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Princípios de técnica cirúrgica

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Princípios de técnica cirúrgica 
Princípios de cirurgia: 
Avaliação pré-operatória; 
Diagnóstico e planejamento; 
Orientação pré-cirúrgica; 
Procedimento cirúrgico; 
Orientação pós-crúrgica. 
Manobras fundamentais: 
• Diérese 
• Hemostasia 
• Exérese 
• Síntese 
*Não é necessário que se realize nessa ordem, porém eles são interdependentes e devem ser 
feitos de maneira correta para garantir o sucesso do procedimento. 
DIÉRESE 
• É o ato cirúrgico de dividir e/ou separar os tecidos, atingindo-se planos mais profundos. 
2 tipos principais divulsão 
 Incisão 
1. INCISÃO= romper a integridade tecidual. 
• Tesoura→ ponta fina; utilizar parte interna. 
• Bisturi= lâmina + cabo→ empunhadura de pena de escrever ou faca de mesa (cirurgias 
intrabucais não é indicado). 
➔ Faca de mesa: Menor precisão, menor controle, maior pressão→ incisões extensas. 
➔ Pena de escrever: maior precisão, maior controle, pontos de apoio: polegar e indicador 
para o bisturi e médio, anular e mínimo para mão→ incisões pequenas. 
Lâminas de bisturi: 
11- ponta diagonal/ triangular, alongada na hipotenusa e com ponta forte, o que a torna ideial 
para incisões. Utilizada em diversos procedimentos. 
12- ponta de bico de papagaio e pequena, utilizada muitas vezes como cortador de suturas, mas 
também comumente em arteriotomias, cirurgias de parótida, septoplastias (serpação de septo 
nasal), procedimentos envolvendo fissura palatina, entre outros. 
15- lâmina de perfil curvo, que oferece um corte pequeno e delicado. É a lâmina ideal para 
incisões curtas e precisas, e a mais utilizada na odontologia. Ainda mais delicada que essa é a 
15c, uma variante ainda menor dessa lâmina, porém com uma borda cortante mais extensa, que 
oferece maior alcance para o dentista realizar diversos procedimentos, como cirurgias 
periodontais (cuidado: pode quebrar, então é perigoso para quem está começando). 
 
Propriedades de uma boa incisão: 
✓ Lâmina adequada, afiada e em bom estado. 
✓ Traço único, firme e contínuo (não deve tirar e colocar várias vezes, mas deve-se correr 
no tecido depois de tocar osso, para evitar maior sangramento e cortes irregulares). 
✓ Bordas do retalho devem repousar sob tecido ósseo saudável, para permitir que as 
bordas se juntem novamente, evitando desenvolvimento de processo infeccioso. 
✓ Respeitar as estruturas anatômica. 
✓ Nutrição do retalho→ maximizar o suprimento sanguíneo. correto 
Uma boa irrigação favorece a cicatrização. 
✓ Adequado campo de trabalho. 
✓ Amplitude→ proporcionar adequado acesso e visão do campo operatório. 
✓ Posicionamento passivo do retalho. 
Observações: 
• Extensão da incisão→ passar junção mucogengival, ou seja, incluir gengiva inserida e não 
inserida, para permitir manipulação (deve ter no mínimo 2 mm de comprimento). 
• Incisões devem evitar eminências radiculares→ sempre que faz-se o descolamento 
periosteal do retalho, há reabsorção óssea, então se é feita incisão nessa região, pode 
haver exposição da raiz. Além disso, essas regiões são mais finas e com a força pode-se 
quebrar. 
• Inclinação da lâmina de bisturi: sempre em 90° (45°→ maior risco de necrosar devido a 
problemas de nutrição na área de incisão). 
Tipos de incisão: 
• Incisão intrasulcular: lâmina de bisturi inserida paralelamente a raiz dental e entra na 
face interna do sulco. 
• Incisão vertical ou relaxante: incisões retilíneas. 
 
 
•Incisão de Neumann: uma incisão relaxante + uma 
intrasulcular. 
 
 
 
Obs.: Sempre realizar a incisão um dente para frente e um para trás do dente em questão→ 
reposicionamento do retalho e amplitude (segurança de tecido ósseo para suporte do retalho). 
 
 
• Incisão envelope: apenas intrasulcular. 
 
 
 
• Nowak ou Neumann modificada: duas incisões relaxantes + 
uma intrasulcular→ base sempre maior que a borda e 2 x maior 
que a altura (essa ultima nem sempre é necessária), se não 
ocorrer, prejudica o reposicionamento do retalho, porque pode 
haver necrose e perda do tecido. 
 
 
 
 
• Wassumund: duas incisões relaxantes e uma horizontal→ 
utilizada em atuações apicais, envolvendo a raiz de até dois 
dentes. Distância de 4-5mm da margem gengival, e restrita a 
gengiva inserida. Requer pelo menos 2mm de distância da borda 
cervical ao ponto de incisão para garantir nutrição do retalho. 
 
 
• Partsch/ Pitchler: incisão semi-lunar, indicada para lesão periapical. Área restrita de 
atuação, não proporciona boa visibilidade. 
 
 
Parstch: concavidade para apical. 
 
 
 
Pitchler: concavidade para cervical. 
 
 
• Luebke ochsenbein 
DIVULSÃO 
É a separação ou divisão cuidadosa dos tecidos. 
➔ Tesoura= separação com a parte externa da ponta romba da tesoura→ a abertura da 
tesoura é responsável pela divulsão. 
➔ Pinça hemostática: utilizada para comprimir o vaso sangrante. 
➔ Descolador: separa o tecido do periósteo, permitindo a adaptação do fórceps. 
Sindesmotomia: rompimento provocado do ligamento periodontal do elemento dentário em 
questão para expor seu colo cirúrgico (cervical) e permitir a adaptação e aplicação de força 
com fórceps. 
• Introduzir o instrumental cerca de 2mm, até acessar o LP (limite é a crista óssea) e 
realizar um movimento de mesial para distal, primeiro em vestibular e depois por 
palatina/lingual. 
Descolamento muco-periosteal: deslocamento, em um único plano, de mucosa e periósteo, 
permitindo afastamento dos tecidos e melhor visualização do campo operatório. Cuidado para 
não lesionar periósteo→ dor no pós operatório. 
 
HEMOSTASIA 
Manobras cirúrgicas que visam a interromper ou coibir o sangramento. Separada com 
finalidade didática, porém deve ser realizada durante todo o ato cirúrgico. 
O melhor método hemostático é uma técnica cirúrgica bem realizada. 
Sucção de alta potência durante todo o procedimento→ previne a perda de sangue e melhora 
a visibilidade. 
Métodos de hemostasia: 
• Tamponamento: é um ato de hemostasia teporária feito através da compressão da 
ferida com gaze enquanto não estiver sendo manuseada, e é obrigatório no trans e 
pós-operatório. 
• Eletrocoagulação: é realizada com o uso de bisturi eletrônico em pequenos vasos 
sangrantes para sela-los, promovendo hemostasia definitiva. 
• Pinçamento: consiste no pinçamento e compressão de um vaso sangrante que deve 
ser realizada por 8-10 minutos para garantir a formação de um trombo plaquetário na 
luz do vaso rompido, bloqueando o extravasamento de sangue. Realizado com a pinça 
hemostática. 
• Ligadura: manobra adotada para grandes vasos que consiste em sua sutura com fios 
não reabsorvíveis, permitindo uma hemostasia definitiva. 
• Substâncias de ação local: anestésicos locais com vasoconstritores. 
• Sutura/síntese. 
 
• Transfusão. 
• Sunstâncias de ação sistêmica: styptanon, ipsilon, aprotinina. 
 
EXÉRESE 
Remoção ou extirpação de um órgão ou parte dele. 
Os tecidos removidos podem ser duros ou moles, e nesse último caso, o que foi removido deve 
ser sempre encaminhado para biópsia. 
Tecidos duros: 
Local 
sistêmica 
• Avulsão: trata-se da exodontia= remoção total ou parcial de um órgão com o uso de 
força mecânica. Apenas 6% dos casos de exodontia requerem remoção óssea. 
• Curetagem: remoção de formações estranhas, patológicas ou não, ou ainda 
decorrentes do ato cirúrgico, que estão presentes no campo operatório. 
• Ostectomia: remoção de osso para diagnóstico ou acesso cirúrgico ao objetivo. Ex.: 
alveolectomia, remoção de tábua óssea em exodontia de 3° molares, remoção de 
tórus, etc. 
• Osteotomia: corte em osso. 
Para remoção óssea pode-se utilizar brocas ou o martelo + cinzel (cilzel goivo, alveolótomo e 
lima paraosso, respectivamente), sendo mais utilizada a remoção com brocas, por ser mais 
fácil e cômoda para o profssional. Porém, fragmentos ósseos formados pelo uso de broca são 
maiores e mais difíceis de serem removidos, podendo causar infecção. Seu uso também requer 
mais cuidados: 
• Utilizar sempre brocas adequadas e em bom estado. 
• Irrigação abundante da ponta da broca→ risco de superaquecimento broca/osso e 
fratura da broca. 
• Evitar pressão exessiva sobre a broca. 
• Cuidado adicional no tratamento da ferida. 
Menos para mais biologicamente traumático: cinsel→ broca em baixa + resfriamento → broca 
em alta + resfriamento→ broca em alta. 
Técnica aberta: produção de retalho. 
Técnica fechada: sem produção de retalho. 
SÍNTESE 
Manobras de reposicionamento e estabilização dos tecidos que foram divididos ou separados 
durante o trans-operatório para permitir o processo de cicatrização tecidual. 
Sutura= reunião das bordas da ferida cirúrgica realizada em tecido mole. 
 Vantagens: 
• Proteção da ferida 
• Diminuir infecção. 
• Diminuir hemorragia. 
• Ajudar na reparação. 
 Requisitos: rebordos nítidos e regulares, sem corpo estranho e hemostasia correta→ 
sutura só pode ser realizada depois de estancado o sangramento. 
 Instrumentais utilizados: 
• Agulha: a agulha de escolha é a de formato circular e ½, com secção triangular de corte 
invertido, pois a de secção circular não é cortante e a triangular pode dilacerar os 
tecidos, e deve vir montada, tanto pelo fato de que não se dispõe de tempo para 
montá-la na hora da síntese, mas também porque as agulhas que vêm separadas do 
fio de sutura (avulsas) são mais largas e podem causar traumatismo. 
• Pinça porta agulha. 
• Pinça. 
• Tesoura. 
Observações: 
 A agulha deve passar da porção móvel para a porção fixa. 
 Deve-se começar a sutura pelos ângulos, unindo primeiro a porção vertical do retalho 
e finalizar pela vertical. 
 Bordos simétricos. 
 Tensão adequada. 
 Nós não devem repousar sobre a linha de incisão porque pode causar dor. 
Fio de sutura 
Requisitos: esterilizável, dúctil e flexivel, impermeável, resistente a tração, que não putrefaça 
nem interfira no processo de reparo e de baixo custo. 
Classificação: 
• Origem: orgânico ou sintético. 
• Permanência: absorvíveis e não-absorvíveis. 
• Filamentos: unifilamentar ou multifilamentar. 
Informações da embalagem: identificação do fabricante, diametro e material do fio, 
caracteristicas da agulha (comprimento, secção transversal e formato), indicações de uso na 
odontologia. 
Tipos de fio de sutura: 
Poliglactina 90: indicado para cirurgias bucais em geral. 
• Sintético. 
• Absorvível- sofre hidrólise em 60 a 80 dias. 
• Não aderência de indutos. 
• Multifilamentar- trançado e bem estirado. 
• Não permite embebição. 
• Baixa resposta tecidual. 
• Fácil manuseio e boa resistência a tração. 
• Custo moderado. 
Catgut: indicado para cirurgias bucais em geral. 
• Origem animal- bovina ou ovina. 
• Absorvível- simples, de 8 a 10 dias. 
• Monofilamentar. 
• Baixo custo. 
• Dificil manipulação. 
• Apresenta rachaduras- flexibilidade não é boa. 
• Adere indutos e provoca intumescimento. 
• Conservante é o alcool isopropílico. 
 
Algodão: indicado para extração de dentes irrompidos. É o menos indicado de todos. 
• Orgânico. 
• Não absorvível. 
• Adere indutos. 
• Multifilamentar, porém retorcido e pouco estirado. 
• Retarda processos de reparo. 
• Baixo custo. 
Seda: indicado para extração de dentes irrompidos. 
• Orgânico. 
• Não absorvível. 
• Multifilamentar- trançado e bem estirado. 
• Permite embebição e adere indutos. 
• Baixo custo. 
Nylon: 
• Origem sintética. 
• Monofilamentar. 
• Não reabsorvível. 
• Discreta resposta tecidual. 
• Não permite embebição e não adere indutos. 
• Desvantagens: dificil manipulação, traumatiza tecido. 
Escala de prioridade: 
Poliglactina→ cirurgias bucais em geral e sutura de profunda. 
Nylon→ sutura profunda e sutura de pele. 
Catgut→ sutura profunda. 
Seda e algodão→ extração de dentes irrompidos. 
Tecido ósseo: fixação interna rígida e não rígida→ placas e parafusos// fio de aço. 
Objetivo: redução da fissura, imobilização e retorno da função.

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