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Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto Maturação óssea e Crescimento facial Introdução - função: redirecionamento, exacerbação ou restrição do crescimento - considerar a melhor época de tratamento, correto planejamento e tratamento Curva de crescimento Infantil: cresce mais rápido Juvenil: continua a crescer, porém em menor velocidade e de maneira decrescente (cada vez mais lento) Adolescente: surto de crescimento puberal (aumento gradativo de velocidade de crescimento até o pico máximo do surto de crescimento puberal, é a fase de crescimento rápido e crescente) A melhor época de tratamento de maloclusões esqueléticas é na fase do surto de crescimento puberal Surto de Crescimento Puberal – SCP - maior quantidade de crescimento em um curto intervalo de tempo - é a época em que a criança atinge seu maior desenvolvimento e maturação das dimensões craniofaciais - o período puberal oferece a maior oportunidade para alcançar os objetivos do tratamento ortopédico no menor período de tempo Indicadores Biológicos (como identificar o SCP?) - idade cronológica - caracteres sexuais secundários - idade dentária - idade esquelética (padrão ouro) Idade cronológica Meninas: Início do SCP – 10 anos de idade Pico do SCP – 12 anos Término do pico de SCP – 14-15 anos Meninos: Início do SCP - 12 anos Pico do SCP – 14 anos Término do pico do SCP – 17 anos - altamente variáveis Caracteres sexuais secundários Eventos circumpuberais Meninas Início do SCP – pubarca (aparecimento de pelos pubianos) Pico do SCP – Telarca (desenvolvimento das mamas) Logo após o pico do SCP – Menarca (primeira menstruação) - após a menarca o surto de mantém por mais 2 anos - melhor prognóstico do tratamento ortopédico se iniciado no início do SCP Meninos Início do SCP – pubarca e aumento nos níveis de gordura Pico do SCP – aparecimento de pelos na axila e na face Logo após o pico do SCP – mudança de voz - muito variável esses sinais em meninos Idade dentária Dada por 2 mecanismos: 1 - estágio de mineralização e nível de formação coronária/radicular dos dentes permanentes Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto (principalmente os inferiores, pois na panorâmica tem menos sobreposição) 2 - presença dos dentes na cavidade bucal, podem indicar fases do desenvolvimento da oclusão diferentes - a presença dos dentes na boca podem indicar fases de desenvolvimento da oclusão e também o timing para movimentações específicas Timing para movimentações específicas: exfoliação do 2ºM decíduo é o momento ideal para terapêuticas para problemas dentários! Exemplos: - exfoliação do 2ªM decíduo, independente da fase do crescimento, é o momento ideal para fazer mecânicas de distalização dos molares - exfoliação do 2ºM decíduo inferior, é o momento ideal de colocar um arco lingual quando eu preciso manter o Leeaway space Idade biológica: fatores genéticos, raciais, climáticos, nutricionais, socioeconômicos e alterações de maturação. Marcas do desenvolvimento dentário que são confiáveis 1º Pré-Molar – a presença ou irrompimento na cavidade oral geralmente indica o início do SCP - não necessita de exames complementares para verificar a idade biológica Caninos e PM inferiores – quando ainda não completaram o fechamento do ápice, dificilmente o pico do SCP foi atingido - pelo menos 2 anos de atuação ortopédica - usa o inferior porque tem menos sobreposição na panorâmica, porém o mesmo vale para o superior Idade esquelética - Padrão ouro: é o menor indicador para avaliar as fases de crescimento Métodos: - ossos da mão e do punho - vértebras Ossos da mão e do punho - antebraço: rádio (R), ulna (U) - punho: trapézio (T), trapezoide (TE), cepitato (GO), hamato (G), escafoide (E), semilunar (SL), piramidal (P), psiforme (Psi) - mão: metacarpos (M), sesamoide (S), falanges proximais (FP), falanges médias (FM), falanges distais (FD) * sesamoide – identifica a fase de crescimento Maturação dos ossos da mão e punho Ossos longos são formados pela epífise e diáfise. A epífise é um tecido cartilaginoso que não aparece em radiografias no primeiro momento, esse tecido vai se calcificando, aumentando sua largura, até alcançar a mesma largura que a diáfise. Logo depois, há o capeamento da epífise pela diáfise, a epífise vai emitindo prolongamentos laterais até cobrir a diáfise. Após o capeamento há o início da fusão da parte óssea da epífise com a diáfise, iniciando pela parte medial e se prolongando até as laterais Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto Método de avaliação Antecedem o pico do SCP: FP2: Epífise apresenta a mesma largura que a diáfise FM3: Epífise apresenta a mesma largura que a diáfise G (hamato): Início de calcificação do gancho do hamato Psi: Aparecimento do psiforme R: Epífise apresenta a mesma largura que a diáfise Coincidem com o pico do SCP: S: Aparecimento do sesamoide G (hamato): acentuação da calcificação do gancho do hamato FM3: capeamento epifisário FP1: capeamento epifisário Sucedem o pico do SCP: FD3: fusão epifisária FP3: fusão epifisária FM3: fusão epifisária R: fusão epifisária Vertebras cervicais - é mais prático, pois é possível avaliar na radiografia cefalométrica - olhamos a C2, C3 e C4 Maturação - borda inferior - formato - sempre começa o desenvolvimento no formato trapezoidal e borda reta - com o passar o tempo a borda vai ficando côncava, e cada vez mais acentuada (reta – levemente côncava – côncava – C2, C3 e C4) - com o passar do tempo o formato vai ficando mais retangular horizontal, quadrada e retangular na vertical Estágios do crescimento: CVMS I - primeira fase de maturação cervical - C2, C3 e C4 apresentam bordas planas, ou C2 levemente plana - C3 e C4 trapezoidais Estágio I: pico do SCP não ocorrerá em menos de 1 ano Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto CVMS II - C2 e C3 com concavidades - C4 plana - C3 e C4 trapezoidais ou retangulares horizontais CVMS III - C2, C3 e C4 com concavidades - C3 e C4 retangulares horizontais Estágio II e III: pico do SCP está ocorrendo CVMS IV - C2, C3 e C4 com concavidade acentuadas - C3 e C4 quadradas Estágio IV: pico do SCP ocorreu há, no máximo, 1 ano (ainda tem 1 ano disponível para o tratamento) CVMS V - C2, C3 e C4 com concavidades acentuadas - C3 e C4 retangulares verticais Estágio V: pico do SCP ocorreu há, no máximo, 2 anos (Fim do surto) Onde é o ideal inicial o tratamento? Nos estágios I, II e III
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