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Higiene do Trabalho
Fernando Duque Barros
Histórico
Fernando Duque Barros
Histórico
	Platão e Lucrécio
	Descrição de doenças associadas à extração mineira.
	Hipócrates e Galeno
	Patologia do chumbo ligada à extração mineira.
	Plínio (Século I)
	Descreve doenças ligadas ao trabalho com zinco e enxofre.
	Avicena (médico árabe – Século X)
	Estudo de pinturas com chumbo.
	Georgius Agricola (1556) – De re metallica
	Descreve doenças dos mineiros (silicose) e medidas preventivas;
	Sugere ventilação e proteção individual.
Fernando Duque Barros
Histórico
	Ramazzini (1690) – De Morbis Artificum Diatriba
	Criador da medicina do trabalho 
	as doenças devem ser estudadas no local de trabalho e não no hospital
	Usa o termo higiene
	Descreve os riscos associados a 54 profissões
	Ellenberg (1743)
	Escreveu sobre as doenças nas minas de ouro e sobre a toxicidade de vários produtos
	Monóxido de carbono
	Mercúrio
	Chumbo
	ácido nítrico
Fernando Duque Barros
Histórico
	1802 (Inglaterra) 
	Proibido o trabalho em minas a menores de 9 anos
	English factory acts (1833)
	Primeira lei efetiva sobre segurança
	Estabelece a compensação em vez do controlo das causas
	1873 (Espanha) 
	Proibido a trabalho em minas e fábricas a menores de 10 anos
	1896
	Associação para a prevenção de fogos – aparecem os primeiros códigos e normas.
Fernando Duque Barros
Histórico
	O início do século XX 
	caracterizou-se pela generalização do conceito da compensação
	1913 (NY) 
	primeiro programa de higiene industrial
	1918 – American Standard Association
	1919 – OIT (Organização Internacional do Trabalho)
	1970 – OSH (Occupational, Safety and Health Act)
Fernando Duque Barros
Introdução
Fernando Duque Barros
Introdução
	Até meados do século 20, as condições de trabalho nunca foram levadas em conta, sendo importante a produtividade, mesmo que tal implicasse riscos de doença ou mesmo à morte dos trabalhadores. 
	Para tal contribuíam dois fatores:
	uma mentalidade em que o valor da vida humana era pouco mais que desprezível e 
	uma total ausência por parte dos Estados de leis que protegessem o trabalhador.
	Apenas a partir da década de 50 / 60, surgem as primeiras tentativas sérias de integrar os trabalhadores em atividades devidamente adequadas às suas capacidades.
Fernando Duque Barros
Introdução
	O trabalho é essencial para a vida, o desenvolvimento e a satisfação. 
	Infelizmente, atividades indispensáveis como a produção de alimentos, a extração de matérias primas, o fabrico de bens, a produção de energia e a prestação de serviços implicam processos, operações e materiais que em maior ou menor medida, criam riscos para a saúde dos trabalhadores, as comunidades locais e o meio ambiente em geral.
Fernando Duque Barros
Introdução
	Na atualidade, em que certificações de Sistemas de Garantia da Qualidade e Ambientais ganham tanta importância, as medidas relativas à Higiene e Segurança no Trabalho tardam em ser implementados, sendo que o despertar de consciências é fundamental.
	É precisamente este o objetivo principal deste curso, o de alertar para as questões da Higiene e Segurança no Trabalho.
Fernando Duque Barros
Conceitos Fundamentais
Fernando Duque Barros
	A higiene e a segurança são duas atividades que estão intimamente relacionadas com o objetivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos colaboradores e trabalhadores de uma Empresa.
	Segundo a O.M.S., a verificação de condições de Higiene e Segurança consiste "num estado de bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença e enfermidade ".
Fernando Duque Barros
Segurança do trabalho
	A segurança do trabalho combate, de um ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.
Fernando Duque Barros
Higiene do trabalho
	A higiene do trabalho combate, de um ponto de vista não médico, as doenças profissionais, identificando os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).
Fernando Duque Barros
Segurança X Higiene
	De modo simplificado: 
	A SEGURANÇA do trabalho lida com a prevenção e o controle dos riscos de operação laboral.
	Palavra chave: acidente 
 
	A HIGIENE do trabalho lida com os riscos de ambiente, que podem originar doenças profissionais.
	Palavra chave: doenças
Fernando Duque Barros
Higiene Ocupacional
	Ciência e arte dedicada ao reconhecimento, avaliação e controle daqueles fatores ou tensões ambientais, que surjam no ou do trabalho, e que podem causar doenças, prejuízos à saúde ou ao bem-estar, ou desconforto significativos entre os cidadãos da comunidade.
Fernando Duque Barros
Fundamentos para prevenção de riscos profissionais
	As condições de segurança, higiene e saúde no trabalho constituem o fundamento material de qualquer programa de prevenção de riscos profissionais e contribuem para o aumento da competitividade com diminuição da sinistralidade.
Fernando Duque Barros
	Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de fatores, entre os quais se destacam:
	falhas humanas 
	falhas materiais
	Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar.
	Podem acontecer em casa, no ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções diárias.
	Quanto aos acidentes do trabalho:
	o que se pode dizer é que grande parte deles ocorre porque os trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentar certos riscos.
Fernando Duque Barros
Objetivos da Higiene do Trabalho
	A higiene do trabalho tem caráter eminentemente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador, evitando que adoeça e se ausente provisória ou definitivamente do trabalho. 
	Os principais objetivos são:
	Eliminação das causas das doenças profissionais;
	Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos;
	Prevenção de agravamento de doenças e de lesões;
	Manutenção da saúde dos trabalhadores; e 
	Aumento da produtividade por meio de controle do ambiente de trabalho.
Fernando Duque Barros
O que envolve a higiene no trabalho?
	O programa de higiene no trabalho envolve:
	Ambiente físico de trabalho: 
	a iluminação, ventilação, temperatura e ruídos
	Ambiente psicológico: 
	os relacionamentos humanos agradáveis, tipos de atividade agradável e motivadora, estilo de gerência democrático e participativo e eliminação de possíveis fontes de estresse
	Aplicação de princípios de ergonomia: 
	máquinas e equipamentos adequados às características humanas, mesas e instalações ajustadas ao tamanho das pessoas e ferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano
	Saúde ocupacional: 
	ausência de doenças por meio da assistência médica preventiva.
Fernando Duque Barros
Tipos de agentes
	Químicos
	Poeiras / fumos / neblinas / aerossóis / gases / vapores
	Físicos
	Ruído / vibrações / ambiente térmico / radiações / pressão
	Biológicos
	Vírus / bactérias / fungos / alimentos / contatos com fluidos corporais
	Ergonómicos
	Fatores fisiológicos e psicológicos;
	Interação homem / trabalho, incluindo:
	design, controle, luz, plano do local, ferramentas, organização, e etc.
	Adaptação do trabalho à pessoa
Fernando Duque Barros
As empresas são obrigadas a investir em higiene e segurança no trabalho?
	Nas Normas Regulamentadoras (NRs), a segurança, a higiene e a medicina do trabalho são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas.
Fernando Duque Barros
Por que se deve investir em higiene do trabalho?
	Algumas pessoas menos esclarecidas sobre o assunto, procuram em determinadas circunstâncias, justificar de várias maneiras a ausência da segurança em algumas indústrias, ou o pouco interesse de outras para a prevenção de acidentes.No entanto, nada justifica tal omissão. Entre pessoas, algumas costumam afirmar: “Sem acidentes ou com acidentes o trabalho é realizado”. 
	Não importa quem diz isso ou pensa dessa maneira. Trata-se de uma afirmação ou de um pensamento infeliz, embora não possa ser integralmente contestado. 
Fernando Duque Barros
Por que se deve investir em higiene do trabalho?
	Realmente, o trabalho poderá ser executado mesmo que ocorram acidentes. Porém, nesses casos, jamais a sua realização poderá ser considerada satisfatória. 
	A dor e a infelicidade de quem sofre ferimentos somam-se a muitos outros fatores danosos ao trabalho, tanto sob o aspecto técnico como econômico. Isso nem sempre é percebido por quem não entende e não interpreta os acidentes do trabalho em toda a sua extensão e profundidade.
Fernando Duque Barros
Ramos da higiene do trabalho
	Ramos:
	Higiene teórica
	Higiene analítica
	Higiene operativa
	Higiene de campo
	Cada ramo tem os seus objetivos.
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Higiene Teórica
	Estudo dos contaminantes e dos efeitos sobre o homem
	relação dose / resposta
	valores limite de exposição
	Qual a exposição sem efeito negativo?
	Estudos dos dados experimentais 
	determinação de valores de referência
	Tem por base a experiência industrial e a experimentação humana e animal
Fernando Duque Barros
Higiene Analítica
	Determinação qualitativa e quantitativa dos contaminantes no local de trabalho
	Habitualmente há mais que um contaminante.
	Podem ser de vários tipos (químicos, biológicos e físicos).
	Necessidade de implementação de métodos padronizados (laboratórios acreditados).
	Os métodos devem dar resultados que reflitam a exposição do trabalhador:
	dificuldade da determinação do nível de toxicidade
	dificuldade de medir a exposição pontual
Fernando Duque Barros
Higiene Operativa
	Métodos de controle e redução dos níveis de concentração e eliminação do risco
	Objetivo: manter os riscos abaixo do limiar em que se tornam prejudiciais para a saúde humana
	Boa prática de higiene
	Substituição de matérias primas e processos
	Isolamento do risco químico, biológico e físico
	Captação do contaminante (aspiração)
	Ventilação geral
	Confinamento do contaminante (ou do trabalhador)
	Diminuição dos tempos de exposição
	Proteção individual
	Complementar com exames médicos regulares
	Seleção de pessoas com deficiências
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Higiene de Campo
	Estudo da situação da higiene no local de trabalho
	Análise do local de trabalho
	Detecção de contaminantes
	Necessidade de reconhecer os perigos e conhecer metodologias de medição do risco
	Ponte entre os quatro ramos da higiene
Fernando Duque Barros
O que está errado?
Fernando Duque Barros
O que está errado?
Fernando Duque Barros
O que está errado?
Fernando Duque Barros
O que está errado?
Fernando Duque Barros
Funções da Higiene Industrial
	Antecipar, identificar e avaliar as condições e as práticas de trabalho de risco.
	Desenvolver metodologias, procedimentos e programas de controle.
	Implementar, administrar e informar sobre riscos e programas de controle.
	Medir, auditar e avaliar a eficácia das medidas tomadas nos programas de controle.
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Análise de campo
1. Quais os riscos potenciais?
	Químicos / Físicos / Biológicos / Ergonómicos
2. Qual a prioridade das medidas?
	Medidas de engenharia
	Substituição ou modificação de processos
	Confinamento de operações ou operadores
	Ventilação
	Medidas de gestão
	Controle da rotina de trabalho
	Rotação de funções e/ou tempo por tarefa
	Medidas de proteção pessoal - última linha de ação
	Luvas, óculos, capacete, botas, batas, respiradores
	Adaptadas à pessoa, devidamente usados, verificados e substituídos com regularidade
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Visão do sistema
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Riscos ambientais
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NR 9 – Riscos Ambientais
	Esta Norma Regulamentadora (NR) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
Fernando Duque Barros
Riscos ambientais
	São considerados riscos ou agentes agressivos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, os que possam trazer ou ocasionar danos à saúde do trabalhador, nos AMBIENTES DE TRABALHO, em função da sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição ao agente.
Fernando Duque Barros
Riscos Físicos
	Ruídos;
	Vibrações;
	Radiações;
	Frio;
	Calor;
	Pressões anormais;
	Umidade.
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Riscos Químicos
	Poeiras;
	Fumos;
	Névoas;
	Neblinas;
	Gases;
	Vapores;
	Produtos químicos em geral.
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Riscos Biológicos
	Vírus;
	Bactérias;
	Protozoários;
	Fungos;
	Parasitas;
	Bacilos.
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Riscos Ergonômicos
	Esforço físico intenso
	Levantamento e transporte manual de peso
	Exigência de postura inadequada
	Controle rígido de produtividade
	Imposição de ritmos excessivos
	Trabalho em turno e noturno
	Jornadas de trabalho prolongadas
	Monotonia e repetitividade
	Outras situações causadoras de “stress” físico ou psíquico
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Riscos de acidente
	Arranjo físico inadequado
	Máquinas e equipamentos sem proteção
	Ferramentas inadequadas e defeituosas
	Iluminação inadequada
	Eletricidade
	Probabilidade de incêndio ou explosão
	Armazenamento inadequado
	Animais peçonhentos
	Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes
Fernando Duque Barros
Fernando Duque Barros
		TIPO DE RISCO
		Químico
		Físico
		Biológico
		Ergonômico
		Acidente
		COR
		Vermelho
		Verde
		Marrom
		Amarelo
		Azul
		Agentes Causadores
		Fumos metálicos
e vapores
		Ruído e ou som
muito alto
		Microorganismos
(Vírus, bactérias, protozoários)
		Má postura do corpo
em relação ao posto
de trabalho
		Equipamentos inadequados, defeituosos ou inexistentes 
		
		Gases asfixiantes
H, He, N eCO2 
		Oscilações e vibrações mecânicas
		Lixo hospitalar, doméstico e de animais
		Trabalho estafante
e ou excessivo
		Máquinas e equipamento
sem Proteção e ou manutenção
		
		Pinturas e
névoas em geral
		Ar rarefeito 
e ou vácuo
		Esgoto, sujeira,
dejetos
		Falta de Orientação
e treinamento
		Risco de queda de nível,
lesões por impacto de objetos
		
		Solventes
(em especial os voláteis)
		Pressões elevadas
		Objetos contaminados
		Jornada dupla e ou
trabalho sem pausas
		Mau planejamento
do lay-out e ou
do espaço físico
		
		Ácidos, bases,
sais, álcoois, éters, etc
		Frio e ou calor e radiação
		Contágio pelo ar
e ou insetos
		Movimentos repetitivos
		Cargas e transportes
em geral
		
		Reações químicas
		Picadas de animais (cães, insetos, repteis, roedores, aracnídeos, etc)
		Lixo em geral, fezes de animais, fezes e urina de animais, contaminação do solo e água
		Equipamentos
inadequadoe e
não ergonômicos
		Risco de fogo,
detonação de explosivos, 
quedas de objetos
		
		Ingestão de produtos durante pipetagem
		Aerodispersóides
no ambiente
(poeiras de vegetais e minerais)
		Alergias, intoxicações e quiemaduras causadas por vegetais
		Fatores psicologicos
(não gosta do trabalho, pressão do chefe, etc)
		Risco de choque elétrico
(correte contínua e alternada)
PPRA
	O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:
	planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
	estratégia e metodologia de ação;
	forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
	periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
FernandoDuque Barros
Etapas do PPRA
	O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:
	antecipação e reconhecimentos dos riscos;
	estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
	avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
	implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
	monitoramento da exposição aos riscos;
	registro e divulgação dos dados.
Fernando Duque Barros
Reconhecimento dos riscos
	O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis:
	a sua identificação;
	a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
	a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho;
	a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;
	a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
	a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho;
	os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica;
	a descrição das medidas de controle já existentes.
Fernando Duque Barros
Avaliação dos Riscos
	Elaborar relatórios técnicos, para cada agente, contendo, no mínimo, os seguintes itens:
	Introdução
	Objetivo
	Antecedentes Legais
	Antecedentes Técnicos
	Metodologia de Avaliação
	Resultados Obtidos
	Conclusões
	Recomendações Gerais e Específicas
Fernando Duque Barros
Controle dos riscos
	Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações:
	identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;
	constatação, na fase de reconhecimento, de risco evidente à saúde;
	quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 
	ou, na ausência destes, os valores limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Higyenists), ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos;
	quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos.
Fernando Duque Barros
Hierarquia das medidas de controle
	O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer à seguinte hierarquia:
eliminar a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde;
2. prevenir a disseminação desses agentes no ambiente de trabalho;
3. reduzir os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho.
	A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores quanto a:
	procedimentos que assegurem a sua eficiência, e 
	limitações de proteção que ofereçam.
Fernando Duque Barros
Inviabilidade técnica de medidas de proteção coletiva
	Quando comprovado pelo empregador ou instituição deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia:
	medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
	utilização de equipamento de proteção individual - EPI.
	A utilização de EPI no âmbito do programa deverá considerar as Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver no mínimo:
	seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;
	programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece;
	estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas;
	caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos EPI’s utilizados para os riscos ambientais.
Fernando Duque Barros
Níveis de ação
	Considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. 
	As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico.
	Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado:
	para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional
	para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6.
Fernando Duque Barros
Registro de dados
	Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA.
	Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 anos.
	O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus representantes e para as autoridades competentes.
Fernando Duque Barros
GRUPOS HOMOGÊNEOS DE EXPOSIÇÃO
	Um grupo é homogêneo em relação a um dado ambiental, quando o avaliador, sem o recurso de equipamentos de medição, não é capaz de identificar os trabalhadores com maior ou menor exposição ao agente.
	Um grupo homogêneo de exposição é um grupo de trabalhadores com idênticas probabilidades de exposição ao um determinado agente.
	O grupo é homogêneo no sentido em que a distribuição de probabilidades de exposição é a mesma para todos os seus membros.
	Dada a homogeneidade estatística, um pequeno número de amostras aleatórias pode ser usado para definir as exposições e tendências dentro do grupo.
	Os grupos homogêneos de exposição são a base da Higiene quantitativa.
Fernando Duque Barros
Classificação, estudo e exposição dos contaminantes
Fernando Duque Barros
Toxicologia
Contaminantes
Generalidades e definições em Toxicologia
Toxicologia Ocupacional
Monitorização Ambiental
Limites de Exposição Ambiental (LEO)
Toxicocinética
Fernando Duque Barros
1. Contaminantes
	É sabido que os produtos químicos integram praticamente a totalidade dos materiais fabricados atualmente.
	Existem mais de 3 milhões de compostos químicos.
	Existem normas referentes à exposição a mais de 500 compostos químicos.
	National Institute of Occupational Safety and Helth (NIOSH)
	Mais de 5.000 produtos químicos podem ser prejudiciais à saúde.
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Contaminantes
	Na consideração dos riscos provenientes dos produtos químicos, deve-se analisar os seguintes aspectos:
	Os compostos que são considerados perigosos podem não sê-lo quando se encontram em baixas concentrações.
	Os compostos considerados usualmente como não perigosos, podem sê-lo para determinados usos.
	Alguns tipos de compostos podem tornar-se perigosos.
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Ambientes internos e externos
	Ambientes internos:
	Existem normas para o manuseio e exposição a contaminantes em ambientes internos. Levam em consideração:
	Ventilação, exaustão, temperatura e etc.
	Ambientes externos:
	Existem determinadas leis e regulamentações que tratam das qualidades que devem ser exigidas da água e do ar, assim como as referentes à movimentação e distribuição de materiais perigosos. 
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Materiais Perigosos
	No ato emitido no ano de 1972, o Federal Insecticide, Funguicide and Rodenticide Act, estabeleceu o registro de todas os pesticidas, exigindo dos fabricantes documentação comprobatória dos seus ingredientes, bem como as instruções pertinentes ao uso seguro.
	Em 1976, The resource conservation and recovery Act (RCRA) determinou normas quanto à geração, tratamento, estocageme distribuição de resíduos considerados perigosos à saúde. 
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	Divisão dos resíduos industriais
	Classe I
	Resíduos perigosos
	Pode apresentar riscos à saúde pública e ao meio ambiente por causa de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
	Classe II
	Resíduos não-inertes
	Resíduos potencialmente biodegradáveis ou combustíveis.
	Classe III
	Resíduos inertes
	Resíduos inertes e não combustíveis.
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Resíduos
	Os conceitos de resíduos e lixo são bastante próximos e muitas vezes entende-se que ambos sejam sinônimos.
	No dicionário é quase impossível diferenciá-los.
	A norma NBR 10004/97 define resíduo sólido
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DEFINIÇÃO NBR10004
“Resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam de atividades da comunidade, de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.
Consideram-se também resíduos sólidos os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpo d´água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia dispónível.”
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RESÍDUO E REJEITO
	Rejeito
	algo inservível, cuja única aplicação é a disposição final
	Resíduo
	tudo que serve para um processo produtivo próprio ou de terceiros
	Sub-produto
	algo que forneça uma remuneração ao negócio menor que a atividade principal
	Co-produto
	algo de valor compatível com o produto da atividade fim do negócio
	Produto
	atividade fim de um negócio
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Aerossóis
	São partículas em suspensão no ar, em forma sólida ou líquida. 
	O uso de combustíveis fósseis (carvão, petróleo) e a queima da vegetação são algumas das causas de formação dos aerossóis. 
	Os aerossóis contribuem para o resfriamento da superfície da Terra, por produzirem espalhamento e reflexão da luz solar incidente.
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Poeiras
	São partículas sólidas produzidas por manipulação, esmagamento, trituração, impacto rápido, explosão e desintegração de substâncias orgânicas ou inorgânicas, tais como rochas, minérios, metais, madeira ou cereais. As poeiras não tendem a flocular, a não ser sob a ação de forças eletrostáticas; não se difundem no ar, porém sedimentam sob a ação da gravidade.
	Exemplo: poeira de sílica, poeira de asbesto, poeira de algodão.
	Observação: 1 micron ( m ) equivale a 1/1000 de milímetro ou 1 milionésimo do metro. A menor partícula visível ao olho humano mede, aproximadamente, 1/10 de milímetro.
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Fumos
	São partículas sólidas resultantes da condensação ou sublimação de gases, geralmente após volatilização de metais fundidos, que se acompanha amiúde de reação química, como oxidação. Os fumos floculam e as vezes coalescem. Partículas  0,5 m diâmetro.
 
	Exemplos: fumos metálicos em geral (chumbo, alumínio, zinco e etc.) e fumos de cloreto de amônio.
	Fumaça: fumo resultante da combustão incompleta de materiais orgânicos (combustíveis em geral). Se a combustão for completa e o combustível não tiver cinzas, não teremos fumaça. São constituídas por partículas com diâmetros inferiores a 1 m.
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Névoas
	São gotículas líquidas em suspensão, produzidas pela condensação de gases e vapores ou pela passagem de um líquido a estado de dispersão, por respingo, formação de espumas e atomização. Partículas  0,5 m diâmetro.
	Exemplo: névoas de ácido sulfúrico, névoas de tinta e névoas de óleo.
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Vapores
	Forma gasosa de substâncias normalmente sólidas ou líquidas (ou seja, a 25°C e 760mmHg), que podem voltar a estes estados ou por aumento de pressão, ou por diminuição de temperatura. 
	Os vapores são difusíveis. 
	Os vapores são substâncias que existem no estado sólido ou líquido nas condições usuais do ambiente. 
	O seu tamanho é o molecular. 
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Gases
	São normalmente fluídos sem forma que ocupam o espaço que os contém e só podem liquefazer-se ou solidificar-se sob a ação combinada de aumento de pressão e diminuição de temperatura. 
	Em outras palavras, os gases verdadeiros não estão presentes na forma líquida ou sólida nas condições usuais do ambiente em termos de temperatura e pressão.
	O seu tamanho logicamente é o molecular.
	Os gases são difusíveis, não sedimentam nem se aglomeram, chegando a sua divisão ao nível molecular, permanecendo, portanto, intimamente misturados com o ar, sem se separarem por si mesmos.
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2. Generalidades e definições utilizadas em Toxicologia
	Dose
	Agente Tóxico
	Veneno
	Droga
	Antídoto
	Ação tóxica
	Xenobiótico
	Tempo de exposição
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Dose
Paracelsus: O que diferencia um remédio de um veneno é a dose.
É a quantidade exposta a um agente em um período de tempo.
Dose =  (Concentração do poluente) x d(tempo)
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Agente Tóxico: Veneno
Tóxico causador de graves efeitos, por vezes mortais.
Todas as substâncias são venenos. Não existe nenhuma que não o seja. É a dose que diferencia o veneno do remédio.
Paracelsus
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Agente Tóxico: Droga
É toda a substância química de origem sintética ou natural que afete o funcionamento do ser vivo com vista a atingir as funções do SNC e, no caso de psicoativos como a cocaína, modificar o estado anímico, inibir a dor ou alterar a percepção sensorial. 
Os psicoativos podem classificar-se pelo seu grau de pureza, dose, acessibilidade e efeitos. 
Frequentemente se diferencia um fármaco de uma droga apenas pelas circunstâncias do seu uso. 
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Agente Tóxico: Antídoto
Agente capaz de antagonizar os efeitos tóxicos de substâncias. 
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Agente Tóxico: Ação tóxica
Concentração
	Quanto maior a concentração, mais rapidamente seus efeitos nocivos manifestar-se-ão no organismo.
Índice respiratório
	Representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a jornada de trabalho.
Sensibilidade individual
	O nível tóxico da substância no organismo.
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Agente Tóxico: Xenobiótico
Substância estranha, capaz de induzir efeitos deletérios sobre os organismos.
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Tempo de exposição
É o período de tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.
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3. Toxicologia Ocupacional
	Toxidade é a capacidade relativa de uma substância provocar um dano a um sistema biológico. 
	Já a toxicologia é o estudo dos efeitos nocivos de substâncias estranhas sobre os seres vivos. 
	A toxidade de uma substância é determinada por meio de exaustivos estudos envolvendo organismos biológicos e não pode ser determinada diretamente utilizando-se os recursos típicos de laboratórios químicos. 
	Em geral, os efeitos toxicológicos são estudados mediante a administração oral ou injeção das substâncias em animais, observando-se como a saúde deles é afetada.
	Estudos epidemiológicos são diferentes. Eles derivam de pesquisas realizadas com grupos de indivíduos específicos expostos a determinados poluentes, em função de seu local de moradia ou seus hábitos de consumo.
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Categorias de compostos tóxicos
Asfixiantes: compostos que diminuem a absorção de oxigênio pelo organismo. (nitrogênio, monóxido de carbono, cianetos);
Irritantes: materiais que causam inflamação nas membranas mucosas (ácido sulfúrico, sulfeto de hidrogênio, HCs aromáticos);
Carcinogênicos: provocam câncer (benzeno, aromáticos policíclicos);
Neurotóxicos: danos ao sistema nervoso (compostos organometálicos);
Mutagênicos: causam mutações genéticas;
Teratogênicos: provocam malformações congênitas;
Hepatotóxicos: danos ao fígado (tetracloreto de carbono);
Fitotóxicos: danos a flora.
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4. Monitorização AmbientalO toxicologia ambiental estuda os danos provocados aos organismos pela exposição a xenobióticos presentes no meio ambiente. 
	O objetivo principal da toxicologia ambiental é avaliar os impactos na saúde pública decorrentes da exposição de uma população a um local contaminado.
	É conveniente enfatizar que os efeitos são estudados sobre os seres humanos, embora eles possam ser provocados também aos microorganismos, plantas, animais, etc. 
	Um xenobiótico é qualquer substância que não foi produzida pelo biota, tal como os produtos industriais, drogas terapêuticas, conservantes alimentícios, produtos inorgânicos, etc.
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5. Limites de Exposição Ambiental (LEO)
	Exposições crônicas- São as que duram entre 10% a 100% do período de vida do ser. Para os seres humanos entre 7 e 70 anos.
	Exposições subcrônicas – São aquelas de curta duração, menores do que 10% do período vital.
	Exposições agudas.- São exposições de um dia ou menos e que ocorrem em um único evento.
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5. Limites de Exposição Ambiental (LEO)
	Dose Letal (DL50) para a toxidade oral aguda corresponde à dose da substância que, administrada oralmente, tem a maior probabilidade de provocar a morte, num prazo de 14 dias, de 50% dos ratos albinos submetidos ao teste.
	Dose Letal (DL50) para a toxidade dérmica aguda corresponde à dose administrada por contato contínuo com a pele nua de coelhos albinos, por 24 horas, que tem a maior probabilidade de provocar a morte de metade dos animais testados, em até 14 dias.
	Concentração Letal (CL50) para a toxidade aguda por inalação corresponde à concentração de vapor, neblina ou pó que, administrada por inalação contínua a ratos albinos por uma hora, tem a maior probabilidade de provocar, num prazo de 14 dias, a morte de 50% dos animais testados. 
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5. Limites de Exposição Ambiental (LEO)
Toxidade Crônica e Sub-Crônica
	Para a toxidade sub-crônica, os testes são realizados durante 30 a 90 dias e para a crônica, normalmente os estudos levam de 18 a 24 meses.
	Os níveis de dose ou concentração obtidos são normalmente, menores do que para a toxidade crônica. 
	O propósito destes testes é determinar as doses ou as concentrações em que:
	B1) Não se observam quaisquer efeitos ou o NENO - Nível de Efeito Não Observado, (No Observed Effects Level - NOEL);
	B2) Se observam os menores efeitos, como o NEMBO - Nível mais Baixo de Efeito Observado, (Lowest Observed Level - LOEL). 
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6. Toxicocinética
	Inclui todos os processos envolvidos na relação entre a disponibilidade química e a concentração do fármaco nos diferente tecidos do organismo. 
	Intervêm nesta fase a absorção, a distribuição, o armazenamento, a biotransformação e a excreção das substâncias químicas. 
	As propriedades físico-químicas dos toxicantes determinam o grau de acesso aos órgãos-alvos, assim como a velocidade de sua eliminação do organismo. 
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Glossário de Termos
ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienist) – Conferência Norte Americana de Higienistas Industriais Governamentais.
OSHA (Occupational Safety and Health Administration) – Departamento de Segurança e Saúde Ocupacional Norte Americana.
NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health) – Instituto Nacional para Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos.
AIHA (American Industrial Hygiene Association) – Associação Americana de Higiene Industrial.
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Glossário de Termos
TLV (Threshold Limit Values) – Limite de Tolerância ACGIH.
TWA (Time Weighted Average) – Concentração Média Ponderada Diária.
TLVs – Valores Tetos (Ceiling) – valor máximo da concentração instantânea.
Fator de Proteção Requerida (FPR) – é a relação da concentração de uma substância presente no ar atmosférico com o TLV (ou LT).
	obs.: o respirador selecionado deve possuir um fator de proteção maior ou igual ao FPR
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Glossário de Termos
PEL (Permissible Exposure Level) – Nível de Exposição Permitida pela OSHA.
WEEL (Workplace Environmental Exposure Level) – Nível de Exposição Ambiental Permitida – NIOSH.
STEL (Short – Term Exposure Limit) – Limite de Exposição Para Períodos Curtos.
IPVS – Imediatamente Perigoso à Vida e à Saúde (IDHL – Immediately Dangerous to Health and Life).
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Nível IPVS
	Refere-se especificamente à exposição respiratória aguda que supõe uma ameaça direta de morte ou conseqüências adversas irreversíveis à saúde, imediata ou retardada, ou exposições agudas aos olhos, que impeçam a fuga da atmosfera perigosa.
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Limiar de Odor
	Indica a margem do limite de odor dos compostos químicos para os quais essa informação encontra-se disponível, tendo-se como referência principal a publicação da AIHA.
	Os limiares de odor foram estabelecidos para cada composto separadamente, sem a presença de contaminantes. 
	Essa situação raramente ocorre em um ambiente de trabalho e, portanto, cuidados especiais são necessários ao utilizar esses valores.
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TLV
	Os limites de exposição apresentados são os da ACGIH Threshold Limit Values.
	As concentrações são expressas em ppm, a menos que especificado como mg/m3 ou alguma outra unidade.
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TWA
	Limites de Exposição referente a Concentração Média Diária por 8 horas de trabalho, 40 horas semanais.
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TLVs
	Valores tetos referem-se a concentrações que não poderão ser excedidas durante qualquer período de exposição do trabalhador.
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STEL
	Limite de Exposição para Períodos Curtos é uma média ponderada para 15 minutos, a qual não deverá ser excedida a qualquer tempo, durante o período de trabalho.
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Meios de Absorção dos Agentes Nocivos
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As vias de exposição
	Os efeitos tóxicos podem ser provocados por meios químicos, por radiação ou até por ruído e dependem das vias de exposição. 
	Elas indicam como as substâncias penetram nos organismos. 
	Para o ser humano as principais vias são por:
	Cutânea: contato com a pele;
	Respiratória: inalação;
	Digestiva: ingestão.
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Absorção
	É a passagem de substâncias do local de contato para a circulação sanguínea.
	Nessa passagem, os agentes atravessam várias barreiras, como:
	epitélio estratificado da pele, 
	pulmões, 
	trato gastrintestinal e 
	endotélios capilares.
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Absorção
	Os xenobióticos atravessam as membranas por diferentes mecanismos, dependendo de suas propriedades físico-químicas. 
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Absorção pela pele e mucosas
	Gases
	Os gases e vapores liberados pelos produtos podem causar lesões à pele e mucosas da boca, nos olhos e no nariz. 
	Sólidos
	Alguns produtos químicos apresentam maior facilidade de penetração no organismo pela pele.
	Líquidos
	Os líquidos, como os ácidos, álcalis e solventes, ao atingirem a pele, podem ser absorvidos ou provocarem graves lesões. 
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Absorção pela via respiratória
	Gases
	Os fumos, fumaças, gases, vapores e névoas penetram facilmente no organismo, atingindo os pulmões, passando para a corrente sanguínea.
	Sólidos
	São os mais comuns, sendo que partículas muito finas podem vencer as barreiras naturais das vias respiratórias atingindo os pulmões. 
	Líquidos
	Através da evaporação de líquidos, os vapores atingem as vias respiratórias. 
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Absorção pelo trato digestivo
	Gases
	Embora em menor proporção, a contaminação por esta via é possível. O hábito de respirar pela boca facilita a penetração.
	Sólidos
	Embora em menor proporção, a contaminação por esta via é possível. Hábitos inadequados como alimentar-se ou ingerir líquidos no local de trabalho, umedecer os lábios com a língua, fumar, usar as mãos para beber água e falta de higiene contribuem para a ingestão de substâncias nocivas.
	Líquidos
	Embora seja mais difícilde ocorrer, há casos de ingestão acidental ou proposital. Conforme o tipo de produto ingerido, podem ocorrer lesões. Se não forem ministrados socorros de urgência, o envenenamento pode ser fatal.
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Excreção
	Podem ocorrer:
	Fezes
	Urina
	Suor
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1. Alterações cardiovasculares e respiratórias;
2. Alterações do sistema nervoso;
3. Lesões orgânicas: 
4. Lesões carcinogênicas / tumorigênicas;
5. Lesões teratogênicas (malformações do feto);
6. Alterações genéticas:
aneuploidização - ganho ou perda de um cromossomo inteiro.
clastogênese - aberrações cromossômicas com adições, falhas, re-arranjos de partes de cromossomos.
mutagênese - alterações hereditárias produzidas na informação genética armazenada no DNA (ex. radiações	ionizantes).
Principais efeitos deletérios
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7. Infertilidade - masculina, feminina ou mista.
teratogênese - provocada por agentes infecciosos ou drogas.
aborto - precoce ou tardio
8. Alterações da capacidade reprodutora
9- Alguns exemplos:
	Vitamina A - Atraso mental; cérebro e coração.
	Talidomida - Coração e membros.
	Fenobarbital - Palato; coração; atraso mental.
	Álcool - Defeitos faciais; atraso mental.
	Cloranfenicol - Aplasia medular
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Comparação de risco da exposição aos carcinogênicos
1 Exposição humana que gera tumores em roedores. Risco de câncer com
base na exposição diária média de uma pessoa normal às substâncias no
decorrer de uma vida. 
	% HERP1	Agente de Risco
	0,0003	Carbaril (inseticida) 2,6 µg/dia
	0,002	DDT, 14 µg/dia
	0,03	Suco de laranja, 140g/dia (4,3 mg d-limoneno) 
	0,1	Café, 13,3 g/dia (24mg ácido caféico)
	0,5	Vinho, 28g/dia
	2,1	Cerveja, 260g/dia
	6,8	Butadiena, 66mg/dia
	14	Fenobarbitol, 60mg/dia (1 pílula para dormir)
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Interações entre substâncias
A exposição simultânea a várias substâncias pode alterar uma série de fatores (absorção, ligação protéica, metabolização e excreção) que influem na toxicidade de cada uma delas em separado.
Assim, a resposta final a tóxicos combinados pode ser maior ou menor que a soma dos efeitos de cada um deles, podendo-se ter: 
Efeito Aditivo - efeito final igual à soma dos efeitos de cada um dos agentes envolvidos;
Efeito Sinérgico - efeito maior que a soma dos efeitos de cada agente em separado;
Potencialização - o efeito de um agente é aumentado quando em combinação com outro agente;
Antagonismo - o efeito de um agente é diminuído, inativado ou eliminado quando se combina com outro agente. 
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Produtos químicos e seus riscos
inflamável
tóxico
corrosivo
oxidante
nocivo ou
irritante
explosivo
Rotulagem
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SIMBOLOGIAS E TERMINOLOGIAS DE RISCO A SEREM UTILIZADAS NOS RÓTULOS
PREVENTIVOS
	INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 16 / 2004
	ROTULAGEM PREVENTIVA DE PRODUTOS QUÍMICOS
	6.1.1. Simbologia internacional (ONU) de risco constando de losangos com figuras e cores padronizadas, de acordo com a seguinte classificação dos produtos.
	Classe 1 – Explosivos
	Classe 2 – Gases
	Classe 3 – Líquidos Inflamáveis
	Classe 4 – Sólidos Inflamáveis
	Classe 5 – Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos
	Classe 6 – Substâncias Venenosas, Tóxicas ou Infectantes
	Classe 7 – Substâncias Radioativas
	Classe 8 – Corrosivos
	Classe 9 – Substâncias Perigosas Diversas
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Exercícios
	O NOEL de um produto químico é 0,01 mg/kg/dia. Qual será seu valor de IDA determinado para adultos? Qual a massa máxima de composto que uma mulher de 55 kg pode ingerir diariamente?
	Obs.:
	NOEL = Nível de efeito não-observáveis
	IDA = Ingestão diária aceitável 
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Exercícios
	Considera-se a cafeína segura sob consumo em condições normais. Supondo-se que os seres humanos e os ratos sejam igualmente sensíveis aos efeitos tóxico da cafeína, quantas xícaras de café tomadas consecutivas seriam letais a 50% de um grupo de indivíduos com 70kg de massa? Suponha que a xícara de café contenha aproximadamente 140mg de cafeína. A DL50 em mg/kg da cafeína é 130.
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Insalubridade
(NR-15)
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Anexos
	1 – Ruído contínuo ou intermitente
	2 – Ruído de impacto
	3 – Exposição ao calor
	5 – Radiações ionizantes
	6 – Condições hiperbáricas
	7 – Radiações não ionizantes
	8 – Vibrações
	9 – Frio
	10 – Umidade
	11 – Agentes químicos e LT
	12 – Poeiras minerais
	13 – Agentes químicos medidos no local de trabalho
	14 – Agentes biológicos 
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	15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem: 
	15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12; 
	15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14; 
	15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10.
	15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. 
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	15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a: 
	15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo; 
	15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio; 
	15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo; 
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	15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa. 
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	15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo. 
	15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer: 
a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; 
b) com a utilização de equipamento de proteção individual. 
	15.4.1.1 Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização. 
	15.4.1.2 A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador. 
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	15.5 É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho, através das DRTs, a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade insalubre. 
	15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde que comprovada a insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o adicional devido. 
	15.6 O perito descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas. 
	15.7 O disposto no item 15.5. não prejudica a ação fiscalizadora do MTE nem a realização ex-officio da perícia, quando solicitado pela Justiça, nas localidades onde não houver perito. 
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Conceitos sobre Ruído
	De maneira subjetiva é toda sensação auditiva desagradável, 
ou 
	Fisicamente, é todo fenômeno acústico não periódico, sem componentes harmônicos definidos.
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De um modo geral, os ruídos podem ser classificados em 3 tipos:
	Ruídos contínuos : são aqueles cuja variação de nível de intensidade sonora é muito pequena em função do tempo. São ruídos característicos de bombas de líquidos, motores elétricos, engrenagens, etc. 
	Exemplos : chuva, geladeiras, compressores, ventiladores.Fernando Duque Barros
	Ruídos flutuantes : são aqueles que apresentam grandes variações de nível em função do tempo. 
	São geradores desse tipo de ruído os trabalhos manuais, afiação de ferramentas, soldagem, o trânsito de veículos, etc. 
	São os ruídos mais comuns nos sons diários.
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	Ruídos impulsivos, ou de impacto : apresentam altos níveis de intensidade sonora, num intervalo de tempo muito pequeno. São os ruídos provenientes de explosões e impactos. 
	São ruídos característicos de rebitadeiras, impressoras automáticas, britadeiras, prensas, etc..
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Métodos de medição de ruídos
	Os métodos de medição do ruído e a avaliação dos seus danos auditivos fixados pela C.L.T. são os únicos no Brasil com força de lei. 
	Portanto, se uma empresa for multada por atividades insalubres causadas por excesso de ruído, a fiscalização estará fundamentada nos métodos da C.L.T. 
	Esses métodos estão na Norma Regulamentadora Nº 15 (NR15) da Portaria 3.214.
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Anexo 1 – Ruído Contínuo ou Intermitente
	1. Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. 
	2. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. 
	3. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro anexo. 
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Anexo 1 – Ruído Contínuo ou Intermitente
	4. Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado. 
	5. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. 
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Anexo 1 – Ruído Contínuo ou Intermitente
	6. Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações: 
		C1 + C2 + C3 _ + Cn 
		T1 T2 T3 Tn 
 	exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância. Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico, e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro Anexo. 
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Anexo 1 – Ruído Contínuo ou Intermitente
Exemplo de cálculo de efeito combinado:
 35 + 10 + 7 =
 60 15 8 
= 0,58 + 0,67 + 0,88 = 2,13 
Portanto, acima do LT. 
	dB	MEDP
(Tn)	Exposição efetiva (Cn)
	100	1h	35 min
	110	15 min	10 min
	114	8 min	7 min
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Anexo 1 – Ruído Contínuo ou Intermitente
	7. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente. 
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Anexo 1 – Ruído Contínuo ou Intermitente
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Anexo 2 – Ruídos de Impacto 
1. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. 
2. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. 
3. Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação "C". Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C). 
4. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente. 
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Exercício
Segundo a NR-9, considera-se atingido o nível de ação, valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas, que incluem monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores, e o controle médico, para ruído contínuo ou intermitente, quando a intensidade sonora:
a) ultrapassar 85 dB(A) para 8 horas de exposição.
b) ultrapassar 50 % da dose unitária, o que equivale a 80 dB(A) para 8 horas de exposição.
c) ultrapassar a dose unitária.
d) ultrapassar 75 % da dose unitária, o que equivale a 63,75 dB(A) para 8 horas de exposição.
e) ultrapassar 50 % da dose unitária, o que equivale a 42,50 dB(A) para 8 horas de exposição.
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Resolução
	De acordo com a NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais:
	9.3.6. Do nível de ação.
	9.3.6.1. Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico. 
	9.3.6.2. Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:
	a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional; 
	b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR 15, Anexo I.
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Resolução
	Nível de intensidade sonora β (dB)
β = 10 * LOG ( I / Io )
Sendo I = intensidade da onda sonora
 Io = intensidade mínima = 10-12 W/m2
Portanto:
85=10.log(I/10-12) I = 10-3,5 W/m2
50% = 0,5.10-3,5 W/m2
β = 10.log(0,5.10-3,5/10-12) = 81,99 dB 
Resposta: b
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Nível equivalente de ruído
LEQ
	Quando ocorrem variações de níveis de ruído durante a jornada de trabalho, deve-se utilizar o audiodosímetro, no sentido de se determinar com maior exatidão a exposição ao ruído. 
	Esse instrumento fornece, no período avaliado, a dose ou efeitos combinados (  Cn / Tn ) e o nível equivalente de ruído ( LEQ).
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Nível equivalente de ruído
LEQ
Numa avaliação dos níveis de ruído visando prevenção do risco de
dano auditivo, devemos proceder da seguinte forma:
1. Selecionar as funções a serem avaliadas.
2. Descrever as atividades executadas pelos empregados e respectivas funções e locais de trabalho.
3. Realizar as medições com o medidor de nível de pressão sonora e anotar as observações sobre medidas de controle adotadas, principais fontes geradoras de ruído, etc.
4. Analisar as frequências das principais fontes de ruído para orientar as medidas de controle a serem adotadas.
5. Fazer a dosimetria do ruído em todas as funções analisadas registrando a dose e o LEQ. ( Nível equivalente)
Fernando Duque Barros
Nível equivalente de ruído
LEQ
	Para fator q=5
Leq = 16,61 x LOG Dx8 + 85
 T
 
Onde: D = dose em fração decimal
 T = tempo de medição
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Nível equivalente de ruído
LEQ
	Simplificando para regime de trabalho de 8 horas:
Leq = 16,61 x LOG D + 85
 
 Onde: D = dose em fração decimal
 T = tempo de medição
Fernando Duque Barros
PLANO DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA - PCA 
Baseado nas recomendações da OSHA e NIOSH
	 Avaliação e monitoramento da exposição a ruído
	 Medidas de controle ambiental e organizativos
	 Avaliação e monitoramento audiológico
	 Uso de protetores auriculares
	 Aspectos educativosAvaliação da eficácia do programa
Fernando Duque Barros
O simples fornecimento de EPI exime o empregador do pagamento do adicional de insalubridade?
	As posições divergentes foram dirimidas no incidente de uniformização de jurisprudência em recurso de Revista nº TST-IUJ-RR 4016/86.5 - Revista LTr, v.53, nº 5, página 582, motivador do enunciado nº 289 do Egrégio Tribunal Superior do Trabalho:
	Insalubridade - adicional - fornecimento do aparelho de proteção - Efeito. 
	O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento de adicional de insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. 
	Referências: artigos 8º. 9º, 157, 158, 191 e 192 da CLT, 476 do Código de Processo Civil e 179 do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho ( DJU de 28/03/88).
Fernando Duque Barros
Medidas de Controle
	Controle na fonte
	Diferença entre ruído total e fundo < 2
	Ruído de fundo é a fonte nesse caso.
	Isolar barulho externo
	Controle no trajeto
	Diferença entre ruído total e fundo entre 2 e 10
	Máquina e equipamento colaboram para a insalubridade
	Isolar barulho externo e atuar na máquina.
 
	Controle no Homem
	Uso de EPIs quando Diferença maior que 10 e Dose maior que 1 (LEQ>85 dB) 
Fernando Duque Barros
Fator de atenuação de EPIs
1. Noise Redution Rating – NRR
	É obtido por meio de tabelas dos fabricantes de protetores auriculares ou por meio de CA, expedido pela SST.
	OSHA
	Utiliza apenas 50% do NRR fornecido pelo laboratório
	NIOSH
	Protetor concha: subtrair 25% do NRR
	Protetor inserção moldável: subtrair 50% do NRR
	Outros de inserção: subtrair 70% do NRR
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Cálculo da atenuação (NIOSH)
	NPSc = NPSdb(A) – (NRR*f - 7)
NPSc : nível de pressão sonora com proteção.
f pode ser:
	0,75 para protetor concha
	0,5 para protetor de inserção moldável
	0,3 para outros protetores de inserção
Fernando Duque Barros
2. Nível de Redução de Ruído subject fit NRRsf
	Calcula a atenuação por meio de valor único.
	Obtido por meio de ensaios em laboratório.
	O MTE adota esse critério para certificar os protetores auditivos (Portaria 48 de 23/03/03)
	Cálculo:
	NPSc = NPSdB(A) – NRRsf
	Exemplo:
	NPSc = 96 – 15 = 81 dB(A)
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Anexo 3 – Exposição ao Calor 
1. A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" - IBUTG definido pelas equações que se seguem: 
	Ambientes internos ou externos sem carga solar: 
	IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg 
	Ambientes externos com carga solar: 
	IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg 
	onde: 
	tbn = temperatura de bulbo úmido natural 
	tg = temperatura de globo 
	tbs = temperatura de bulbo seco. 
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Anexo 3 – Exposição ao Calor 
2. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum. 
3. As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida. 
Fernando Duque Barros
Anexo 3 – Exposição ao Calor 
	Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço. 
1. Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro N.º 1.
2. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais. 
3. A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita consultando-se o Quadro n.º 3. 
Fernando Duque Barros
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Anexo 3 – Exposição ao Calor 
	Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local (local de descanso). 
1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve. 
2. Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro n.º 2. 
Fernando Duque Barros
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Anexo 3 – Exposição ao Calor 
Fernando Duque Barros
Problema
	Um padeiro possui a seguinte rotina de trabalho: carrega os pães no forno durante 6 minutos, em seguida descansa sentado numa sala com temperatura mais amena por 20 minutos enquanto os pães assam e, então, retorna ao forno para retirar os pães, levando mais 4 minutos.
 	Considere a taxa de metabolismo para a atividade de carregar e retirar os pães do forno como moderada (300 Kcal/h) e a taxa de metabolismo para o repouso sentado de 100 Kcal/h. As medições de temperatura apresentaram os seguintes valores: 
		(i) na sala de descanso:
	temperatura de globo = 28 ºC e 
	temperatura de bulbo úmido natural = 20 ºC; 
		(ii) no local de trabalho: 
	temperatura de globo = 54 ºC e
	temperatura de bulbo úmido natural = 22 ºC.
Fernando Duque Barros
Exercícios
1.Calcule, em Kcal/h, o valor da taxa de metabolismo média ponderada para uma hora (M) e assinale a opção que corresponde ao valor correto, desprezando-se a parte fracionária.
2. Com referência às normas regulamentadoras, calcule o valor do índice de bulbo úmido –termômetro de globo (IBUTG) médio ponderado para uma hora e assinale a opção que corresponde ao valor correto.
Fernando Duque Barros
Exercícios
3. Suponha que o descanso do padeiro seja no próprio local de trabalho (ambiente do forno). Nesse caso, considerando o quadro 1, que faz parte do anexo n.º 3 da NR-15, assinale a opção correspondente ao regime de trabalho intermitente.
(A) Trabalho contínuo.
(B) 45 minutos de trabalho por 15 minutos de descanso.
(C) 30 minutos de trabalho por 30 minutos de descanso.
(D) 15 minutos de trabalho por 15 minutos de descanso.
(E) Não é permitido o trabalho sem a adoção de medidas adequadas de controle.
Fernando Duque Barros
Exercícios
4. Considerando, além do texto, o anexo 3 da NR- 15, quanto à exposição ao calor, é correto afirmar que
(A) a exposição ao calor deve ser avaliada por meio do índice de bulbo úmido – termômetro de globo (IBUTG).
(B) as medidas devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura do teto.
(C) os aparelhos usados na medição são anemômetro, barômetro, termômetro de mercúrio comum e termômetro de globo.
(D) os períodos de descanso não serão considerados tempo de serviço, para efeitos legais.
(E) trabalhar em pé carregando sacos de farinha de 50 kg é considerado atividade leve.
Fernando Duque Barros
Exercícios
5. Em um ambiente externo de trabalho com carga solar foram realizadas medições de temperatura e foram obtidos os seguintes resultados:
	temperatura de bulbo úmido natural: 33,1º C
	temperatura de bulbo seco: 42,0º C
	temperatura de globo: 33,4º C
Diante dos valores anteriores, o valor do IBUTG é de:
(A) 34,05º C;
(B) 33,19º C;
(C) 34,91º C;
(D) 35,77º C;
(E) 36,01º C.
Fernando Duque Barros
ANEXO N.º 5 
RADIAÇÕES IONIZANTES 
	Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam ser expostos a radiações ionizantes, os limites de tolerância, os princípios, as obrigações e controles básicos para a proteção do homem e do seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados pela radiação ionizante, são os constantes da Norma CNEN-NE-3.01(1): "Diretrizes Básicas de Radioproteção", de julho de 1988, aprovada, em caráter experimental, pela Resolução CNEN n.º 12/88, ou daquela que venha a substituí-la.
(1) http://www.cnen.gov.br/seguranca/normas/mostra-norma.asp?op=301# 
Fernando Duque Barros
ANEXO N.º 5 
RADIAÇÕES IONIZANTES 
	Portaria/MS/SVS nº 453, de 01 de junho de 1998
	Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em todo território nacional e dá outras providências.
Fernando Duque Barros
ANEXO N.º 5 
RADIAÇÕES IONIZANTES 
	Portaria/MS/SVS nº 453, de 01 de junho de 1998
	2.12 Os limites de dose:
	a) Incidemsobre o indivíduo, considerando a totalidade das exposições decorrentes de todas as práticas a que ele possa estar exposto.
	b) Não se aplicam às exposições médicas.
	c) Não devem ser considerados como uma fronteira entre "seguro" e "perigoso".
	d) Não devem ser utilizados como objetivo nos projetos de blindagem ou para avaliação de conformidade em levantamentos radiométricos.
	e) Não são relevantes para as exposições potenciais.
Fernando Duque Barros
ANEXO N.º 5 
RADIAÇÕES IONIZANTES 
	Portaria/MS/SVS nº 453, de 01 de junho de 1998
	2.13 Exposições ocupacionais
a) As exposições ocupacionais normais de cada indivíduo, decorrentes de todas as práticas, devem ser controladas de modo que os valores dos limites estabelecidos na Resolução-CNEN n.º 12/88 não sejam excedidos. Nas práticas abrangidas por este Regulamento, o controle deve ser realizado da seguinte forma:
	(i) a dose efetiva média anual não deve exceder 20 mSv em qualquer período de 5 anos consecutivos, não podendo exceder 50 mSv em nenhum ano.
	(ii) a dose equivalente anual não deve exceder 500 mSv para extremidades e 150 mSv para o cristalino.
b) Para mulheres grávidas devem ser observados os seguintes requisitos adicionais, de modo a proteger o embrião ou feto:
	(i) a gravidez deve ser notificada ao titular do serviço tão logo seja constatada;
	(ii) as condições de trabalho devem ser revistas para garantir que a dose na superfície do abdômen não exceda 2 mSv durante todo o período restante da gravidez, tornando pouco provável que a dose adicional no embrião ou feto exceda cerca de 1 mSv neste período.
Fernando Duque Barros
ANEXO N.º 5 
RADIAÇÕES IONIZANTES 
	Portaria/MS/SVS nº 453, de 01 de junho de 1998
	2.13 Exposições ocupacionais
c) Menores de 18 anos não podem trabalhar com raios-x diagnósticos, exceto em treinamentos.
d) Para estudantes com idade entre 16 e 18 anos, em estágio de treinamento profissional, as exposições devem ser controladas de modo que os seguintes valores não sejam excedidos:
	(i) dose efetiva anual de 6 mSv ;
	(ii) dose equivalente anual de 150 mSv para extremidades e 50 mSv para o cristalino.
e) É proibida a exposição ocupacional de menores de 16 anos.
	2.14 As exposições normais de indivíduos do público decorrentes de todas as práticas devem ser restringidas de modo que a dose efetiva anual não exceda 1 mSv.
Fernando Duque Barros
ANEXO N.º 6 
TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS 
	TRABALHOS SOB AR COMPRIMIDO
	Trabalhos sob ar comprimido são os efetuados em ambientes onde o trabalhador é obrigado a suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se exige cuidadosa descompressão. 
	TRABALHOS SUBMERSOS
	Os mergulhadores serão classificados em duas categorias: 
	a) MR - mergulhadores habilitados, apenas, para operações de mergulho utilizando ar comprimido; 
	b) MP - mergulhadores devidamente habilitados para operações de mergulho que exijam a utilização de mistura respiratória artificial. 
Fernando Duque Barros
ANEXO N.º 7 
RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES 
1. Para os efeitos desta norma, são radiações não-ionizantes as microondas, ultravioletas e laser.
2. As operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não-ionizantes, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres, em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. 
3. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores às radiações da luz negra (ultravioleta na faixa - 400-320 nanômetros) não serão consideradas insalubres. 
Fernando Duque Barros
Fernando Duque Barros
ANEXO N.º 8 VIBRAÇÕES 
	1. As atividades e operações que exponham os trabalhadores, sem a proteção adequada, às vibrações localizadas ou de corpo inteiro, serão caracterizadas como insalubres, através de perícia realizada no local de trabalho. 
	2. A perícia, visando à comprovação ou não da exposição, deve tomar por base os limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para a Normalização - ISO, em suas normas ISO 2631 e ISO/DIS 5349 ou suas substitutas. 
Fernando Duque Barros
ANEXO N.º 8 VIBRAÇÕES 
Fernando Duque Barros
Exposição do Corpo Humano à vibração 
	O corpo humano é um sistema (física e biologicamente) extremamente complexo. Quando estudado como um sistema mecânico, contém um grande número de ‘elementos’ lineares e não lineares com propriedades mecânicas diferentes de pessoa para pessoa.
	Biologicamente a situação é mais complexa, especialmente quando efeitos psicológicos são incluídos. Em consideração à resposta do homem para vibrações e choques é necessário levar em conta, porém, efeitos mecânicos e psicológicos. 
Fernando Duque Barros
Exposição do Corpo Humano à vibração 
	Os conhecimentos sobre conforto, fadiga e diminuição da eficiência, são baseados em dados estatísticos coletados na prática e em condições experimentais. 
	Em função da dificuldade em realizar ensaios experimentais com seres humanos, do tempo consumido e por problemas éticos, muitos conhecimentos sobre efeitos danosos são obtidos em experimentos com animais. 
	Assim, não é sempre possível obter uma escala de resultados em experimentos com animais correlacionada com o homem, mas apenas informações aproximadas. 
	Considerando o corpo humano como um sistema mecânico, pode-se (a baixas freqüências e baixos níveis de vibração) obter aproximadamente um sistema de parâmetros.
Fernando Duque Barros
Exposição do Corpo Humano à vibração 
	Uma das mais importantes partes desse sistema diz respeito ao efeito da vibração e choque do sistema tórax-abdomen. Isso é devido a um efeito distinto de ressonância que ocorre na faixa entre 3 e 6 Hertz que produz uma maior amplitude no movimento para pessoas sentadas ou em pé.
	Outro efeito de ressonância é encontrado entre 20 e 30 Hz, que é causada pela ressonância do sistema cabeça-pescoço-ombro. 
	Também na região de 60 a 90 Hz são sentidos distúrbios pela ressonância do globo ocular. 
	O mesmo efeito é sentido no sistema crânio-maxila, que acontece entre 100 e 200 Hz. 
	Acima de 100 Hz as partes do corpo absorvem a vibração, não ocorrendo ressonâncias.
Fernando Duque Barros
Exposição do Corpo Humano à vibração 
Fernando Duque Barros
		Sintomas
		Freqüência
		Sensação geral de desconforto
		4-9
		Sintomas na cabeça
		13-20
		Maxilar
		6-8
		Influência na linguagem
		13-20
		Garganta
		12-19
		Dor no peito
		5-7
		Dor abdominal
		4-10
		Desejo de urinar
		10-18
		Aumento do tonus muscular
		13-20
		Influência nos movimentos respiratórios
		4-8
		Contrações musculares
		4-9
ISO2631
	Há, basicamente, três tipos de exposição humana à vibração:
	Vibrações transmitidas simultaneamente à superfície total do corpo e/ou a partes substanciais dele. 
	Isto acontece quando o corpo está imerso em um meio vibratório. Há circunstâncias em que isto é de interesse prático, por exemplo, quando ruídos de alta intensidade no ar ou na água excitam vibrações no corpo.
Fernando Duque Barros
ISO2631
	Vibrações transmitidas ao corpo como um todo através de superfícies de sustentação, como os pés de um homem em pé, ou as nádegas de um homem sentado, ou a área de sustentação de um homem recostado. Este tipo de vibração é comum em veículos, em construções em movimento vibratório e nas proximidades de maquinário de trabalho.
	Vibrações aplicadas a partes específicas do corpo, como cabeça e membros. Exemplos destas vibrações ocorrem por meio de cabos, pedais ou suportes de cabeça, ou por grande variedade de ferramentas e instrumentos manuais 
Fernando Duque Barros
ISO2631
	O equipamento de medida de vibração, geralmente consiste nas seguintes partes: 
	um transdutor ou “pick-up”, 
	um dispositivo amplificador (elétrico, mecânico ou óptico) e 
	um indicador de nível ou registrador. 
Fernando Duque Barros
ISO2631
	Na avaliação prática de qualquer vibração, cuja descrição física pode ser dada em termos destes fatores, três critérios humanos principais podem ser distinguidos. Sãoeles:
	a) A preservação da eficiência de trabalho (“Nível de eficiência reduzido (fadiga)”);
	b) A preservação da saúde ou segurança (“Limite de exposição”) ;
	c) A preservação do conforto (“nível de conforto reduzido”).
Fernando Duque Barros
ANEXO N.º 9 FRIO 
1. As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. 
Fernando Duque Barros
Ação do frio no corpo humano
	Conforme o frio aumenta ou o período de exposição se prolonga, a sensação de frio e dor tende a diminuir por causa da perda de sensibilidade que o frio causa. 
	Em seguida, o trabalhador sente fraqueza muscular e adormecimento. 
	Isto é chamado de hipotermia e normalmente ocorre quando a temperatura central do corpo cai abaixo de 33°C. 
	Outros sintomas de hipotermia incluem a percepção reduzida e pupilas dilatadas. Quando a temperatura do corpo atinge 27°C, o trabalhador entra em coma. 
	A atividade do coração pára ao redor de 20°C e, a cerebral, a 17°C.
	A vítima de hipotermia deve ser aquecida imediatamente, sendo removida para ambientes quentes ou por meio de cobertores.
	O reaquecimento em água a 40-42°C é recomendado em casos onde a hipotermia ocorre após o corpo ter sido imerso em água fria.
Fernando Duque Barros
Ação do frio no corpo humano
	A temperatura do ar é medida com um termômetro de bulbo seco comum em graus celsius com graduação negativa suficiente para a temperatura utilizada (preferencialmente -50°C).
	A velocidade do vento deve ser medida por meio de anemômetros, que devem medir na escala de quilômetro por hora (km/h). Os exemplos a seguir demonstram uma forma prática de verificar a velocidade do vento, sem muita precisão, quando não contamos com um anemômetro:
	8 km/h: movimenta uma bandeirola;
	16 km/h: a bandeirola fica totalmente estendida;
	24 km/h: levanta uma folha de jornal;
	32 km/h: uma ventania.
	A atividade física não é fácil de ser medida. É medida pelo calor produzido pelo corpo (taxa metabólica). Existem tabelas que mostram as taxas de metabolismo para uma infinidade de atividades. A produção do calor é medida em quilocalorias (kcal) por hora.
Fernando Duque Barros
Ação do frio no corpo humano
	O local de trabalho deve ser monitorado da seguinte forma:
	a) todo local de trabalho com temperatura ambiente inferior a 16°C deverá dispor de termômetro adequado para permitir total cumprimento dos limites estabelecidos;
	b) sempre que a temperatura do ar no local de trabalho cair abaixo de
 -1°C a temperatura deve ser medida e registrada a cada quatro horas;
	c) sempre que a velocidade do vento exceder a 2 m/s em ambientes fechados, deve ser medida e registrada a cada quatro horas;
	d) em situações de trabalho a céu aberto, a velocidade do vento deve ser medida e registrada juntamente à temperatura do ar quando esta for inferior a -1°C;
	e) em todas as situações que forem necessárias, a medição de movimentação do ar e a temperatura equivalente de resfriamento (TER) devem ser obtidas por meio da Tabela 1, e registrada com outros dados sempre que a resultante for inferior a -7°C.
Fernando Duque Barros
Fernando Duque Barros
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ANEXO N.º 10 UMIDADE 
1. As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. 
Fernando Duque Barros
	Se entende pôr umidade o conteúdo de água em uma substancia ou material. No caso da umidade do ar , a água esta misturada com o mesmo de forma homogênea no estado gasoso.  Como qualquer outra substância o ar tem um limite de absorção, este limite se denomina saturação. Abaixo do ponto de saturação (ponto de orvalho) o ar úmido não se distingue do ar seco ao simples olhar sendo absolutamente incolor e transparente.  
	A umidade absoluta é a relação entre o peso da água dissolvida no ar e o peso do ar seco. 
	A umidade relativa é a relação existente entre a umidade absoluta do ar e a umidade absoluta do mesmo ar no ponto de saturação a mesma temperatura. Se indica normalmente em (%).  
	Ponto de orvalho ( Dew Point ) é definido como o ponto em que o vapor de água presente no ar esta prestes a se condensar. 
Fernando Duque Barros
ANEXO N.º 11
AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO 
	1. Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes do Quadro n.o 1 deste Anexo. 
Fernando Duque Barros
	2. Todos os valores fixados no Quadro n.o 1 - Tabela de Limites de Tolerância são válidos para absorção apenas por via respiratória. 
	3. Todos os valores fixados no Quadro n.o 1 como "Asfixiantes Simples" determinam que nos ambientes de trabalho, em presença destas substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá ser 18 (dezoito) por cento em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente.
	4. Na coluna "VALOR TETO" estão assinalados os agentes químicos cujos limites de tolerância não podem ser ultrapassados em momento algum da jornada de trabalho. 
	5. Na coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE" estão assinalados os agentes químicos que podem ser absorvidos, por via cutânea, e portanto exigindo na sua manipulação o uso da luvas adequadas, além do EPI necessário à proteção de outras partes do corpo. 
Fernando Duque Barros
	6. A avaliação das concentrações dos agentes químicos através de métodos de amostragem instantânea, de leitura direta ou não, deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para cada ponto - ao nível respiratório do trabalhador. Entre cada uma das amostragens deverá haver um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte) minutos. 
	7. Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deverá ultrapassar os valores obtidos na equação que segue, sob pena de ser considerada situação de risco grave e iminente. 
	Valor máximo = L.T. x F. D. 
	Onde: 
L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.° 1. 
F.D. = fator de desvio, segundo definido no Quadro n.° 2. 
Fernando Duque Barros
Fernando Duque Barros
	8. O limite de tolerância será considerado excedido quando a média aritmética das concentrações ultrapassar os valores fixados no Quadro n.° 1. 
	9. Para os agentes químicos que tenham "VALOR TETO" assinalado no Quadro n.° 1 (Tabela de Limites de Tolerância) considerar-se-á excedido o limite de tolerância, quando qualquer uma das concentrações obtidas nas amostragens ultrapassar os valores fixados no mesmo quadro. 
	10. Os limites de tolerância fixados no Quadro n.° 1 são válidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas por semana, inclusive. 
	10.1 Para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e oito) horas semanais dever-se-á cumprir o disposto no art. 60 da CLT. 
Fernando Duque Barros
ANEXO N.º 12 
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS 
	ASBESTO
	12. O limite de tolerância para fibras respiráveis de asbesto crisotila é de 2,0 f/cm3. 
	12.1. Entende-se por "fibras respiráveis de asbesto" aquelas com diâmetro inferior a 3 micrômetros, comprimento maior que 5 micrômetros e relação entre comprimento e diâmetro superior a 3:1. (Alterado pela Portaria SSST n.º 22, de 26 de dezembro de 1994) 
	13. A avaliação ambiental será realizada pelo método do filtro de membrana, utilizando-se aumentos de 400 a 500x, com iluminação de contraste de fase. 
	13.1. Serão contadas as fibras respiráveis conforme subitem 12.1 independentemente de estarem ou não ligadas ou agregadas a outras partículas.

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