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MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL Programa de Pós-Graduação EAD UNIASSELVI-PÓS Autoria: Elaine Watanabe CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090 Reitor: Prof. Hermínio Kloch Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol Coordenador da Pós-Graduação EAD: Prof. Ivan Tesck Equipe Multidisciplinar da Pós-Graduação EAD: Carlos Fabiano Fistarol Ilana Gunilda Gerber Cavichioli Cristiane Lisandra Danna Norberto Siegel Camila Roczanski Julia dos Santos Ariana Monique Dalri Bárbara Pricila Franz Marcelo Bucci Revisão de Conteúdo: Graciele Alice Carvalho Adriano Revisão Gramatical: Equipe Produção de Materiais Diagramação e Capa: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Copyright © UNIASSELVI 2018 Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. W324m Watanabe, Elaine Métodos avaliativos em estética facial e corporal. / Elaine Watanabe – Indaial: UNIASSELVI, 2018. 140 p.; il. ISBN 978-85-53158-11-9 1.Métodos avaliativos – Brasil. 2. Estética facial – Brasil. 3. Estética corporal – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. CDD 646.72 Elaine Watanabe Possui Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética – Univali e Pós-graduação em Estética Facial e Corporal com habilitação para o Magistério Superior – Univali. Atua como Professora do Curso de Bacharel em Estética – Univali, lecionando a disciplina Técnicas de Massagem e Estágio Supervisionado em Estética Corporal. Lecionou no curso de Tecnologia em Cosmetologia e Estética, nas disciplinas: Biossegurança, Cosmética e Estética dos Anexos Cutâneos, Estética Corporal, Prática Profissional Supervisionada em Estética Corporal e Orientadora de Trabalhos de Iniciação Científica. Também atua de forma autônoma como Esteticista e Shiatsuterapeuta. Sumário APRESENTAÇÃO ....................................................................07 CAPÍTULO 1 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal.................................................................09 CAPÍTULO 2 Ficha de Anamnese Corporal ...............................................51 CAPÍTULO 3 Ficha de Anamnese Facial .....................................................95 APRESENTAÇÃO Na disciplina “Métodos Avaliativos em Estética Facial e Corporal” são tratados assuntos gerais que fazem parte da rotina de uma avaliação estética e que não devem ser ignorados por constituírem meios de garantir uma boa avaliação. No capítulo 1, abordamos a importância da prévia avaliação e do primeiro contato do profissional com o seu paciente, a problemática de transtornos emocionais e psicológicos na satisfação pessoal, com as expectativas geradas e sua interferência nos resultados dos tratamentos, o que podemos detectar com uma avaliação visual, e os dados que podemos obter com o auxílio de equipamentos como analisadores de pele, adipômetros, fitas antropométricas e balança, bem como o seu correto uso. Iniciamos o Capítulo 2 lembrando da importância da postura profissional no momento da avaliação, a abordagem adequada do cliente/paciente antes da realização de procedimentos estéticos e ingressamos na construção da ficha de anamnese em estética corporal, dividindo-a em seções de acordo com a necessidade e os tipos de disfunções estéticas, iniciando pelas informações gerais, partindo para a queixa e, a partir daí, conectando as informações pertinentes à queixa com as informações relevantes para a seleção de recursos para o seu tratamento, como a avaliação visual e antropométrica, focada nas queixas que podem ser lipodistrofia localizada, estrias, flacidez e fibro edema geloide, descrevendo cada uma delas em caráter avaliativo, suas classificações em graus de evolução ou gravidade, bem como outras formas de classificação, o que é fundamental para a correta seleção de produtos e equipamentos a serem utilizados, bem como para garantir que os resultados posteriormente analisados sejam fidedignos. Também lembramos que é imprescindível o registro de contraindicações na ficha de anamnese, garantindo um tratamento estético seguro. No Capítulo 3, seguindo as mesmas bases do Capítulo 2, construímos por etapas a ficha de anamnese, agora em Estética Facial. Iniciando pela sua base que é composta pelas informações gerais, partindo para a exploração de dados voltados principalmente à pele facial, que é o foco das queixas, sendo as mais frequentes: a acne, as discromias e os sinais do envelhecimento cutâneo que são abordados de forma a compreender como avaliá-los ou classificá-los, com base nas características e tipos de pele que influenciarão na técnica estética a ser selecionada. Também são abordadas algumas alterações que não estão ao alcance do tratamento realizado por esteticistas, mas que devem ser, sempre que possível, identificados para o encaminhamento médico, preservando assim, a saúde do cliente/paciente. Bons estudos! CAPÍTULO 1 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: � Conhecer os motivos pelos quais deve ser realizada uma avaliação antes de se iniciar um tratamento estético. � Expressar e registrar informações importantes para uma boa avaliação. � Identificar métodos existentes para complementar, padronizar, controlar e registrar os resultados na avaliação corporal e facial. � Avaliar o paciente/cliente de forma adequada. � Utilizar os recursos disponíveis para aprimorar o controle e a definição dos tratamentos estéticos utilizados. 10 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL 11 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 Contextualização O trabalho na área da estética vai muito além de aplicar produtos, fazer massagens ou utilizar recursos eletroterápicos. A relação entre o profissional e seu paciente deve ser baseada na confiança, que é adquirida com diálogo e muito esclarecimento. A avaliação estética, seja na área corporal ou facial, e a ficha de anamnese são ferramentas muito importantes para garantir que os procedimentos sejam realizados de forma segura, com um correto direcionamento, garantindo um melhor acompanhamento da evolução do tratamento estético. A anamnese, que consiste na entrevista feita pelo profissional quando da realização da consulta, é muito importante como uma etapa do exame clínico. A partir de um questionário, por exemplo, o profissional obtém e registra informações importantes sobre a história atual e pregressa do paciente, as quais podem ser consultadas a qualquer momento do tratamento. Além disso, as informações registradas neste questionário devem ser feitas com o consentimento por parte do paciente e do profissional que realizou a avaliação. No entanto, não é raro que profissionais da área estética tratem a ficha de anamnese com certo descaso. Existem aqueles que não preenchem a ficha antes de iniciar os procedimentos e há os que sequer a utilizam, deixando aberturas para questionamentos em relação aos resultados obtidos e quanto à aplicação adequada dos procedimentos estéticos. É recomendado elaborar fichas diferentes para cada setor da estética, uma vez que cada área possui necessidades diferentes. Desse modo, cada avaliação torna-se mais específica para cada área. Criar e instituir uma ficha generalizada para atender todas as áreas da estética implicaria em uma ficha demasiadamente extensa, de preenchimento trabalhoso e de consulta complexa. Um cliente que procura um tratamento estético corporal nem sempre realizará um tratamento facial ou vice-versa. Dessa forma, medidas antropométricas, por exemplo, seriam informações presentes na ficha de anamnese corporal, e melasmas, na fichade anamnese facial, ou seja, cada ficha recebe as informações que são pertinentes à sua área, enriquecendo-a da melhor forma possível. Assim como para se construir uma casa é necessário fazer um projeto e para abrir um comércio, um bom plano de negócios, para se iniciar um bom tratamento estético é necessária a ficha de anamnese, pois é ela que norteará todo o plano de tratamento. 12 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL A Importância da Pré-Avaliação Na área da estética, é preciso refletir sobre a necessidade e a importância de cada procedimento, material, processo ou produto utilizado, pois é dessa forma que se pode alcançar um patamar de qualidade superior de atendimento, seja em termos de eficácia ou na segurança com que o procedimento é realizado. Portanto, este capítulo buscará a reflexão sobre a importância de uma pré- avaliação e o preenchimento correto de uma ficha de anamnese na estética facial e corporal. A seguir, serão relacionadas as situações em que uma boa avaliação faz a diferença na relação entre o profissional e seu cliente. A avaliação e o preenchimento da ficha de anamnese são o contato inicial, em que o profissional conhecerá seu paciente/cliente e o paciente/cliente conhecerá o profissional. Nesse momento, não se deve ter pressa, para que o máximo de detalhes possa ser coletado, com um diálogo totalmente focado no tratamento a ser realizado. O ideal é que seja marcado um horário exclusivo para a avaliação. Quanto mais claro o profissional for ao passar as informações para o seu paciente, mais seguro este se sentirá. Esse contato inicial é essencial para estabelecer uma boa relação entre profissional e o cliente, devendo este ser realizado em ambiente confortável para trocar informações de valor, que serão as chaves para adequação do paciente ao procedimento e direcionará o profissional, que deverá pedir ao paciente que aponte características mais específicas, daquelas que realmente mais o incomodem, pois é comum que este responda com certa subjetividade ao ser questionado sobre aquilo que quer melhorar (ALAM et al., 2010). Existem situações frequentes em que o paciente reponde subjetivamente frente aos questionamentos do profissional, por exemplo, “estou cheia de celulites!”, ou “quero emagrecer!”. Neste momento, o bom profissional deverá estar ciente das suas possibilidades para conseguir guiar o paciente para o tratamento possível de ser realizado de acordo com as suas maiores queixas e esclarecer quais as melhoras que poderá obter. Esse é o momento no qual o profissional poderá explicar sobre as possibilidades de tratamentos, pois o paciente, principalmente aquele que não está habituado aos tratamentos estéticos, poderá vir com muitas expectativas sobre o que será feito e seus resultados. Outro ponto a ser observado é a necessidade de que o profissional se mantenha neutro no momento da avaliação e não faça simplesmente um pré- julgamento na primeira observação visual. É preciso, acima de tudo, saber ouvir e depois saber orientar. O que pode parecer uma falha estética para o profissional, pode ser algo que não representa problema para o paciente. Se o profissional quiser sugerir uma área a ser tratada não mencionada pelo paciente, deve ter cuidado para não o ofender nem diminuir sua autoestima. Um ponto-chave para 13 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 o bom entendimento e a obtenção de grandes resultados em procedimentos estéticos é a franca discussão dos resultados esperados e das possíveis complicações. Expectativas irracionais do paciente e promessas descabidas por parte do profissional podem levar à insatisfação do paciente, sem contar os possíveis processos contra aquele (BEYNET et al., 2010). Através da prévia avaliação será possível saber se o paciente possui restrições, contraindicações relativas ou absolutas para determinado procedimento ou produto. Existem procedimentos estéticos que podem colocar em risco a integridade do paciente e este é o momento de sabê-los, portanto, assume-se um risco quando não se faz uma prévia avaliação ou se deixa para fazê-la após a realização do procedimento. É imprescindível que o paciente assine ao final da ficha de anamnese o seu consentimento para a realização do tratamento estético e a confirmação da veracidade das informações por ele repassadas. Pacientes com problemas graves de saúde não podem realizar procedimentos estéticos, salvo com autorização ou recomendação médica. Se ele omitir esta informação, que deve ser questionada pelo profissional, assumirá todos os riscos, por isso, se houver omissão de informação relevante por parte do paciente, a ficha de anamnese será um respaldo para o profissional. Transtorno Dismórfico Corporal Em uma sociedade com padrões de beleza e modelos de felicidade determinados pela estética, existem casos de pessoas que possuem uma visão distorcida de si. A insatisfação com a imagem corporal pode ser percebida na sociedade atual, dado o aumento de uma busca patológica por atividades e procedimentos que visam moldar o corpo conforme padrões sociais preestabelecidos, com foco no tão idealizado corpo perfeito. Uma restrição alimentar doentia, consequência dos transtornos alimentares, em paralelo com uma busca frenética por atividade física, é um dos fatores que compromete o bem-estar biopsicossocial (MORGADO et al., 2009). Artistas e modelos famosas, seja em propagandas de televisão ou em revistas especializadas, veiculam, além de suas imagens impactantes, o incentivo à adoção de práticas alimentares restritivas, associando suas imagens ao resultado de determinadas dietas e ao uso indiscriminado de produtos para emagrecimento. Além disso, referem-se abertamente que, para alcançar o corpo perfeito, muitas vezes, utilizam de práticas de controle de peso, como: dietas restritas, exercícios físicos extenuantes, cirurgias plásticas e até jejum. Esses padrões permeiam o imaginário popular, influenciando as práticas alimentares de controle de peso adotadas (SOUTO; FERRO-BUCHER, 2006, p. 701). 14 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL O Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), que anteriormente era denominado como dismorfobia ou dismorfofobia, causa no indivíduo uma preocupação com um ou mais defeitos percebidos em sua aparência física. Tais defeitos podem ser imperceptíveis ou leves para outras pessoas. O foco da preocupação pode ser com características inestéticas como acne, cicatrizes, rugas, pelos, cabelos, tipo de nariz, assimetria em áreas corporais. São preocupações indesejadas e de difícil controle, e ocorrem, em média, de três a oito horas por dia. Isso faz com que a pessoa tente camuflar de forma excessiva as características indesejadas, fazendo uso de maquiagens, tocando repetidamente o local para verificá-la, buscando procedimentos estéticos ou ainda comprando diversos produtos de beleza (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014 apud MOTA, 2016). Conrado (2009) destaca a importância do treinamento dos profissionais para a investigação sistemática, diagnóstico e encaminhamento para tratamento psiquiátrico dos pacientes com TDC, e observa que estes pacientes procuram dermatologistas, cirurgiões plásticos e outros profissionais a fim de modificar sua aparência. No entanto, pessoas com TDC que se submetem a procedimentos estéticos podem continuar apresentando problemas de ordem psiquiátrica. Neste sentido, parece ser fundamental que os profissionais da área médica sejam treinados para identificar pacientes com ou sem queixas, que sinalizem a presença do TDC. O encaminhamento desses pacientes para tratamento psiquiátrico pode ser difícil, tendo em vista que o reconhecimento de um transtorno na percepção de sua aparência física não é facilmente consentido pelo paciente. Assim como na área médica, as pessoas também buscam os profissionais da área da estética para modificar aspectos físicosque os estejam incomodando, por isso essa abordagem também é muito válida para os profissionais esteticistas. Atividades de Estudos: Esta atividade tem como intuito fazer com que você faça uma reflexão sobre o ideal de beleza na atualidade e de como a mídia tem influenciado sobre os modelos que são perseguidos por muitas pessoas. Na internet, através de um site de buscas, procure por “artistas com e sem photoshop”, em seguida, analise algumas das imagens que você vai encontrar e reflita sobre os seguintes questionamentos: 1) Qual lhe parece ser o ideal de beleza divulgado pela mídia? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 15 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 2) Qual a reflexão que devemos fazer sobre o resultado esperado dos tratamentos que oferecemos aos nossos pacientes? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 3) Como devemos agir caso um paciente esteja obcecado com sua aparência a ponto de que isto interfira na sua vida social? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ Avaliação Visual A primeira avaliação a ser feita com o paciente é de forma visual, de modo a identificar aspectos e características físicas da pessoa, tais como sexo, idade, altura e peso. Tanto na Estética Facial quanto na Estética Corporal, a avaliação visual é primordial. Não é possível fazer uma boa avaliação somente através de um questionário, é necessário também uma boa percepção e avaliação inicial. Por exemplo, na análise facial, observa-se que a pele está oleosa, desidratada ou com descamações e depois, se houver maquiagem, deve-se removê-la por completo para analisar as manchas, acnes, telangectasias, rugas e outras imperfeições que possam existir. Na Estética Corporal, a análise visual é acompanhada pela análise tátil, pois assim é verificado o grau de flacidez, de fibroedema geloide e o tipo de gordura através de seu aspecto, textura e até pela temperatura local. Já para a avaliação e acompanhamento da evolução dos tratamentos, é possível fazer um registro fotográfico. Na estética facial, o registro fotográfico é a melhor forma de analisar as imperfeições a serem tratadas, já que estas são mais difíceis de serem mensuradas de outras formas. A seguir, os principais instrumentos que podem ser utilizados para aperfeiçoar a avaliação estética corporal e a avaliação estética facial. Estes instrumentos, além de melhorar a qualidade da avaliação, facilitam e muito na comparação dos resultados dos tratamentos estéticos utilizados. 16 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL a) Registro fotográfico O registro fotográfico não é um método antropométrico, mas pode ser um instrumento para comparação dos resultados antes e após o tratamento, caso haja uma padronização (PUJOL, 2011). Fotografar o paciente se tornou uma das principais formas de documentação, também permitindo fornecer uma melhor assistência ao paciente no decorrer do tratamento. A evolução de cada tratamento pode ser acompanhada de forma mais objetiva por meio de fotografias do que pela representação gráfica escrita tradicional. A documentação escrita tradicional e o questionário de perguntas para o paciente podem ser mais subjetivos e darem mais espaço a influências do profissional e do paciente na avaliação da resposta ao tratamento. As fotografias podem melhorar muito o nível de satisfação do paciente, pois assim ele pode quantificar o seu progresso. Essas imagens documentadas, inicialmente, podem também serem usadas como proteção para o profissional, pois ao longo do tratamento o paciente pode reivindicar alguma imperfeição como sendo decorrente do tratamento e não algo que já existia previamente (BEYNET et al., 2010). O uso da fotodocumentação é bastante interessante, especialmente para a área da Estética Facial, onde alterações como acne, envelhecimento cutâneo e discromias a serem tratadas são mais visuais, diferentemente da Estética Corporal, onde as características estéticas, muitas vezes, podem ser mensuradas de outras formas. Para uma fotodocumentação de qualidade são necessários os seguintes equipamentos: uma câmera digital que possua uma resolução igual ou superior a três megapixels; um local específico na clínica para fotografar, sendo este sempre o mesmo, para que não haja mudanças na iluminação; um fundo infinito, que no caso da área médica é utilizada mais comumente a de cor azul; um tripé que ajuda muito em alguns tipos de fotos; uma iluminação, sendo a luz branca a ideal, pois outras cores alteram a aparência dos motivos; e um software para armazenamento das fotos (PINHEIRO JUNIOR, 2009). Na fotodocumentação, o mais importante é a padronização. Sem uma boa padronização na hora de fotografar, os resultados a serem observados por meio das fotografias podem ser questionados. Cada profissional pode criar seu próprio padrão para fotografar seu paciente. O importante é que este padrão seja seguido à risca e que as modificações entre uma fotografia e outra sejam apenas aquelas que destacam as modificações resultantes dos procedimentos estéticos aplicados. Quando se observa fotos de “antes e depois”, de tratamentos onde itens do ambiente se modificaram, percebe-se que não se enxerga as alterações decorrentes do tratamento estético com tanta clareza. Vale ressaltar que as fotografias jamais deverão ser divulgadas sem o consentimento do paciente. Caso haja interesse em divulgar as fotos, o paciente deverá assinar uma autorização (Anexo I) contendo todas as cláusulas 17 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 obrigatórias, como a sua finalidade, período, remuneração e penalidades. Ainda assim, recomenda-se a utilização de tarjas sobre os olhos nas fotografias (GARCIA; BORGES, 2006). O paciente tem o direito de manter o sigilo dos seus dados, sendo fundamental sua concordância para a utilização do que lhe é privado, até quando há reconhecimento da pessoa na foto e um termo de consentimento para fotografia. Este termo deve utilizar uma linguagem clara e acessível, evitando o uso de terminologia técnica e de difícil compreensão. Deve, ainda, conter informações sobre o procedimento, seus objetivos, efeitos e reações ao tratamento. Informações insuficientes ou incorretas podem invalidar o documento (PUJOL, 2011, p. 193). Importante lembrar que todo e qualquer registro poderá ser uma prova em casos de eventuais questionamentos. A fotografia é a melhor forma de verificação dos resultados obtidos nos tratamentos estéticos e de trazer à memória como era o local antes do tratamento. Alguns profissionais utilizam as fotografias também para divulgar o seu trabalho, e em qualquer caso, a autorização da divulgação das imagens por meio de termo próprio é sempre obrigatória. Quanto às técnicas utilizadas para o registro fotográfico, pode-se padronizar a fotografia adotando procedimentos como: o paciente ficar em pé, postura ereta, a uma distância padronizada para um bom enquadramento. O enquadramento pode ser realizado por segmento corporal ou pode ser também da face inteira; metade superior da face, metade inferior da face, nariz, região dorsal, flancos, coxas, nádegas, abdome, mamas, joelhos, braços, mãos, panturrilhas e tornozelos (PINHEIRO JUNIOR, 2010). Também é interessanteregistrar a data e o horário da fotografia; utilizar a mesma regulagem da máquina e distância do paciente na primeira avaliação e nas consecutivas; fotografar sempre no mesmo ambiente e sob a mesma iluminação; padronizar a roupa (avental, calcinha descartável entregue pelo avaliador) (PUJOL, 2011). Garcia e Borges (2006) também sugerem que se deve anotar todos os parâmetros utilizados na hora de fotografar, como a câmera utilizada, o local onde a fotografia foi realizada, a distância do paciente em relação à câmera, o seu posicionamento, a cor do fundo, o uso do flash. Assim, pode-se seguir esses parâmetros sem erros. Com relação ao enquadramento, quanto mais a imagem da área que está sendo fotografada ocupar a imagem total, melhor a qualidade. Deve-se fazer com que o paciente ocupe o máximo de espaço possível do visor, sem cortar alguma parte importante do corpo e não deixar muito espaço vazio no fundo. Não deve haver qualquer tipo de contração muscular, a expressão facial deve ser neutra com os olhos voltados para frente, no caso da face (PINHEIRO, 2013). 18 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL Um método bastante utilizado para o registro fotográfico é posicionar a cabeça do indivíduo no plano de Frankfurt, que consiste em alinhar horizontalmente a borda inferior da abertura do orbital com a margem superior do condutor auditivo externo. Essa técnica também é utilizada para padronizar a realização de medidas de altura e peso (IBGE, 2013). Figura 1 – Plano de Frankfurt Fonte: Adaptado de Central X (2010). Deve-se analisar quais os segmentos do corpo com os quais serão trabalhados e criar um padrão para cada um deles. Deve-se observar se cada segmento aparecerá com o mesmo tamanho e iluminação em todas as fotos. O uso do flash e do zoom produz modificações nas fotografias, portanto, se utilizar um desses recursos em um registro, deverá utilizá-lo em todos os outros. Também é importante adotar algum método seguro para a identificação do paciente que foi fotografado, pois, muitas vezes, apenas partes do corpo são fotografadas, dificultando assim o reconhecimento do paciente. Pode-se fotografar e arquivar as imagens diretamente no software de imagens, descrevendo cada paciente ou, caso utilize pastas comuns de arquivos, para garantir que as imagens sejam seguramente classificadas, pode-se fazer conforme instrui Pinheiro (2013): utilizando etiquetas autocolantes, desde que sejam pequenas e de cor neutra (branca, de preferência), para não interferir na imagem. Outra alternativa é escrever todos os dados do paciente em papel em branco e fotografar o papel antes da primeira foto tirada do paciente. Na figura a seguir, observa-se as alterações decorrentes de uma fotografia ruim e como isso irá interferir na qualidade fotográfica. 19 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 Figura 2 – Variações no modo de fotografar A B D C Fonte: Pinheiro (2013). Na foto A, o enquadramento incorreto fez com que o fundo ocupe grande parte da imagem e, em B, para tentar aproveitar a imagem, a mesma foi ampliada e cortada, prejudicando sua qualidade. Em C, as cores da roupa “poluem” a imagem e desviam a atenção da face para a roupa, e em D, a paciente está na posição neutra e correta (PINHEIRO, 2013). Neste momento, é possível observar a seguinte montagem feita para representar uma situação hipotética. As duas fotografias, tiradas em diferentes momentos, jamais serão totalmente iguais, tampouco a paciente deve estar maquiada, mas a montagem serve para que se perceba que quanto mais padronizadas as imagens ficarem, o único foco será no objeto do tratamento, que, nesse caso, é uma pequena mancha na face. No entanto, quando não houver padrão, é possível visualizar o resultado do tratamento, mas outros elementos da imagem acabam chamando a atenção, inclusive uma pequena mancha acima da sobrancelha, que não existia na primeira imagem. 20 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL Figura 3 – Imagem padronizada X imagem não padronizada ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS Fonte: Adaptado de Licdn (2015); Jornal Opção (2016). Leia o seguinte artigo para complementar os seus estudos sobre a fotodocumentação: “A fotografia na cirurgia dermatológica e na cosmiatria – Parte II”, disponível em: <http://www.surgicalcosmetic. org.br/detalhe-artigo/275/A-fotografia-na-cirurgia-dermatologica-e- na-cosmiatria---Parte-II> Atividades de Estudos: 1) Relacione os itens que devem ser padronizados para a obtenção de uma boa fotodocumentação. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 21 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 2) Explique a importância da fotodocumentação nos tratamentos estéticos. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ b) Equipamento analisador de pele Atualmente, estão disponíveis no mercado aparelhos que analisam a saúde da pele, através da tecnologia de análise por impedância bioelétrica, que mede a umidade da pele e a sua oleosidade em percentuais e também avalia a sua elasticidade. Os que são mais utilizados na área estética auxiliam na indicação do equilíbrio entre a umidade e oleosidade antes e após o procedimento estético, podendo assim medir sua eficácia e mostrar os resultados do tratamento em tempo real. É portátil, de fácil manuseio e deve ser utilizado na pele limpa (SKIN UP BEAUTY DEVICES, 2016). Ilustramos, a seguir, alguns modelos de aparelhos analisadores de pele existentes no mercado: Figura 4 – Equipamento analisador de umidade da pele Fonte: Medical Expo (2018). 22 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL Figura 5 – Equipamento analisador de oleosidade, melanina e hidratação Fonte: Medical Expo (2018). Figura 6 – Equipamento analisador de hidratação, oleosidade e elasticidade Fonte: Skin Up Beauty Devices (2016). Figura 7 – Analisador de pigmentação e hidratação cutânea Fonte: Medical Expo (2018). 23 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 Figura 8 – Valores de referência utilizados para avaliar o estado da pele Referências para uma pele equilibrada Valores 40% ~ 60% Umidade 23% ~ 33% Oleosidade Valores 40% ~ 60% Umidade 23% ~ 33% Oleosidade Valores 50% ~ 60% Umidade 23% ~ 33% Oleosidade Valores 50% ~ 65% Umidade 16% ~ 22% Oleosidade Valores 40% ~ 60% Umidade 16% ~ 22% Oleosidade Valores 45% ~ 55% Umidade 16% ~ 22% Oleosidade Nivels de Umidade e Oleosidade Água% Min. 20% 15% 25% 16% 16% 30% 20% 35% 33% 25% 30% 40% 40% 60% 34% 60%Pele Oleosa Pele Seca Pele Mista Pele Normal Água% Max. Óleo% Min. Óleo% Max. Fonte: Skin Up Beauty Devices (2016). Existem aparelhos mais simples e outros mais sofisticados que são utilizados na área médica. Os mais utilizados na área da estética são os portáteis, que fazem a leitura da umidade e da oleosidade da pele, desta forma, o profissional utiliza o aparelho na hora da anamnese e depois de finalizado o procedimento, podendo assim mostrar o resultado do tratamento para o seu paciente. Para a escolha do equipamento que o profissional vai auxiliar na hora da avaliação, deve ser levada em conta a necessidade e a proposta de cada profissional em sua clínica, pois os equipamentos mais sofisticados são de altíssimo custo. Além de poder mostrar para o seu paciente o resultado daquela sessão, o aparelho poderá ajudar o profissional a avaliar a eficácia dos produtos que ele utiliza. 24MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL Avaliação Antropométrica A antropometria, cujo significado vem do grego anthropos, que se refere ao homem, e metrein, referente à medida (PUJOL, 2011), ou seja, trata da mensuração do corpo humano ou de suas partes ou do registro das particularidades físicas do indivíduo, estuda as medidas de tamanho e proporções do corpo humano (FERREIRA, 2018). As medidas antropométricas tais como peso, altura, circunferência de cintura e circunferência de quadril normalmente são utilizadas para o diagnóstico do estado nutricional e avaliação dos riscos para algumas doenças em crianças, adultos, gestantes e idosos (IBGE, 2013). Em estética, a avaliação antropométrica permite avaliar, mesmo que de forma superficial, as necessidades da área e as condições físicas do paciente, esta avaliação será o meio pelo qual a evolução do tratamento será verificada em estética corporal, principalmente quando o interesse for redução de medidas. Os principais itens da avaliação antropométrica aplicados na estética são a adipometria localizada, o peso, a estatura, a bioimpedância elétrica e a perimetria (PUJOL, 2011). A seguir, a descrição dos instrumentos e técnicas utilizados para a antropometria na estética. a) Adipômetro Dentre as várias técnicas para a análise da composição corporal, a medida de espessura de dobras cutâneas (EDC) é uma das preferidas por pesquisadores e profissionais da área da saúde, tendo em vista seu baixo custo operacional e sua aplicabilidade em grandes grupos populacionais. A avaliação da composição corporal por meio dessa técnica vem sendo amplamente utilizada no Brasil por diferentes profissionais, com diversos propósitos. Porém, independentemente dos objetivos iniciais de cada profissional, é de suma importância a escolha da metodologia correta e dos equipamentos adequados, tendo-se em vista que diferentes equações antropométricas foram desenvolvidas para grupos populacionais distintos, com equipamentos e pontos anatômicos específicos (OKANO et al., 2008). O adipômetro ou plicômetro é um equipamento que é utilizado para medir a espessura do tecido adiposo em diversas partes do corpo. Essas medidas, colocadas em algumas equações, servem para calcular o percentual de gordura do indivíduo. Estas medições são ideais para acompanhar a redução de gordura corporal por ponto localizado. Os adipômetros podem ser classificados como adipômetros analógicos ou adipômetros digitais. Existem equipamentos deste tipo desde os mais simples, confeccionados em plástico, até os mais avançados, além disso, os adipômetros podem apresentar escalas em milímetros e em décimos de milímetros (CARDIOMED, 2017). 25 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 Figura 9 – Adipômetro ou plicômetro digital (à esquerda) e analógico (à direita) Fonte: Cardiomed (2018). Existem também modelos de adipômetros clínicos e adipômetros científicos, a diferença entre os modelos é a resolução da escala de leitura do resultado, sendo que o adipômetro clínico tem resolução em milímetros e o adipômetro científico tem resolução em décimos de milímetros, o que proporciona uma maior exatidão (SANNY, 2017). A utilização do adipômetro nas medidas de dobras cutâneas está bastante sujeita a erros e exige uma série de cuidados para minimizá-los, como a identificação precisa do ponto anatômico, o domínio da técnica e a calibração do instrumento. Recomenda-se que o avaliador treine bastante, pois o aprimoramento da técnica só será possível através da experiência, contribuindo assim para a redução de erros intra e interavaliadores, e garantindo a confiabilidade dos resultados (PUJOL, 2011). Em estética, não é comum a utilização das medidas das pregas para estimar a densidade corporal e o uso de fórmulas nas áreas da Nutrição e da Educação Física para a composição corporal. Mesmo assim, o adipômetro é um importante instrumento para a avaliação estética corporal. Dessa forma, o profissional da estética é quem vai estabelecer os parâmetros do local a ser mensurado, por serem bem específicos. Os locais a serem medidos podem ser variados, como pontos específicos na região abdominal, flancos, coxas ou braços. Devem-se utilizar pontos anatômicos de referência para que o mesmo ponto seja localizado posteriormente. A seguir, alguns exemplos de situações em que o uso do adipômetro é importante: • No caso do tratamento de redução de lipodistrofia abdominal, após determinado número de sessões, o paciente queixa-se de que a medida dessa região parece ter aumentado em vez de ter reduzido. O profissional, que já consultou a ficha de anamnese antes de iniciar a sessão do dia, observou que o paciente tem problemas de distensão abdominal, ou seja, o estufamento que é causado pelo acúmulo de gases no intestino. 26 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL Lembrou-se que por esta razão, além da perimetria, teve o cuidado de mensurar a prega na região central da maior queixa. Voltou a fazer as duas medidas e constatou que a perimetria abdominal teve um leve aumento na sua medida, mas a prega teve uma considerável redução. Questionou sobre a alimentação recente de seu paciente e explicou que este estava com o abdômen distendido, mas que a gordura localizada não aumentou. Neste caso, o uso do adipômetro foi fundamental para elucidar a questão. • No caso de lipodistrofia localizada, em local de difícil mensuração por meio de fita antropométrica, como a gordura que se forma logo abaixo dos glúteos, conhecida popularmente como “bananinha”. A curvatura natural das coxas e a posição muito próxima aos glúteos dificulta a manutenção da fita na posição paralela ao chão. A adipometria, nesse caso, também permitiria mensurar a diferença entre os dois lados, verificando assim qual lado necessita mais atenção e se após determinado número de sessões a gordura reduziu e os lados estão mais simétricos. • O uso do adipômetro também é necessário para a aplicação de equipamentos estéticos mais avançados, como os de terapias combinadas e os de criolipólise, que inclusive vêm com um adipômetro entre os seus acessórios. A medida da prega é utilizada neste caso, não somente para acompanhar o progresso do tratamento, mas porque a parametrização desses equipamentos solicita a medida da prega a ser tratada. No caso da criolipólise, a prega deve ter mais que dois centímetros para poder ser tratada. Para utilizar o adipômetro, deve-se segurá-lo com a mão direita e com a mão esquerda pinçar o tecido subcutâneo entre o polegar e o indicador, sem pinçar o músculo. O compasso deve ser ajustado perpendicular à prega e a uma distância de um centímetro do ponto no qual a prega foi pinçada. Aguarda-se cerca de dois segundos para a estabilização do ponteiro do adipômetro, para assim efetuar a leitura e repetir o processo de duas a três vezes para confrontar os resultados obtidos (PUJOL, 2011). Observe as figuras a seguir e tente fazer uma prega de seu corpo ou de alguém que esteja próximo a você, mesmo que você não tenha um adipômetro. Sinta as camadas de pele e de gordura e observe se o músculo não foi pinçado. Na dúvida, tente contrair o músculo do local e sinta-o. 27 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 Figura 10 – Camadas de pele, gordura e músculo Pele Gordura Músculo Fonte: Adaptado de Mindaholic (2018). Figura 11 – Método para fazer a prega cutânea Fonte: Musculação.Net (2018). Outros pontos devem ser observados no momento das medidas, como a temperatura ambiente, que deve estar agradável, as unhas do avaliador devem estar aparadas para não causar incômodo ou ferir a pele do avaliado, marcar os locais das pregas e registrá-los na ficha de anamnese. As aferições não devem ser realizadas após intensa atividade física ou no período pré-menstrual, pois a alteração na composição dos líquidos corporais pode alterar o tamanhoda prega. Mesmo utilizando o resultado das dobras em seu valor absoluto e não para equações de predição de composição corporal, uma das limitações das medidas das dobras cutâneas é a necessidade de treinamento para redução dos erros técnicos de medida no momento da pinça da dobra. Além disso, alguns indivíduos possuem gordura compacta que dificulta a mensuração da dobra. Nesses casos a bioimpedância, associada à perimetria, poderia complementar a avaliação (PUJOL, 2011). 28 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL b) Bioimpedância elétrica A obesidade está relacionada ao excesso de tecido adiposo, no entanto, a maioria dos métodos utilizados para diagnosticar sobrepeso e obesidade não analisa a composição corporal, ou seja, não determinam se o tecido adiposo especificamente está elevado. Desse modo, pode haver indivíduos que estejam em um IMC considerado normal, mas cujo tecido adiposo está acima do normal. O percentual de gordura corporal determinado por bioimpedância elétrica é considerado o método mais preciso para diagnosticar sobrepeso e obesidade, pois é o método que leva em consideração a composição corporal e não apenas a massa corporal total (PEDROZA-JIMÉNEZ et al., 2015). Na estética, isso ajudará o profissional a avaliar, por exemplo, um paciente que possua o IMC considerado normal, mas que possua muita massa adiposa, do mesmo modo que outra pessoa com o IMC maior possa ter a massa magra bastante desenvolvida e pouca massa adiposa. E, em conjunto com outros fatores avaliados, poderá orientar mais adequadamente o seu paciente quanto aos seus hábitos ou sobre os tratamentos aplicáveis. Atualmente, a bioimpedância é indicada como um método potencialmente viável na estimativa da composição corporal, pelo fato de ser uma técnica não invasiva, de fácil operação, por ter boa portabilidade, exigir o mínimo de cooperação possível por parte do avaliado, rapidez na interpretação dos resultados e ser, de certa forma, acessível no meio comercial. Em clínicas de estética, o mesmo pode ser utilizado para evitar o erro entre avaliadores (PUJOL, 2011). Basicamente, os equipamentos de bioimpedância conduzem uma pequena corrente elétrica pelos tecidos biológicos e calculam a diferença nos valores resistivos observados, uma vez que os tecidos apresentam variadas impedâncias. Por meio destes valores é possível estimar a composição dos tecidos que compõem a estrutura física (STEVAN JUNIOR, 2017), ou seja, a aplicação da bioimpedância se baseia na resistência dos tecidos corporais à corrente elétrica, que é baixa nos tecidos com bastante água e eletrólitos, como o muscular, e alta naqueles com baixa concentração de água, como o tecido adiposo, sendo assim, quanto mais rico é um corpo em água, melhor é a condução elétrica, e quanto mais pobre em água, pior condutor de corrente elétrica e mais rico em gordura (ARISTIZÁBAL; GIRALDO, 2017). Este método de análise tem como concepção base a diferença nos valores resistivos observados na condução elétrica pelos tecidos biológicos a partir de uma pequena corrente imposta ao corpo, os tecidos apresentam variadas impedâncias de acordo com a frequência do sinal estimulado ao corpo. Por meio desses valores é possível estimar a composição do meio analisado, neste caso os tecidos da 29 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 estrutura física. Os aparelhos comerciais de bioimpedância utilizam equações de regressão para determinar os componentes corporais, e assim, estimar os valores de massa de gordura, massa magra e água corporal. As equações preditivas são ajustadas principalmente para sexo, idade, peso, altura e atividade física. Porém, os cálculos variam de acordo com o fabricante e nem todos disponibilizam as fórmulas inclusas no sistema do aparelho (STEVAN JUNIOR, 2017). Essas equações são específicas por população, porque as diferenças entre grupos étnicos na forma corporal e na distribuição dos segmentos do corpo modificam a distribuição da corrente elétrica e afetam a determinação da composição corporal por este método (ARISTIZÁBAL; GIRALDO, 2017). Há certa variedade de equipamentos de bioimpedância disponíveis, entre eles o de oito eletrodos mãos e pés, de quatro eletrodos mão e pé, de quatro eletrodos pé e pé e quatro eletrodos mão e mão. Em um estudo realizado por Aristizábal e Giraldo (2017) para comparar a confiabilidade de métodos de avaliação de percentual de gordura corporal por meio da bioimpedância, conclui- se que o equipamento de bioimpedância de oito eletrodos mãos e pés (Figura 15) fornece resultados mais confiáveis que o de quatro eletrodos mão e pé, e este, por sua vez, é mais confiável que a bioimpedância de quatro eletrodos pé e pé, este último considerado, portanto, o menos eficaz. No entanto, a utilização do equipamento de bioimpedância de oito eletrodos não é muito viável em estética, pelo seu alto custo. A bioimpedância do tipo tetrapolar mãos e pés mostra-se suficientemente eficaz neste caso. O de quatro eletrodos mão e mão e o de quatro eletrodos pé e pé são menos confiáveis e mais comuns para uso doméstico. O uso da bioimpedância de análise da composição corporal, sem dúvida, constitui um método com razoável precisão e fidedignidade. As medições que podem ser feitas através dela são: peso da gordura, peso da massa magra e percentual de água. Alguns aparelhos ainda segmentam a massa magra em ossos, músculos e água (PUJOL, 2011). Para a realização da análise da composição corporal por meio da bioimpedância tetrapolar, primeiramente, retira-se do paciente todos os objetos ou adornos metálicos, higieniza-se a mão e o pé direito e em seguida coloca-se um par de eletrodos na mão e outro par no pé (Figura 12). Após um repouso de aproximadamente cinco a dez minutos, inicia-se a configuração do aparelho. Após preencher todos os parâmetros solicitados pelo equipamento, este iniciará a leitura. 30 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL Figura 12 – Colocação correta dos eletrodos Fonte: Maltron International (2018). A seguir, alguns dentre os diversos tipos de aparelhos de bioimpedância comentados anteriormente: Figura 13 – Equipamento tetrapolar mão e mão Fonte: Cardiomed (2018). Figura 14 – Equipamento tetrapolar pé e pé do tipo balança Fonte: Cardiomed (2018). 31 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 Figura 15 – Bioimpedância de oito eletrodos mãos e pés Fonte: Seca (2018). É importante que o paciente seja orientado no momento do agendamento da avaliação, para que venha preparado caso a bioimpedância seja realizada, pois ele deverá evitar quaisquer atividades a seguir: • fazer uso de medicamentos diuréticos até sete dias anteriores; • comer pelo menos quatro horas antes; • ingerir bebidas alcoólicas nas 48 horas anteriores; • realizar atividades físicas intensas nas 24 horas anteriores; • ficar sem urinar até 30 minutos anteriores. Essas atividades devem ser evitadas com o intuito de não causar alterações na composição corporal. A principal limitação desse método surge quando o avaliado apresenta alterações em seu estado de hidratação, por isso o período pré- menstrual ou menstrual também deve ser considerado, a quantidade de alimentos e líquidos ingeridos pelo avaliado, bem como nefropatias, hepatopatias e diabetes, que podem influenciar o resultado obtido por este método (PUJOL, 2011). 32 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL Figura 16 – Cuidados necessários para garantir a confiabilidade do resultado da bioimpedância BIOIMPEDÂNCIA Não ingerir bebida alcoólica 48 horas antes Não usar medicamentos diuréticos sete dias antes Urinar pelo menos 30 minutos antes Não praticar atividades físicas intensas 24 horas antes Jejum quatro horas antes Fonte: A autora. A bioimpedância é uma forma de se estimar o percentual de gordura muito simples, porém suaconfiabilidade é discutida. Por outro lado, a técnica de dobras cutâneas, pela metodologia de Jackson e Pollock, caso o profissional da área da estética prefira utilizá-la, segundo a opinião de Rodrigues et al. (2001), mostra-se uma boa opção de utilização para a estimativa da gordura corporal. Quadro 1 – Classificação do percentual de gordura Adequação Idade (anos) 20-29 30-39 40-49 50-59 >60 Homens Excelente(atlético) <11 <12 <14 <15 <16 Bom 11-13 12-14 14-16 15-17 16-18 Dentro da média 14-20 15-21 17-23 18-24 19-25 Regular 21-23 22-24 24-26 25-27 26-28 Alto percentual de gordura >23 >24 >26 >27 >28 Mulheres Excelente(atlético) <16 <17 <18 <19 <20 Bom 16-19 17-20 18-21 19-22 20-23 Dentro da média 20-28 21-29 22-30 23-31 24-32 Regular 29-31 30-32 31-33 32-34 33-35 Alto percentual de gordura >31 >32 >33 >34 >35 Fonte: Queiroz et al. (2012). 33 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 c) Fita antropométrica A fita ou trena antropométrica é a ferramenta mais comum para realizar a perimetria na avaliação estética corporal. É ela que, na maior parte das vezes, traz a grande satisfação ao se visualizar os resultados de tratamentos ou nas demonstrações de marcas de produtos vendidos na área. O paciente é convencido pelos centímetros “perdidos” e, quanto maior for o valor da diferença, melhor. Por isso, essas medições devem ser feitas com qualidade e padronizadas, especialmente para os locais de maior necessidade nos tratamentos. Para fazer a medida corporal, é importante que a fita ou a trena seja específica para a antropometria, pois esta é mais maleável e estreita que as comuns, moldando-se melhor aos contornos do corpo, garantindo assim uma medida mais precisa. Figura 17 – Fitas antropométricas Fonte: Cardiomed (2018); Cescorf (2015). Figura 18 – Trena comum para uso geral (esquerda) e fita métrica para costura (direita) Fonte: Vonder (2018); Rittsbordados (2018). Não se deve utilizar a trena comum para realizar a perimetria. Observa-se na figura que a fita é muito rígida e larga, o que pode produzir folgas nos contornos corporais. Pela rigidez do material, caso a fita escape por não estar travada, pode causar lesões na pele do paciente. A fita métrica para costura, apesar de ser utilizada para medir partes do corpo, também não é a ideal para a antropometria. Por ser mais larga, pode tornar difícil a medição de regiões com curvas, próximas às dobras, regiões pequenas ou estreitas e também tende a alterar o seu tamanho com o tempo, modificando a medida. 34 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL A perimetria é um conjunto de medidas de circunferência, realizadas em diferentes pontos do tronco, dos membros superiores e dos membros inferiores. Essas medidas permitem detectar assimetrias musculares, bem como a sequência das reavaliações e a associação dos dados da composição corporal, além da variação da massa muscular em resposta à terapia nutricional (PUJOL, 2011). Na área da saúde existe uma medida padrão para a cintura que consiste em localizar a linha axilar média, pedir para que o paciente inspire profundamente e apalpar até localizar a décima costela, que é a última costela fixa, e então fazer desse ponto. Em seguida, localizar a crista ilíaca, que é a parte mais alta do osso ilíaco, e também marcar o ponto com a caneta. Posicionar a fita no ponto médio entre esses dois pontos marcados, verificando se está paralela ao solo. Certificar- se de que a fita é confortável, não comprimir a pele e estar paralela ao chão. O paciente deve permanecer em pé, ereto, e a fita deve ser colocada somente sobre a pele nua. A medida deverá ser feita ao final de uma expiração normal (IBGE, 2013; OLIVEIRA, 2017). Esta medida pode ser utilizada na área da estética, mas outros pontos de referência também são amplamente utilizados. Figura 19 – Localização do ponto médio para a medida da cintura Linha axilar média Crista ilíaca Décima costela Ponto médio Fonte: Adaptado de Central X (2016). Qualquer pequena alteração na posição da fita pode fazer com que a medida da circunferência que está sendo realizada se altere. Por isso, deve-se observar com atenção a forma com que a fita é colocada. Meça a circunferência da região abdominal de alguma pessoa. Escolha a região que possua o maior acúmulo de gordura. Refaça essa medida pelo menos três vezes. Peça a outra pessoa que realize a mesma medida também pelo menos três vezes. Observe se houve diferença nos valores das medições inter e intra-avaliadores. 35 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 Na estética, o local a ser medido dependerá dos pontos de acúmulo de gordura ou edema que o paciente quiser tratar, uma vez que as queixas podem ser pontuais e em variados locais do corpo. Os perímetros mais comuns a serem avaliados são os do abdômen, dos braços, das coxas, flancos e culotes. A seguir, algumas formas de realizar medidas com o uso da fita antropométrica em estética corporal: 1) Para a perimetria abdominal, pode-se usar o centro da cicatriz umbilical como ponto de referência e, a partir dela, com a ajuda da própria fita antropométrica, medir a distância até o local onde está o ponto de maior acúmulo de gordura. Anotar esse valor. Figura 20 – Ponto de referência para medida de abdômen Fonte: A autora. Exemplo: a queixa desta paciente consiste em uma gordura localizada a cinco centímetros medidos a partir do centro da cicatriz umbilical em direção ao chão, será realizada a medida da circunferência nesse ponto. Dessa forma, será possível saber que todas as próximas medições deverão ser realizadas no mesmo local. Para avaliar mais detalhadamente a evolução do tratamento, pode- se tomar mais de uma medida, por exemplo, a três centímetros acima da cicatriz umbilical e/ou exatamente na altura do ponto central da cicatriz umbilical. 2) Para a perimetria de coxas, utiliza-se a borda superior da patela como ponto de referência e, a partir desse ponto, de baixo para cima, localiza- se a distância entre o ponto inicial até o local da queixa. 36 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL Figura 21 – Ponto de referência para medidas de coxas Fonte: A autora. Exemplo: a queixa dessa paciente é a gordura localizada na região medial das coxas. Ao colocar o início da fita da borda superior da patela, que será o ponto de referência, até o ponto central da queixa, verificou-se que o ponto da queixa se localiza a 28 centímetros. Utilizar essa mesma medida na outra coxa. Recomenda-se fazer medidas iguais dos dois lados, para evitar erros e analisar possível assimetria. 3) Para a medida dos braços, utiliza-se o cotovelo como ponto de referência. Pede-se ao paciente para flexionar a articulação do cotovelo em 90 graus. Posicionar o início da fita na extremidade do cotovelo e levar a fita até o local da queixa. Figura 22 – Ponto de referência para medidas de braços Fonte: A autora. 37 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 Exemplo: Paciente queixa-se de gordura localizada na região dos braços. Após identificar o local exato a ser medido, marca-se o local com uma caneta marcadora ou lápis dermográfico e pede-se para que a paciente estenda novamente seu braço e o mantenha relaxado para a aferição. 4) Para medidas de glúteos, flancos e culotes ou quadris. O ponto de referência poderá ser o ponto mais alto da queixa. As coxas e pernas devem permanecer unidas e os braços relaxados para realização dessas medidas. Figura 23 – Pontos de referência para medidas de quadris, flancos e glúteos Fonte: A autora. Posicionar a fita no local onde há maior concentração de gordura. Neste caso pode ser determinado um ponto anatômico como referência ou trazer a fita antropométrica a partir do chão até o local da queixa como ponto de referência. d) Balança A balança é o instrumento para medira massa corporal total. O equipamento deverá ter precisão necessária para informar o peso de um indivíduo da forma mais exata possível. A precisão da escala numérica das balanças varia de acordo com o tipo (mecânica ou eletrônica) ou fabricante (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011). O peso é uma importante ferramenta para se avaliar o estado nutricional, porém apresenta algumas limitações, já que não é capaz de avaliar os compartimentos corporais. Para a avaliação do peso, é possível utilizar balanças digitais ou as balanças mecânicas com a medida registrada com uma precisão de 100g. Em seguida, coloca-se o indivíduo sobre e no centro da plataforma, na posição ortostática, com 38 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL os pés levemente afastados, mantendo os braços relaxados em lateral ao tronco. O avaliado deve usar o mínimo de roupas possível, respirar com normalidade e distribuir o peso do corpo igualmente entre ambos os pés. A cabeça deverá estar posicionada no plano de Frankfurt. Outros critérios deverão ser registrados na tomada de peso, como: funcionamento intestinal, horário da última refeição e da pesagem, período pré-menstrual, uso de diuréticos ou laxantes. Os registros dessas situações podem reforçar a fidedignidade nos resultados (PUJOL, 2011). Figura 24 – Tipos de balança: (A) balança plataforma digital; (B) balança plataforma mecânica; (C) balança de piso digital; (D) balança de piso/banheiro mecânica. A) C) D) B) Fonte: Nowak (2018); Med & Lab (2018); Cadence (2018). Na estética, saber o peso é necessário para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Alguns profissionais preferem pesar seus pacientes antes e após uma sessão de tratamento estético, com o intuito de mostrar que alguns procedimentos podem resultar em considerável perda de peso em uma única sessão. Geralmente, esta perda de peso poderá ocorrer pela perda de líquidos corporais, por isso também deve-se comparar essas medidas com as das próximas sessões. Acompanhar se houve aumento ou perda de peso durante o período de tratamento estético é importante para avaliar se a redução de medidas está relacionada à mudança de hábitos do paciente ou está relacionada à perda ou ganho 39 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 de peso. A aferição do peso pode ser aparentemente algo muito simples, mas assim como outras medidas antropométricas, é importante fazê-lo de forma padronizada para que não ocorram erros. Pode-se utilizar o protocolo listado a seguir: MODELO DE PROTOCOLO PARA AFERIÇÃO DO PESO DO PACIENTE • Retirar os sapatos. • Retirar roupas pesadas como casacos, jaquetas, blusas grossas, calças (o ideal é ficar apenas com a roupa íntima). • Remover acessórios como colares, relógios e óculos. • Posicionar a balança em superfície regular e firme. • Evitar colocar o equipamento sobre tapetes, carpetes etc. • Pisar na balança para que ela ligue, e quando aparecer os dígitos no visor, pedir para o paciente subir. • Os dois pés devem estar apoiados na plataforma, ligeiramente afastados e o peso distribuído em ambos os pés. • O paciente não deve ficar olhando para o visor e sim para a linha do horizonte (plano de Frankfurt). • Registrar o valor. Fonte: Segundo Manual de Antropometria – IBGE (2013). O valor do peso corporal pode ser afetado pela ação de más técnicas profissionais ou caso este utilize equipamentos descalibrados no momento de sua aferição. Por isso, para garantir que a aferição do peso corporal seja adequada, deverá ser feita a calibração dos instrumentos e aplicada a técnica de verificação correta, possibilitando uma informação mais precisa das medidas dos pacientes (BEGHETTO et al., 2006). Caso haja dúvidas em relação à calibração da balança, o ideal é levá-la a uma empresa idônea para a verificação e calibração. Na impossibilidade de levá- la a uma empresa, é possível verificá-la utilizando a técnica de garrafas pet com água, conforme o Manual de Antropometria da Pesquisa Nacional da Saúde (IBGE, 2013), da seguinte forma: 1) Separe cinco garrafas do tipo pet de dois litros, cor verde e exclusivamente da marca Guaraná Antártica. Retire os rótulos, esvazie seu conteúdo e lave-as com água para remover completamente qualquer resíduo do refrigerante. Cuidado para não amassar a garrafa. 40 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL 2) Para que a quantidade de água a ser colocada faça com que a garrafa tenha 2kg, deve-se medir imediatamente abaixo do bocal, uma distância de 5,5 cm. Pode-se utilizar uma fita adesiva previamente medida para fazer a marcação. 3) Certifique-se de que o adesivo ou etiqueta esteja completamente aderida à garrafa sem formar ranhuras e que esteja completamente na posição vertical. 4) Posicione a garrafa em uma superfície lisa (ou mesa), sente em uma cadeira em frente da garrafa e com um copo de água adicione, aos poucos, a quantidade de água necessária para atingir o limite inferior da etiqueta. 5) A borda inferior da água deve estar alinhada exatamente com o limite inferior da etiqueta. Tampe a garrafa e repita este procedimento nas demais. 6) Coloque as garrafas na balança antropométrica e anote o peso total mostrado no visor. O peso final das cinco garrafas deve ser de 10kg, sendo que o intervalo permitido para variação é de 9,9 a 10,1kg. Se a variação estiver fora do limite aceito, a balança está descalibrada e você deverá substituí-la por outra. Figura 25 - Garrafa pet preparada com água Fonte: IBGE (2013). Figura 26 – Verificação da quantidade exata de água e pesagem das garrafas. Fonte: IBGE (2013). 41 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 e) Estadiômetro Para poder calcular o IMC ou mesmo o percentual de gordura com o uso da bioimpedância na área da estética, é preciso conhecer a estatura do paciente. Muitas pessoas não sabem a sua estatura exata e algumas podem superestimá-la, por isso o ideal é que a estatura seja verificada no próprio local, pelo profissional, com o uso de um estadiômetro. Figura 27 – Estadiômetros Fonte: Cardiomed (2018). O estadiômetro é uma escala métrica vertical, instalada perpendicularmente a um plano de base que é utilizado para medir estatura. Podem ser encontrados adaptados em alguns tipos de balança (balança de cilindros) ou fixos em uma parede. Estadiômetros portáteis também são bastante utilizados (FONTOURA et al., 2013). O estadiômetro (antropômetro vertical) deve ser colocado em parede lisa e sem rodapé e a balança plataforma em superfície lisa e nivelada (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011). Para a aferição da estatura, deve-se posicionar o paciente em pé na parede ou no antropômetro vertical. O paciente deve estar descalço, com a cabeça livre de adereços e posicionado no centro do equipamento. Deve-se mantê-lo em pé, ereto, com os braços estendidos ao longo do corpo, com a cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na altura dos olhos. A cabeça do indivíduo deve ser posicionada no plano de Frankfurt. As pernas devem estar paralelas, mas não é necessário que as partes internas estejam encostadas. Os pés devem formar ângulo reto com as pernas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011). É recomendável fazer a aferição sempre no mesmo horário e preferencialmente em horários mais próximos ao início do dia. Esse horário deve ser registrado na ficha para que, posteriormente, outras aferições sejam realizadas no mesmo horário. 42 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL Figura 28 – Técnica de aferição de altura segundo plano de Frankfurt Fonte: Ministério da Saúde (2011). f) Índice de Massa Corporal (IMC) O IMC é o cálculo mais usado para avaliação da adiposidade corporal e também um bom indicador, mas não totalmente correlacionado com a gordura corporal. É simples, prático e sem custo. O IMC não distingue massa gordurosa de massa magra, podendo ser menos preciso em indivíduos mais idosos,em decorrência da perda de massa magra e diminuição do peso, e superestimado em indivíduos musculosos. O IMC não reflete a distribuição da gordura corporal (ABESO, 2016). Por isso, o conceito de massa corporal é conveniente porque os valores se aplicam tanto a homens quanto a mulheres e a relação peso-altura é uma medida bruta. Pode haver diferenças na composição corporal em função do sexo, idade, etnia, no cálculo de indivíduos sedentários quando comparados a atletas, na presença de perda de estatura em idosos devido à cifose, em edemaciados etc. (ABESO, 2016). Um IMC de 25 a 29,9 é um marcador de sobrepeso e não necessariamente um marcador de gordura excessiva. Muitos homens (especialmente atletas) têm um IMC mais elevado em virtude do tecido muscular extra. E adultos baixos (menos de 1,52m) podem ter IMCs elevados que talvez não reflitam sobrepeso ou gordura (WARDLAW; SMITH, 2013). Para o cálculo do IMC em adultos, adota-se a seguinte fórmula: Índice de Massa Corporal (IMC) = Peso (Kg) Altura² (m) Por exemplo, se um adulto possui 1,65m de altura e 67kg, seu IMC será 24,63, nesse caso, considerado adequado. 43 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 Quadro 2 – Pontos de corte estabelecidos para adultos IMC (Kg/m²) DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL < 18,5 Baixo Peso ≥ 18,5 e < 25 Adequado ou Eutrófico ≥ 25 e < 30 Sobrepeso ≥ 30 Obesidade Fonte: Ministério da Saúde (2011). Para os idosos com idade igual ou acima de 60 anos, os pontos de corte estabelecidos são diferentes. Quadro 3 – Pontos de corte estabelecidos para idosos IMC (Kg/m²) DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL ≤ 22 Baixo Peso > 22 e < 27 Adequado ou Eutrófico ≥ 27 Sobrepeso Fonte: The Nutrition Initiative (1994) apud Ministério da Saúde (2011). A distribuição de gordura abdominal é claramente influenciada pelo sexo: para algum acúmulo de gordura corporal o homem tem, em média, o dobro da quantidade de gordura abdominal em relação à mulher antes da menopausa. Além disso, o IMC não é indicador do mesmo grau de gordura em populações diversas, particularmente por causa das diferentes proporções corporais. Portanto, o ideal é que o IMC seja usado em conjunto com outros métodos de determinação de gordura corporal. A combinação de IMC com medidas da distribuição de gordura pode ajudar a resolver alguns problemas do uso do IMC isolado (ABESO, 2016). Conhecer o IMC e a distribuição de gordura do paciente na estética é importante para avaliar o melhor tipo de tratamento para cada caso. Atividades de Estudos: 1) Descreva as principais funções dos seguintes instrumentos na avaliação estética: a) Adipômetro: ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 44 MÉTODOS AVALIATIVOS EM ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL b) Bioimpedância: ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ c) Trena antropométrica: ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 2) Quais os fatores que devem ser observados pelo profissional e pelo paciente antes da realização da bioimpedância para que seu resultado não sofra modificações? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 3) O que é plano de Frankfurt e quando ele pode ser utilizado? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 4) Explique por que o IMC não pode ser considerado isoladamente em uma avaliação estética. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 45 Avaliação Estética Facial E Avaliação Estética Corporal Capítulo 1 Algumas Considerações Neste capítulo, iniciamos os estudos sobre os Métodos Avaliativos em Estética Facial e Corporal e vimos que as chaves para uma boa e correta avaliação e mensuração dos resultados são o conhecimento sobre os instrumentos para a avaliação e a padronização dos métodos, pois somente assim conseguiremos obter uma boa comparação com algo que está bem padronizado. Aprendemos também que a ficha de anamnese é importante devido às diferenças individuais. Veremos nos próximos capítulos como construir uma ficha de anamnese para a estética e como avaliar as disfunções estéticas. Além disso, estudaremos como cada informação e cada detalhe bem avaliado pelo profissional é útil para estabelecer um plano de tratamento personalizado com sua quantidade de sessões, com os recursos e cosméticos mais adequados para cada paciente, evitando aqueles que não poderão ser utilizados. Referências ABESO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME METABÓLICA. Diretrizes brasileiras para o estudo da obesidade. 4. ed. São Paulo: Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, 2016. ALAM, M.; GLADSTONE, H. B.; TUNG, R. C. Dermatologia cosmética. Brasil: Elsevier, 2010. ARISTIZÁBAL, J. C.; GIRALDO, A. Comparación de la composición corporal de mujeres jóvenes obtenida por hidrodensitometría y tres técnicas de bioimpedancia. 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