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1. DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS NO CONTEXTO DA ATENÇÃO BÁSICA A saúde passou ao longo dos anos por diversas modificações em seus conceitos, agregando aspectos biológicos, espirituais, culturais e sociais. Atualmente o termo mais utilizado para agregar todos esses aspectos em torno as saúdes são os Determinantes Sociais da Saúde (DSS), os quais envolvem elementos como educação, ambiente de trabalho, desemprego, habitação, ou também chamadas de microdeterminantes, os quais estão contidos nos macrodeterminantes como condições socioeconômicas, culturais e ambientas. Tendo em mente essa abordagem sobre os DSS, fica nítido sua influência direta sobre a incidência de doenças infecto parasitárias, já que muitas dessas doenças necessitem de determinadas circunstâncias e meios de transmissão específicos para infectar o hospedeiro. Algumas das várias doenças onde essa relação é facilmente estabelecidas são : Doença de Chagas, a qual requer contato com as fezes do inseto barbeiro, sendo que habitações de pau a pique facilitam a entrada do vetor, enquanto casas de alvenaria impedem entrada do vetor; Amebíase e Giardíase, ou qualquer parasitose que utilize como veículo água e alimentos contaminadas, indivíduos que não possuem saneamento básico adequado são grupo de risco evidente para essas doenças, principalmente se não tiverem conhecimento sobre higienização correta de alimentos (uso de água sanitária ou Hipoclorito). Em diversas outras doenças essas relações podem se estabelecer, mas está mais do que evidente a grande influência dos DSS sobre a incidência dessas doenças. Além desse aspecto abordado, fale ressaltar a importância dos dados epidemiológicos e ações em saúde. Sem a coleta de dados epidemiológicos não é possível priorizar, direcionar e realizar ações em saúde eficientes, pois comunidades diferentes atuam sobre diferentes condições de DDS. Logo apresentam perfis epidemiológicos diferentes, requerendo ações em saúde específicas as doenças que atingem aquela comunidade, assim será possível realizar juntamente com a comunidade profilaxia e tratamento precoce precisos e eficientes, reduzindo a incidências das doenças infecto parasitárias. Vale ressaltar que a unidade Básica necessita de uma infraestrutura mínima adequada para a realização dessas atividades, sendo imprescindível a equipe profissional e o município manterem essa estrutura mínima de modo a não prejudicar o usuário. Tendo como base esse contexto, serão abordados algumas doenças infecto-parasitárias, são elas tuberculose, doença de chagas, leishimaniose, febre amarela, dengue, esquistossomose e larva migrans. A tuberculose é causada pelo Micbacterium tuberculosis, uma bactéria de parede atípica que infecta principalmente as vias aéreas inferiores, não sendo comum infecções em outros sistemas, a exceção de pacientes imunodeprimidos, nos quais podem ocorrer as manifestações sistêmicas da doença. Ao atingir os pulmões pode gerar dor torácica, tosse seca que pode progredir a purulenta e sanguinolenta. Os pacientes apresentam comprometimento do estado geral, febre baixa vespertina, sudorese noturna, inapetência e emagrecimento. A doença atinge indivíduos de qualquer idade e sexo, sendo mais incidentes em grandes aglomerados urbanos, sendo transmitida de pessoa a pessoa através do ar, sendo transmissível enquanto o paciente não iniciar tratamento. Seu diagnóstico inicia-se clínico baseado na história do paciente, sendo possível a realização do teste rápido para tuberculina, porém sua confirmação é laboratorial por meio da baciloscopia direta do escarro, sendo exigido a realização de cultura da amostra em suspeita de resistência bacteriana, sendo os exames complementares como a radiologia apenas para acompanhara a evolução da doença. Seu tratamento é realizado em regime diretamente observado, de forma a melhorar o controle e adesão do paciente, reduzindo também a transmissão da bactéria. Seu tratamento utiliza 4 drogas: Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida, Etambutol, sendo dividido em 2 etapas: ataque compostas pelas 4 drogas durante 2 meses; e manutenção composta por Rifampicina e Isoniazida durante 4 meses, podendo sofrer variação no caso de resistência ou não for observado melhora. Esse esquema se divide em duas etapas devido a redução do metabolismo da bactéria ao parasitar macrófagos, sendo necessário longo período de ingestão para combater o patógeno. É muito importante ressaltar a importância de ser um processo observado no combate ao abandono do tratamento, devido a série de efeitos adversos desses fármacos, como irritação gástrica, artralgia, neuropatia, cefaleia, suor, prurido cutâneo e efeitos tóxicos ao organismo. A tuberculose tende a decrescer em sua morbidade e mortalidade, porém em casos de coinfecção por HIV, a tendência é sua estabilização ou aumento do número de casos e óbitos. Essa é uma doença de notificação compulsória e investigação obrigatória. Seu controle é efetuado pelo diagnóstico e tratamento de doentes, controle de contatos, imunização (BCG) e quimioprofilaxia. A doença de Chagas é uma doença parasitária bifásica (aguda e crônica). Sua fase aguda caracteriza- se por miocardite difusa, pericardite, derrame pericárdico, tamponamento cardíaco, cardiomegalia, insuficiência cardíaca congestiva, derrame pleural. Nesta as manifestações mais comuns são febre prolongada e recorrente, cefaleia, mialgias, astenia, edema, entre outros. Em sua fase crônica caso não haja tratamento específico ocorre redução da parasitemia e evolução para as formas indeterminada, cardíaca, digestiva, cardiodigestiva e congênita. Pacientes imunodeprimidos podem apresentar reativação da doença. Tal doença tem como agente etiológico o protozoário Trypanossoma Cruzi, sendo transmitido nas fezes do inseto barbeiro (Triatoma infestans), de meio silvestre peridomiciliar ou intradomiciliar, sendo que animais silvestres e próximos ao homem podem ser reservatórios do protozoário. Sua transmissão ocorre pelo contato com as fezes do barbeiro através da pele e mucosas lesadas, podendo também ocorrer por via oral, transfusional, transplantes, vertical, acidental. Seu diagnóstico é feito baseado em testes sorológicos para anticorpos específicos associado a dados clínicos e epidemiológicos. Seu tratamento deve ser realizado o mais precocemente possível, sendo utilizado o benznidazol associado ao tratamento das manifestações clínicas. Seu vetor é exclusivo do continente americano, sendo cerca de 12 milhões de infectados no Brasil, 3 milhões chagácicos, sendo 80% casos crônicos, houve significativa redução dos casos pelo controle de doadores de sangue e hemoderivados. Sua vigilância epidemiológica é realizada em diferentes áreas, sendo elas áreas endêmicas, Amazônia lega e Áreas indenes. Seus casos devem ser imediatamente notificados os SUS para investigação epidemiológica oportunos, não devem ser notificados caos de reativação ou casos crônicos. Possui como medida de controle o combate as vias de transmissão por meio de controle químico, manutenção de controle rigoroso da qualidade de hemoderivados transfundidos, identificação de gestantes chagácicas no pré-natal e triagem neonatal, cuidados higiênicos na produção e manipulação artesanal de alimentos e por fim utilização rigorosa de equipamentos de biossegurança. A leishmaniose Tegumentar Americana é uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas. Infecção zoonótica onde o homem é um hospedeiro acidental. A doença cutânea se apresenta por pápulas, que evoluem para úlceras com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura, que podem ser únicas ou múltiplas, mas indolores, não incomum se encontrar placas verrucosas, papulosas, nodulares, localizadas ou difusas. Sua forma mucosa caracteriza-se por infiltração, ulceração e destruição dos tecidos na cavidade nasal, faringe ou laringe,podendo ocorrer perfuração e septo nasal e/ou palato. Pode ser chamada de Úlcera de Bauru, nariz de tapir, botão do Oriente. Seu vetor são os flebotomíneos, conhecidos popularmente como mosquito palha, sendo transmitido pela sua picada. A doença apresenta susceptibilidade universal e não confere imunidade. Suas principais complicações envolvem disfagia, disfonia, insuficiência respiratória por edema glote, pneumonia por aspiração e morte. Seu diagnóstico é clínico-epidemiológico associado à intradermorreação de Montenegro positiva e/ou demonstração parasitológica no exame parasitológico direto. Seu tratamento de primeira escolha é feito com antimonial pentavalente. Inicialmente foi considerada zoonose de animais silvestres que ocasionalmente acometia pessoas em contato com florestas, porém começou a atingir zonas rurais e peri urbanas, sendo de duplo perfil epidemiológico, relacionado a casos antigos e aos surgimentos de surtos epidêmicos assoados a atividades econômicas como garimpo, expansão da fronteira agrícola e extrativismo em condições favoráveis a transmissão da doença. Atualmente relata-se autoctonia com todas unidades federais, com predomínio da região norte. Sua vigilância objetiva diagnosticar e tratar precocemente os casos e reduzir as complicações e deformações provocadas pela doença, sendo de notificação compulsória. Suas medidas de prevenção e controle são dirigidas ao homem, ao vetor e aos reservatórios (animais domésticos e próximos ao homem). Na prevenção o uso de proteção individual, saneamento básico e medidas educativas. No controle a organização do serviço de saúde por meio de diagnósticos precoce e tratamento adequado, o controle químico do vetor. A febre amarela é uma doença febril aguda, de curta duração e gravidade variável. Seu quadro típico tem evolução bifásica (infecção e intoxicação), de início abrupto, febre alta e pulso lento, calafrios, mialgias, prostração, náuseas e vômitos durante 3 dias. Na evolução há possibilidade de cura ou piora com aumento da febre, diarreia e reaparecimento de vômitos com aspecto de borra de café, instalando insuficiência hepática e renal. Surgem também icterícia, manifestações hemorrágicas, oligúria, albuminúria, e prostração intensa. Seu agente etiológico é o Vírus amarílico (vírus RNA), seu principal vetor de importância epidemiológica é o Aedes aegypti. Seu diagnóstico é epidemiológico e laboratorial, esse sendo feito por isolamento do vírus em amostra de sangue e tecido hepático por detecção de antígeno específico (imunofluorescência) ou sorologia. Diagnóstico clínico de formas leves e moderadas se confundem com outras viroses, portanto não conclusivo. Não existe tratamento antiviral específico, sendo apenas sintomático, exige repouso e reposição de líquidos e fluidos. Sua forma silvestre é endêmica, tendo uma divisão de áreas com recomendação de vacina (endêmicas e de transição com a inclusão do sul de MG) e sem recomendação correspondes as áreas indenes com inclusão do sul da BA e norte do ES). A vigilância epidemiológica objetiva reduzir a transmissão silvestre e impedir a transmissão urbana, além de detectar circulação viral para medidas de controle. Esta apresenta notificação compulsória e investigação epidemiológica obrigatória. São alvos de vigilância Humanos, primatas não humanos, vetores silvestres e coberturas vacinais. Suas medidas de controle envolvem vacinação, notificação imediata, vigilância sanitária de portos, aeroportos e passagem de fronteira, o controle do Ae. aegypti e realização de ações em saúde. A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da forma como se apresente. Sua primeira manifestação é a febre, geralmente alta de início abrupto, associada a cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retroorbitária, com presença ou não de exantema. Pode ser observado anorexia, náuseas, vômitos e diarreia. As manifestações hemorrágicas como epistaxe, petéquias, gengivorragia, hematêmese, melena, hematúria, outras, bem como plaquetopenia, podem ser observadas em todas apresentações clínicas. A dengue é o extravasamento plasmático, que pode ser expresso por meio de hemoconcentração, hipoalbuminemia e/ou derrames cavitários. Entre o terceiro e sétimo dia de seu início surgem sinais e sintomas como vômitos importantes, dor abdominal intensa, hepatomegalia doloroso, desconforto respiratório, letargia, derrames cavitários, sendo possível complicações como hipotensão arterial, taquisfigmia e choque. Seu agente etiológico é vírus da dengue (RNA). Seu principal vetor de interesse é o Aedes aegypti. Sua transmissão exige a picada do mosquito, não há transmissão por contato com doente ou suas secreções, nem por fonte de água ou alimentos, sendo repassado ao mosquito durante período de viremia. Seu diagnóstico requer boa anamnese com realização da prova o laço, exame clínico e confirmação laboratorial específica (sorologia a partir do sexto dia), sendo que o hemograma completo pode ser utilizado como complemento. Seu tratamento é baseado na sintomatologia, sendo necessário dados da anamnese e exame físico pela dinamicidade da doença, as vezes até é preciso rever história clínica. No Brasil já se encontra a presença dos três sorotipos de dengue podendo variar de uma endemia a uma epidemia se comparar diferentes locais no país. Sua vigilância epidemiológica objetiva reduzir a infestação pelo Ae. Aegypti, reduzir a incidência de dengue e a letalidade por FHD, óbitos devem ser investigados imediatamente, sendo de notificação compulsória. Suas medidas de controle visam restringir o vetor, uma vez que não há vacinas. A esquistossomose mansoni é uma infecção produzida por parasito trematódea digenético, cuja sintomatologia clínica depende do seu estágio de evolução no homem, sendo que sua fase aguda pode ser assintomática ou apresentar-se como dermatite urticariforme, acompanhada de erupção papular, eritema, edema e prurido até 5 dias pós infecção. Com cerca de 3 a 7 semanas de exposição pode evoluir para forma esquistossomose aguda, com sintomas acompanhados de diarreia, náuseas, vômitos ou tosse seca, ocorrendo hepatomegalia. Após 6 meses de infecção há risco de o quadro clínico evoluir para fase crônica nas formas: hepatointestinal, hepática, hepatoesplênica compensada, hepatoesplênic decompensasa. Seu agente etiológico é o Shistosoma mansoni, um helminto da classe trematoda. Apresenta um clico de reprodução envolvendo o homem, seu hospedeiro definitivo e os caramujos Biomphalacia sp, seu hospedeiro intermediário. Os ovos do S. mansoni são eliminados nas fezes do homem, eclodindo na água liberando larvas ciliadas (miracídio), que infecta caramujo, após 4 a 6 semanas a larva abandona o caramujo, na forma natante (cercaria) que penetra ativamente na pele do homem que adquire a esquistossomose. O homem pode liberar ovos a partir da quinta semana de infecção de 6 a 10 anos. Algumas possíveis complicações incluem a fibrose hepática, hipertensão portal, insuficiência hepática severa, hemorragia digestiva, cor pulmonale, glomerulonefrite, podendo ocorrer associações com bactérias (salmonelas) e vírus (hepatite B e C). Seu diagnóstico é clínico-epidemiológico, requer exame parasitológico as fezes com preferencias de técnicas de sedimentação. A ultrassonografia auxilia o diagnóstico de fibrose. Seu tratamento de primeira escolha é a Praziquantel e o de segunda escolha Oxamniquina. É considerada uma endemia de baixa letalidade no Brasil, a exceção das formas graves que podem ter taxa de mortalidade maior. Sua vigilância epidemiológica objetiva reduzir a ocorrência de formas graves e óbitos, reduzir a prevalência da infecção e risco de expansão geográfica. É uma doença de notificação compulsória em áreas não endêmicas, porem recomenda-se notificação de casos graves em áreas endêmicas. Suas medidas decontrole são voltadas aso portadores (tratamento), aos moluscos (determinar potenciais criadouros) e a modificação permanente das condições de transmissão (educação em saúde, mobilização comunitária e saneamento domiciliar). A larva migrans cutânea, conhecida popularmente por bicho geográfico, é uma infecção causada pelas larvas de parasitas que vivem nos intestinos de cães e gatos, como os helmintos Ancylostoma braziliense ou Ancylostoma caninum. O ciclo de vida dos parasitas que causam a larva migrans cutânea começa quando animais infectados pelos helmintos eliminam os ovos do parasita nas fezes. As fezes contaminadas quando em contato com um solo quente, úmido e arenoso se tornam um meio ótimo para a evolução dos ovos, que eclodem, liberando as larvas. No solo, as larvas recém- nascidas se alimentam de bactérias, e ao longo de 5 a 10 dias, passam por duas fases evolutivas até se tornarem aptas a infectar humanos ou outros animais. Larvas na 3º fase evolutiva (fase infecciosa) podem sobreviver no ambiente por até 4 semanas, se encontrarem cond ições favoráveis. A contaminação do homem se dá quando há um contato da pele com o solo contaminado por larvas, habitualmente, quando andamos descalços sobre terreno arenoso. Praias, principalmente aquelas onde há fezes de cães e gatos na areia, são locais propícios para conterem larvas de helmintos. As regiões da areia onde há sombra, mas não há contato com a água do mar, são os melhores pontos para o desenvolvimento das larvas. Outro local comum de contaminação são as caixas de areia ao ar livre onde as crianças brincam. Gatos costumam procurar locais com terra ou areia para enterrar suas fezes, podendo facilmente contaminar estas áreas. Cerca de 3/4 dos casos de contaminação com larvas de parasitas que provocam a larva migrans ocorrem nos membros inferiores, principalmente nos pés. Contaminações no tronco ou nos membros superiores ocorrem em menos de 10% dos casos. Nas crianças que brincam sentadas em caixas de areia ou na praia, os glúteos e as coxas são habitualmente acometidos. As larvas na 3º fase evolutiva conseguem penetrar a camada mais superficial da pele humana, mas não conseguem atravessar as camadas subjacentes. Sem conseguir invadir mais profundamente, os vermes passam se movimentar ao acaso por baixo da pele, formando um pequeno túnel que dá origem a desenhos na pele, parecendo um mapa, daí o nome popular de bicho geográfico. O momento da penetração das larvas pode passar despercebido, mas em alguns pacientes é possível notar a presença de uma pápula (um ponto com relevo de mais ou menos 1 cm de diâmetro) avermelhado e pruriginoso. Se o solo estiver intensamente contaminado por larvas, várias pápulas podem surgir na pele, indicando vários pontos de invasão. Dentro de dois a três dias depois da invasão, surgem os pequenos túneis causados pela migração do verme por baixo da pele. Cada invasão origina um túnel. Estas lesões são discretamente elevadas, serpiginosas, marrom-avermelhadas e provocam muita coceira. Os túneis avançam cerca de 2 a 5 cm por dia e podem formar desenhos caprichosos. Com o passar dos dias, a parte mais antiga do trajeto tende a desinflamar, deixando em seu lugar apenas uma faixa mais escurecida, que desaparecerá mais tarde. A duração do processo é muito variável podendo curar -se espontaneamente ao fim de 2 semanas ou durar meses. A larva migrans quando desaparece espontaneamente, sem tratamento, pode reaparecer semanas ou meses depois. O sintoma que mais incomoda é a coceira, podendo, inclusive, impedir o paciente de dormir. Se o paciente cocar demais a área, pode causar feridas e facilitar a contaminação da pele por bactérias, levando a quadros de celulite ou erisipela. O tratamento da larva migrans é feito com drogas antiparasitárias que tenham ação contra helmintos, como Tiabendazol, Albendazol ou Ivermectina. O tratamento tóp ico dura de 5 a 7 dias, mas as lesões e a coceira costumam apresentar melhora já nas primeiras 48 horas de tratamento. 2 REFERÊNCIAS COMISSÃO DE EPIDEMIOLOGIA, ABRASCO. A EPIDEMIOLOGIA NOS SERVIÇOS DE SAUDE. II Plano Diretor para o Desenvolvimento da Epidemiologia no Brasil: 1995-1999, Rio de Janeiro, 1995. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/pdf/iesus/v6n3/v6n3a02.pdf. Acesso em: 3 jun. 2019. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doenças Infecciosas e Parasitárias - Guia de Bolso. Brasília/DF: [s. n.], 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf. Acesso em: 30 maio 2019. SOUZA, Diego de Oliveira; SILVA, Sóstenes Ericson Vicente; SILVA, Neuzianne de Oliveira. Determinantes Sociais da Saúde. Reflexões a partir das raízes da “questão social”, São Paulo. Revista Saúde e Sociedade, São Paulo, v.22, n.1, p.44-56, 2013. 5 jun. 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v22n1/06.pdf. Acesso em: 4 jun. 2019.
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