mesma classe 
renunciarem a herança”), neste caso, os netos serão chamados à sucessão, dividindo
se a herança em quinhões iguais entre eles, a saber, 1/6 para cada um, aplicando
assim a exceção prevista no art. 1.811, 2ª parte. 
A
Autor da 
Herança
C
Filho 2
G H I
A
Autor da 
Herança
Filho 1
C
Filho 2
D
Filho 3
E
Neto
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
lhe 3 filhos, B, C e D. O filho D, 
Se D, E também não será chamado à 
sucessão, pois a renúncia feita por seu pai estende seus efeitos, e o exclui da sucessão, 
 
Mas o mesmo artigo 1.811, estabelece uma exceção à regra aqui considerada, 
Se, porém, ele for o 
único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança, 
lhe 3 filhos, B, C e D, cada um 
com 2 filhos, netos do autor da herança. Se todos os filhos, B, C e D, renunciarem 
“se todos os outros [herdeiros] de uma mesma classe 
renunciarem a herança”), neste caso, os netos serão chamados à sucessão, dividindo-
se a herança em quinhões iguais entre eles, a saber, 1/6 para cada um, aplicando-se 
 
D
Filho 3
J
 
AULA 1 – REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
 
2.5. Direito dos Credores do Renunciante
A lei protege o direito de terceiros, inclusive, dos credores do renunciante. Se por um 
acaso, o herdeiro renunciante possui dívidas, sua renúncia poderá prejudicar seus 
credores, e em razão disto, a l
renunciante aceitem a herança em seu lugar. Assim sendo, o credor do herdeiro 
renunciante solicitará a sua habilitação nos autos do inventário, participará do 
inventário na proporção do quinhão que cab
pagamento da dívida, eventual saldo de herança retornará aos demais herdeiros, 
prevalecendo em relação ao remanescente a renúncia anteriormente feita. Se, por 
outro lado, a dívida do renunciante for superior ao seu qu
para o pagamento de sua dívida e o remanescente da dívida deverá ser cobrado pelas 
vias autônomas, não interferindo no quinhão dos demais herdeiros aceitantes.
 
Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renuncian
eles, com autorização do juiz, aceitá
§ 1 o A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do 
fato. 
§ 2 o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao
devolvido aos demais herdeiros.
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR:
 
Ementa do AgRg no Ag Nº 851.228 
(anexado ao portal) 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de Direito Civil, volume 5: família e sucessões. 5. ed. rev. e 
atual. São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume 
13. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
 
SCHEREIBER, Anderson. Manual de Direito Civil: contemporâneo. 3. ed. rev. e ampl. 
São Paulo: Saraiva Educação, 2020.
 
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único. 10. ed. rev.
de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2020.
 
TEIXEIRA, Daniele Chaves (Coord.). Arquitetura do Planejamento Sucessório. 2. ed. 1. 
reimpr. Belo Horizonte: Fórum, 2019. 
 
 
 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
Direito dos Credores do Renunciante 
A lei protege o direito de terceiros, inclusive, dos credores do renunciante. Se por um 
acaso, o herdeiro renunciante possui dívidas, sua renúncia poderá prejudicar seus 
credores, e em razão disto, a lei permite que, em situações como esta, os credores do 
renunciante aceitem a herança em seu lugar. Assim sendo, o credor do herdeiro 
renunciante solicitará a sua habilitação nos autos do inventário, participará do 
inventário na proporção do quinhão que caberia ao herdeiro renunciante, e após o 
pagamento da dívida, eventual saldo de herança retornará aos demais herdeiros, 
prevalecendo em relação ao remanescente a renúncia anteriormente feita. Se, por 
outro lado, a dívida do renunciante for superior ao seu quinhão, este será utilizado 
para o pagamento de sua dívida e o remanescente da dívida deverá ser cobrado pelas 
vias autônomas, não interferindo no quinhão dos demais herdeiros aceitantes.
Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão 
eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante. 
A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do 
Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será 
devolvido aos demais herdeiros. 
LEITURA COMPLEMENTAR: 
Nº 851.228 – RJ, STJ. 
COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de Direito Civil, volume 5: família e sucessões. 5. ed. rev. e 
atual. São Paulo: Saraiva, 2012. 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume 7: direito das sucessões. 
13. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
SCHEREIBER, Anderson. Manual de Direito Civil: contemporâneo. 3. ed. rev. e ampl. 
São Paulo: Saraiva Educação, 2020. 
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único. 10. ed. rev. atual. e ampl. Rio 
de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2020. 
TEIXEIRA, Daniele Chaves (Coord.). Arquitetura do Planejamento Sucessório. 2. ed. 1. 
reimpr. Belo Horizonte: Fórum, 2019. 
DIREITO DAS SUCESSÕES 
REVISÃO / HERANÇA JACENTE E HERANÇA VACANTE / ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
A lei protege o direito de terceiros, inclusive, dos credores do renunciante. Se por um 
acaso, o herdeiro renunciante possui dívidas, sua renúncia poderá prejudicar seus 
ei permite que, em situações como esta, os credores do 
renunciante aceitem a herança em seu lugar. Assim sendo, o credor do herdeiro 
renunciante solicitará a sua habilitação nos autos do inventário, participará do 
eria ao herdeiro renunciante, e após o 
pagamento da dívida, eventual saldo de herança retornará aos demais herdeiros, 
prevalecendo em relação ao remanescente a renúncia anteriormente feita. Se, por 
inhão, este será utilizado 
para o pagamento de sua dívida e o remanescente da dívida deverá ser cobrado pelas 
vias autônomas, não interferindo no quinhão dos demais herdeiros aceitantes. 
do à herança, poderão 
A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do 
remanescente, que será 
COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de Direito Civil, volume 5: família e sucessões. 5. ed. rev. e 
7: direito das sucessões. 
SCHEREIBER, Anderson. Manual de Direito Civil: contemporâneo. 3. ed. rev. e ampl. 
atual. e ampl. Rio 
TEIXEIRA, Daniele Chaves (Coord.). Arquitetura do Planejamento Sucessório. 2. ed. 1.

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