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1 CONCEITOS BÁSICOS DE MANUTENÇÃO 1 Objetivo Estabelecer a terminologia usada nas atividades da manutenção conforme conceitos universais utilizado na função manutenção moderna. 2 Considerações Gerais A utilização de um vocabulário específico e comum é normal em todas as profissões e na manutenção existem vocabulários específicos que devem ser conhecidos de todos que se envolvem na função manutenção, seja como da equipe de execução quanto da equipe cliente e foco de sua atuação. 3 Definições 3.1 Ajuste É a comparação de instrumento ou dispositivo de medida com um padrão de referência de reconhecida precisão e exatidão para detectar, correlacionar, relatar e eliminar por ajustagem, alguma discrepância na exatidão do instrumento ou dispositivo de medida. 3.2 Análise de Falhas Exame lógico e sistemático de um equipamento/instrumento que falhou, para identificar e analisar o mecanismo, a causa e as consequências da falha. 3.3 Área Operacional Sub-divisão de uma planta, composta por ativos industriais (equipamentos, instrumentos, tubulações, edificações etc.) que se caracterizam por contribuírem conjuntamente para determinada função no processo produtivo no qual estão inseridos. 3.4 Atividades de Manutenção Ações desenvolvidas e implementadas com os objetivos de impedir a quebra/falha de equipamento/instalação e corrigi-la. 3.5 Atividades de Melhoria de Processo Ações desenvolvidas e implementadas com o objetivo de garantir a máxima capacidade produtiva de um processo industrial, eliminando causas de improdutividade, melhorando a especificação ou qualidade dos produtos finais e/ou melhorando o desempenho de segurança ou ambiental global possibilitando assim o atingimento de “Benchmark’s”. 2 3.6 Atividades de Operação Ações desenvolvidas executadas e implementadas com o objetivo de garantir a operação de um sistema produtivo de forma confiável e contínua, e atendendo aos padrões e exigências normativas e legais que disciplinam o assunto. 3.7 Ativo Industrial Todo e qualquer bem contido em uma Unidade Industrial que participa de forma direta ou indireta do processo de produção. 3.8 Ato Inseguro É o ato que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente. 3.9 Backlog Número de dias necessários para concluir todos os serviços pendentes previstos para serem executados péla equipe própria, utilizando-se toda a força de trabalho disponível. Não são considerados no cálculo do backlog os serviços a serem executados por equipes externas. 3.10 Benchmark Referência que indica o uso das melhores práticas e resultados conhecidos para comparação com parâmetros analisados. 3.11 Benchmarking Atividade de comparar um processo com os líderes reconhecidos no mesmo, a fim de identificar melhores práticas e oportunidades para melhorias. 3.12 Calibração Procedimento metrológico no qual se verifica a concordância entre o valor observado e o correspondente valor fornecido por um padrão de referência de reconhecida precisão e exatidão. 3.13 Carga de Trabalho Futura É o total de Hh de serviços pendentes, a serem executados pela equipe própria ou equipes contratadas. Integram este valor os serviços do Plano de Manutenção Preventiva programados para o horizonte de uma semana, além daqueles programados para semanas anteriores, porém não executados. Pode ser expresso globalmente ou estratificado por função ou especialidade. 3 3.14 Código de Tubulação Código alfanumérico que identifica a tubulação dentro da Unidade Industrial e a relaciona com o processo em que está inserida. A esta identificação estão relacionadas informações referentes a: Serviço de tubulação (produto associado) Localização da origem e sequencial de derivações Dimensão Pressão de trabalho 3.15 Código do Ativo Industrial Código alfanumérico que identifica o ativo industrial (equipamento, instrumento, tubulação, estrutura) dentro da unidade industrial. O código é chave para o sistema de consulta e/ou pesquisa, portanto deve ser padronizado. 3.16 Código do Equipamento/Instrumento (NI) Código alfanumérico que identifica o equipamento/instrumento dentro da Unidade Industrial, independente do processo ou localização. A esta identificação estão relacionadas informações referentes a: Especificação Técnica e de Projeto Sobressalentes 3.17 Código do Equipamento/Instrumento (TAG) Código alfanumérico que identifica fisicamente o equipamento/instrumento dentro do processo industrial em que está inserido. A esta identificação estão relacionadas informações referentes a: Endereço (unidade industrial/planta/área operacional) Especialidade Família/tipo construtivo Localização Função no processo Produto associado Classificação quanto a importância Dados de calibração 3.18 Componente Parte substituível e integrante de um determinado equipamento/instrumento. 3.19 Confiabilidade (ou Confiabilidade Intrínseca) Probabilidade de um componente, equipamento ou sistema operacional desempenhar suas funções satisfatoriamente, sob condições e período de tempo pré-determinados. 4 3.20 Custo do Ciclo de Vida - LCC (Life Cycle Cost) Custo total de um item ao longo de sua vida, incluindo custos de aquisição, operação, manutenção, melhorias, modificações e remoção. 3.21 Defeito É a alteração das características de um item, equipamento ou sistema operacional, em relação aos seus requisitos, sem que tenha havido perda da sua função. Um defeito não torna o item indisponível. Porém, se não reparado, poderá levar à falha e consequentemente à indisponibilidade. 3.22 Detalhamento de Serviço de Manutenção Análise e subdivisão das atividades de manutenção em tarefas caracterizadas por identidade de recursos, seu dimensionamento e o estabelecimento dos tempos de execução. 3.23 Disponibilidade Relação entre o tempo em que determinado equipamento, sistema ou planta esteve disponível para operar e o tempo total considerado. 3.24 Equipamento Conjunto de componentes integrados, com o qual se realiza materialmente uma atividade em uma instalação. Poderão existir equipamentos, onde um ou mais de um dos seus componentes sejam outros equipamentos. Neste caso chamaremos: Equipamento principal: aquele que tem uma relação direta com o processo. Equipamento secundário: aquele que tem como função auxiliar o equipamento principal. 3.25 Estratégia de Manutenção Composição adequada de políticas de manutenção para que os objetivos da função manutenção sejam atingidos para um equipamento/instrumento, ou grupo destes. 3.26 Falha É a perda total ou parcial da capacidade de uma peça, componente, equipamento ou sistema operacional de desempenhar a sua função, não permitindo a sua utilização no processo. Tipos de Falha: Falha Aleatória: Aquela que não apresenta relação ou nenhuma característica determinística, quando estudada. Os equipamentos se comportam sempre como novos. Com isto a probabilidade de ocorrência é a mesma em períodos iguais, e sempre a mesma em qualquer período. O comportamento do item é o mesmo comportamento do item 5 no decorrer do tempo. Não existe período de falhas prematuras ou de falhas de fim útil. Falhas que ocorrem em um equipamento ou peça e que não tem padrão de comportamento previsível. São características de equipamentos em período de vida útil, vida econômica ou vida adulta. Os itens estudados se comportam sempre como novos. As falhas aleatórias normalmente são estudadascom o uso da Função Exponencial Negativa. A distribuição de Weibull, com Beta = 1 corresponde a esta etapa. Recomenda-se o uso da equação de Weibull porque podem representar as três diferentes épocas da vida de um equipamento (falha prematura, aleatória e por desgaste). Alguns autores entendem que a natureza é organizada demais para aceitar ocorrências ou comportamento imprevisíveis, mas que é isto acontece devido a incapacidade humana de entender ou sentir sinais que precedem o acontecimento dito como “imprevisíveis”. Falha Prematura: Também chamada como Mortalidade Infantil, falhas características de um equipamento recém instalado e recém ligado (fase de partida ou Start-up) onde as peças mais fracas falham e como o correr do tempo diminuem as chances de falha. As equações de Weibull com beta < 1 (menor que um) representam esta fase da vida do equipamento. Lembrar que as modernas técnicas de Qualidade Total estão fazendo o possível para que esta fase seja eliminada ou reduzida a valores insignificantes. Para minimizar a Falha Prematura utiliza-se técnicas de hibernação de conjuntos novos, tanto no armazenamento quanto instalados aguardando liberação de utilização operacional. Sempre que puder, estude a fase da vida dos equipamentos pela Distribuição de Weibull já que ela pode ser aplicada a todas as fases de vida do equipamento. Falha por desgaste: Falhas que acontecem devido desgaste acima do aceitável em uma máquina, item ou sistema. Normalmente são devido à falta de manutenção preventiva adequada ainda que a falta de manutenção seja intencional, ver falha por fim de vida econômica ou útil. Falha por fim de vida útil: Falhas regidas pela Distribuição Normal, onde, em manutenção devem ser entendidas como falta de manutenção preventiva ainda que intencional até por interesse econômico. A distribuição de Weibull, com Beta > 1 (maior que 1) corresponde a esta etapa da vida da máquina. Com Beta = 3,5 a Distribuição de Weibull comporta-se como a Distribuição Normal. Recomenda-se o uso das Equações de Weibull porque podem representar as três diferentes épocas da vida de um equipamento (falha prematura, aleatória e por desgaste) e a análise é sempre feita por apenas uma equação. Falha Catastrófica: Modo de falha na qual pode haver perigo de morte para as pessoas com mortes múltiplas ou danos à propriedade com degradação do sistema. É importante que ao ser feita uma análise se seja corretamente estabelecida uma definição para as palavras que irão ser usadas para classificar os efeitos das falhas. A FMEA se executada dentro de uma MIL – STD, usa quatro definições para os tipos de falha e seus efeitos: Catastrófica, Crítica, Marginal e Segura. Em MCC (RCM) existem valores máximos aceitáveis e tarefas (FTT) a serem executadas para evitar este tipo de falha. Outros FMEA usam graduações de 0 a 10. 6 Falha Crítica: Maneira de definir um tipo de falha na qual pode haver perigo para as pessoas ou dano à propriedade. É importante que ao ser feita uma análise, seja corretamente estabelecida uma definição para as palavras que irão ser usadas para classificar os efeitos das falhas. Falha Marginal: Falhas nas quais não existe perigo para as pessoas ou danos à propriedade, mas que degrada o sistema. É importante que ao ser feita uma análise seja corretamente estabelecida uma definição para as palavras que irão ser usadas para classificar os efeitos das falhas. Falha Segura: Falhas nas quais não existe perigo para as pessoas ou danos à propriedade, e que ocorrendo promove a parada e bloqueio do sistema ou equipamento de forma segura para as pessoas. É importante que ao ser feita uma análise seja corretamente estabelecida uma definição para as palavras que irão ser usadas para classificar os efeitos das falhas. Falha Oculta: Um modo de falha que, ao acontecer, o efeito não é evidente ao operador do sistema ou do equipamento, quando este operador está no desempenho normal de suas funções. Note bem, no desempenho norma de sua função. 3.27 GEM Grupo de Engenharia de Manutenção/ Gestão de Ativos/ Confiabilidade Grupo de profissionais, composto de engenheiros e técnicos para estabelecer diretrizes objetivando o desenvolvimento de estudos de engenharia que permitam melhorar o desempenho das instalações industriais, bem como incrementar a produtividade geral dos processos internos, aspectos estes que tem impacto direto sobre a competitividade do Negócio. Esse trabalho, normalmente se desenvolve com Engenharia de Equipamentos, Método e Processo. Figura 01 - Espectro da Engenharia de Manutenção ENGENHARIA DE EQUIPAMENTOS ENGENHARIA DE SISTEMAS ENGENHARIA DE MÉTODOS 7 3.28 GPP - Grupo Permanente de Paradas O GPP grupo de trabalho normalmente coordenado com a missão de Planejar, Programar, Controlar e Emitir o Relatório Técnico e Financeiro de todas as atividades necessárias para realizar a Manutenção Preventiva de uma Planta ou Unidade, que devam causar a interrupção total do processo produtivo por um tempo, que tem a mesma característica de um projeto, ou seja, prazo definido, escopo de atividades negociado, orçamento financeiro previamente aprovado pela Administração da Empresa. 3.29 Histórico Conjunto de registros cronológicos, relativos ao desempenho, modificações de projeto e intervenções de manutenção efetuados em equipamentos/instrumentos. A figura abaixo, ilustra a utilização do histórico. Figura 2 - Utilização do histórico de manutenção 3.30 Indisponibilidade por Manutenção Relação entre o tempo em que determinado equipamento, sistema ou planta esteve indisponível para operar devido a manutenção (corretiva ou preventiva) e o tempo total previsto para que o mesmo estivesse operando, em determinado período. Em se considerando um sistema com vários sub-sistemas, a indisponibilidade do conjunto é igual à da linha crítica do produto principal. 3.31 Inspeção Autônoma É um sistema de prevenção da falha/quebra baseado no acompanhamento e observação acurada dos equipamentos e sistemas produtivos durante a operação deles. 3.32 Item de Controle Parâmetro estabelecido para medir o desempenho de um processo através de uma relação matemática que mede, numericamente, atributos deste processo ou de seus resultados, com o objetivo de comparar esta medida com metas numéricas, pré- estabelecidas. ITENS DE CONTROLE Backlog mec-elet-inst-cal-comp Backlog médio total Comp. plano prev. por especial. Desvio de programação Impedimento total Fator de programação HISTÓRICO Quebra/falhae defeito MTBF MTTR Taxa de falha Resserviço LCC (custo ciclo de vida) 8 RI pendentes (exceto parada) Prioridades A/B (% de Hh útil) Manutenção preventiva (% Hh) Tabela 01 – Itens de Controle 3.33 Malha Conjunto de instrumentos interligados e integrados que se constitui em parte ou o total de um comando ou controle de determinado equipamento ou sistema operacional. 3.34 Manutenabilidade Facilidade com que se pode realizar uma intervenção de manutenção. Probabilidade que um item avariado possa voltar ao seu estado operativo em um período de tempo dado, quando a manutenção se realiza em condições determinadas e com meios e procedimentos estabelecidos. 3.35 Manutenção Função gerencial e técnica que administra as atividades necessárias a manter um sistema produtivo desempenhando o papel para o qual foi concebido, dentro de padrões que maximizem o retorno do investimento realizado e atendam aos requisitos de segurança, qualidade e o meio ambiente. A função manutenção abrange as seguintes atividades:MPC MPT MPC – Manutenção Preventiva por Condição/ Preditiva MPT – Manutenção Preventiva por Tempo MANUTENÇÃO PREVENTIVA MANUTENÇÃO PLANEJADA MANUTENÇÃO CORRETIVA PROGRAMADA MANUTENÇÃO CORRETIVA PROGRAMADA MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PROGRAMADA (EMERGÊNCIA) ATIVIDADE DE MANUTENÇÃO Evitar a quebra/falha Consertar a quebra/falha MANUTENÇÃO NÃO PLANEJADA ATIVIDADE DE MELHORIA Prolongar a vida útil Diminuir o tempo para Manutenção Eliminar a manutenção Aumentar o desempenho (melhorar) MELHORIA DA CONFIABILIDADE MELHORIA DA MANUTENIBILIDADE MANUTENÇÃO DE MELHORIA PROJETO QUE DISPENSA MANUTENÇÃO PREVENÇÃO DA MANUTENÇÃO 9 Figura 3 - Atividades de função manutenção 3.36 MCC - Manutenção Centrada na Confiabilidade Metodologia de seleção de tarefas adequadas e eficazes de manutenção, que visam manter as funções dos componentes de um sistema. Isto é obtido através de uma sistemática de identificação e análise das falhas funcionais. 3.37 Manutenção Corretiva Intervenções de manutenção não decorrentes de planos de preventiva, efetuadas quando os equipamentos/instrumentos estão em iminência de falha ou já falharam. 3.38 Manutenção Corretiva Planejada e Programada Intervenção de manutenção corretiva executada em conformidade com a política de manutenção previamente estabelecida, sendo, portanto, efetuada mediante programação. 3.39 Manutenção Corretiva Não Planejada e Não Programada Intervenção de manutenção corretiva não planejada, efetuada em caráter de emergência, após quebra/falha do equipamento/instrumento, não permitindo a programação dos serviços. 3.40 Manutenção de Melhoria Atividade da manutenção cujas intervenções visam a eliminação do processo de falha ou a estabilização e aumento do tempo de bom funcionamento e desempenho do equipamento/instrumento, através da introdução de melhorias. 3.41 Manutenção Diária (rotina) Intervenções de manutenção preventiva efetuadas na forma e em caráter de rotina, obedecendo a uma sistemática de inspeção e recomposição imediata (ex.: inspeção de ronda). 3.42 Manutenção não Planejada Conjunto de atividades de manutenção executadas nos equipamentos/instrumentos, de uma forma diferente da prevista pela estratégia previamente definida. 3.43 Manutenção Periódica (Preventiva baseada no tempo) Intervenções de manutenção preventiva baseadas no tempo, e efetuadas sempre que um prazo pré-estabelecido é atingido. Este prazo é estabelecido com base nas informações fornecidas pelos fabricantes dos equipamentos e/ou na experiência adquirida com os mesmos. 3.44 Manutenção Planejada Conjunto de atividades de manutenção executadas nos equipamentos/instrumentos, de acordo com a estratégia previamente definida. 10 3.45 Manutenção Preventiva baseada na condição/ Manutenção Preditiva Intervenção de manutenção preventiva baseada na condição do equipamento/instrumento e efetuada sempre que os resultados dos parâmetros monitorados, via inspeção de equipamentos, indicarem que o mesmo atingiu limites previamente estabelecidos. Na definição clássica da Manutenção Preventiva por Condições temos: Manutenção Sensitiva – Rotina de inspeção realizada com o equipamento operando, pelo operador ou profissional da manutenção, para avaliar condições gerais do equipamento, sem necessidade de equipamento ou instrumentos especiais; Manutenção Preditiva – Rotina de inspeção utilizando equipamentos e instrumentos especiais, realizada por especialistas da equipe de manutenção pois demanda necessidade de melhor capacitação e habilidade para identificar o estado do equipamento, presença de defeitos ou eminência de falha. 3.46 Manutenção Preventiva Atividades de manutenção executadas conforme planos pré-estabelecidos, podendo ser diária, periódica (baseada no tempo) ou preditiva (baseada na condição) destinadas a reduzir a probabilidade de falha ou degradação do funcionamento do equipamento. 3.47 Meio Ambiente Os arredores e condições nas quais a organização opera, incluindo sistemas vivos (humanos e outros). Como os efeitos ambientais da organização podem afetar todas as partes do mundo, o meio ambiente neste contexto se amplia do local de trabalho para o sistema global. 3.48 Melhoria Alteração efetuada em um item, da qual se busca um aperfeiçoamento de sua função. São, portanto, modificações implementadas nos equipamentos para sanar defeitos de projeto ou construção que comprometem sua Confiabilidade, para a função em que foi adquirido ou melhorar a Manutenabilidade dos equipamentos, para permitir que o mesmo possa atender a Disponibilidade esperada da Planta. 3.49 MTBF/ TMEF Iniciais da expressão em inglês "Mean Time Between Failures" ou seja, "Tempo Médio entre Falhas". Refere-se à média dos tempos em que um componente, equipamento ou sistema operacional consumiu sem ocorrência de falhas, durante um período definido. 3.50 Modos de Falhas O conhecimento do modo de falha e análise de efeitos é fundamental para o correto estabelecimento das políticas individuais de manutenção. É importante que 11 também seja considerada uma estimativa da frequência com que estas falhas podem ocorrer. DETECÇÃO FÁCIL PDF PERIÓDICA E/OU BARATA DETECÇÃO DIFÍCIL PDD FALHA E/OU ONEROSA MUITO FREQUENTE AMF ALEATÓRIA POUCO FREQUENTE APF Figura 4 - Classificação das falhas 3.51 MTTR/ TMR Iniciais da expressão em inglês "Mean Time to Repair", ou seja, "Tempo Médio para Reparo". Refere-se à média dos tempos que um componente, equipamento ou sistema operacional consumiu com intervenções durante um período definido. 3.52 Não Conformidade É o não atendimento a requisitos pré-estabelecidos, através de procedimentos e documentos técnicos. 3.53 Ordem de Serviço - OS Documento emitido após serem aceitas as SSM e/ou RI que dá início ao processo de detalhamento das intervenções de manutenção. 3.54 OS Modelo Ordem de serviço que dispõe de um detalhamento de uma intervenção típica em uma determinada família de equipamentos. Contém o desmembramento do serviço em tarefas, porém sem duração e recursos determinados. 3.55 OS Padrão Ordem de serviço que dispõe de detalhamento pré-estabelecido e representa a mais atualizada condição de execução de um determinado equipamento, instrumento ou sistema. A OS Padrão é elaborada a partir da OS Modelo. 3.56 Parada de Emergência Parada não programada, imprevista, ocasionada pela indisponibilidade repentina ou descontrolada de equipamentos, áreas ou sistemas operacionais, ou por condições de riscos iminentes para a planta, pessoas ou meio ambiente. 12 3.57 Parada Técnica/ Parada Programada de Manutenção Parada programada de unidades, áreas ou sistemas operacionais, condicionada a fatores internos e externos, não prevista no plano de produção. Para a programação de Parada Técnica, onde a impacto dessa atividade é critica para a Gestão do Negócio, é recomendado a formação do GGP – Grupo de Gestão de Paradas, que pode estar dentro do PCM/ PPCM estruturado para equipe de manutenção rotineira ou separada da mesma, conforme for melhor para gestão de Custos e Cronograma identificado pela Administração da Empresa. 3.58 PCM/ PPCM – Planejamento, Controle de Manutenção/ Planejamento, Programação e Controle da Manutenção Equipe de profissionais que estabelecer a sistemática para a solicitação, cadastro, planejamento, programação e controle dos serviços de manutenção, apropriação de recursos eemissão de relatórios técnicos e gerenciais. 3.59 Planta Sub-divisão da Unidade Industrial, que tem por finalidade a obtenção (fabricação/transformação) de um ou mais produtos, ou sub-produtos que se incorporam ou não ao produto final. 3.60 Política de Manutenção Forma de abordagem das atividades da manutenção dos equipamentos / instrumentos, classificada em corretiva, preventiva e melhoria. Essa Política é desenvolvida pela equipe do GEM/ Gestão de Ativos/ Confiabilidade. 3.61 Prevenção da Manutenção Atividade da manutenção cujas ações possibilitam a elaboração de projetos de equipamento/instrumento que dispensem ou minimizem a necessidade de manutenção. 3.62 Processo Produtivo É a atividade de processamento ou transformação de uma determinada matéria prima até a geração ou fabricação de produto(s) final(is), a partir de um conjunto de equipamentos, instrumentos e acessórios, utilizando-se insumos e materiais de produção. 3.63 Programação de Manutenção Ordenamento da carga de trabalho de manutenção a ser executada, compatibilizando a prioridade estabelecida para cada um dos serviços com a disponibilidade de recursos para sua execução. A programação dos serviços de manutenção deve ser orientada para atendimento de uma prioridade, conforme a orientação abaixo: 13 PRIORI- DADE DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICAS PRAZO DESEJÁVEL PARA INÍCIO A EMERGÊNCIA Atendimento imediato. Envolve risco iminente de acidentes ou danos para pessoas/instalações. Provoca parada de produção total ou parcial, com grandes implicações no plano de produção. B URGÊNCIA Atendimento rápido. Envolve riscos de parada de produção e implicações no plano de produção. Início dentro da semana da solicitação. Provoca grande redução da confiabilidade operacional, ou do sistema de segurança das instalações, ou variações da qualidade do produto. C NORMAL COM DATA MARCADA Execução com data marcada. Serviço em que há interesse em iniciar ou concluir em determinada data. D NORMAL - Serviço sem influência iminente no plano de produção. Tabela 02 – Prioridade de Programação para Ordens de Serviço 3.64 Recomendação de Inspeção - RI Documento emitido que recomenda a execução de intervenções de manutenção, ou instrui o executante acerca da execução do serviço, inspeção e testes a serem realizados. A emissão dos RIs é básica para fornecer ao PCM e GEM, informações para inclusão dos serviços nas Parada Programada de Manutenção. 3.65 Relatório de Não Conformidade e Ação Corretiva (RNC) Documento que registra a não conformidade observada em cada etapa do processo e indica ações corretivas e preventivas necessárias. 3.66 Repotencialização Intervenção realizada em equipamento ou instalação, incluindo reposição de componentes, resultando no prolongamento de sua vida útil prevista, para que ele possa operar na capacidade e condições do projeto original. O custo da repotencialização pode ser tratado contabilmente como imobilizado e não como despesa de manutenção. 14 3.67 Resserviço Execução de um serviço decorrente de uma falha de manutenção detectada no equipamento durante o seu teste operacional, ou ocorrida em um determinado período. Normalmente é adotado o período de 30 (trinta) dias para contabilização de resserviços. 3.68 Sistema Operacional Conjunto de equipamentos/instrumentos necessários à realização de uma função do processo de produção, podendo estar contido em mais de uma área operacional e/ou planta. 3.69 Solicitação de Serviço de Manutenção - SSM Documento emitido pelas pessoas que identificaram à necessidade de execução de intervenções de manutenção. Este documento pode assumir outros nomes, em decorrência da prática existente em alguns sistemas, como, por exemplo Nota no SAP 3.70 Taxa de Falha Número de falhas de componentes, equipamentos ou sistema operacional em um determinado período de tempo. 3.71 Unidade Industrial (fábrica, usina, área industrial etc.) Área física na qual se localizam as instalações, de produção e auxiliares, da empresa. A figura abaixo ilustra a unidade industrial e seus subconjuntos. UNIDADE INDUSTRIAL PLANTA 1 PLANTA 2 PLANTA n ÁREA OPERACIONAL 1 ÁREA OPERACIONAL 2 ATIVO INDUSTRIAL (EQUIPA- MENTO, INSTRUMENTO, TUBU- LAÇÕES, ESTRUTURAS, ETC.) MALHAS DE CALIBRAÇÃO UNIDADES DE MANUTENÇÃO ÁREA OPERACIONAL n 15 Figura 4 - Subconjuntos da unidade industrial 3.73 Unidade de Manutenção É o conjunto de equipamentos com desligamento vinculado. Quando o equipamento principal da unidade de manutenção parar, todos os outros equipamentos (secundários) relacionados também param. Entretanto a recíproca não é verdadeira. 4 Bibliografia Recomendada ABERNETHY, Dr. Robert. “The New Weibull Handbook Fifth Edition, Reliability and Statistical Analysis for Predicting Life, Safety, Supportability, Risk, Cost and Warranty Claims “, Amazon, 2006 BRANCO, Gil Branco Filho “Dicionário de Termos de Manutenção, Confiabilidade e Qualidade”. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2006 KARDEC, Alan & NASCIF, Júlio “Manutenção Função Estratégica” – Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2012. LAFRAIA, J. R. B., “Manual de confiabilidade, mantenabilidade e disponibilidade”. Rio de Janeiro, Editora Qualitymark, Petrobrás, 2001 MOUBRAY, J. “Reliability-centered maintenance” second edition. 2ª. ed. New York: Industrial Press Inc., 1997 NBR 5462. “Confiabilidade e mantenabilidade” Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1994 SIQUEIRA, Iony P. “Manutenção Centrada na Confiabilidade Manual de Implementação” 2º Edição, Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2012. Ary Jorge Francisco Butolo Ribeiro Engenheiro Mecânico e Segurança do Trabalho CNPJ: 33.910.372/0001-04 linkedin.com/in/ary-bútolo-ribeiro-90098728
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