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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS – UNIFIMES 
CURSO DE MEDICINA 
TUTORIA 
3ª ETAPA UNIDADE II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SP 01 – UNIDADE II – TUTORIA 
 
 
 
DANIEL LOPES 
DANIELA ALVES MESSAC 
GEOVANA RAQUEL QUEIROZ 
IARA TOSTA 
IZADORA OLIVEIRA FRANCO 
JULLY FARIA MONTEIRO 
LAURA TOLEDO LOPES 
LUCIANA AMARAL GARCIA 
NATHÁLIA LUIZA COELHO 
VITÓRIA PACHECO MENDES 
 
 
 
 
 
TRINDADE 
2020 
 
 
 
DANIEL LOPES DE OLIVEIRA 
DANIELA ALVES MESSAC 
GEOVANA RAQUEL QUEIROZ 
IARA TOSTA 
IZADORA OLIVEIRA FRANCO 
JULLY FARIA MONTEIRO 
LAURA TOLEDO LOPES 
LUCIANA AMARAL GARCIA 
NATHÁLIA LUIZA COELHO 
VITÓRIA PACHECO MENDES 
 
 
 
 
 
 
SP 01 – UNIDADE II – TUTORIA 
 
 
 
 
 
 
Relatório referente à disciplina de tutoria, 
como requisito parcial para obtenção de 
nota, sob orientação da professora Sarah. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRINDADE 
2020 
3 
 
SUMÁRIO 
 
1. RESPOSTAS E DISCUSSÕES........................................................................4 
1.1 Descrever os Mecanismos de Bioeletrogênese e das 
Sinapses.....................................................................................................4 
1.2 Definir os Termos Consciência e Inconsciência...............................8 
1.3 Explicar os Mecanismos Neurofisiológicos de Manutenção da 
Consciência/Vigília....................................................................................8 
1.4 Aplicar os Métodos de Avaliação dos Níveis de Consciência 
(Escala de Glasgow e Escala de Consciência Vígil)................................9 
1.5 Descrever as Vias Responsáveis Pela Percepção Tátil, 
Temperatura, Pressão, Tato Protopático, Tato Epicrítico, 
Propriocepção Consciente.....................................................................12 
1.6Distinguir Tato Protopático do Tato Epicrítico.................................14 
2. CONCLUSÃO............................................................................................... 15 
3. REFERÊNCIAS..............................................................................................16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. RESPOSTAS E DISCUSSÕES 
 
1.1 Descrever os Mecanismos de Bioeletrogenese e das 
Sinapses (Tipos, Anatomia Fisiológica e 
Neurotransmissores) 
 
A membrana celular do neurônio separa o meio intracelular 
(citoplasma), o qual tem o predomínio de íons orgânicos com carga negativa e 
íons de potássio (K+), do meio extracelular, o qual predomina sódio (Na+) e cloro 
(Cl-). Essas cargas elétricas dentro e fora da célula são responsáveis pelo 
estabelecimento de um potencial elétrico de membrana, esse sendo realizado 
por meio de canais iônicos, os quais permitirão a travessia de íons pela 
membrana, como também regulará o gradiente de concentração e elétrico. 
 
O dendrito receberá um estímulo o que ocasionará uma mudança na 
membrana, gerando um potencial de repouso da membrana, o que envolverá a 
entrada ou saída de íons – o tipo de íons que adentrará no neurônio irá 
desencadear um efeito inibitório (hiperpolarização) ou excitatório 
(despolarização). 
 
A hiperpolarização dá-se quando há um aumento da carga negativa 
do lado de dentro, ou seja, quando ocorre a abertura dos canais de cloro, 
acarretando na entrada desse ânion, aumentando assim a carga negativa do 
neurônio. Como também essa hiperpolarização pode ser ocasionada pelo 
aumento da carga positiva no meio extracelular, isto é, quando ocorre a abertura 
dos canais de potássio acarretando na saída desse cátion e aumento da 
positividade no meio extracelular. Enquanto a despolarização dá-se pela 
redução da carga negativa do meio intracelular, um exemplo é a entrada de íons 
de sódio no meio intracelular. 
 
O impulso nervoso, geralmente, inicia no dendrito e é encaminhado 
até o corpo celular/pericádio, esse impulso inicial gera potenciais graduáveis ou 
eletrotônicos, os quais são caracterizados por baixa amplitude e que percorre 
5 
 
pequenas distâncias, esses potenciais vão em direção ao cone de implantação 
do axônio, onde está localizado a zona de disparo ou zona de gatilho, nessa 
região é onde existe os canais de Na+ e K+ sensíveis a voltagem. Desse modo, 
ao chegar o impulso excitatório na zona de gatilho irá ocorrer a abertura dos 
canais de Na+ sensíveis a voltagem, acarretando alteração do potencial da 
membrana, gerando um potencial de ação, o qual permitirá uma despolarização 
da membrana de grande amplitude, formando assim a “lei do tudo ou nada”. 
 
A despolarização é formada a partir da grande entrada de Na+, logo 
um mecanismo do neurônio para manter a homeostasia é a abertura dos canais 
de K+ sensíveis a voltagem, ocasionando na saída de K+, esses canais possuem 
uma abertura lenta, essa saída de K+ promove a repolarização, entretanto o 
neurônio não é capacitado de receber outro estímulo, visto que não está na sua 
configuração normal, dessa forma, o mecanismo da bomba de sódio de potássio, 
fazendo com que o neurônio volte as suas condições de repouso. 
 
Inicialmente, para iniciar a explicação a respeito de como ocorre a 
sinapse é de suma o entendimento da anatomia dos neurônios, esse tem como 
estruturas básicas: dendrito, corpo celular/pericário e axônio. Na estrutura no 
axônio pode conter bainhas de mielinas, quando o neurônio é mielinizado há os 
nódulos de Ranvier, nas terminações do axônio possui dilatações as quais são 
denominadas de botões sinápticos, uma vez que são neles que acontecerá a 
sinapse. Os neurônios podem ser: bipolares, multipolares e pseudopolares. 
 
 
Fonte: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/tecido-nervoso/ 
6 
 
 Os tipos de sinapses existentes são: elétrica e químicas. A primeira 
é rara, interneuronais, possuem pequeno espaço entre as membranas, ocorrem 
um acoplamento iônica (comunicação entre neurônios pelos canais iônicos – 
junções comunicantes – que se projetam no espaço intracelular, estabelecendo 
comunicações intercelulares), não são polarizadas, ou seja, a comunicação dos 
neurônios envolvidos dá-se nos dois sentidos. 
 
Ademais a sinapse química ocorre na maioria das sinapses, podendo 
essas ser interneuronais e neuroefetuadoras, a comunicação dependente de 
neurotransmissores, os quais são armazenados nas vesículas sinápticas, é 
polarizada, isto é, a comunicação dá-se em apenas um sentido (unidirecional). 
Essa sinapse possui uma região denominada de fenda sináptica, a qual separa 
os neurônios pré e pós-sináptico (os neurônios pré-sinápticos são aqueles que 
possuem os neurotransmissores, já os pós-sinápticos são aqueles que tem o 
receptor onde o neurotransmissor irá atuar). 
 
Os neurotransmissores conhecidos são: acetilcolina, possui 
prioritariamente efeito excitatório; aminoácidos, tais como glicina (efeito 
inibitório), glutamato (efeito excitatório) e ácido gama-amino-butírico GABA 
(efeito inibitório); monoaminas, tais como dopamina (em geral efeito inibitório), 
noradrenalina/adrenalina (efeito excitatório), serotonina (efeito inibitório) e 
histaminas; peptídeos, sendo a substância P e opioides; e óxido nítrico. Os tipos 
de vesículas existentes são: agranulares (libera acetilcolina e aminoácido); 
granulares pequenas (monoaminas); granulares grandes (monoaminas e 
peptídeos); e opacas grandes (peptídeos). 
 
As sinapses químicas são de dois tipos: interneuronais e 
neuroefetuadoras. A primeira é uma terminação axônica entra em contato com 
qualquer outra parte do neurônio (axodendrítica, axossomática e axoaxônica) 
através de um botão sináptico ou de botões sinápticas de passagem, os quais 
são dilatação na arborização terminal do axônio. A membrana do botão é 
denominada membrana pré-sináptica, já as projeções densas localizadas na 
membrana pré-sináptica é chamada de densidade pré-sináptica, essa densidade 
corresponde a zona ativa da sinapse, isto é, local noqual se dá, de maneira 
7 
 
eficiente, a liberação do neurotransmissor clássica na fenda sináptica, essas 
sinapses com zona ativa são direcionadas. 
 
As sinapses químicas neuroefetuadoras é um axônios dos nervos 
periféricos com uma célula efetuadora não neuronal, podendo realizar junção 
neuroefetuadora somática, as conexões são com células musculares estriadas 
esqueléticas, possuindo placas motoras, ou seja possui zonas ativas, 
caracterizando sinapses direcionadas, o elemento pré-sináptico encontra-se na 
terminação axônica do neurônio motor somático, o qual o corpo é localizado na 
coluna anterior da medula espinal ou no tronco encefálico. Já a junção 
neuroefetuadora visceral, as conexões com células musculares lisas ou 
cardíacas ou com células glandulares, o contato das terminações nervosa dos 
neurônios do sistema nervoso autônomo, os corpos localizam nos gânglios 
autonômicos, as sinapses não são direcionadas, isto é, não apresentam zona 
ativa e nem densidade pré-sináptica. 
 
O mecanismo de transmissão sináptica dá-se da seguinte maneira: o 
impulso nervoso chega na membrana pré-sináptica, gera uma alteração no 
potencial da membrana, ocasionando a abertura de canais de Ca+ sensíveis a 
voltagem, levando assim um aumento no nível de Ca+, acarreta na fusão de 
vesículas sinápticas com a membrana pré-sináptica, caracterizando o processo 
de exocitose, pela liberação dos neurotransmissores. Simultaneamente, ocorre 
o processo de endocitose, no qual as vesículas serão reutilizadas. 
 
Há dois tipos de receptores, os ionotrópicos (canais iônicos – se 
abrem para a passagem de íons com a ligação do neurotransmissor -, possuem 
o efeito rápido) e os metabotrópicos, combinam com o neurotransmissor dando 
origem a uma série de reações químicas que resultam na formação, no 
citoplasma do neurônio pós-sináptico, uma nova molécula, sendo essa 
denominada de segundo mensageiro (provoca efeito prolongado), o qual leva a 
modificação na célula pós-sináptica, fechando ou abrindo os canais iônicos. 
 
8 
 
1.2 Definir os Termos Consciência e Inconsciência 
 
A consciência trata-se da capacidade do indivíduo de se conhecer e 
os estímulos ambientais. Ela também pode ser definida como o estado de alerta 
de um indivíduo acordado, chamado de vigília. Porém, estar vigíl não é o mesmo 
de estar consciente, mas considera-se como o primeiro componente para a 
produção da consciência. 
 
Dois aspectos são importantes serem analisados: o nível de 
consciência e o seu conteúdo. O primeiro refere-se ao grau de alerta, quando o 
mesmo se encontra prejudicado, o indivíduo não responde a estímulos externos 
e raramente produz memória. Dentre as alterações do nível de consciência, 
enfatize-se: coma, estado vegetativo persistente, estados convulsionais agudos 
e morte encefálica. Já o conteúdo indica as funções cognitivas e afetivas, 
englobando a memória, crítica, linguagem, humor e atenção. E seu prejuízo 
nessas funções, podem causar delirium. 
 
A inconsciência não mantém noção de tempo e espaço, assim não 
associa cronologia dos fatos e memória. Pode ser considerada como o contrário 
de consciência, em que o ocorre alteração no sistema nervoso, mas 
especificamente na formação reticular e nas regiões ponto-mesencefálica e o 
diencéfalo (tálamo e hipotálamo). Essa alteração relaciona-se a perda da 
capacidade de ver, pensar, ouvir e falar, assim, o indivíduo inconsciente não 
consegue se organizar mentalmente e raciocinar com perfeição. 
 
1.3 Explicar os Mecanismos Neurofisiológicos de 
Manutenção da Consciência/Vigília 
 
O controle da atividade elétrica do córtex pode ser detectado pelo 
eletroencefalograma (EEG), por meio de eletrodos na superfície do crânio. No 
estado de vigília são dessincronizados, com ondas de baixa amplitude e alta 
frequência. 
 
9 
 
A área responsável por isso, a ponto de produzir consciência é o 
sistema ativador reticular ascendente (SARA), formado por fibras ascendentes, 
constituídas pelos neurotransmissores: noradrenalina do locus ceruleus, 
serotonina dos núcleos da rafe e acetilcolina dos núcleos colinérgicos da junção 
ponte-mesencéfalo. 
 
O ciclo vigília é regulado por neurônios hipotalâmicos. Ao acordar 
esses neurônios disparam em potenciais de ação altos para ativação cortical e 
cessa a inibição dos núcleos do tálamo sensitivos através do núcleo reticular. 
Assim, se inicia o período de vigília. 
 
1.4 Aplicar os Métodos de Avaliação dos Níveis de 
Consciência (Escala de Glasgow e Escala de Consciência 
Vigíl) 
 
A escala de Glasgow é usada para determinar o estado de atenção e 
o grau de alteração da consciência. Geralmente, é utilizada em pacientes com 
trauma cranioencefálico. Essa escala é formada por três parâmetros de 
avaliação: abertura ocular (1-4 pontos), resposta verbal (1-5 pontos) e resposta 
motora (1-6 pontos). 
 
Além dessa pontuação, a nova atualização, permite designar como 
não-testável (NT) se caso não for possível avaliar algum parâmetro por causa de 
amputação, surdez ou afasia. Constitui, também nessa atualização, a inclusão 
da avaliação pupilar por estímulo de luz. 
10 
 
 
Fonte: https://www.glasgowcomascale.org/downloads/GCS-Assessment-Aid-Portuguese.pdf 
 
Além desses requisitos, a avaliação pupilar é pontuada de maneira 
inversa, ou seja, 2 pontos se ambas as pupilas reagem ao estímulo da luz, 1 se 
somente uma reage e zero pontos se nenhuma reagir. Portanto, o somatório 
desse quesito é ao contrário: a pontuação da abertura ocular, resposta e verbal 
são somadas e a da reatividade pupilar é subtraída. Assim, varia de 1 a 15 pontos 
o resultado da escala, sendo que uma pontuação igual ou inferior a 8 configura 
uma definição de coma ou lesão cerebral grave. Indivíduos com pontuação entre 
9 e 12 são conferidos como tendo uma lesão moderada e acima de 13 como 
lesão leve. 
 
A avaliação do nível de consciência também pode ser feita através da 
perceptividade e reatividade. Essa escala da consciência vigil, segundo Jevout 
e Dechaume analisa a perceptividade em quatros critérios: 1- resposta a uma 
11 
 
ordem escrita (o paciente ler em um papel uma ordem que deve executá-la, por 
exemplo: feche os olhos e abra as mãos), 2- orientação em tempo e espaço (o 
paciente deve falar onde ele está no momento), 3- execução de um problema 
matemático simples (responder quanto é 2+2, por exemplo), 4- pergunte ao 
indivíduo o nome de 4 flores, 5- execução de uma ordem verbal (“feche os olhos”, 
“mostre a língua”) 6- reação de piscamento à ameaça. 
 
A avaliação da reatividade é subdivida em relação à dor, inespecífica 
e autonômica. Essa última avalia após um estímulo doloroso, variações 
respiratórias, do ritmo cardíaco, vasomotoras e pupilares do exame físico geral. 
A dolorosa é observada também através desses estímulos para reconhecer a 
reação do paciente, dentre eles: mímica reacional (caretas), abertura dos olhos 
e retirada de parte do membro estimulado. E a inespecífica pode ser descrita por 
meios sonoros, em que o paciente demonstra atenção com abertura ocular e 
rotação dos olhos em direção ao local de saída do som. 
 
 
Fonte: PORTO, Celmo Celeno. Semíologia médica. 7ed. Rio de Janeio: Anthares, 2014. 
12 
 
1.5 Descrever as Vias Responsáveis Pela Percepção 
Tátil, Temperatura, Pressão, Tato Protopático, Tato 
Epicrítico e Propriocepção Consciente 
 
A temperatura e a dor possuem duas vias responsáveis, a via 
neoespinotalâmica e a via paleoespinotalâmica. Tratam- se de vias ascendentes, 
ou seja, conduzem o impulso nervoso do sistema nervoso periférico (SNP) para 
o sistema nervoso central (SNC). 
 
A primeira é a via clássica, somatotópica, sua trajetória se inicia com 
um estímulo sensitivo, conduzido pelo neurônio sensitivoaté os neurônios 1 
localizados nos gânglios espinhais das raízes dorsais, em que conduz o 
prolongamento central até a coluna posterior, entrando na medula, onde faz 
sinapse com os neurônios 2. O mesmo atravessa a comissura branca até o 
funículo lateral do lado oposto, inflectem-se cranialmente formando o trato 
espinotâlamico lateral (aproximadamente na lâmina 1 de Rexed). 
 
Na região da ponte, o trato espinotâlamico lateral e o trato 
espinotalâmico anterior se unem, formando o lemnisco medial em que termina 
no tálamo fazendo sinapse com os neurônios 3. Nessa área, mais 
especificamente no núcleo ventral posterolateral, seus axônios formam 
radiações talâmicas que chegam até o giro pós-central (áreas 3,1 e 2 de 
Brodmann). Tornando-se, assim, conscientes as sensações de temperatura e 
dor. 
 
A via paleoespinotalâmica é uma via não somatotópica que se inicia 
através do estímulo sensitivo até os neurônios 1 nos gânglios espinhais das 
raízes dorsais, onde chega até o corno posterior fazendo sinapse com os 
neurônios 2. Estes passam pela comissura branca da medula (da lâmina V de 
Rexed), indo até o funículo lateral do mesmo lado e do lado oposto. 
 
Nesse momento, inflectem-se cranialmente constituindo o trato 
espinoreticular, os quais continuam a trajetória juntamente com trato 
13 
 
espinotalâmico lateral fazendo sinapse com os neurônios 3, localizados na 
formação reticular por múltiplas sinapses, sobem até o tálamo, onde fazem 
sinapse com os neurônios 4. Estes localizados especificamente nos núcleos 
intralaminares iram se projetar para vários territórios corticais para ativar o 
córtex, tornando a dor consciente. 
 
Ademais, a via de pressão e tato protopatico possuem o mesmo 
trajeto, e seus receptores são os corpúsculos de Meissner, os de Ruffini e as 
ramificações dos axônios ao redor dos folículos pilosos. O estímulo sensitivo 
chega aos neurônios 1 dos gânglios espinhais, seu prolongamento periférico 
conecta ao receptor e o prolongamento central subdivide em ramo ascendente 
e ramo descendente. Ambos chegam à coluna posterior, local onde faz sinapse 
com os neurônios 2 e continua pela comissura branca até o funículo anterior do 
lado oposto. Nesse momento, inflectem-se cranialmente para formar o trato 
espinotâlamico anterior, continuam a rota até a ponte onde irá constituir o 
lemnisco medial pela junção com o trato espinotâlamico lateral. Ao chegar no 
tálamo, suas fibras fazem sinapse com os neurônios 3, especificamente no 
núcleo ventral posterolateral do tálamo. Proliferando, assim, radiações 
talâmicas, que passam pela cápsula interna e coroa radiada até a área 
somestésica cortical, onde tornam-se conscientes. 
 
Além disso, apesar da via de propriocepção consciente e tato 
epicrítico terem o mesmo curso, seus receptores se diferem. Fusos 
neuromusculares e órgãos neuroatendinosos são referentes as terminações 
nervosas proprioceptivas e os corpúsculos de Ruffini, do Meissner e as 
ramificações dos axônios em volta dos folículos pilosos relativos ao tato 
epicrítico. 
 
Nessa via, os neurônios 1 dos gânglios espinhais emitem 
prolongamentos periféricos que conectam ao receptor, enquanto o 
prolongamento central se ramifica em ramo descendente e ascendente, situados 
nos fascículos grácil e cuneiforme. Os ramos longos ascendentes chegam até o 
bulbo, onde faz sinapse com os neurônios 2. Seus axônios se alongam 
ventralmente para constituir as fibras arqueadas internas, que passam pelo 
14 
 
plano mediano e continuam no sentido cranial para formar o lemnisco medial, 
prosseguindo até o tálamo. Nessa área fazem sinapse com os neurônios 3 do 
núcleo ventral posterolateral do tálamo, onde fornecem radiações talâmicas 
através da cápsula interna e coroa radiada até à área somestésia. 
 
 1.6 Diferenciar Tato Protopático e Tato Epicritíco 
 
O tato epicrítico ou fino pode ser compreendido dentro de três 
funções: a estereognosia (capacidade de reconhecer objetos exclusivamente 
pelo tato), grafestesia (capacidade de reconhecer símbolos e códigos através do 
tato) e a discriminação entre dois pontos. O tato epicrítico relaciona-se com o 
reconhecimento mais preciso, determina exatamente do que se trata, apresenta 
uma representação espacial detalhada, já o tato protopático refere-se a pressão, 
ou seja, percebe-se o reconhecimento de algo, mas não se sabe exatamente o 
que é. 
 
Essa diferença se da principalmente por suas vias, enquanto a via 
protoprática faz sinapse com os neurônios 2 na coluna posterior e passa pelo 
funículo anterior do lado oposto para formar o trato espinotâlamico anterior e 
unindo ao trato espinotalâmico lateral para formar o lemnisco espinhal, a via 
epicrítica faz sinapse com os neurônios 2 nos núcleos grácil e cuneiforme do 
bulbo e formam as fibras arqueadas internas até constituir o lemnisco medial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
2. CONCLUSÃO 
 
A sinapses determinam as direções e distribuições dos sinais 
nervosos pelo sistema nervoso. Isso ocorre com os neurotransmissores e 
potenciais que forma a resposta feita do corpo. Além disso, vimos o conceito de 
consciência que é a percepção de si mesmo e do ambiente e a inconsciência 
não tem a noção do tempo e espaço, bem como alterações no sistema nervoso, 
na formação reticular e nas regiões do tálamo, hipotálamo e ponto-
mesencéfalica. Nesse sentindo, o seu controle ocorre no SARA que é 
responsável pela consciência, além do mais existe métodos de manutenção de 
avaliação dos níveis de consciência, como a escala de consciência vigíl e o mais 
utilizado a Glasgow. 
 
Ademais, os estímulos de dor, temperatura e pressão e a 
propriocepção consciente tem suas próprias vias ascendentes que levam o 
impulso nervoso do sistema nervoso periférico para o sistema nervosa central. 
Neste contexto, cada trato terá um caminho e região que irá terminar. Além do 
mais, a diferença entre os tratos epicrítico ou discriminativo e o trato protopático, 
que são respectivamente, tato fino e grosso. Desse modo, entende-se que o 
sistema nervoso contém várias funções desde da manutenção da consciência, 
a estímulos externos e internos do nosso corpo, dentre muitos outros importantes 
para manter a homeostase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
3. REFERÊNCIAS 
 
ANDRADE AF de et al. Coma e outros estados de consciência. Revista Med: 
São Paulo, 2007. Disponível em: < http://medicina.fm.usp.br/gdc/docs/ 
revistadc_101_123-131%20863.pdf >. Acesso em 01 jun 2020. 
 
GCS. Escala de Coma de Glasgow: Avalie da seguinte forma. Disponível em: 
< https://www.glasgowcomascale.org/downloads/GCS-Assessment-Aid-Portu 
guese.pdf >. Acesso em 01 jun 2020. 
 
HALL, John E; GUYTON, Arthur C. Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2017. 
 
PORTO, Celmo Celeno. Semíologia médica. 7ed. Rio de Janeio: Anthares, 2014. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS. Tecido Nervoso. Histologia 
Interativa. Disponível em: < https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/ 
tecido-nervoso/ >. Acesso em 01 jun 2020. 
 
 
 
	1. RESPOSTAS E DISCUSSÕES........................................................................4
	1.1 Descrever os Mecanismos de Bioeletrogênese e das Sinapses.....................................................................................................4
	1.2 Definir os Termos Consciência e Inconsciência...............................8
	1.3 Explicar os Mecanismos Neurofisiológicos de Manutenção da Consciência/Vigília....................................................................................8
	1.4 Aplicar os Métodos de Avaliação dos Níveis de Consciência (Escala de Glasgow e Escala de Consciência Vígil)................................91.5 Descrever as Vias Responsáveis Pela Percepção Tátil, Temperatura, Pressão, Tato Protopático, Tato Epicrítico, Propriocepção Consciente.....................................................................12
	1.6Distinguir Tato Protopático do Tato Epicrítico.................................14
	2. CONCLUSÃO............................................................................................... 15
	3. REFERÊNCIAS..............................................................................................16
	1. RESPOSTAS E DISCUSSÕES
	1.1 Descrever os Mecanismos de Bioeletrogenese e das Sinapses (Tipos, Anatomia Fisiológica e Neurotransmissores)
	1.2 Definir os Termos Consciência e Inconsciência
	1.3 Explicar os Mecanismos Neurofisiológicos de Manutenção da Consciência/Vigília
	1.4 Aplicar os Métodos de Avaliação dos Níveis de Consciência (Escala de Glasgow e Escala de Consciência Vigíl)
	1.5 Descrever as Vias Responsáveis Pela Percepção Tátil, Temperatura, Pressão, Tato Protopático, Tato Epicrítico e Propriocepção Consciente
	2. Conclusão
	3. REFERÊNCIAS

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