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Direito Aeronáutico AD1


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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
	
	Atividade de Avaliação a Distância
Disciplina: Direito Aeronáutico
Curso: Ciências Aeronáuticas 
Professor: Orlando Flávio Silva
Nome do aluno: 
Data: 
Orientações:
· Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
· Entregue a atividade no prazo estipulado.
· Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
· Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
Questão 1:
Assista aos vídeos:
a) <https://www.youtube.com/watch?v=pazZME1pJF8> (Acesso em: 03 fev. 2017)
b) <https://www.youtube.com/watch?v=vhE7UPOlmeQ> (Acesso em: 03 fev. 2017)
Agora, com suas palavras, responda: é possível considerar os irmãos Wright pais da aviação, mesmo que sua aeronave ( o Flyer, que voou em 1903 – antes, portanto, que a aeronave de Santos Dumont) tenha sido catapultada? Veja a definição de aeronave no artigo 106 do Código Brasileiro de Aeronáutica para embasar sua tese. Disserte em pelo menos 10 linhas e máximo 20 linhas. (2,5 pontos)
Acredito que depende da conclusão de cada um, na minha opinião não é possível considerar os irmãos Wright como “pais da aviação” apesar do Artigo 106 do CBA não dizer a respeito de que a aeronave deva decolar com seus próprios meios e sem auxílios externos. É um assunto o qual nunca saberemos a verdade, no que diz respeito ao pioneirismo do voo de Santos Dumont, conforme fartamente registrado na historia, parece não haver espaços para incertezas. Já os irmãos Wright apresentaram uma fotografia, somente depois de 20 anos foi erigido um monumento no local das experiências, o segundo ponto seria porque os irmãos demoraram tanto tempo para divulgar a noticia, em 1908 com negociação com o governo americano o “Flyer” sofreu um acidente.
Ao lado dos demais pioneiros, eles contribuíram com sua coragem, persistência e criatividade para dar asas à humanidade. Isto contribuiu consideravelmente para imprimir velocidade à evolução aeronáutica, pois parte ou totalidade do que faziam, se somava ao conjunto das experiências que eram levada a efeito pelos demais inventores.
Questão 2
O RBAC 61, em seu item 61.111 indica os requisitos para emissão de licença de Piloto de Tripulação Múltipla. Pesquise na internet e disserte sobre o que seria esta qualificação, incluindo os requisitos para emissão da licença. Faça referência das fontes usadas em sua pesquisa. (2,5 pontos).
Trata-se de uma habilitação que busca compensar a lacuna existente entre o piloto comercial recém-formado e o piloto comercial que pode atuar em aeronaves comerciais, ou seja uma preparação, curso, realizado pelo piloto comercial para operar em grandes empresas aéreas.
61.113 Requisitos gerais para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla:
(a) O candidato a uma licença de piloto de tripulação múltipla deve: 
(1) ter completado 18 (dezoito) anos; e
(2) ter concluído o ensino médio. 
61.115 Requisitos de aptidão psicofísica para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla:
(a) O candidato a uma licença de piloto de tripulação múltipla deve ser titular de CMA de 1a classe válido. 
61.117 Requisitos de conhecimentos teóricos para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla:
(a) O candidato a uma licença de piloto de tripulação múltipla deve: 
(1) cumprir todos os requisitos de conhecimentos teóricos referentes à concessão de licença de piloto de linha aérea na categoria avião constantes dos parágrafos 61.137(a)(1) e (2) deste Regulamento; e 
(2) ter sido aprovado em exame teórico da ANAC para a licença de piloto de linha aérea na categoria avião constante do parágrafo 61.137(a)(3) deste Regulamento. 
61.119 Requisitos de instrução de voo para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla:
(a) O candidato a uma licença de piloto de tripulação múltipla deve ter recebido instrução, em um centro de instrução certificado pela ANAC, por um instrutor de voo autorizado que registre tal instrução em seus registros de voo (Sistema Eletrônico de Registro de Voo ou CIV). O instrutor é responsável por declarar que o candidato é competente para realizar, de forma segura, todas as manobras necessárias para ser aprovado no exame de proficiência para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla. Tal declaração terá validade de 30 (trinta) dias, a partir da data do último voo de preparação para o exame de proficiência. O conteúdo da instrução de voo deverá compreender todos os requisitos de experiência contidos na seção 61.121 deste Regulamento. 
(b) A instrução se baseará na competência e se desenvolverá no contexto das operações com tripulação múltipla. 
(c) O candidato deve receber instrução duplo comando, ao nível requerido para concessão de licença de tripulação múltipla, em todas as unidades de competência detalhadas a seguir: 
(1) aplicação dos princípios de gerenciamento de ameaças e erros;
(2) execução de procedimentos e operações em terra e antes do voo;
(3) execução de decolagem;
(4) execução de subida;
(5) execução de voo de cruzeiro;
(6) execução de descida;
(7) execução de aproximação para aterrissagem;
(8) execução de aterrissagem; e
(9) execução de procedimentos e operações após a aterrissagem e o voo. 
 (d) A instrução contida no parágrafo (c) desta seção deve incluir as unidades de competência requeridas para o piloto em condições de voo por instrumentos. 
(e) Cada fase de instrução para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla deve abranger o ensino dos conhecimentos básicos e parte da instrução prática, integrando-se plenamente a esta, o ensino dos requisitos e manobras necessárias para aprovação no exame de proficiência contidos na seção 61.123 deste Regulamento, como detalhado no Apêndice B deste Regulamento. 
61.121 Requisitos de experiência para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla 
(a) O candidato a uma licença de piloto de tripulação múltipla deve: 
(1) ter realizado, no mínimo, 240 (duzentas e quarenta) horas de voo real e simulado, em um curso de piloto de tripulação múltipla aprovado pela ANAC; 
(2) ter cumprido, como parte da experiência em voo real, no mínimo, os requisitos de experiência para a concessão da licença de piloto privado na categoria avião constantes do parágrafo 61.81(a) deste Regulamento; e 
(3) ter adquirido experiência necessária para alcançar o nível avançado de competência requerido: 
(i) em um avião de motor à turbina (motor à reação ou turboélice) certificado para operação com tripulação mínima de 2 (dois) pilotos; ou 
(ii) em dispositivos de treinamento para simulação de voo qualificados e aprovados pela ANAC para essa finalidade. 
61.123 Requisitos de proficiência para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla 
(a) O candidato a uma licença de piloto de tripulação múltipla deve demonstrar, em exame de proficiência, sua capacidade para executar os procedimentos e manobras especificados na seção relativa à instrução de voo pertinente, com um grau de competência apropriado às prerrogativas que a licença de piloto de tripulação múltipla confere ao seu titular, e para: 
(1) atuar como segundo em comando de aviões com motor à turbina (motor à reação ou turboélice) certificados para operação com tripulação mínima de 2 (dois) pilotos, em condições visuais de voo e de voo por instrumentos; 
(2) reconhecer e gerenciar ameaças e erros;
(3) operar a aeronave dentro de suas limitações de emprego; 
(4) executar todas as manobras com suavidade e precisão; 
(5) pilotar o avião no modo de automatização apropriado à fase de voo e manter-se consciente do modo ativo de automatização; 
(6) executar de forma precisa, procedimentos normais, anormais e de emergência em todas as fases do voo; e 
(7) comunicar-se de forma eficaz com todos osdemais membros da tripulação de voo e demonstrar a capacidade de executar de forma eficaz os procedimentos em caso de incapacitação da tripulação, coordenar-se com a tripulação, aderir aos procedimentos normais de operação (Manual Geral de Operações - MGO) e usar as listas de verificações. 
(b) A ANAC avaliará continuamente o progresso atingido com o acréscimo do exame de proficiência indicado nesta seção. 
(c) A ANAC exercerá vigilância permanente durante a fase inicial de implantação da licença de tripulação múltipla, devendo existir uma estreita coordenação e cooperação entre a ANAC, os centros de instrução e treinamento e as empresas de transporte aéreo que contratarem titulares deste tipo de licença. 
61.125 Prerrogativas do titular da licença de piloto de tripulação múltipla e condições que devem ser observadas para exercê-las:
(a) As prerrogativas e condições para o exercício das funções mencionadas no parágrafo 61.111(a) deste Regulamento referem-se ao piloto devidamente qualificado para exercer a função de segundo em comando em um avião certificado para operação com tripulação mínima de 2 (dois) pilotos, e com vínculo empregatício com a empresa que o treinou na função de piloto de tripulação múltipla. 
(b) Observado o cumprimento dos preceitos estabelecidos neste Regulamento, as prerrogativas do titular de uma licença de piloto de tripulação múltipla são: 
(1) exercer as atribuições da habilitação de voo por instrumentos em operações com tripulação múltipla; e 
(2) atuar como segundo em comando em um avião certificado para operação com tripulação mínima de 2 (dois) pilotos, de acordo com a habilitação de tipo averbada em sua licença. 
(c) O exercício das prerrogativas da licença de piloto de tripulação múltipla em voos internacionais é condicionado ao atendimento, pelo seu titular, aos requisitos estabelecidos na seção 61.10 deste Regulamento. 
(d) Nenhum titular de licença de piloto de tripulação múltipla pode atuar como segundo em comando, em operações internacionais de serviços de transporte aéreo público, regulares ou não, após ter completado 65 (sessenta e cinco) anos de idade. 
https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/boletim-de-pessoal/2013/25/anexo-2013-rbac-61-emd-01 
Questão 3:
A Convenção de Varsóvia, cujo nome completo é Convenção para Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte Aéreo Internacional, prevê, em um de seus institutos, limites de indenização por danos causados pelo transporte aéreo, sendo o valor estabelecido em franco-ouro, ou franco-poincaré. Mas, a moeda de referência para pagamento das indenizações sofreu atualizações. Pesquise no material didático e na Internet, principalmente na página do Banco Central do Brasil e dos Correios, qual seria esta referência hoje em dia (definir), o valor atualizado e qual seria o valor das indenizações em caso de morte de passageiro. (2,5 pontos). 
Orientações: 
a) a única referência a ser utilizada é a Convenção de Varsóvia e suas atualizações;
b) o padrão é o atualizado, portanto deve ser indicado qual é esse padrão e depois deve ser feita a conversão em reais ou dólares (não indicar em Francos-Poincarés nem Francos-Ouro: utilizar o padrão atualizado).
100.000,00 Direitos Especiais de Saque (XDR) = R$ 531.840,00 Reais (BRL)
Questão 4: 
A produção normativa, ou função legiferante do Congresso Nacional não afasta a criação de normas por parte de órgãos oficiais de outros poderes. Tem-se, por exemplo, a criação de Súmulas Vinculantes por parte do Supremo Tribunal Federal que, por sua observância obrigatória pelos tribunais inferiores praticamente a torna uma norma com carga de eficácia parecida com leis. Por parte do Poder Executivo tem-se os decretos e as instruções normativas. A ANAC, que é parte do Poder Executivo, especializada em aviação, também edita normas de observância obrigatória e, tendo em vista este preâmbulo, questiona-se:
a) Qual é o mecanismo normativo através do qual um órgão do poder executivo pode editar normas de cunho obrigatório? [Ou seja, indicar qual o diploma legal – lei - e o dispositivo (artigo ou inciso ou alínea ou letra) deste diploma que autoriza especialmente esta edição].
Lei 11.182/05 aparecem nos paragrafos do artigo 4º
CF/88. Artigo 22 (União)
b) Quais são as normas editadas pela ANAC? 
RBAC (Regulamento Brasileiro de Aviação civil)
RBHA (Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica)
c) Quais as que mais interessam a um postulante à profissão de aeronauta? (Indicar o RBAC/RBHA/MCA adequado para cada profissional aeronauta, piloto e comissário; no que tange à IS, pode ser indicada qualquer uma delas que interessa o piloto e/ou comissário).
RBAC-61 que trata de licenças, habilitações, e certificados para pilotos.
RBHA-63 que trata de licenças, habilitações e certificados para mecânico de voo e comissário de voo.