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Artigo_ANALISE_NUTRICIONAL_DE_DIETAS (1)

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NUTRIR GERAIS – Revista Digital de Nutrição, Ipatinga, v. 3, n. 4, p. 346-361, fev./jul. 2009. 
 
 
ANÁLISE NUTRICIONAL DE DIETAS PUBLICADAS EM REVISTAS NÃO 
CIENTÍFICAS DESTINADAS AO PÚBLICO FEMININO 
 
 
NUTRITIONAL ANALYSIS-DIETS PUBLISHED IN NON-SCIENTIFIC 
MAGAZINES FOR WOMEN 
 
 
CRISTINA QUEIROZ PACHECO 
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG 
E-mail: cristinanutricionista@gmail.com 
 
MARA APARECIDA MAGALHÃES DE OLIVEIRA 
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG 
E-mail: mara.magalhaes@uol.com.br 
 
ADRIANA PEREIRA MEDINA STRACIERI 
Docente do curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-
MG 
E-mail: adrianamedina@oi.com.br 
 
 
RESUMO 
O objetivo deste trabalho foi realizar análise quantitativa das dietas propostas por revistas não 
científicas, destinadas ao público feminino. Analisou-se 30 revistas adquiridas na cidade de 
Ipatinga-MG, em maio e junho de 2008. O software AVANUTRI® versão 3.1.1. foi utilizado 
para a análise nutricional, sendo considerado para carboidratos, lipídeos e fibras, os valores 
propostos pelas IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Para 
as proteínas, foram considerados os valores propostos por Fausto e para os micronutrientes, 
consideraram-se as Dietary Reference Intakes (DRIs). Observou-se que 46,70% das dietas 
apresentavam valores calóricos inferiores a 1200 Kcal/dia e 53,30%, iguais ou superiores. 
Quanto às proteínas, 93% eram hiperprotéicas e para os carboidratos, 53% adequadas. Na 
análise dos lipídeos, 50% apresentavam-se hipolipídicas e, 77% dietas possuíam valores 
adequados para o colesterol. Para gorduras saturadas, 57% dietas apresentaram valores 
inferiores a 7% do valor calórico total (VCT), para gorduras monoinsaturadas, 93% dietas, 
apresentaram valores menores que 20% do VCT. A gordura poliinsaturada revelou valores 
inferiores a 10% do VCT em 100% dietas. Para as fibras, 97% das dietas estavam 
inadequadas. Na análise do cálcio, ferro, vitamina C e sódio, 90%, 47%, 20% e 97%, foram 
consideradas inadequadas, respectivamente. 
 
Palavras-chave: dietas, revistas não científicas, análise nutricional. 
 
 
ABSTRACT 
The aim of this article was to do a quantitative analysis of diets proposed by non-scientific 
magazines for women. An analysis of 30 magazines purchased in Ipatinga in May and June 
(2008) was developed. For analysis, software AVANUTRI®, version 3.1.1. was used. For the 
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carbohydrates, lipids and fibers, the values of IV Brazilian Guidelines on Dyslipidemia and 
Prevention of Arteriosclerosis were considered. For the proteins, the values of Fausto were 
considered and for micronutrients the Dietary Reference Intakes (DRI’s) were considered. 
The 46, 70% diets were lower than 1200 kcal/day and 53, 30% were the same or higher. 
About the proteins, 93 % were high-protein and for the carbohydrates 53% were appropriate. 
And the lipids analysis, 50 % diets were low-lipid and 77% the diets showed adequates values 
of cholesterol. The saturated fats, 57 % the diets were lowers than 7% of the total calorie 
value (VCT), for the monounsaturated fats, 93% the diets showed lowers values than 20 % of 
the VCT. The polyunsaturated fat, showed lowers values than 10% of VCT in 100% of the 
diets. For the fibers, 97% the diets were unproper. About calcium, iron, vitamin C and 
sodium, 90%, 47%, 20% and 97% respectively, were considered unproper. 
 
Key words: diets, non-scientific magazines, nutritional analysis. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A nutrição é considerada um aspecto importante na vida do indivíduo, pois bons 
hábitos alimentares com quantidades ideais na ingestão de alimentos podem significar corpo e 
mente saudáveis (LOBO et al., 2005). Neste contexto, a dieta é considerada uma grande 
aliada para a prevenção e controle de várias doenças (QUEIRÓS et al., 2007). 
A composição química dos alimentos fornece dados sobre a relação entre alimentos e 
saúde. Fontes de calorias e nutrientes são dados de vital importância, que podem ser utilizados 
para recomendações nutricionais e também por políticas de saúde públicas e epidemiológicas 
(SCAGLIUSI; JÚNIOR, 2003). 
Segundo Souza (2005), percebe-se atualmente uma preocupação incessante com a 
saúde da população. Reportagens sobre alimentação vêm sendo veiculadas pela mídia 
impressa enfatizando a saúde como, por exemplo, os cuidados na prevenção e tratamento das 
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), sem, no entanto, desconsiderar a beleza do 
corpo. 
A disponibilidade de dietas da moda citadas nas revistas não científicas visando o 
emagrecimento rápido é cada vez maior e a adesão a estas é grande a princípio. No entanto 
estas dietas tornam-se falíveis, pois não levam em consideração o cotidiano das pessoas e 
tampouco seus hábitos alimentares (MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005). 
As revistas femininas são escritas para mulheres de várias classes sociais, 
independente de situação conjugal, profissional, mães ou não e algumas outras categorias. 
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Considerando a construção da mulher enquanto leitora, alguns textos dirigidos a este público 
tratam de beleza, culinária e alguns romances (RAMOS; KLEIN, 2005). 
A importância dos cuidados com o corpo, relacionados à busca pela saúde, são 
abordadas de forma insistente pelas revistas femininas conotando o tempo todo entre a saúde 
e a estética, sugerindo que, para ser saudável, é necessário estar em forma (PIRES; MÓL, 
2006). 
Desta forma, a mídia pode inclusive, contribuir elevando a incidência de doenças 
como os transtornos alimentares (SOUTO; FERRO-BUCHER, 2006; SAIKALI et al., 2004). 
É importante observar, conforme Brasil (2008), que para um plano alimentar saudável, 
deve se considerar o suprimento das necessidades de cada nutriente de acordo com as Dietary 
Reference Intakes (DRIs). As DRIs podem ser usadas para planejar dietas, definir rotulagem e 
planejar programas de orientação nutricional (COZZOLINO; COLI, 2001). 
A Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) defende que a ingestão de 
energia e nutrientes, deve atender as necessidades fisiológicas de quase todos os indivíduos de 
uma população sadia e as causas para desencadear a desnutrição crônica ou a obesidade ou as 
duas simultaneamente, podem estar relacionadas com a carência ou o excesso de qualquer um 
dos macronutrientes (FELTRIN et al., 2003). Assim, o objetivo deste trabalho, foi realizar 
análise nutricional de forma quantitativa, das dietas publicadas em revistas brasileiras não 
científicas dirigidas ao público feminino. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Para realização do trabalho foram analisadas 30 revistas pertencentes a duas editoras e 
publicadas entre os meses maio e junho de 2008. Foram adquiridas as revistas que estavam 
disponíveis nas bancas de revistas no município de Ipatinga, MG. O critério de exclusão foi a 
ausência de cardápio nas dietas sugeridas. Foram incluídas as revistas que possuíam preço de 
até R$ 2,99 (dois reais e noventa e nove centavos). 
A análise quantitativa das dietas foi realizada por meio do software AVANUTRI® 
versão 3.1.1. considerando-se, para cada dieta, a média dos cardápios sugeridos pelas revistas. 
Os seguintes nutrientes foram analisados: calorias, carboidratos, proteínas, lipídeos,fibras, 
cálcio, ferro, vitamina C e sódio sendo a média realizada pelo programa Microsoft Office 
Excel versão 2007. Os alimentos mais comuns citados nas revistas foram mensurados através 
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de uma tabela de registro de alimentos. A partir desta tabela, obteve-se a frequência dos 
principais alimentos sugeridos nos cardápios. 
Conforme Lima et al. (2006) e o Consenso Latino Americano de Obesidade (1998), 
dietas com valor calórico menor que 1200 kcal, não suprem as necessidades mínimas, 
principalmente de ferro e cálcio. Portanto, para fins de discussão, nesta pesquisa, foram 
considerados os valores calóricos inferiores a 1200 kcal/dia e valores iguais ou superiores a 
1200 kcal/dia. 
A avaliação de carboidratos, lipídeos e fibras foi realizada de acordo com os valores 
propostos pela IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2007). Para os carboidratos, foram 
considerados valores menores que 50% como insuficientes, de 50% a 60% adequados e 
maiores que 60% excessivos. Os lipídios foram considerados inferiores aos recomendados 
quando os valores se apresentavam menores que 25%, adequados quando estavam entre 25% 
e 35% e excessivos quando estavam superiores a 35%. Já para as fibras, considerou-se 
adequado os valores de 25 a 30gr. As proteínas foram analisadas conforme os valores 
propostos por Fausto (2003) sendo que valores menores que 10% foram considerados 
insuficientes, valores entre 10% e 15% adequados e, aqueles maiores que 15%, excessivos. 
Considerando que a osteoporose é uma doença importante, pois traz graves danos à 
saúde e a população feminina é mais propensa a esta patologia devido à menopausa, pela 
diminuição de estrógenos (LANZILLOTTI et al., 2003), o estudo sobre a disponibilidade de 
cálcio em dietas torna-se importante. De acordo com Umbelino e Rossi (2006), é preciso 
considerar que algumas mulheres podem desenvolver anemia, devido algumas delas, terem 
um ciclo menstrual irregular, e considerando a biodisponibilidade deste mineral e sua 
interação com a vitamina C, que auxilia na absorção do ferro, optou-se por estudar estes 
micronutrientes. No caso do sódio, é importante destacá-lo, uma vez que, de acordo com 
Teodósio et al. (2004), as mulheres são propensas a desenvolverem a síndrome 
plurimetabólica, e desta forma, o agravamento da saúde, já que o excesso de peso é um dos 
fatores de risco para o desenvolvimento desta patologia. 
Para avaliação dos micronutrientes, os valores encontrados foram comparados com a 
Dietary Reference Intakes (DRIs), utilizando-se inicialmente, a Recommended Dietary 
Allowances (RDA) considerando a faixa etária entre 19 e 50 anos e o sexo feminino. A RDA 
é considerada, de acordo com Chaud e Marchioni (2004), como o nível de ingestão diária que 
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visa atender às necessidades de um dado nutriente para 97% a 98% dos indivíduos saudáveis 
do mesmo sexo, estágio de vida e gênero. Segundo Moreira et al. (2008), a RDA é indicada 
para o planejamento de dieta individual, e estabelecida para servir de meta de ingestão diária 
do nutriente para indivíduos. Anderson et al. (1988) salientam que a RDA, é expressa em 
nutrientes e não em alimentos específicos e que deve ser fornecida por uma ampla seleção de 
alimentos. Quando não se obteve valores da RDA, utilizou-se a Adequate Intake (AI) que é a 
estimativa da ingestão de nutrientes para grupo de pessoas sadias e que a priori se 
consideraria adequado (PADOVANI et al., 2006). 
Como cuidado ético, os nomes das revistas analisadas, bem como das editoras, foram 
omitidos nesta pesquisa. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os alimentos com maior frequência nos cardápios propostos foram tomate, arroz 
branco, alface e feijão, citados 35, 33, 30 e 27 vezes, respectivamente. De acordo com 
Sichieri et al. (2003), uma Pesquisa sobre Padrões de Vida (PPV) da Fundação Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada entre março de 1996 e março de 1997, 
nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil, constatou que os alimentos mais consumidos por 
esta população são o arroz, feijão, vegetais folhosos e frutas. A dieta do arroz com feijão é 
tradicional na população brasileira e vários fatores tais como, o tamanho do domicílio, 
variáveis sócio-econômicas, estado civil e raça interferem nos padrões de consumo destes 
alimentos. 
Metri et al. (2003) observaram que o arroz e o feijão representam os principais 
produtos da cesta básica. Santos et al. (2005) ressaltam a importância do consumo do feijão 
juntamente com o arroz, pois estes fornecem aminoácidos que se complementam, como lisina, 
treonina, metionina e triptofano. Fantini et al. (2008) sugerem que os peptídeos liberados 
durante a digestão no estômago podem aumentar a solubilidade de ferro não heme 
melhorando sua absorção. Essas propriedades são atribuídas aos aminoácidos, principalmente 
a cisteína encontrada no arroz branco cozido. 
O valor calórico médio das dietas prescritas foi de 1.328,93 kcal±710,17 kcal. Dentre 
as dietas, 14 encontraram-se com valores calóricos abaixo de 1200 Kcal/dia e 16, com valores 
iguais ou superiores a 1200 kcal/dia. Lima et al. (2006) analisando a elaboração de cardápios 
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de baixo valor calórico, defende que dietas com valor calórico inferior a 1200 kcal são 
insuficientes para atender as necessidades mínimas, principalmente de alguns micronutrientes. 
De acordo com o Consenso Latino Americano de Obesidade (1998), dietas com 
valores energéticos baixos ou muito baixos, são prescritas somente em casos especiais, como 
antes de cirurgias e, com o devido acompanhamento profissional. O consenso ressalta que, 
uma dieta deve ser sempre individual e programada para originar um déficit de 500 a 1000 
kcal/dia, com o objetivo de reduzir o peso em 2 a 4 kg por mês, no caso de pacientes obesos. 
Para uma ingestão energética equilibrada, deve-se levar em consideração a taxa de 
metabolismo basal (TMB), e como estas dietas não são calculadas individualmente, pode-se 
considerá-las inadequadas, uma vez que estas podem não atender às necessidades energéticas 
do indivíduo, podendo gerar riscos à saúde de quem as pratica. 
Observou-se que as revistas sugeriam algumas frequências para obtenção de perda de 
peso (Tabela 1). Entretanto nota-se que curtos períodos são insuficientes para uma perda de 
peso saudável, podendo gerar riscos à saúde humana. Klack e Carvalho (2008) verificaram 
que perda de peso por dietas muito restritivas são inadequadas do ponto de vista científico, 
por promoverem menor perda de tecido adiposo e maior perda de águas e eletrólitos. A 
intervenção que considera perda de peso em curto período de tempo é considerada inadequada 
e insuficiente, pois pode não atingir o sucesso na manutenção do peso. Somente a perda de 
peso lenta e gradual, baseada em reeducação alimentar, pode reduzir a gordura corporal e 
mínima perda de massa magra, levando ao sucesso do tratamento. 
 
 
Tabela 1 - Período para perda de peso sugeridos em dietas de revistas não cientificas. 
7 dias 15 dias 30 dias Acima 30 dias Sem período 
n % n % n % n % N % 
6 20 2 7 11 37 2 7 9 30 
 Fonte: Dados da pesquisa. 
 
Considerandoa composição de macronutrientes dos cardápios, as dietas apresentaram 
inadequação quanto à distribuição de proteínas, carboidratos, lipídeos e fibras (Tabela 2). 
Apesar de a maioria das dietas terem os valores de carboidratos dentro das 
recomendações, observou-se um número considerável de dietas com valores de adequação 
inferiores aos recomendados. 
 
 
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Tabela 2 - Análise dos macronutrientes em dietas de revistas não científicas. 
Adequado Insuficiente Excessivo Macronutrientes 
n % n % n % 
Carboidratos (50 – 60%)* 16 53 10 34 04 13 
Proteína (10 – 15%)** 02 7 0 - 28 93 
Lipídeos (25 - 35%)* 
Fibras (25 – 30gr)* 
11 
01 
37 
03 
15 
29 
50 
97 
04 
0 
13 
0 
Fontes: *IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2007). 
**FAUSTO (2003) 
 
Lima et al. (2006) afirmam que os carboidratos são considerados os principais 
fornecedores de energia para o organismo. Deve-se observar a seleção do tipo de carboidrato, 
pois pesquisas revelam que o consumo de carboidratos complexos possui efeito benéfico para 
a redução do peso. Fiore et al. (2007), ao estudar o perfil de indivíduos com diferentes níveis 
de sobrepeso, observaram uma redução de peso significativa em indivíduos que receberam 
dietas com maior volume de carboidratos complexos, quando comparado com indivíduos que 
receberam dietas com energia derivada de carboidratos simples. 
De acordo com Bressan et al. (2007), o carboidrato possui efeito sacietógeno maior do 
que os lipídeos, ou seja, alimentos com maior índice glicêmico (IG) têm mais efeito na 
saciedade do que os de baixo IG, devido a maiores concentrações de glicose. 
Em relação às proteínas, notou-se que a maioria são hiperprotéicas e apenas duas 
dietas mostraram ser adequadas. Este dado é preocupante, pois as proteínas são nutrientes 
indispensáveis para a manutenção dos tecidos e para o metabolismo. No entanto, o excesso 
deste nutriente pode causar várias patologias tais como aterosclerose, câncer, doenças renais e 
osteoporose. Com relação ainda ao consumo excessivo de proteínas, este acarreta também o 
aumento do consumo de gorduras saturadas e de colesterol já que dietas hiperprotéicas 
geralmente são provenientes do consumo alimentar de gordura animal como, por exemplo, 
carnes vermelhas (CORREIA; TOULSON, 2003). A elevada ingestão de proteínas de origem 
animal contribui para a hipercalciúria, pois ocasiona maior reabsorção óssea e menor 
reabsorção tubular renal de cálcio. Pode também ocorrer, devido ao aumento da taxa de 
filtração glomerular e da sobrecarga ácida proveniente do metabolismo de aminoácidos 
sulfurados, metionina e cistina que se encontram presentes em maior quantidade nas proteínas 
de origem animal (CARVALHO, 2003). 
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Os lipídeos também mostraram grande variação, sendo que a maioria das dietas 
apresentou-se hipolipídica. O excesso de gorduras, segundo Fiore et al. (2007), é um fator de 
risco para o desenvolvimento de dislipidemias e doenças cardíacas. No entanto, segundo 
Peluzio e Leite (2003), dietas hipolipídicas são preocupantes, uma vez que podem influenciar 
na absorção das vitaminas lipossolúveis. 
Nota-se que em relação às fibras, os resultados demonstraram que a maioria estava 
inadequada e apenas uma dieta encontrava-se adequada. Steemburgo et al. (2007) afirmam 
que o consumo de alimentos ricos em fibras está associado com uma redução de risco 
cardiovascular. As fibras atuam também na redução dos níveis glicêmicos e lipídicos 
associados à diminuição de hiperinsulinemia. Quanto às fibras solúveis, estas podem ter um 
efeito moderado na redução da pressão arterial. O alto consumo de fibras acarreta menores 
riscos para o desenvolvimento da obesidade (FIORE et al., 2007). Os alimentos ricos em 
fibras são aliados nas dietas de redução de peso, uma vez que podem reduzir a ingestão 
energética, pois requerem maior mastigação levando mais tempo para ser consumido o que 
parece aumentar a saciedade (PEDROSO, 2003). 
Considerando ainda os lipídeos, observam-se variações nos valores de colesterol e nos 
ácidos graxos saturados, monoinsaturados e poliinsaturados (Tabela 3) nas dietas estudadas. 
 
Tabela 3 - Análise dos lipídeos em dietas de revistas não científicas. 
 Adequado Excessivo Nutriente 
 N % n % 
Colesterol (≤200mg) 23 77 07 23 
Saturados (<7%) 17 57 12 43 
Monoinsaturado (< 20%) 28 93 02 7 
Poliinsaturado (< 10%) 30 100 0 0 
Fontes: IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2007). 
 
Nota-se que a maioria dos resultados de colesterol encontra-se com valores dentro do 
recomendado, pois apresentam níveis menores que 200mg/dia. Entretanto, um número 
considerável de dietas estava com valores superiores ao recomendado. O colesterol está 
envolvido na síntese de vitamina D, hormônios esteróides, metabolismo de ácidos biliares e a 
ingestão adequada favorecem a homeostase (FRANCO; MANFROI, 2005). O excesso de 
colesterol por sua vez, é nocivo à saúde, pois pode levar ao desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares (PELUZIO; LEITE, 2003). 
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Com relação às gorduras saturadas, a maioria das dietas apresentou valores inferiores a 
7% do Valor Calórico Total (VCT), entretanto um número significativo da amostra 
apresentou valores superiores ao recomendado. A gordura saturada eleva o colesterol no 
plasma, por induzir a diminuição dos receptores hepáticos de lipoproteína de baixa densidade 
(LDL), portanto o alto consumo alimentar pode levar ao risco de desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares (LOTTENBERG, 2008). 
Quanto às gorduras monoinsaturadas, percebe-se que a maioria apresentou valores 
inferiores a 20% do VCT e as gorduras poliinsaturadas, todas as dietas apresentaram valores 
inferiores a 10% do VCT. A gordura monoinsaturada como, por exemplo, a do azeite de 
oliva, pode ser benéfica para a memória por conter antioxidantes e compostos fenólicos, 
prevenindo também doenças cardiovasculares. Os ácidos graxos poliinsaturados são aliados 
na prevenção de doenças cardiovasculares, tendo uma ação na redução da gordura pós 
prandial. O ácido graxo ômega 3 tem efeito favorável na redução dos triglicerídeos 
plasmáticos (FILISETTI et al., 2003). 
Quanto aos micronutrientes (Tabela 4), percebe-se que em relação ao mineral cálcio, 
valores preocupantes, uma vez que a maioria apresentou valores inferiores aos estabelecidos 
pelas DRIs. 
 
Tabela 4 - Análise dos Micronutrientes em dietas de revistas não científicas. 
Micronutrientes Adequado Insuficiente 
 n % n % 
Cálcio (1000mg) * 03 10 27 90 
Ferro (18mg) ** 16 53 14 47 
Vitamina C (75mg)*** 24 80 06 20 
Sódio (2400mg) **** 01 3 29 97 
 Fontes: * AI (1997); ** RDA (2001); *** RDA (2000); **** AI (2004) 
 
Os minerais são elementos inorgânicos amplamente distribuídos na natureza e que 
possuem funções metabólicas que abrangem ativação, controle, transporte e regulação 
(LOBO; TRAMONTE, 2004). As funções do cálcio, segundo Teixeira Neto (2003), estão 
diretamente relacionadas com a formação de ossos e dentes, participando também do 
crescimento. Freitas e Carvalho (2006) observam que existe associação entre privação 
alimentar e que a perda ósseaque ocorre em pacientes de baixo peso, está ligada à 
deterioração do colágeno formador da matriz orgânica dos ossos. Podem também ocorrer 
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alterações menstruais, devido aos distúrbios hormonais, verificados em indivíduos com baixa 
ingestão alimentar. Além disto, pode estar também presente a osteoporose, que é representada 
por um distúrbio osteometabólico, caracterizado por diminuição da densidade mineral óssea 
(DMO), com deterioração da microestrutura óssea, levando a fragilidade esquelética e ao 
risco de fraturas. 
Para o mineral ferro, 14 dietas estavam menores que o recomendado e 16 estavam com 
valores dentro o recomendado. Segundo Netto et al. (2007), a deficiência de ferro tem se 
apresentado como problema nutricional frequente com incidência em vários países 
independente da classe social, econômica ou faixa etária. Pode-se dizer que este está 
envolvido com o processo de respiração celular, pois é requerido para o transporte de 
oxigênio e dióxido de carbono. Considerando o percentual de absorção do ferro, a sua 
biodisponibilidade e perdas de cerca de 0,5mg/dia devido ao fluxo menstrual, Umbelino e 
Rossi (2006) relatam que é preciso uma ingestão diária de 18mg deste mineral. Desta forma, 
uma ingestão de ferro adequada, é importante em todas as faixas etárias e sexo, e 
principalmente, nas mulheres durante o período da vida reprodutiva. 
Considerando a análise da vitamina C, a maioria apresentou resultados dentro dos 
recomendados. A vitamina C (ácido ascórbico) é um nutriente solúvel em água e de suma 
importância para o organismo humano, pois atua na prevenção contra os efeitos prejudiciais 
dos oxidantes (QUEIROZ et al., 2008). Exerce também, conforme Mahan e Escott-Stump 
(2005), funções metabólicas, como co-fator enzimático, e por atuar na promoção da atividade 
imunológica. Além disto, Fantini et al. (2008) defendem que a ingestão de vitamina C nas 
refeições, ajuda a aumentar a absorção do ferro da dieta. 
Observa-se que para o sódio, quase todas as amostras apresentaram valores inferiores 
ao recomendado. No entanto, a ingestão das quantidades reais de sal irá depender da forma de 
preparo e do sal de adição utilizado pela pessoa que irá seguir a dieta, podendo ser os 
resultados de sódio superiores, já que não é indicada nas dietas a quantidade de sal que deve 
ser ingerido. Porém, dentre as funções principais do sódio, está a regulação do volume 
plasmático, atuando na condução dos impulsos elétricos e na contração muscular (PEDROSO, 
2003), assim é importante observar as quantidades ideais da ingestão deste mineral afim de 
que se possa evitar possíveis complicações associadas pelo excesso ou carência deste 
nutriente. 
 
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CONCLUSÃO 
 
As inadequações de micro e macronutrientes observadas em algumas das dietas de 
revistas publicadas em revistas não científicas, analisadas neste trabalho, reforçam a idéia de 
que esta prática compromete o estado nutricional do indivíduo. 
 Observa-se também que estas dietas não levam em consideração as necessidades 
nutricionais individuais e por isto podem representar risco às pessoas que se dispõem a segui-
las, especialmente em grupos nutricionalmente vulneráveis, como gestantes, nutrizes, crianças 
e adolescentes e em pacientes com fatores de risco para o desenvolvimento de Transtornos 
Alimentares. 
É importante salientar que ações de educação alimentar e nutricional devem ser 
realizadas com a população geral, no sentido de esclarecer sobre os riscos associados à prática 
de dietas sem a devida assistência de um profissional nutricionista. 
 
AGRADECIMENTO 
Agradecemos à professora Pollyanna Costa Cardoso pela preciosa colaboração no 
desenvolvimento da pesquisa. 
 
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Recebido em: 11/11/2008 
Revisado em: 17/04/2009 
Aprovado em: 08/06/2009

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