Buscar

Brochura_Pesquisa_FPROCHA_2019_V2

Prévia do material em texto

19
Fundação Educacional Serra dos Órgãos – FESO 
Centro Universitário Serra dos Órgãos – UNIFESO
Centro de Ciências da Saúde – CCS 
Curso de Graduação em Odontologia
FLÁVIO PAIM ROCHA
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO ACADÊMICA DO CIRURGIÃO-DENTISTA PARA A ASSISTÊNCIA AOS PACIENTES PSIQUIÁTRICOS
TERESÓPOLIS - RJ
 2019
FLÁVIO PAIM ROCHA
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO ACADÊMICA DO CIRURGIÃO-DENTISTA PARA A ASSISTÊNCIA AOS PACIENTES PSIQUIÁTRICOS
Projeto do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no 5º ano do Curso de Gradação em Odontologia do Centro Universitário Serra dos Órgãos – UNIFESO – Teresópolis - RJ.
Orientadora: M.e. Monique da Costa Sandin Bartole.
Co-orientadora: Profª Mônica Miguens Labuto.
TERESÓPOLIS - RJ
2019
FLÁVIO PAIM ROCHA
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO ACADÊMICA DO CIRURGIÃO-DENTISTA PARA A ASSISTÊNCIA AOS PACIENTES PSIQUIÁTRICOS
Projeto do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no 5º ano do Curso de Graduação em Odontologia do Centro Universitário Serra dos Órgãos – UNIFESO – Teresópolis – RJ.
 Projeto avaliado em: ___/___/____
BANCA EXAMINADORA:
___________________________________
M.e. Monique da Costa Sandin Bartole 
Orientador
____________________________________
Prof.
2º examinador
____________________________________
Prof.
3º examinador
TERESÓPOLIS - RJ
2019
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO ACADÊMICA DO CIRURGIÃO-DENTISTA PARA A ASSISTÊNCIA AOS PACIENTES PSIQUIÁTRICOS
RESUMO
A formação acadêmica do cirurgião-dentista é fundamental para a assistência odontológica adequada. Para atender aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), a formação acadêmica deve fornecer conhecimentos e habilidades para atender pacientes especiais com diversas patologias associadas, incluindo transtornos mentais. Os objetivos são entender o processo de formação do cirurgião-dentista e relacionar com os relatos verificados na prática, frente ao atendimento ao paciente psiquiátrico. Portanto, esse estudo justifica-se pela necessidade de uma formação acadêmica que forneça conhecimentos e habilidades específicas para o atendimento odontológico ao paciente psiquiátrico. O marco teórico foi dividido em três pilares, sendo o primeiro, baseado em instrumentos norteadores que descrevem e garantem o atendimento integral ao portador de transtornos mentais. O segundo, conhecimentos e habilidades específicas na formação acadêmica do cirurgião-dentista para o atendimento ao paciente psiquiátrico e por último a importância da saúde bucal para o paciente psiquiátrico. O método escolhido foi um estudo de abordagem qualitativa, que busca visualizar reflexos da formação acadêmica na prática de atendimento ao paciente psiquiátrico. Os participantes serão acadêmicos do último ano de odontologia e cirurgiões-dentistas da Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) de um município da região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Para o processamento da pesquisa será solicitada autorização ao Secretário de Saúde do município. O projeto de pesquisa será encaminhado para o Comitê de Ética em Pesquisa do UNIFESO e submetido à Plataforma Brasil. Será entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aos participantes deste estudo, a fim de respeitar a autonomia e a vulnerabilidade dos envolvidos diante das respostas no instrumento de coleta de dados, como prevê a Resolução nº 466/12 que envolve os preceitos éticos de pesquisa com seres humanos. A pesquisa será realizada através de um questionário com perguntas abertas, identificando atratores para a análise do campo dos saberes por meio da fenomenologia de Husserl.
Descritores (palavras-chave): Odontologia em saúde mental; Formação odontológica; Saúde bucal em pacientes psiquiátricos.
SUMÁRIO
RESUMO	3
1 INTRODUÇÃO	5
1.1 Objeto de estudo	8
1.2 Justificativa	8
1.3 Objetivos	8
1.3.1 Objetivo geral	8
1.3.2 Objetivos específicos	8
2 MARCO TEÓRICO....................................................................................................9
3 METODOLOGIA......................................................................................................18 
4 CRONOGRAMA	21
5 REFERÊNCIAS.......................................................................................................24
APÊNDICE ................................................................................................................29
ANEXO.......................................................................................................................32
1. INTRODUÇÃO
A Constituição Federal assegura que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, reforçando esse pensamento a Lei Orgânica nº 8.080 (BRASIL, 1990) versa sobre o Sistema Único de Saúde e apresenta diretrizes que garantem uma atenção integral, universal e igualitária aos usuários. Sendo assim, um paciente psiquiátrico deve receber atenção à saúde em toda sua integralidade e não visando apenas os transtornos mentais. Considerando o relatório de gestão que aborda a saúde mental no país o sistema de saúde assegura:
"[...] possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde [...]" (BRASIL, 2011).
Historicamente, a loucura passa por diversas interpretações ao longo dos séculos. Estudos mostram que na Grécia antiga os loucos eram considerados mensageiros divinos. Já na Idade Média, com a predominante influência da igreja católica, os loucos passam a ser “demoníacos” e possuídos e é nesta época que se inicia um processo de marginalização e exclusão dos loucos. Foucault (2006) nos apresenta uma visão sobre a loucura:
"[...] A internação clássica enreda, com a loucura, a libertinagem de pensamento e de fala, a obstinação na impiedade ou na heterodoxia, a blasfêmia, a bruxaria, a alquimia – em suma, tudo o que caracteriza o mundo falado e interditado da desrazão; a loucura é a linguagem excluída [...]" (FOUCAULT, 1978, p.215).
 Com o passar dos anos a exclusão foi enfatizada com confinamento dos loucos em leprosários e posteriormente em manicômios. A princípio o objetivo era promover a cura, porém os fatos mostraram uma realidade completamente diferente. Os pacientes sofriam de maus tratos, torturas, fome, frio e perdiam sua humanidade. De acordo com Arbex (2013), o psiquiatra Franco Basaglia, percursor da reforma psiquiátrica, visitou o Hospital colônia em Barbacena e o comparou com um campo de concentração dizendo, “Estive hoje num campo de concentração nazista. Em lugar nenhum do mundo, presenciei uma tragédia como essa”.
No final da década de 1970, a mídia divulgou imagens dos manicômios chocando a sociedade e dando início a movimentos antimanicomiais. Somente em 06 de abril de 2001 foi sancionada a Lei nº 10.216, que “dispõe sobre a proteção e o direito das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental” (BRASIL, 2001).
De acordo com o inciso primeiro do artigo 2º desta mesma lei, “ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades (BRASIL, 2001), o paciente tem o direito de ser atendido de acordo com suas necessidades e de acordo com um dos princípios do SUS, ser atendido em sua integralidade.
A partir deste momento, a loucura ganha espaço através dos dispositivos substitutivos, criados para promoverem a reinserção deste paciente na sociedade. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) foi instituída pela portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011 (BRASIL, 2011), e tem como objetivo viabilizar o acesso do portador de transtornos mentais a saúde. 
Em 2011, o Ministério da Saúde publica o Guia Prático de Matriciamento em saúde mental (CHIAVERINI, 2011), elaborado para articular os pontos de atenção da RAPS visando garantir o direito de atenção integral a saúde, aos portadores de transtornos mentais. Neste guia do Ministérioda Saúde, o matriciamento ou apoio matricial é definido como:
"[...] um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica [...]" (BRASIL, 2011).
Campos e Domitti (2007) afirmam que o matriciamento e a equipe de referência são
"[...] ao mesmo tempo, arranjos organizacionais e uma metodologia para gestão do trabalho em saúde, objetivando ampliar as possibilidades de realizar-se clínica ampliada e integração dialógica entre distintas especialidades e profissões [...]" (CAMPOS e DOMITTI, 2007).
A formação acadêmica dos profissionais de saúde é um fator determinante para a fluidez do SUS e suas políticas, refletindo diretamente na assistência prestada aos pacientes. As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia, instituídas pela resolução CNE/CES nº 3, de 19 de fevereiro de 2002, versam sobre a formação do cirurgião-dentista (BRASIL, 2002). 
O artigo 5º descreve as competências e habilidades específicas necessárias para a profissão, porém, o documento não expressa a necessidade de competências e habilidades para o atendimento à pacientes especiais e/ou com transtornos mentais. De forma geral, cita a atenção integral, a referência e a contra referência e o trabalho em equipe como podemos ver a seguir:
“[...] Parágrafo único. A formação do cirurgião-dentista deverá contemplar o sistema de saúde vigente no país, a atenção integral da saúde num sistema regionalizado e hierarquizado de referência e contra referência e o trabalho em equipe [...]” (BRASIL, 2002).
Em 2004, o Ministério da Saúde, elaborou o documento, Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal que "apontam para uma reorganização da atenção em saúde bucal em todos os níveis de atenção e para o desenvolvimento de ações intersetoriais" (BRASIL, 2004). Neste contexto, o documento cita a atenção a saúde bucal de pacientes portadores de necessidades especiais como descrito a seguir: 
“[...] desenvolvimento de ações complementares e imprescindíveis voltadas para as condições especiais de vida como saúde da mulher, saúde do trabalhador, portadores de necessidades especiais, hipertensos, diabéticos, dentre outras” (BRASIL, 2004).
A odontologia enfrenta diferentes problemas no que tange o paciente com transtornos mentais, que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são: 
“[...] caracterizados por uma combinação de pensamentos, percepções, emoções e comportamento anormais, que também podem afetar as relações com outras pessoas [...]” (OMS). 
Essas dificuldades permeiam pela captação, acolhimento, a morbilidade associada ao quadro psíquico, aceitação do tratamento, proservação do paciente, a interação medicamentosa empregada, realização de plano de tratamento e a continuidade do mesmo. 
Realizar um trabalho multidisciplinar é fundamental para o sucesso do tratamento, melhorando a interface entre a Saúde Mental e a Odontologia. O fortalecimento entre dentistas, psicólogos, psiquiatras, enfermeiros e terapeutas possibilita traçar condutas que facilitem a colaboração do paciente e consequentemente aumente o seu acesso ao tratamento odontológico e, por conseguinte, o cuidado per si.
Este trabalho se propõe a entender o processo de formação do cirurgião-dentista e relacionar com suas fragilidades frente à assistência odontológica ao paciente portador de transtornos mentais, buscando identificar possíveis lacunas na formação acadêmica que se projetam no manejo clínico do paciente. Por outro lado, busca dar maior visibilidade a uma temática tão importante, porém vista por muitas vezes sob a ótica do preconceito e do desconhecido.
Objeto do estudo
O modus operandi do atendimento de pacientes com necessidades especiais que possuam transtornos psiquiátricos, considerando os componentes curriculares de cursos de graduação em Odontologia e a rede de atenção à saúde do Sistema Único de Saúde.
Justificativa
Justifica-se pela necessidade da discussão sobre o aprimoramento da formação acadêmica do cirurgião-dentista para que descubra competências e habilidades específicas para o este profissional, otimizando o cuidado de pacientes com necessidades especiais que possuam transtornos psiquiátricos. Desta forma, pretende-se fomentar a realização de um atendimento odontológico em sua integralidade, conforme definido pelo SUS.
Objetivos
Objetivo geral
Analisar os reflexos da formação acadêmica do cirurgião-dentista na prática de atendimento a saúde bucal do portador de transtornos mentais.
Objetivos específicos
Identificar as competências e habilidades específicas na formação acadêmica do cirurgião-dentista para o atendimento aos portadores de transtornos mentais.
Analisar aspectos da formação acadêmica do cirurgião-dentista, em especial, acerca do matriciamento e o cuidado de pacientes portadores de transtornos mentais, para propor uma reflexão sobre a qualificação profissional.
2. MARCO TEÓRICO
Pacientes que são portadores de distúrbios mentais podem estar presentes nos mais diversos serviços de atendimento à saúde. Assim, esta clientela transpassa as diversas áreas de atuação do profissional de saúde, sendo que, em qualquer que seja o cenário, as emergências psiquiátricas podem ocorrer (LACERDA, 2002).
Tradicionalmente as emergências psiquiátricas eram tratadas apenas em unidades especializadas, havendo uma divisão entre a assistência ao doente mental e as outras afecções (PAES et al., 2010). 
A totalidade dos padrões legislativos do Sistema Único de Saúde (SUS), Constituição Federal (BRASIL,1988), leis orgânicas da saúde nº 8.080/1990 e nº 8.142/1990, assim como a lei nº 10.216/2001, possibilitaram e estabeleceram diretivas para uma assistência à saúde mental centralizada em recursos comunitários e em um atendimento extra-hospitalar, ou seja, prioriza a desinstitucionalização, além de garantir os direitos dos sujeitos afetados por transtornos psiquiátricos (BRASIL, 2005).
Com os direcionamentos das leis descritas anterior ocorridas no decorrer dos anos na área da saúde mental, como a reforma psiquiátrica, a obtenção da desinstitucionalização e inclusão social do indivíduo portador de transtorno psíquico, foi possível diminuir o número de leitos em hospitais psiquiátricos e ampliar as Redes de Atenção Social, contribuindo dessa forma para o tratamento e a reabilitação desse paciente para a sociedade (SILVA; OLIVEIRA, 2010; BRASIL, 2011).
No que está relacionado às emergências psiquiátricas, acredita-se que a possibilidade de um atendimento imediato é de suma relevância (Souza, 2010). Entretanto, muitos pacientes acabam sendo conduzidos a unidades diversificadas, alguns às unidades especializadas e poucos para locais que realizam atendimento nos finais de semana, feriados e durante 24 horas (BATISTA, 2006). 
Do ponto de vista matricial, onde se produz saúde a partir da interconexão de mais equipes de saúde, gerando a construção compartilhada e criando uma proposta pedagógico-terapêutica, o cirurgião-dentista inserido nesse contexto da atenção primária de saúde, pode participar na mesma consulta em um ambiente multiprofissional composta por médico, enfermeiro e agente de saúde, identificando já precocemente alterações na cavidade oral (CHIAVERINI, 2011).
Muitos destes atendimentos são realizados em unidades mistas, que são consideradas como unidades de atendimento de 24 horas que realizam cuidados de média complexidade e têm como objetivo equilibrar o paciente para ser encaminhado à unidade especializada ou a reinserção na sociedade (BRASIL, 2006).
 Ainda que se saiba que esta clientela esteja presente em várias perspectivas assistenciais, inclusive nas emergências, muitos membros da equipe de enfermagem referem que os pacientes psiquiátricos deveriam ser acolhidos somente em unidades especializadas e não em unidades de pronto atendimento; relatam também que sem a presença do médico não saberiam como atuar (SOUZA, 2010; MELO; LAUS, 2015).
Neste sentido, o atendimento odontológico ao paciente psiquiátrico, também segue algumasvias dependentes de uma série de fatores, que vão da condição social desse paciente, recursos de saúde oferecidos e da própria formação acadêmica do cirurgião-dentista.
Caveião et al. (2017), nesse contexto relata:
"[...] Surge a necessidade de se despertar nos profissionais e nas instituições de saúde a consciência da educação permanente como mola propulsora para um atendimento humanizado e seguro ao paciente portador de transtorno mental em situação de emergência [...]" (CAVEIÃO et al., 2017). 
Os indivíduos portadores de afecções psíquicas têm grande dificuldade de acesso ao tratamento odontológico. Os problemas confrontados vão desde a recusa dos profissionais em acolher a essa clientela à inadequada formação profissional desses profissionais (JAMELLI et al., 2010).
Aerts, Abegg e Cesar (2004), em seu trabalho sobre o papel do cirurgião-dentista no Sistema Único de Saúde reforçam a importância da capacitação profissional do profissional e das ações comunitárias:
" [...] Considerando os campos de ação propostos pela Carta de Otawa, as atribuições do cirurgião-dentista, em nível local, podem ser direcionadas para o fortalecimento de ações comunitárias, o desenvolvimento de habilidades pessoais e a reorientação dos serviços de saúde. É necessária a readequação dos cursos de odontologia para formar profissionais capacitados a exercerem uma prática que atenda ao SUS e a contínua capacitação dos profissionais já graduados atuando no sistema [...]" (AERTS; ABEGG; CESAR , 2004).
Em seu trabalho sobre a formação do cirurgião-dentista no Brasil, Costa Pinheiro et al. (2009) descrevem que a maioria dos estudos feitos sobre a formação acadêmica do cirurgião-dentista está concentrada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, e que a maioria desses estudos em suas conclusões, revela a necessidade de mudanças na formação deste profissional, mostrando a necessidade de mudanças no currículo e um melhor direcionamento do ensino ser voltado para as necessidades sociais, bem como a integração ensino-serviço. 
Estes mesmos autores (COSTA PINHEIRO et al. 2009) descrevem, ainda, que a tendência da formação é predominantemente elitista, com pouca preocupação com o social e a promoção da saúde. 
Para o adequado tratamento odontológico à pacientes com transtorno psíquico, o cirurgião-dentista deve estar familiarizado com o tratamento psiquiátrico, o que pode ajudar na comunicação apropriada com os pacientes e os familiares que cuidam deles (FRIEDLANDER et al., 2004).
Ao considerarmos estes autores, percebemos que é importante destacar o que as próprias Diretrizes Curriculares Nacionais (DNC) para os cursos de graduação em Odontologia no Brasil, instituídas em 2002 (BRASIL, 2002).
Em termos específicos a formação do cirurgião-dentista requer o desenvolvimento de algumas habilidades e competências descritas a seguir (BRASIL, 2002):
· “Ética;
· Atuar em todos os níveis de atenção, de forma multiprofissional; 
· Reconhecer a saúde como direito, participativo e socialmente envolvido; 
· Conhecer técnicas de investigação; 
· Desenvolver assistência odontológica individual e coletiva;
· Saber diagnosticar doenças do complexo maxilo-facial;
· Realizar investigações básicas, promover a saúde e prevenir doenças bucais; 
· Analisar e interpretar os resultados relevantes de pesquisas;
· Propor e executar planos de tratamento adequados;
· Reconhecer as limitações e estar apto e flexível às mudanças circunstanciais;
· Acompanhar e incorporar inovações tecnológicas no exercício profissional; 
· Dentre outras."
Conforme Saliba et al. (2012) apresentam em seu estudo:
 "[...] A Odontologia, assim como outras profissões de saúde, há muito tempo vem passando por processos de transformação, atendendo à necessidade de romper com o paradigma tecnicista e incorporar outros atributos também necessários ao seu desempenho [...]" (SALIBA et al., 2012).
 A formação do cirurgião-dentista deve contemplar o sistema de saúde vigente no Brasil, o trabalho em equipe e a ação integral em saúde. O número de egressos dos cursos de odontologia não é pequeno, pelo contrário, por isso a Universidade deve ter como meta principal a melhoria dos índices em saúde (GARBIN et al., 2006).
Em um estudo dirigido por Sampaio et al. (2012), observaram:
"[...] De acordo com os dados encontrados nesta pesquisa, houve uma forte correlação entre o paciente que concluiu o tratamento odontológico e seu retorno ao controle preventivo. Não houve correlação entre a situação da higiene bucal e a pessoa que realizou a escovação (paciente e/ou responsável). A qualidade da higiene bucal está relacionada ao quadro clínico do paciente (diagnóstico), pois indivíduos com problemas de motricidade e inteligência apresentaram as maiores frequências de higiene bucal considerada “regular” ou “péssima” de todos os diagnósticos estudados. A condição de saúde bucal dos pacientes avaliados foi considerada aceitável, embora a higiene encontrada não estivesse no padrão ideal [...]" (SAMPAIO et al., 2012).
Dentre as condições comuns de doenças que afetam a saúde bucal de pacientes psiquiátricos podemos destacar as doenças periodontais a um segmento importante da população portadora de problemas mentais como a esquizofrenia, podendo se tornar um fator de risco para o desenvolvimento e manutenção da saúde bucal. Outros fatores comuns que estão relacionados com a patogenia da periodontite como o tabagismo e higiene oral, também devem ser considerados para um melhor controle, já que são comuns em pacientes psiquiátricos (VELASCO ORTEGA et al., 2005). 
Um percentual grande de pacientes especiais (80% a 90%) pode ser tratado em um consultório odontológico normal onde, além dos conhecimentos técnicos, o cirurgião-dentista necessita de habilidades especiais para o manejo clínico e muito senso humanitário, devolvendo a eles mastigação funcional, além de outras melhorias e com isso, contribuir mais ainda nas suas condições nutricionais e de desenvolvimento. O tratamento sob anestesia geral somente deve ser realizado em casos realmente necessários (ANDERS et al., 2010).
O portador com transtorno mental apresenta inúmeros problemas decorrentes de diferentes bases etiológicas com a probabilidade de ocorrência de distúrbios de comunicação, locomoção e sentido, sendo constantes os problemas de ordem médica e odontológica, que comprometem, sobremaneira, seu bem-estar. Esta realidade tornou premente a necessidade da atuação de uma equipe multiprofissional integrada e especializada (MARTA, 2011).
Cabe destacar que o paciente em uso de medicamentos para transtornos psiquiátricos, pode apresentar efeitos colaterais manifestados na cavidade oral, que devem ser relatados pela equipe de saúde e avaliados pelo cirurgião-dentista. No caso dos antipsicóticos, por exemplo, sintomas como abertura de boca forçada, protrusão da língua e trismo com deslocamento da mandíbula, podem ser observados. Pacientes em uso de antidepressivos tricíclicos e ou hipnóticos, podem relatar boca seca (xerostomia), gosto amargo e sonolência, casos em que mesmo sendo tratado na atenção secundária, esse paciente deve ser direcionado para a atenção primária para avaliação com cirurgião-dentista (CORDIOLI, 2005). 
2.1 A Reforma Psiquiátrica e a Nota Técnica nº11/2019
	Os primeiros movimentos vinculados à assistência psiquiátrica brasileira apareceram nos anos 1970, momento em que profissionais recém-graduados encontraram um ambiente de descaso e violência. Dessa forma, são emblemáticos, o caso dos acadêmicos baianos, o memorial da Associação Psiquiátrica da Bahia e a “crise” da Divisão Nacional de Saúde Mental (DINSAM/MS) (APBA, 1978). 
	O paciente psiquiátrico antigamente era atendido dentro de uma estrutura hospitalar especializada cujas características específicas acabava retirando os direitos sociais da pessoa, onde eram isoladas perdendo seus vínculos familiares na comunidade (FERIGATO, 2008).
	As internações muito longas são muito prejudiciais para o paciente psiquiátrico, onde existem várias perdas e oprofissional médico e a medicação são as principais formas de tratamento. Com o passar dos anos, foi se entendendo que esse modelo de cuidado não era a melhor maneira de tratar um paciente psiquiátrico. Então, o modelo hospitalar com características específicas foi denominado de manicômio, quando se percebeu a necessidade de mudar esse tipo de tratamento (BORGES, 2008).
Anos depois, houve a reforma psiquiátrica, que visava na sua essência tratar os pacientes de maneira mais humanizada, evitando ao máximo sua internação bem como sua manutenção em manicômios. A reforma psiquiátrica foi muito importante para mudar a realidade dos pacientes psiquiátricos, os manicômios foram extintos com a Lei nº 10.216, de 06 de abril de 2001, também conhecida como Lei Paulo Delgado. Esta lei dispõe sobre os direitos das pessoas que tem algum transtorno, sobre a importância de tratar essas pessoas em outro ambiente que não seja o ambiente hospitalar “Manicômio” (BORGES, 2008).
Esta lei é de uma importância infinita para a população, porém não diz exatamente como é que ocorre essa mudança, somente relata que o paciente preciso de outro tipo de atendimento. Então, para sanar esse problema, foi criada a portaria nº 336, de 2002, que dispõe sobre o CAPS que são Centros de Atenção Psicossocial. O CAPS é uma casa na comunidade que funciona em forma de rede oferecendo ao paciente um tratamento ambulatorial onde possui a participação em grupos de atividades juntamente com uma equipe multidisciplinar (COSTA, 2011; SANTOS, 2019). 
Em relação ao CAPS, o atendimento pode ser infantil ou mesmo voltado para o tratamento de indivíduos com histórico de uso/abuso de álcool ou outras drogas, inseridos no contexto de nível de atenção à saúde, pertencentes à atenção secundária, além de pacientes com transtornos psiquiátricos. Na verdade, o fluxo correto e normal que deveria acontecer, é que o usuário fosse até a atenção básica, fosse avaliado e, então, se não resolvesse seria encaminhado para o CAPS, o serviço especializado. Dando entrada no CAPS, passaria por um acolhimento multiprofissional. Isso de forma contínua durante todos os dias da semana. Após esse acolhimento, o caso seria discutido, analisado e encaminhado, para um técnico de referência e para resolutilidade (ROCHA, 2018).
A proposta das Residências Terapêuticas (RT) e dos programas de reabilitação é promover a reinserção social desses indivíduos desospitalizados oferecendo-lhes o desenvolvimento da autonomia. É uma atitude complexa e que requer abordagens distintas para as diferentes demandas dos pacientes. Requer, ainda, que esses programas sejam desenvolvidos de maneira continuada e dinâmica, para sustentação dos ganhos e com ajustes frequentes, de acordo com evolução alcançada por esses indivíduos (VIDAL, 2008).
Rede é sempre algo que une, que entrelaça, que apanha, que amortece, que interconecta, que comunica, que vincula por meio de sua ligação, de seus nós, e que por isso, quando bem instrumentalizada na saúde, possibilita a melhor visão do sistema, seja do indivíduo, de sua família ou de sua comunidade, melhorando a resolubilidade da atenção. O matriciamento já é um exercício da rede em que a atenção primária (ESF) junto à saúde mental e/ou ao NASF constroem projetos terapêuticos, incluindo qualquer ator da rede, necessário para aquele indivíduo e sua família (LUCCHESE, 2009).
No atual modelo hegemônico, os serviços de saúde da atenção primária encaminham para os especialistas nos ambulatórios, CAPS e/ou hospitais e, na maioria das vezes, não sabem o resultado da consulta ou internação do usuário. Dessa forma, o portador de sofrimento psíquico é encaminhado e não é sentido pelos profissionais da atenção primária como de sua responsabilidade, apesar de estar no seu território, na sua comunidade (LUCCHESE, 2009).
No matriciamento, as duas equipes interagem, traçando junto um projeto terapêutico, num apoio que gera novas possibilidades, além de reunirem seus conhecimentos sobre aquele indivíduo. Dessa forma, a equipe da ESF revela seu conhecimento sobre os hábitos do indivíduo, sua família, sua comunidade, sua rede de apoio social e/ou pessoal. A equipe de matriciadores traz seu conhecimento sobre a saúde mental, suas repercussões na vida do indivíduo. Essa rede de saberes gera a primeira possibilidade de rede, que vincula, que corresponsabiliza (BRASIL, 2011).
Com a Nota Técnica 11/2019 - GMAD/DAPES/SAS/MS a internação psiquiátrica volta a ser discutida:
“[...] Além do aumento do número de pacientes com transtornos mentais graves nos cárceres brasileiros, problemas na condução da antiga Política Nacional de Saúde Mental acabou concorrendo também para o aumento das taxas de suicídio, aumento de pacientes com transtornos mentais graves na condição de moradores de rua, aumento e proliferação das cracolândias, aumento da mortalidade de pacientes com transtornos mentais e dependência química, principalmente de crack, aumento do afastamento do trabalho de pacientes com transtornos mentais, superlotação de Serviços de Emergência com pacientes aguardando por vagas para internação psiquiátrica. [...]” (BRASIL, 2019).
2.2 Diretrizes da Rede de Atenção Psicossocial
 Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia, a liberdade e o exercício da cidadania, promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde, garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar, ênfase em serviços de base territorial e comunitária, diversificando as estratégias de cuidado, com participação e controle social dos usuários e de seus familiares, Organização dos serviços em RAS regionalizada, com estabelecimento de ações Inter setoriais para garantir a integralidade do cuidado e o desenvolvimento da lógica do cuidado centrado nas necessidades das pessoas com transtornos mentais, incluídos os decorrentes do uso de substâncias psicoativas (BRASIL, 2019).
Fonte: Ministério da Saúde (BR) Rede de Atenção Psicossocial – RAPS. Disponível<http://dab.saude.gov.br/portaldab/smp_ras.php?conteudo=rede_psicossocial> Acesso em: 02 mar.2019.
3. METODOLOGIA
Este estudo irá adotar como método o qualitativo com abordagem descritiva exploratória, tendo como objetivo a análise do preparo em termos de percepção do conhecimento técnico, condições de atendimento e resolutividade do atendimento odontológico no tocante da saúde mental, considerando a rede de atenção à saúde do SUS.
Serão feitas perguntas abertas aos estudantes do último ano do curso de Odontologia e aos cirurgiões-dentistas que atendem na atenção básica de um município do interior do Rio de Janeiro.
Após a realização do questionário, serão determinados campos de saberes por influência da Fenomenologia de Edmound Husserl (ZILLES, 2007), identificando atratores do contexto identificado pelo estudo. 
3.1 Critérios de inclusão
Estudantes de graduação de odontologia que estejam cursando o último ano do curso e cirurgiões dentistas que trabalham na atenção básica de um município da região serrana do Estado do Rio de Janeiro. 
3.2 Critérios de exclusão
Estudantes de graduação de odontologia que não estejam cursando o último ano e cirurgiões dentistas que trabalhem na atenção secundária ou terciária da rede de atenção em saúde da região serrana do Estado do Rio de Janeiro. 
3.3 Riscos e benefícios da pesquisa
Com relação aos riscos, podemos elencar:
	Riscos
	Medidas de prevenção ou cautela
	Invasão de privacidade
	Não identificação da identidade dos participantes da pesquisa assegurado pelo TCLE
	Discriminação e estigmatização a partir do conteúdo revelado
	Não identificação da identidade dos participantes da pesquisa assegurado pelo TCLE
	Tomar o tempo do participante ao responder o questionário
	Garantir questionário com perguntas claras e objetivas
	Considerar riscos relacionados à divulgação de imagem, quando houver filmagens ou registros fotográficos
	Não identificação da identidade dos participantes da pesquisa assegurado peloTCLE
Com relação aos benefícios, podemos elencar:
	Benefícios
	Estudantes
	Cirurgiões Dentistas
	Refletir sobre os processos de trabalho em saúde 
	x
	x
	Aprimorar os conhecimentos acerca do acolhimento aos pacientes com transtornos psiquiátricos 
	x
	x
	Estimular o trabalho sob o viés do matriciamento 
	x
	x
	Refletir sobre o funcionamento da rede de atenção em saúde 
	x
	x
3.4 Material e métodos
Será aplicado um questionário único de perguntas abertas para os estudantes do último ano do curso de odontologia e cirurgiões-dentistas envolvidos na pesquisa, visando dar informações sobre o conhecimento técnico necessário para atendimento ao paciente psiquiátrico, conhecimento da legislação e manejo clínico, bem como a auto percepção sobre o preparo e condições profissionais para atender esse tipo de paciente. 
Serão garantidos os cuidados éticos, na coleta de dados, tratamento e apresentação dos resultados desta pesquisa, preservando-se o anonimato dos participantes da mesma, onde será utilizado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O número total de participantes pretendidos neste projeto é de 40 (quarenta) pessoas, considerando todas as etapas anteriormente descritas, a coleta e o tratamento dos dados e a análise dos resultados. Estima-se que, logo que autorizada a pesquisa, a etapa de coleta de dados dure 07 (sete) dias. 
Previamente à coleta de dados, o estudo será submetido à Plataforma Brasil para avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do UNIFESO, obedecendo assim aos princípios da Resolução nº 466/2012 do CNS, sendo iniciada esta pesquisa apenas após a devida autorização.
Os dados obtidos serão divididos em atratores, considerando os grupos de participantes que preencherão os questionários e respostas obtidas, sendo analisados com o auxílio do programa Excel®. O questionário a ser respondido pelos estudantes do último ano do curso de odontologia e cirurgiões-dentistas, sendo feita análise quanti-qualitativa dos resultados para a realização de posterior discussão e considerações finais do estudo.
3.5 Orçamento do projeto
	Recursos utilizados
	 Xerox
	R$ 150,00
	Alimentação
	R$ 50,00
	Transporte
	R$ 100,00
	TOTAL
	R$ 300,00
4. CRONOGRAMA
	FEV/19
	MAR/19
	ABR/19
	MAI/19
	JUN/19
	JUL/19
	AGO/19
	SET/19
	NOV/19
	DEZ/19
DEZ/20
	Início da Redação do projeto
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Constru-ção do Marco Teórico
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Refor-mulação da Metodo-logia
	Constru-ção do Questio-nário e TCLE
	Submis-são do Projeto ao CEP
	Aprova-ção do Projeto no CEP
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega da 2ª versão do Projeto
	
	Aplica-ção do questio-nário
	Tabula-ção de resulta-dos
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Análise de Resulta-dos e Discus-são
	Conside-rações finais
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Constru-ção do artigo
	Finaliza-ção do artigo
	Apresen-tação do trabalho final
	Submis-são do artigo
*Esta pesquisa só será iniciada após aprovação do CEP.
5. REFERÊNCIAS
AERTS, D.; ABEGG, C.; CESA, K. O papel do cirurgião-dentista no Sistema Único de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 9, p. 131-138, 2004.
ANDERS, P.L.; DAVIS, E.L. Oral health of patients intellectual disabilities: a systematic review. Spec Care Dent, v. 30, n. 3, p.110-7, 2010.
ARBEX, D. Holocausto Brasileiro. São Paulo: Geração Editorial, 2013.
BATISTA, K.M.; BIANCHI, E.R.F. Estresse do enfermeiro em unidade de emergência. Rev Latinoam Enfermagem, v.14, n.4, p.534-9, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n4/v14n4a10.pdf>. Acesso em: 28/09/2018
BIOGRAFIAS. “Philippe Pinel, médico francês (1745 - 1826)”. Disponível em: <http://biografias.netsaber.com.br/biografia-2851/biografia-de-philippe-pinel> Acesso em: 01 de maio de 2018.
BORGES, C. F.; BAPTISTA, T. W. F. O modelo assistencial em saúde mental no Brasil: a trajetória da construção política de 1990 a 2004. Cadernos de Saúde Pública, v. 24, p. 456-468, 2008.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 8.080. Lei Orgânica da Saúde de 19 de setembro de 1990. Diário Oficial da União.
BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 10.216, Lei da Reforma Psiquiátrica de 06 de abril de 2001. Diário Oficial da União. 
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 3, de 19 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Odontologia. Diário Oficial da União 2002; 04 mar. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES032002.pdf>. Acesso em: 28/09/2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal. Brasília: MS, 2004. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_brasil_sorridente.pdf Acesso em 28/09/2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Mental. Políticas de Saúde Mental. Brasília, 2005. Disponível em: <http://www.saude.gov.br>. Acesso em:28/09/2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências. 3. ed. Brasília, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília: 2005. Acesso em: 18 de outubro de 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Mental no SUS: as novas fronteiras da Reforma Psiquiátrica: Relatório de Gestão 2007-2010. Brasília, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Brasília, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia prático de matriciamento em saúde mental / Dulce Helena Chiaverini (Organizadora) [et al.]. [Brasília, DF]: Ministério da Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM 3.088 de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt3088_23_12_2011_rep.html > Acesso em: 27 Dez. 2018.
BRASIL. Ministério Público Federal / Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Cartilha direito à saúde mental. Brasil 2012. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/cartilha-saude-mental-2012.pdf> Acesso em: 01 de maio de 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Centros de Atenção Psicossocial e Unidades de Acolhimento como lugares da atenção psicossocial nos territórios: orientações para elaboração de projetos de construção, reforma e ampliação de CAPS e de UA – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 44 p.: il.
CAMPOS, G. W. S.; DOMITTI, A. C. Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399-407, 2007.
CAVEIÃO, C. et al. Portador de transtorno mental em situação de emergência: dificuldades de atendimento percebidas pela equipe de enfermagem em uma unidade mista. Cadernos da Escola de Saúde, v. 2, n. 14, p 21, 2017.
CHIAVERINI, D. H. et al. Guia prático de matriciamento em saúde mental. 2011.
Conselho Federal de Odontologia - CFO: Resolução conceitua e define a Odontologia Hospítalar 25 NOV 2015. Disponível em: <http://www.crogo.org.br/index.php/noticias/507-resolucao-do-cfo-conceitua-a-odontologia-hospitalar-e-define-atuacao-do-cd-habilitado>. Acesso em: 28/09/2018.
CORDIOLI, A. V. Psicofármacos nos transtornos mentais. Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil, 2005.
COSTA PINHEIRO, F. M. et al. A formação do cirurgião-dentista no Brasil: contribuições de estudos para a prática da profissão. RGO, v. 57, n. 1, p. 99-106, 2009.
COSTA, N. R. et al. Reforma psiquiátrica, federalismo e descentralização da saúde pública no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, p. 4603-4614, 2011.
FERIGATO, S.; CAMPOS,R. T. O.; BALLARIN, M. L. G. S. O atendimento à crise em saúde mental: ampliando conceitos. Revista de Psicologia da UNESP, v. 6, n. 1, 2008.
FONSECA, E. P. As Diretrizes Curriculares Nacionais e a formação do cirurgião-dentista brasileiro. Journal of Management & Primary Health Care, v. 3, n. 2, p. 158-178, 2012.
FOUCAULT, M. A história da loucura na Idade Clássica. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1978.
FRIEDLANDER, A. H. et al. La atención odontológica del paciente con esquizofrenia. Archivos de Odontoestomatología, v. 20, n. 7, p. 463-473, 2004.
GARBIN, C. A. S. et al. O papel das universidades na formação de profissionais na área de saúde. Rev ABENO, v. 6, n. 1, p. 6-10, 2006.
JAMELLI, S. R. et al. Saúde bucal e percepção sobre o atendimento odontológico em pacientes com transtorno psíquico moradores de residências terapêuticas. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, n.8, p. 1795-1800, 2010.
LACERDA, A. Apoio social e a concepção do sujeito na sua integração entre corpo-mente: uma articulação de conceitos no campo da saúde pública. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro, 2002.
LUCCHESE, R. et al. Saúde mental no Programa Saúde da Família: caminhos e impasses de uma trajetória necessária. Cadernos de saúde pública, v. 25, p. 2033-2042, 2009.
MARTA, S. N. Programa de assistência odontológica ao paciente especial: uma experiência de 13 anos. RGO. Revista Gaúcha de Odontologia, v. 59, n. 3, p. 379-385, 2011.
OHARA, R.; MELO, M.R.A.C.; LAUS, A.M. Caracterização do perfil assistencial dos pacientes adultos de um pronto socorro. Rev Bras Enferm., v. 63, n. 5, p. 749-54, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v63n5/09.pdf>. Acesso em: 28/09/2018.
PAES, M.R.; BORBA, L.O.; LABROCINI, L.M.; MAFTUM, M.A. Cuidado ao portador de transtorno mental: percepção da equipe de enfermagem de um pronto-atendimento. Cienc Cuid Saude, v. 9, n. 2, p. 30, 2010. Disponível em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/download/11238/608>. Acesso em: 23/09/2018.
SALIBA, N. A. et al. Percepção do cirurgião-dentista sobre formação profissional e dificuldades de inserção no mercado de trabalho. Revista de Odontologia da UNESP, v.1, n2, p. 297-304, 2012.
SAMPAIO, E. F.; CÉSAR, F. N.; MARTINS, M. G. A. Perfil odontológico dos pacientes portadores de necessidades especiais atendidos no Instituto de Previdência do Estado do Ceará. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 17, n. 3, p. 127-134, 2012.
SANTOS, W. A complexidade da Atenção Psicossocial na Atenção Primária à Saúde: experiências formativas. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde, v. 8, n. 1, 2019.
SILVA, N.G.; OLIVEIRA, A.G.B. Interconsulta psiquiátrica e unidades de internação psiquiátrica no Brasil: uma pesquisa bibliográfica. O Mundo da Saúde, v. 34, n. 2, p. 244-51, 2010. Disponível em: <http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/75/244a251.pdf. Acesso em: 23/09/2018.
SOUZA, F.S.; SILVA, C.A.F.; OLIVEIRA, E.M. Emergency psychiatric service in general hospitals: a retrospective study. Rev Esc Enferm USP, v. 44, n.3, p. 796- 802, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v44n3/en_35.pdf>. Acesso em: 28/09/2018.
VELASCO ORTEGA, E. et al. Las enfermedades periodontales en pacientes esquizofrénicos: Un estudio de casos-controles. Avances en Periodoncia e Implantología Oral, v. 17, n. 1, p. 31-39, 2005.
APÊNDICES
Fundação Educacional Serra dos Órgãos – FESO 
Centro Universitário Serra dos Órgãos – UNIFESO
Centro de Ciências da Saúde – CCS 
Curso de Graduação em Odontologia
Questionário
Acadêmico: ( ) Profissional ( ) / Idade:_______ anos / Tempo de formado:_______ anos 
Atuação Profissional na Atenção Básica:_______ anos / Instituição de Graduação: ___________________
1 – Considerando o atendimento com pacientes com necessidades especiais, fale sobre como seus conhecimentos foram adquiridos.
2 – Leia com atenção a seguinte situação:
Em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) com equipe completa, Alex, 37 anos de idade, chega a com uma mão na boca se queixando de muita de muita dor, porém, ele não sabe quantificar ou qualificar o tipo de dor. A enfermeira Beatriz da UBS, que já conhecia Alex, contou ao Doutor Márcio, cirurgião-dentista recém-chegado na equipe de saúde, que ele não era uma “pessoa normal” e volta e meia tinha crises, mas não sabia dizer qual, pois a família de dele nunca se importou com aqueles fatos. “As visitas domiciliares são feitas da porta de casa, não sabemos o que acontece com ele, parece que a família quer esconder alguma coisa”, disse Beatriz. Doutor Márcio encaminhou Alex para o consultório da unidade, fez os exames físicos e clínicos e identificou certa agitação, sendo diagnosticada uma cárie extensa no elemento 15, característica clínica de uma pulpite irreversível. 
Diante do diagnóstico, em sua visão, qual deverá ser a conduta do Doutor Márcio e o trajeto pela rede que Alex deverá percorrer? Enumere a ordem do trajeto de Alex na rede justificando sua resposta (pode marcar mais de uma alternativa).
Conduta/Justificativa:
	Trajeto:
	( ) ( ) UBS
	( ) ( ) CEO
	( ) ( ) Hospital
	( ) ( ) NASF
	
	
	
	
	
	
	( ) ( ) CAPS/CAPSi/CAPSad
	( ) ( ) Residência terapêutica
	( ) ( ) RAPS
3 – Neste caso, qual(is) o(s) profissional(is) está(ão) envolvido(s) para amenizar ou controlar a situação de Alex? Justifique sua resposta. 
Fundação Educacional Serra dos Órgãos – FESO 
Centro Universitário Serra dos Órgãos – UNIFESO
Centro de Ciências da Saúde – CCS 
Curso de Graduação em Odontologia
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Dados de identificação
Título do Projeto: A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO ACADÊMICA DO CIRURGIÃO-DENTISTA PARA A ASSISTÊNCIA AOS PACIENTES PSIQUIÁTRICOS
Pesquisadora Responsável: Monique da Costa Sandin Bartole
Pesquisador Assistente: Flávio Paim Rocha 
Nome do participante:__________________________________________________
Você está sendo convidado para participar, como voluntário, do projeto de pesquisa “A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO ACADÊMICA DO CIRURGIÃO-DENTISTA PARA A ASSISTÊNCIA AOS PACIENTES PSIQUIÁTRICOS”, de responsabilidade da pesquisadora Monique da Costa Sandin Bartole.
Farei a leitura deste termo, explicando como será feito este estudo, esteja à vontade para fazer perguntas em caso de dúvidas. Caso aceite fazer parte do estudo, você irá assinar este documento que consta em duas vias. Uma via pertence a você e a outra ao pesquisador responsável. Em caso de recusa você não sofrerá nenhuma penalidade.
Declaro ter sido esclarecido sobre os seguintes pontos:
1. O trabalho tem por objetivos analisar os reflexos da formação acadêmica do cirurgião-dentista na prática de atendimento à saúde bucal de pacientes com necessidades especiais, inclusive pacientes psiquiátricos e, desta forma, propor uma reflexão sobre a qualificação profissional.
2. O estudo irá adotar o método qualitativo com abordagem descritiva exploratória, tendo como objetivo a análise do preparo em termos de percepção do conhecimento técnico, condições de atendimento e resolutilvidade.
3. Não haverá nenhuma despesa ao participar da pesquisa, a qual você poderá deixar de participar ou retirar seu consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar ou sofrer qualquer prejuízo.
4. Este estudo segue rigorosamente o que determina a Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.
5. Seu nome será mantido em sigilo, assegurando assim a sua privacidade e, se desejar, terá livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequências, enfim, tudo o que queira saber antes, durante e depois de sua participação.
6. Os dados coletados serão utilizados, única e exclusivamente, para fins desta pesquisa, e que os resultados poderão ser publicados para fins acadêmicos e científicos.
7. Qualquer dúvida, pedimos a gentileza de entrar em contato com a pesquisadora responsável por esta pesquisa através do telefone (21) 98551-0401 e-mail: moniquesandin2@gmail.com, e/ou com o Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) desta instituição, através do telefone (21)2641-7000 e e-mail: cep@unifeso.edu.br, situados no endereço Avenida Alberto Torres nº 111, Alto, na cidade de Teresópolis RJ.
Eu, __________________________________________, RG nº _____________________ declaro ter sido informado e concordo em participar, como voluntário, do projeto de pesquisa acima descrito.
_______________, _____ de ___________________ de 2019.
X____________________________________________________
Assinatura do participante 
____________________________________________________
Profª Monique da Costa Sandin Bartole
Pesquisadora Responsável pela Pesquisa
_________________________________________________________________
Nome e assinatura do responsável por obter o consentimento

Continue navegando