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Psicanalise aula (slides)

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A Psicanálise 
 
Psicanálise: Origens 
Perto do fim do séc XVIII: pressão por reformas no tratamento destinado aos doentes mentais. 
Pinel introduziu o conceito de “tratamento moral”: 
Melhoria nas condições de vida nas instituições;
Diminuição da tendência de se recorrer exclusivamente à contenção física;
Esforços diretos para melhorar o comportamento dos pacientes. 
Crescentes tentativas de se explicar a doença mental e melhorar as condições de manicômios. 
Avanço nas classificações das doenças mentais. 
Jean-Martin Charcot (1825-1893)
Descoberta do transe hipnótico. 
Hipnose utilizada primeiramente para promover diminuição de dor e em cirurgias. 
Jean-Martin Charcot (1825-1893) era conhecido em toda a Europa por seu trabalho pioneiro no tratamento da epilepsia. 
Era especializado no estudo da histeria, distúrbio caracterizada por uma variedade de sintomas que, apesar de parecerem indícios de disfunção neurológica, aparentemente não causavam lesão física no sistema nervoso. 
Jean-Martin Charcot (1825-1893)
Alguns pacientes sofriam crises semelhantes às epilepsias, outros desenvolviam paralisias neurologicamente impossíveis (por exemplo, apenas na mão) e outros apresentavam tiques nervosos, fortes dores de cabeça, perdas sensoriais e lapsos de memória. 
A opinião médica, calcada na crença materialista de que distúrbios reais tinham base física, era de que os histéricos simplesmente fingiam que estavam doentes. 
Pintura que retrata Charcot dando uma aula de histeria em Salpêtrière. 
Jean-Martin Charcot (1825-1893)
Charcot acreditava que a hipnose e a histeria estavam relacionados. 
 A hipnose poderia ser útil como meio de investigar e influenciar os sintomas dos que sofriam de histeria. 
Usou a hipnose para sugerir a remoção de sintomas histéricos em seus pacientes, alegando haver obtido algum sucesso. 
Jean-Martin Charcot (1825-1893)
Os médicos discordavam das opiniões de Charcot acerca da hipnose, argumentando que suas dramáticas demonstrações clínicas simplesmente mostravam os efeitos da sugestão: os pacientes de Charcot sabiam exatamente o que se esperava deles. 
Quando estava no auge da fama, médicos recém-formados iam de todas as partes da Europa para o Hospital Salpêtrière a fim de conhecê-lo e aprender com suas palestras e demonstrações. 
Um deles era um jovem médico de Viena, Sigmund Freud, cujas ideias repercutiram ao longo do século XX. 
Josef Breuer (1842-1925)
Médico neurologista do qual Freud se tornou amigo íntimo. 
Enquanto Freud era aluno de medicina, Breuer tratou de um caso desconcertante de histeria, que marcou a história da Psicanálise: o caso de Anna O., jovem que tinha uma série de sintomas histéricos. 
Breuer utilizou-se de um método chamado de catarse. 
O caso de Anna O. 
Ele descobriu que, quando conseguia remontar à primeira ocorrência de um sintoma, Anna vivenciava uma liberação/descarga emocional chamada de catarse e os sintomas cediam. 
“Durante certo tempo não conseguiu beber água em copo porque tinha nojo. Ao retroceder à situação em que havia visto uma mulher dar água a seu cão no mesmo copo em que ela bebia, Anna atingiu a catarse e a hidrofobia desapareceu.”
Breuer e Freud escreveram juntos o livro chamado Studies on Hysteria, no qual consta o caso de Anna O. como o primeiro descrito. 
Esse livro costuma ser considerado o marco da fundação da psicanálise.
O caso de Anna O. 
Para Freud, o caso de Anna O. demonstrava que: 
Apesar de poder ser recalcada no inconsciente, a lembrança de um evento traumático continuava a influenciar no comportamento da pessoa sob a forma de um sintoma histérico; 
A forma que o sintoma histérico assume mantém uma relação simbólica com o evento traumático;
O sintoma histérico pode ser minorado se a pessoa chegar a um insight em relação ao evento de origem.
Freud acreditava ainda ter encontrado uma forte veia sexual subjacente no caso, porque Anna parecia excepcionalmente apegada ao pai e, no fim da terapia, a Breuer. 
Breuer rejeitou o argumento de Freud de que todas as neuroses tinham origens sexuais rompendo com ele e terminando assim uma longa amizade. 
Sigmund Freud (1856-1939)
Formou-se em medicina na Universidade de Viena e especializou-se em Psiquiatria. 
Freud alterou, radicalmente, o modo de pensar a vida psíquica: 
Ousou colocar os “processos misteriosos” do psiquismo, suas “regiões obscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas científicos. 
A investigação sistemática desses processos levou à criação da Psicanálise. 
Sigmund Freud (1856-1939)
Abandonou a hipnose, porque nem todos se prestavam a ser hipnotizados, e desenvolveu a técnica de concentração, na qual a rememoração sistemática era feita por meio da conversação normal. 
Abandonou as perguntas, e com ela a direção da sessão, para se confiar por completo à fala desordenada do paciente. 
Descobriu, por fim, uma técnica que se tornaria o eixo da prática psicanalítica: a livre associação. 
Os pacientes se colocavam em uma posição relaxada e eram incentivados a dizer o que lhes viesse à cabeça, sem censurar nada. 
Psicanálise 
Percebeu que muitos de seus pacientes esqueciam fatos de sua vida interior e exterior. 
 O esquecido era sempre algo penoso para o paciente. 
A esta força psíquica se opunha a tornar consciente, a revelar um pensamento, Freud denominou resistência. Freud costumava ver nas resistências um sinal de que estava chegando à raiz do problema. 
E chamou de repressão os processo psíquico que visa encobrir, fazer desaparecer da consciência, uma ideia ou representação insuportável e dolorosa, que está na origem do sintoma. 	 
Psicanálise 
Esses conteúdos psíquicos “localizam-se” no inconsciente. 	 
A interpretação dos sonhos
Freud também usava da análise dos sonhos como meio para explorar o inconsciente. 
Descobriu que sonhos consistem em uma fonte muito rica de informações.
Achava que sonhos eram desejos disfarçados, distinguindo entre seu conteúdo manifesto (a descrição verbal que fornecemos dos sonhos; aquilo que eles realmente falam) e seu conteúdo latente (seu verdadeiros significado inconsciente, que em geral tem relação com a sexualidade e/ou agressividade). 
Argumentava que, interpretando os sonhos, poderíamos perceber melhor nossos verdadeiros, porém inconscientes, desejos. 
Primeira tópica 
Publicou A interpretação dos sonhos, conhecido como seu livro mais importante, em 1900. 
Neste livro, apresenta a primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade. 
Corresponde à primeira teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico. 
Primeira tópica 
O inconsciente exprime o “conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência”. 
É constituído com conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos sistemas pré-consciente/consciente, pela ação de censuras internas. 
Podem ter sido conscientes em algum momento, e ter sido reprimidos, isto é, “foram” para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes. 
É um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de funcionamento. É atemporal e não existem noções de passado e presente. 
Primeira tópica 
O pré-consciente refere-se ao sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. 
É aquilo que não está na consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar. 
O consciente é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior. 
Na consciência, destaca-se o fenômeno da percepção, principalmente a percepção do mundo exterior, a atenção e o raciocínio. 
A sexualidade na infância
Freud descobriu que a maioria de pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida dos indivíduos. 
Isto é, na vida infantil estavam as experiências de caráter traumático reprimidas, que se configuravam como origem dos sintomas atuais. 
A ocorrência deste período da vida deixam marcas profundas naestruturação da pessoa. 
As descobertas colocam a sexualidade no centro da vida psíquica, e é postulada a existência da sexualidade infantil. 
Estas concepções tiveram profundas repercussões na sociedade puritana da época 
A sexualidade na infância
Os principais aspectos destas descobertas são: 
A função sexual existe desde o princípio da vida, logo após o nascimento, e não só a partir da puberdade, como afirmavam ideias dominantes. 
O período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até chegar na sexualidade adulta. 
A libido é a “energia dos instintos sexuais e só deles”.
Estágios do desenvolvimento sexual. 
Complexo de Édipo. 
Segunda tópica 
Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz os conceitos de id, ego e superego para referir-se aos três sistemas da personalidade. 
Há uma interdependência entre esses três sistemas, retirando a ideia de sistemas separados. 
Os sistemas não existem enquanto uma estrutura vazia, mas são sempre habitados pelo conjunto de experiências pessoais e particulares de cada um. 
Segunda tópica 
O id constitui o reservatório da energia psíquica, é onde se “localizam” as pulsões (estado de tensão que busca, através de um objeto, a supressão desse estado): a de vida e a de morte. 
As características atribuídas ao sistema inconsciente na primeira teoria são, nesta teoria, atribuídas ao id. 
É regido pelo princípio do prazer. 
Segunda tópica
O superego origina-se a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade (Complexo de Édipo). 
A autoridade externa é internalizada pelo indivíduo. 
A moral e os ideias são funções do superego. 
O conteúdo do superego refere-se a exigências sociais e culturais. 
Segunda tópica
O ego é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, exigências da realidade e as “ordens do superego”. 
É regido pelo princípio da realidade. 
É um regulador, na medida em que altera o princípio do prazer para buscar a satisfação considerando as condições objetivas da realidade. 
Neste sentido, a busca do prazer pode ser substituída pelo evitamento do desprazer. 
As funções básicas do ego são: percepção, memória, sentimentos e pensamento. 
Psicanálise: legado 
Anna Freud, filha de Freud, tornou-se uma renomada profissional, tendo sido pioneira na aplicação da prática psicanalítica em crianças.
Alguns dos principais discípulos de Freud, como Jung e Adler, romperam com ela, principalmente devido à sua convicção de que neuroses teriam origem sexual, criando sua própria teoria. 
A psicanálise freudiana não teve muita repercussão no mundo acadêmico, entretanto, exerceu forte impacto na prática médico-psiquiátrica, além de arrebatar a imaginação popular. 
Freud deixou Viena durante a Segunda Guerra Mundial, na qual vários de seus livros foram queimados, instalando-se em Londres, onde morreria de câncer em 1939. 
Psicanálise: legado 
Embora não tenho descoberto o inconsciente, popularizou o conceito e os componentes do pensamento inconsciente. 
Pode-se divergir do modelo freudiano, especialmente no que diz respeito ao Complexo de Édipo, mas não há dúvidas de que ele nos conscientizou sobre maleabilidade da mente infantil.
Hoje, parte-se do princípio de que eventos da tenra infância podem afetar significativamente o desenvolvimento posterior. 
Numa época em que a comunidade médica favorecia a explicação biológica dos distúrbios mentais, Freud mostrou que alguns problemas tinham origem psicológica e, portanto, poderiam ser tradados por meios psicológicos, isto é, pela psicoterapia. 
Psicanálise: Críticas 
Muitos dos conflitos de Freud com colegas deviam-se à ênfase que ele dava à motivação sexual. Hoje se reconhece que o comportamento humano é demasiado complexo para ser reduzido a um só motivo genérico. 
Os psicanalistas pós-freudianos deram atenção cada vez maior ao papel das relações interpessoais e do ambiente social na formação da personalidade.
Freud também foi criticado por usar uma amostra limitada de estudos de caso, usando de modo parcial os dados de seus pacientes do modo que lhe convinha, e por definir termos de modo demasiado amplo para a testagem adequada de sua teoria, não atingindo, portanto, o status científico. 
Referências 
BOCK, A. M. B. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
GOODWIN, C. J. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cultrix, 2010.

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