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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI CAMPUS PAULISTANA CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA DISCIPLINA; PROC. DE PROD. DE ORIGEM ANIMAL E VEGETAL 1 TRABALHO: INSTALAÇÕES PARA ABATEDOURO DE CAPRINOS E OVINOS DISCENTE: JOSUÉ DE SOUSA RODRIGUES. Paulistana, PI 11 De janeiro de 2019 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI CAMPUS PAULISTANA 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................................ 3 1. REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO DE UM ABATEDOURO....................... 3 2. INSTALAÇÕES DE UM ABATEDOURO DE CAPRINOS/OVINOS.............. 3 3. CONCLUSÃO...................................................................................................... 6 4. REFERÊNCIAS.................................................................................................... 6 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI CAMPUS PAULISTANA 3 INTRODUÇÃO: A grande expansão da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura exerce grande influência na criação de medidas em que o mercado conheça seus produtos, e para isso torna-se evidente que para alcançar tal mercado e preciso inova e aperfeiçoar técnicas de beneficiamento. E valido salientar, que a região nordeste como detentora de grande parte dos rebanhos de caprinos e ovinos, correspondendo respectivamente (92,8% e 57,8%, segundo dados do IBGE, ano de 2006), ainda apresenta precárias condições tecnológicas, baixos índices de produtividade e falta de informações confiáveis sobre o mercado da atividade na região. E com tal falta de aparatos tecnológicos e falta de conhecimento cientifico, gera um empecilho que pode ser notado em dados que afirmam que quase totalidade da carne comercializada para consumo tem origem no abate clandestino, enquanto uma pequena parcela se destina ao consumo de subsistência. O volume de carne caprina e ovina comercializada formalmente na região Nordeste (com inspeção federal ou estadual), não atinge o percentual de 5%. Torna-se necessário, portanto, que esferas de que gerem conhecimento cientifico e assistência técnica qualificada juntamente com produtores associados a cooperativas, envidar esforços, com o fito de ultrapassar tal imbróglio. REQUISITOS BÁSICOS PARA INSTALAÇÃO DE UM ABATEDOURO Abatedouro deve ser instalado em áreas não habitadas, distantes do perímetro urbano. É possível que, eventualmente, ocorram odores, como por exemplo de esterco nas baias de alojamento dos animais. Precisa, também, de facilidade de acesso, para veículos leves e caminhões, inclusive em época de chuva, tanto para o transporte da matéria-prima como para o produto pronto para a comercialização. Além disso, o local deve ser servido de energia elétrica, com potência suficiente para atender à demanda elétrica que será calculada em função das dimensões das instalações. Também é indispensável o abastecimento com água tratada. INSTALAÇÕES DE UM ABATEDOURO DE CAPRINOS/OVINOS Para que um abatedouro de ovinos e caprinos possa ser legalizado o seu funcionamento, o mesmo deve apresentar instalações que possam viabilizar o abate humanitário dos animais, e além de evitar contaminações na carne ou distribuição de carne de mal qualidade. As instalações físicas necessárias podem variar com a capacidade de abate por dia do abatedouro. Com isso, as instalações são as seguintes: 1. Desembarcadouro Logo após a chegada dos animais ao local que se instala o abatedouro deve-se ser retirado da caminhonete através do desembarcadouro, que deverá ser de alvenaria ou MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI CAMPUS PAULISTANA 4 outro material aceito pela DIPOA, antiderrapante, móvel, de modo que permita a sua adaptação às diversas alturas das carrocerias dos veículos transportadores, com inclinação máxima de 25% (vinte e cinco por cento) e com laterais fechadas. 2. Currais Os currais, apriscos e outras dependências que por sua natureza produzam mau cheiro, devem estar localizados de maneira que os ventos predominantes e a situação topográfica do terreno não levem em direção ao estabelecimento poeiras ou emanações, sendo necessária uma distância mínima de 10 (dez) metros, podendo ser redefinida pelo técnico da DIPOA, no momento da inspeção do local, não sendo permitido que os currais fiquem encostados às dependências onde se elaborem produtos comestíveis. Os currais serão, no mínimo, 02 (dois), sendo obrigatório 01 (um) curral para sequestro e observação dos animais doentes ou contundidos – que deverá ser exclusivo para esta finalidade. Este curral deverá ter capacidade mínima de 5% (cinco por cento) do volume total alojado de animais nos currais de matança e a identificação “sequestro – CISPOA”. Os currais e seus anexos deverão facilitar a condução dos animais. Esses anexos devem constar de, no mínimo, 01 (um) desembarcadouro, 01 (um) local apropriado para lavagem ou outra medida de higienização dos veículos destinados ao transporte de animais e 01 (um) corredor de acesso ao box de insensibilização. Nas quais serão obrigatoriamente cobertos e terão uma altura mínima de 3,00 m (três metros), a fim de permitir uma adequada circulação de ar, bem como evitar a incidência solar e chuvas ocasionais nas laterais. Os corredores de acesso também deverão ser cobertos e ter a largura mínima de 1,00 m (um metro). Os currais devem possuir capacidade de abrigar os animais que não exceda o volume de abate diário do estabelecimento, na qual a área mínima destinadas aos animais nos currais não seja inferior a 0,7 m² por cabeça de animal, onde o piso deverá ser de superfície plana, possuindo antiderrapante, íntegro, sem fendas, dilacerações ou concavidades que possam provocar acidentes nos animais, obrigatoriamente pavimentados com material resistente, impermeável e de fácil higienização e desinfecção. O piso possuirá declive mínimo de 2% (dois por cento) em direção às canaletas laterais externas, para fácil escoamento das águas de lavagem e excrementos. Todas as divisórias e portões deverão ter uma altura mínima de 1,00 m podendo ser de alvenaria, canos galvanizados, cordoalha de aço ou outro material autorizado. 3. Corredor central O corredor central deve ter esgoto próprio e número de ralos necessários em um dos lados. O corredor deverá ser construído de alvenaria, ter largura mínima de 1,00 m (um metro), coberto e, em sua porção final, poderá afunilar-se no caso de uso de equipamentos automatizados. 4. Brete MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI CAMPUS PAULISTANA 5 O Brete deverá ter dois metros de largura e fechamento lateral feito por cercas de características idênticas às de fechamento dos currais. O piso de concreto deverá apresentar uma declividade de 2% (dois por cento) no sentido longitudinal. No início do brete, será instalada uma canaleta para recebimento das águas de lavagem do animal. Para impedir a volta do animal para o curral, haverá um porta tipo guilhotina no início do brete da seringa. As paredes do brete afunilam-se junto à seringa. 5. Seringa (ou rampa de matança) A seringa será delimitada por paredes de alvenaria com dois metros de altura, revestidos com cimento liso, sem apresentar bordas ou extremidades salientes. Apresentará inclinação máxima de 15% e deverá ser provida de chuveiros de aspersão ao longo do seu comprimento. 6. Box de atordoamento O Box de atordoamento é individual, isto é, adequadoà contenção de um só bovino. Terá as seguintes dimensões: • Comprimento Total = 2,40 m • Largura Total = 0,80 m • Altura Total = 2,00 m Será construído em alvenaria e as portas metálicas. A porta de entrada do bovino terá movimento de guilhotina, e a que confina a praia de vómito, movimento basculante. Na praia de vómito, será colocada uma grade de contenção, destinada a proteger os operários, para que numa emergência, o animal não circule livremente pelas instalações do abatedouro. Será construída com três tubos de duas polegadas de diâmetro, em toda extensão de sua largura e provida de portão do mesmo material. Após o atordoamento, o animal cai na grade de vómito, daí sendo içado, por meio de carretilha e de uma corrente presa à sua pata traseira, até à altura máxima do trilhamento e, em seguida, conduzido para área de sangria. 7. Sala de matança Essa instalação deverá ser separada das outras repartições, por meio de paredes internas, contendo área suficiente para abrigar as atividades de sangria, esfola, evisceração, inspeção de carcaças e vísceras, toalete, lavagem e classificação de carcaças. O animal após atordoado, seguira para a área de sangria, onde deverá dispor de instalação própria e exclusiva, denominada “calha ou canaleta de sangria”. Essa poderá ser dispensada, desde que comprovada a eficiência do processo, obedecendo ao tempo de sangria de 03 (três) minutos e a velocidade horária de matança, o comprimento mínimo da calha será de 2,00 m (dois metros). Logo após a sangria, a carcaça e levada para a plataforma, onde se realiza o toalhete, logo após a evisceração, propiciando posição adequada ao funcionário encarregado da inspeção do quarto posterior, que abrange superfície externa e interna do quarto, nodos linfáticos regionais e rim (in loco). MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI CAMPUS PAULISTANA 6 8. Departamento de inspeção final (D.I.F.) Logo após ser realizado o procedimento de abate, evisceração e toalhete, seguira para a inspeção final, onde as carcaças com problemas detectados nas linhas de inspeção serão minuciosamente examinadas, juntamente com suas vísceras e julgadas pelo Serviço Oficial de Inspeção. Esta seção será localizada próximo das linhas de inspeção e com desvio das carcaças para esse local, sendo realizado, logo após a última linha de inspeção de carcaças e antes da linha de toalete, carimbagem e lavagem. Nas exigências da DIPOA, o D.I.F. deve Possuir 02 (dois) trilhos, 01 (um) de entrada e 01 (um) de retorno para a linha normal, com distanciamento mínimo de 1,00 m (um metro) entre eles, 01 (uma) mesa para inspeção de vísceras, provida de dispositivos de higienização, com água à temperatura mínima de 85ºC (oitenta e cinco graus Celsius), 01 (uma) plataforma para exame das carcaças, com largura mínima de 0,65m (sessenta e cinco centímetros), corrimão de segurança e piso antiderrapante. Possuirá ainda 01 (uma) pia provida dos seguintes acessórios: saboneteira para sabão líquido, outra de solução sanitizante, toalhas de papel descartáveis, com seu recipiente para o descarte das usadas, higienizador para facas, ganchos e chairas, uma pequena mesa ou prancheta de material de fácil higienização e aprovado pela DIPOA para anotações, bem como dispositivo com vapor canalizado, ou água quente e mangueira própria, para higienização do recinto. 9. Câmaras de resfriamento O estabelecimento possuirá instalações de frio, com câmaras e antecâmaras que se fizerem necessárias em número e área suficientes, segundo a capacidade do estabelecimento. Tais câmaras deverão fazer com que a temperatura das carcaças (medida na intimidade das massas musculares) ao final de um período de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) horas, esteja não superior a 7ºC (sete graus Celsius) e assim permanecer até a sua expedição, na condição de carne resfriada. CONCLUSÃO Torna-se evidente, portanto, que para o ramo de abate de ovinos e caprinos na região nordeste e no brasil como um todo, saia dos matadouros clandestinos sem nenhuma fiscalização e nenhum cuidado com higiene da carne e dos utensílios utilizados na hora do abate, seja necessário que a assistência técnica adequada em conjunto com associações de criadores em que desejam agregar valor e possuir uma marca de qualidade no mercado, utilizem dos conhecimentos técnicos e científicos para isso. REFERENCIAS BRANDÃO, Wilton Neves. DOSSIÊ TÉCNICO: ABATE E CORTE DE CAPRINO E OVINO. 1. ed. Bahia: [s.n.], 2007. 4 a 19 p. v. 1. Disponível em: <http://www.respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/MTIy>. Acesso em: 02 jan. 2019. RESOLUÇÃO DIPOA/DDA/SEAPI nº 02/2016 Estabelece normas técnicas relativas às instalações e equipamentos para funcionamento de matadouros e frigoríficos de ovinos e caprinos MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ – IFPI CAMPUS PAULISTANA 7 e dá outras providências.. Porto Alegre/RS: [s.n.], 2016. Disponível em: <https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/201608/25141014-matadouros-frigorificos- de-ovinos-e-caprinos.pdf>. Acesso em: 03 jan. 2019.
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