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Endereço da página:
https://novaescola.org.br/conteudo/17184/campos-de-experiencia-na-pratica-
como-trabalhar-corpo-gestos-e-movimentos-na-educacao-infantil
Publicado em NOVA ESCOLA 06 de Maio | 2019
Educação Infantil
Campos de Experiência na prática:
como trabalhar “corpo, gestos e
movimentos” na Educação Infantil
O segundo Campo de Experiência da BNCC propõe a exploração dos espaços,
das sensações e brincadeiras como forma de descobrir possibilidades e
limites corporais
Lucas Santana
Crédito: Getty Images
NOVA ESCOLA tem se dedicado a analisar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da Educação
Infantil e trazer uma série de propostas sobre como traduzir o novo documento em boas práticas na
escola. Um dos trechos mais relevantes da BNCC trata sobre os Campos de Experiência, cinco pontos
que instigam a reflexão dos educadores sobre quais são as experiências fundamentais para que a
criança aprenda e se desenvolva integralmente – e que você pode complementar com curso sobre o
https://novaescola.org.br/conteudo/17184/campos-de-experiencia-na-pratica-como-trabalhar-corpo-gestos-e-movimentos-na-educacao-infantil
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil
/bncc/conteudo/58/o-que-sao-os-campos-de-experiencia-da-educacao-infantil
https://cursos.novaescola.org.br/curso/4469/os-campos-de-experiencias-na-bncc-da-educacao-infantil/resumo
tema e planos de atividade produzidos pelo nosso Time de Autores..
Nesta série, iniciada com "O eu, o outro e o nós", trazemos exemplos de atividades que professores de
todo o país estão desenvolvendo com bebês e crianças tendo como base os Campos de Experiência.
Desta vez, vamos tratar sobre o campo “Corpo, gestos e movimentos”.
GUIA DA BASE Baixe o PDF do livro digital da BNCC na Educação Infantil
É importante apontar que, como ressalta a própria BNCC e diversos especialistas em Educação, as
atividades podem e devem abarcar mais de um Campo de Experiência ao mesmo tempo, a depender
da criatividade e proposta dos educadores. Aqui, buscamos destacar nos relatos dos professores
aqueles campos que são preponderantes, enfatizando os impactos e possibilidades de cada um deles.
Conheça os 5 Campos de Experiência
Os 5 Campos de Experiência ocupam espaço importante do novo documento da Educação Infantil. São eles:
Crédito: Getty Images
CAMPO DE EXPERIÊNCIA: CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS
Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou intencionais,
coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os
objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, brincam e produzem
conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se,
progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por meio das diferentes linguagens,
como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se
expressam no entrelaçamento entre corpo, emoção e linguagem. As crianças conhecem e
reconhecem as sensações e funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos,
identificam suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a
O eu, o outro e o nós1
Corpo, gestos e movimentos2
Traços, sons, cores e formas3
Escuta, fala, pensamento e imaginação4
Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações5
/plano-de-aula/busca
/conteudo/17134/campos-de-experiencia-na-pratica-como-trabalhar-o-eu-o-outro-e-o-nos-na-educacao-infantil
/bncc/conteudo/138/bncc-para-a-educacao-infantil-baixe-em-pdf-o-livro-digital
/conteudo/17134/campos-de-experiencia-na-pratica-como-trabalhar-o-eu-o-outro-e-o-nos-na-educacao-infantil
/conteudo/17241/campos-de-experiencia-na-pratica-como-trabalhar-tracos-sons-cores-e-formas-na-educacao-infantil
/conteudo/17444/campos-de-experiencia-na-pratica-como-trabalhar-escuta-fala-pensamento-e-imaginacao-na-educacao-infantil
/conteudo/17507/campos-de-experiencia-na-pratica-como-trabalhar-espaco-tempo-quantidades-relacoes-e-transformacoes-na-educacao-infantil
consciência sobre o que é seguro e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na
Educação Infantil, o corpo das crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado
das práticas pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e
não para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa promover oportunidades ricas para
que as crianças possam, sempre animadas pelo espírito lúdico e na interação com seus pares,
explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas
com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço com o corpo (tais
como sentar com apoio, rastejar, engatinhar, escorregar, caminhar apoiando-se em berços,
mesas e cordas, saltar, escalar, equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.).
Trecho extraído do documento Base Nacional Comum Curricular
Embora a Educação remeta, em grande parte, ao desenvolvimento de competências psicológicas e
habilidades cognitivas dos indivíduos, o corpo, suas sensações e todo o aspecto físico não podem ficar
de fora do processo educacional das crianças e bebês. O segundo Campo de Experiência da BNCC foi
fundamentado justamente nessas necessidades. “O corpo, na Educação Infantil, ganha centralidade por
meio das diferentes linguagens, como a dança, a música, o teatro, as brincadeiras”, aponta Aline
Castro, autora e coordenadora pedagógica. O campo coloca o foco na busca por descobertas
sensoriais dos pequenos, com ênfase na interação da criança com o meio e com os outros. “Com
gestos e movimentos, eles experimentam suas potencialidades e limites”, explica Aline. 
Neste campo, as atividades de caráter cultural podem render grandes experiências para educadores e
alunos. “Tem a ver com conhecer e respeitar o próprio corpo e usar as diversas linguagens para se
expressar”, destaca Andrea Ramal, consultora e doutora em Educação pela Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Abaixo você pode conferir algumas atividades desenvolvidas por educadores com base no campo
“Corpo, gestos e movimentos”. Inspire-se para reproduzir, adaptar ou criar uma nova proposta que
coloque este campo em ação com as suas crianças. 
CURSOS Grátis: Os campos de Experiência na Educação Infantil
IDADE: bebês (0 a 1 ano e 6 meses) e crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3
anos e 11 meses)
As crianças pequenas demonstram grande interesse em manusear objetos, produzindo e
pesquisando sons. Desenvolvemos esta proposta com pequenos grupos de 8 crianças. O
espaço foi previamente planejado, contendo itens que emitem diferentes sons, como
colheres de pau, tocos de madeira e objetos metálicos.
Acompanhei o grupo em suas explorações e interações, deixando que fizessem as suas
descobertas livremente. Cada grupo produzia seu próprio som e ritmo, por vezes
observando o colega e imitando suas ações. Eles percebiam que era possível produzir
diferentes sons com o mesmo objeto, por exemplo, batucando em diferentes surpefícies,
como na madeira ou no alumínio. Também percebiam a intensidade e altura dos sons
produzidos, despertando mais ainda a pesquisa e envolvimento do grupo.
Glaucia Aparecida Malfi Stopa, EMI Candinha Massei Fedato, São Caetano do Sul (SP)
 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM TRABALHADOS
- Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e
brincadeiras (EI02CG01); 
- Utilizar diferentes fontes sonoras disponíveis no ambiente em brincadeiras cantadas,
canções, músicas e melodias (EI02TS03);
RITMO LIVRE: PESQUISA SONORA COM OBJETOS DO COTIDIANO
https://cursos.novaescola.org.br/curso/4469/os-campos-de-experiencias-na-bncc-da-educacao-infantil/resumo
- Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto,
embaixo, dentro, fora etc (EI02CG02).
APRENDIZADOS
Foi possível observar, por meio de alguns gestos e movimentos, que os bebês e as
crianças reagiam aos sons produzidos. A proposta é de experimentação e ritmo livre, para
que as crianças sintam e vivenciem os sons. Observamosque elas brincavam ao som da
música, envolvendo seus corpos, gestos, descobertas, escuta, percepção, pesquisa sonora
e interações.
IDADE: crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)
A proposta aconteceu dentro da sala de referência da turma. Organizamos o espaço com
diversos varais de barbante e pedaços de papel higiênico presos no varal. As mesas,
cadeiras e o chão foram cobertos por papel higiênico. Convidei cada uma das crianças
para uma roda em que pudessem falar a respeito do que sentiram ao ver o espaço
organizado daquela forma, o que sabiam sobre o material utilizado e como gostariam de
brincar com aqueles objetos. As crianças disseram que daquela maneira, a sala parecia
muito divertida e interessante e que gostariam de jogar tudo para cima e brincar muito.
Outras argumentaram que talvez houvesse monstros morando no papel higiênico. As
crianças afirmaram que o papel higiênico era usado desde a limpeza do nariz até higiene
de suas necessidades fisiológicas ( xixi e cocô). Após a conversa, as crianças iniciaram a
brincadeira com o material.
Jefferson Cardoso Felix, EMEB Fernando Pessoa, São Bernardo do Campo (SP)
 
OBJETIVOS DE APRENDIZADO TRABALHADOS
- Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto,
embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes
naturezas (EI02CG02); 
- Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar), combinando
movimentos e seguindo orientações (EI02CG03); 
- Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para
desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros (EI02CG05).
 
APRENDIZADOS
Desenvolver a atividade foi uma grande diversão. Houve exploração e representações
simbólicas, as crianças rasgaram e jogaram papel para o alto, colocaram sobre o cabelo,
dançaram com ele, correram de um lado para o outro com bolas de papel na mão.
Algumas imaginaram estar nadando e que um grande monstro estava comendo o papel
higiênico. Ao final da proposta, as crianças relataram as sensações que tiveram com essa
experiência.
O professor deve pensar nas especificidades do seu grupo de crianças, considerar a
quantidade do material, pensar em um espaço que propicie interações e exploração ampla
de movimentos. Deve organizar o material de forma investigativa. Na nossa atividade,
penduramos o papel em barbante para que as crianças pudessem puxar. Colocamos muito
papel pelo chão, mesas, cadeiras e não limitamos a exploração e significação das crianças
durante a brincadeira. A melhor forma de preparar as crianças é promovendo o diálogo e a
escuta. E isso pode acontecer por meio de uma roda de conversa.
BRINCANDO COM PAPEL HIGIÊNICO: UM CONVITE ESTÉTICO AO JOGO SIMBÓLICO E AOS
MOVIMENTOS
IDADE: crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses)
A partir de um projeto sobre os quatro elementos da natureza, pude conectar os elementos
água e terra com uma investigação sobre a cultura dos povos indígenas. Para
contextualizar a temática e reforçar as evidências da importância e influência da cultura
indígena para a construção da identidade brasileira, uma das atividades propostas foi a
adaptação da brincadeira “Coelhinho sai da Toca” para “Indiozinho Sai da Oca“.
Convidamos mais uma turma, da professora Daiane Volkmer, para participar e ampliar a
brincadeira. Dividi as crianças em grupos de três. De dois em dois, os jogadores davam as
mãos formando uma oca com os braços. Outra criança ficava entre eles – dentro da "oca"
– e era o indiozinho. Uma única criança ficou do lado de fora, que era o indiozinho "sem
oca", portanto, sem moradia. Ao sinal de “Indiozinho sai da oca, um, dois, três”, as “ocas”
levantavam os braços e os indiozinhos que estavam no centro trocavam de oca. E o
indiozinho que estava de fora tinha que buscar uma oca para entrar. A criança que não
conseguiam lugar em nenhuma oca ficavam de fora e a brincadeira recomeçava.
Jaqueline Allmer Quintão, Escola Municipal de Educação Infantil Olga Machado Ronchetti,
Canoas (RS)
 
OBJETIVOS DE APRENDIZADO TRABALHADOS
- Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e
emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música
(EI03CG01); 
- Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e
reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades (EI03CG02); 
- Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e
necessidades em situações diversas (EI03CG05).
 
APRENDIZADOS
Do início da brincadeira até o encerramento, percebi nitidamente que em pouco tempo as
crianças conseguiram ampliar sua compreensão sobre o objetivo da brincadeira,
descobriram e elaboraram possibilidades e estratégias, expandiram as noções de tempo e
posicionamento espacial, atenção e equilíbrio.
A diversão e o entusiasmo foram tão grandes que a brincadeira só terminou por causa do
cansaço, e não pelo fato de terem perdido o interesse. Fiquei orgulhosa em perceber que
essa brincadeira evidenciou e potencializou o espírito de cooperação, deixando o instinto
de competição em segundo plano. Colegas que estavam na vez de ser “oca” indicavam
aos "indiozinhos" onde ainda estava vazio para que não “perdessem” o jogo.
 
BRINCADEIRAS ANTIGAS E POPULARES AO AR LIVRE
	RITMO LIVRE: PESQUISA SONORA COM OBJETOS DO COTIDIANO
	BRINCANDO COM PAPEL HIGIÊNICO: UM CONVITE ESTÉTICO AO JOGO SIMBÓLICO E AOS MOVIMENTOS
	BRINCADEIRAS ANTIGAS E POPULARES AO AR LIVRE

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