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SERVIÇO SOCIAL APROPRIAÇÃO DA TEORIA SOCIAL MARXISTA

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1 
 
 
 
SERVIÇO SOCIAL: APROPRIAÇÃO DA TEORIA SOCIAL MARXISTA E FORMAÇÃO 
PROFISSIONAL CRÍTICA. 
 
Sandra Neres Santos1 
 
RESUMO 
 
Este artigo pretende apresentar os elementos do amadurecimento teórico-
metodológico profissional do Serviço Social com a aproximação da tradição marxista 
em Marx. Para isto, o artigo busca resgatar, de forma breve, a trajetória histórica da 
constituição da profissão de Serviço social, a partir da expansão capitalista, repensado 
o seu posicionamento frente às condições da reprodução da força de trabalho. Busca-
se também analisar a relação do Serviço Social com a igreja católica e a intenção de 
ruptura com o conservadorismo, observando as particularidades do contexto brasileiro 
nas diferentes décadas. Destacando a década de 1970 que foi de suma importância, 
pois nesta década há um movimento de reconceituação da profissão, em que os 
profissionais assumem suas inquietações e questionam a ordem vigente, que se 
caracteriza por um desenvolvimento excludente e subordinado. Neste contexto há 
uma revisão nos níveis teórico, metodológicos, operativos e políticos, em que surge 
um comprometimento com um projeto profissional voltado as classes subalternas, e 
consequentemente a apropriação da teoria social de Marx, desvinculando-se da 
perspectiva positivista. Ressalta-se ainda, os desafios da profissão em trabalhar de 
acordo com o direcionamento do projeto ético-político profissional, que tem como 
perspectiva a transformação social. Considera-se a relevância dos avanços na profissão 
que se dá pela valiosa apropriação à orientação teórica- metodológica da teoria social 
marxista. Essa orientação possibilita ao profissional uma visão crítica de sua atuação, 
tendo seu fazer profissional para além do imediato, sendo capaz de fazer uma leitura 
crítica da realidade. Tudo isso resultado de lutas da categoria na discussão do projeto 
profissional, em que determinados elementos se constitui e se legitimam, fortalecendo 
a luta pela permanente construção do projeto ético-político da profissão tendo como 
base a teoria social marxista. Mesmo havendo esta teoria social marxista como base 
de orientação profissional, é necessária uma constante discussão acerca do projeto 
profissional, pois o mesmo é indissociável das transformações societárias. 
 
Palavras-chave: Serviço Social, teoria social marxista, projeto ético-político. 
 
1
 Graduada em Serviço Social do período pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e 
Mucuri (UFVJM). Pos-graduanda em Política Social e Gestão de Serviços Sociais, pela AVM 
Faculdades Integradas, a distância. 
2 
 
 
1.INTRODUÇÃO 
 
Este artigo pretende apresentar os elementos do amadurecimento teórico-
metodológico profissional do Serviço Social com a aproximação da tradição marxista 
em Marx. Para isto, o artigo busca resgatar, de forma breve, a trajetória histórica da 
profissão debatendo a constituição ética da profissão. 
O assistente social, ao longo da sua trajetória profissional, obteve muitos 
avanços no fazer profissional. Esse avanço foi resultado da incorporação da teoria 
social de Marx na análise das transformações que foram tomando direcionamento 
social, econômico, político, etc. Com isso a profissão demandou repensar suas 
estratégias na sua atuação diante dessas transformações societárias, que afetam 
principalmente a classe trabalhadora. O amadurecimento teórico-metodológico do 
Serviço Social deu-se a partir do período pós- ditadura e foi fortalecido na década de 
1970 com o movimento de reconceituação na intenção de ruptura com o 
conservadorismo.2 
 
2. Um Breve Histórico da Constituição da Profissão de Serviço Social. 
 
Com a expansão do capital e a pauperização da força de trabalho, o Estado se 
apropriava da prática assistencial, individualizando a “questão social”3 e culpabilizando 
os sujeitos sociais. 
Segundo Aldaiza Sposati (2008), (...) “a partir da crise mundial do capitalismo o 
Estado gendarme, aparelho de justiça e polícia, reposiciona-se frente à sociedade. 
Insere-se na relação capital-trabalho (...)”. Esse processo faz com que o Estado repense 
 
2A intenção de ruptura é tratada como algo que “(...) não é puro resultado da vontade subjetiva dos seus 
protagonistas: ela expressa, no processo de laicização e diferenciação da profissão, tendências e forças 
que percorrem a estrutura da sociedade brasileira (...)”.( NETTO, 2008 p.255-256). 
3
 “ (...) historicamente a questão social tem a ver com a emergência da classe operária e seu ingresso no 
cenário político por meio de lutas desencadeadas em prol dos direitos atinentes ao trabalho, exigindo o 
seu reconhecimento como classe pelo bloco de poder, e, em especial pelo Estado. Foram as lutas sociais 
que romperam o domínio privado nas relações entre capital e trabalho, extrapolando a questão social para 
a esfera pública, exigindo a interferência do Estado para o reconhecimento e a legalização de direitos e 
deveres dos sujeitos sociais envolvidos.” (IAMAMOTO, 2001, p.17). 
 
3 
 
sua posição frente às condições da reprodução da força de trabalho, exigindo nesse 
momento um técnico que respondesse as tensões sociais da época, atuando na 
operação da “questão social”. Em 1936 surge a primeira Escola de Serviço Social no 
Brasil fundada na doutrina social da Igreja Católica, trabalhando de forma a 
potencializar os sujeitos no seu auto-desenvolvimento, demonstrando nesse momento 
um compromisso com a justiça e liberdade. Como afirma Yazbek 
 
[...] é por demais conhecida a relação entre a profissão e o ideário católico 
na gênese do Serviço Social brasileiro, no contexto de expansão e 
secularização do mundo capitalista. Relação que vai imprimir à profissão 
caráter de apostolado fundado em uma abordagem da ‘questão social’ 
como problema moral e religioso e numa intervenção que prioriza a 
formação da família e do indivíduo para solução dos problemas e 
atendimento de suas necessidades materiais, morais e sociais (2009, p. 145). 
 
 
Diante dessa busca por cientificidade, ainda carregando esse direcionamento 
com viés assistencialista, é aos poucos e através de muitas lutas que vai tomando 
rumos críticos da realidade que estão inseridos. 
Conforme Aldaiza Sposati (2008) é nesse período que se busca a cientificidade 
da profissão. No ano seguinte (1937) emerge o golpe de Estado, em que há a 
necessidade do profissional do Serviço Social para atuar frente às demandas da época. 
Já em 1938 decreta-se uma lei instituindo o Serviço Social como serviço público, 
organizado pelo Conselho Nacional de Serviço Social e pelo Ministério da Educação e 
Saúde. No entanto, se institui como uma prática de clientelismo político. Decorrente 
dessa característica, surge a LBA (Legião Brasileira de Assistência) em 1942, assistência 
esta, realizada pelas primeiras damas aos soldados da Segunda Guerra Mundial e 
posteriormente estendeu-se a toda população pobre voltada à ações pontuais como 
ajuda financeira e material. Diante desse voluntarismo, os profissionais de Serviço 
Social passam a exercer suas funções baseadas nessas ações supracitadas. 
Conforme Barroco (2008) em 1947 foi instituído o primeiro código de ética, 
este com uma base filosófica humanista-cristã pautada no neotomismo4, em que a 
 
4O neotomismo “ defende um modelo cristão de sociedade, que se consubstancia nas condições históricas 
da ordem burguesa, tendo em vista torná-la ‘mais justa e fraterna’, cuja caracterização passa por um 
4 
 
profissão é tratada como algo hegemônico e a ação profissional é tida como vocação, 
ou seja, como compromisso religioso,ocultando os elementos fundantes da “questão 
social” contribuindo para a reprodução, percebendo as desigualdades de forma 
moralizante. Os problemas sociais são concebidos como disfunções sociais, tendo uma 
concepção de normalidade dada pelos valores cristãos. 
Na década de 1950, período pós-guerra, caracterizado pela busca de libertação 
do comunismo e das tentativas de expansão do capitalismo internacional, exige-se 
uma modernização e ampliação das políticas sociais, e por isso a necessidade da 
atuação do profissional que tivesse o conhecimento da teoria e prática para pensar em 
políticas sociais, dando respostas às mazelas sociais que se desenvolveram no pós-
guerra, abarcando a prestação de serviços sociais básicos e programas voltados para as 
comunidades pauperizadas sócio-economicamente, sob a égide da Organização das 
Nações Unidas - ONU. O objetivo era integrar os indivíduos e grupos ao mercado de 
trabalho, desenvolvendo suas potencialidades. Entretanto, com o intuito de favorecer 
o capital “iludindo” os mesmos com programas de qualificação profissional para no 
futuro selecionar os mais aptos para atender as novas exigências da produção 
industrial, a custos mais baixos. Este processo acarretou a privatização de alguns 
direitos, implicando principalmente na área social, onde a classe trabalhadora 
brasileira vivenciou, como ressalta Porto 
 
[...] uma verdadeira anticidadania patrocinada pelo Estado Ditatorial, cuja 
marca foi a exclusão mordaz da classe trabalhadora da cena sociopolítica–
centralizada pelos interesses absolutos do grande capital-, equidistando-se, 
portanto, do padrão preponderantemente emancipador prevalecente nos 
modelos do Welfare State (2001, p.24). 
 
A década de 60 é marcada pela elaboração de programas sociais nacionais e 
incorporados por segmentos progressistas da sociedade. Nesse momento, há um 
reposicionamento da prática profissional se auto-reconhecendo como uma profissão 
de caráter político que irá se intensificar na década de 1970. Década em que há uma 
 
trabalho de evangelização das massas, como exigência para o desenvolvimento, na vida social, do senso 
de liberdade e fraternidade.” ( ABREU, 2004, p. 51- 52). 
5 
 
racionalização, reestruturação e intensificação no controle sobre o trabalho com a 
finalidade de reduzir custos e elevar a lucratividade. 
No pós 64 há uma atualização da posição conservadora em que processos de 
individualização das relações sociais estão presentes nesse período. De acordo com 
Iamamoto 
 
Forja-se assim uma mentalidade utilitária, que reforça o individualismo, 
onde cada um é chamado a ‘se virar’ no mercado. Ao lado da naturalização 
da sociedade – ‘ é assim mesmo, não há como mudar’-, ativa-se os apelos 
morais à solidariedade, na contra face da crescente degradação das 
condições de vida das grandes maiorias (2006, p. 174). 
 
Diante do autoritarismo e repressões da ditadura, os profissionais ao invés de 
criticar o seu perfil peculiar da profissão, criticam os próprios métodos, o que 
desencadeou no método BH que criticava as próprias práticas do tradicionalismo, 
como diz Netto 
 
 O método que ali se elaborou foi além da crítica ideológica, da denúncia 
epistemológica e metodológica e da recusa das práticas próprias do 
tradicionalismo; envolvendo todos estes passos, ele coroou a sua 
ultrapassagem no desenho de um inteiro projeto profissional, abrangente 
oferecendo uma pauta paradigmática dedicada a dar conta inclusive do 
conjunto de suportes acadêmicos para a formação dos quadros técnicos e 
para a intervenção do Serviço Social (2008, p. 276-277). 
 
 
Diante do contexto rebelde dos anos 1960 vivenciado pela sociedade, houve 
uma reformulação do primeiro código de ética, e em 1965, institui-se um novo código. 
Este, mais normativo, com base filosófica humanista-cristã pautado no neotomismo e 
positivismo.5 Em decorrência, o Serviço Social adquire amplitude técnico-científica 
permeado pela influência norte americana, reconhecendo a existência de diferentes 
concepções e credos profissionais, ou seja, o pluralismo, e é tratado como uma 
profissão liberal, cujos deveres profissionais decorrem da obrigação formal dada pela 
legislação, contendo sanções, punições e normatizações, o que não era previsto no 
 
5
 “Particularmente em sua orientação funcionalista, esta perspectiva é absorvida pelo Serviço Social, 
configurando para a profissão propostas de trabalho ajustadoras e um perfil manipulatório, voltado para o 
aperfeiçoamento dos instrumentos e técnicas para a intervenção, com as metodologias de ação 
(...)”(YAZBEK,2009, p. 147-148). 
6 
 
código anterior. Outra característica era a reprodução dos costumes tradicionais 
mantenedores da ordem social dominante, com uma direção ética liberal, em defesa 
de princípios democráticos e do estabelecimento de uma ordem social justa. 
Barroco (2008) salienta ainda que as seqüelas da “questão social” não eram 
mais vistas como “disfunção social”, mas tornam-se objeto de intervenção do Estado, 
materializando as políticas sociais na busca de controlar as classes trabalhadoras e 
legitima-se como representante de toda a sociedade. O Serviço Social está ligado ao 
Estado, mas em defesa ao liberalismo6, que nada mais é, que o próprio princípio do 
capitalismo. Nesse contexto a moral funciona como instrumento ideológico do 
consenso e harmonia. Ivete Simionatto ressalta 
 
[...] O Estado consiste, ainda, em ‘todo complexo de atividades práticas e 
teóricas com os quais a classe dirigente não só justifica e mantém seu 
domínio, mas consegue obter o consenso ativo dos governados’ (Gramsci, 
2000a, p.331 apud Simionatto, 2009, p.42). 
 
 
Dessa forma o Estado anula muito das autonomias das classes subalternas7, 
pois utiliza-se de um “poder” desmobilizador através de aparelhos privados de 
hegemonia cuja intenção é fortalecer a fragmentação social das classes subalternas e 
interferir diretamente na formação da opinião pública, evitando que a ordem seja 
colocada em perigo, e desestruturando as lutas de classe. Portanto Simionatto afirma 
 
[...] Nenhum grupo social possui condições de superar seus patamares de 
subalternidade até que não seja capaz de ‘sair da fase econômico-
corporativa para elevar-se à fase da hegemonia político-intelectual na 
sociedade civil e tornar-se dominante na sociedade política (Gramsci, 1977, 
p. 460 apud Simionatto, 2009, p. 43). 
 
 
6
 “O liberalismo defende a liberdade de consciência, o que significa a liberdade de cada um para escolher 
o seu caminho – religioso, estético, ético, profissional, etc. – dentro das possibilidades dadas, desde que 
respeite dois princípios básicos: não coloque em risco a propriedade alheia; não invada os limites da 
liberdade alheia”(BARROCO, 2008, p. 165). 
7Sugere, no estudo das classes subalternas, a observação de uma série de medições, tais como suas 
relações com o ‘desenvolvimento das transformações econômicas’; sua ‘adesão ativa ou passiva às 
formações políticas dominantes’; as lutas travadas a fim de ‘influir sobre os programas dessas formações 
para impor reivindicações próprias’; a formação de ‘novos partidos de grupos dominantes, para manter o 
consenso e o controle dos grupos sociais subalternos’; a caracterização das reivindicações dos grupos 
subalternos e ‘as formas que afirmam a autonomia’ (GRAMSCI, 2002, p.140 apud SIMIONATTO, 2009, 
p.42). 
7 
 
A partir da década 1970 há um posicionamento crítico dos profissionais,pois, o 
período ditatorial possuía como característica a consolidação do capitalismo 
monopolista no Brasil. 
Segundo Yazbek (2009), é nesse período que os profissionais assumem suas 
inquietações e questionamentos, decorrentes do processo do capitalismo mundial que 
trazia consigo um desenvolvimento excludente e subordinado. É marcado por uma 
revisão nos níveis teórico, metodológicos, operativos e políticos, em que surge um 
comprometimento com um projeto voltado as classes subalternas, e 
consequentemente a apropriação da teoria social de Marx8, desvinculando-se da 
perspectiva positivista 
(...) que restringe a visão de teoria ao âmbito do verificável, da experimentação e da 
fragmentação. Não aponta para mudanças, senão dentro da ordem estabelecida, 
voltando-se antes para ajustes e conservação” (2009, p.147), visando uma perspectiva 
crítica da realidade e na sua totalidade. O que foi impulsionado pelo movimento de 
revisão do método, ou seja, o movimento de reconceituação. 
Nesta década há um processo de reconceituação profissional, em que os 
mesmos passam a reconhecer sua prática de forma crítica e política, compreendendo 
que suas ações são direcionadas a fins sociais que ocupam posições distintas e 
antagônicas na sociedade. No código de ética de 1975 o neotomismo inexiste, e a 
base filosófica é a humanista-cristã no positivismo e personalismo, este tendo a pessoa 
como centro, objeto e fim da vida social. Há uma individualização, uma exclusão do 
pluralismo9, reatualizando o projeto profissional conservador. 
 Evidencia-se também, um retrocesso na história do Serviço Social, em que os 
profissionais se posicionam em uma perspectiva acrítica e despolitizante, em face da 
 
8Far-se-á necessidade de ressaltar que segundo Barroco, as circunstâncias nas quais ocorreram as 
primeiras aproximações com o marxismo fragilizam a possibilidade de uma aproximação ontológica do 
pensamento de Marx. Para isso, contribui a forte influência de Althusser nos meios acadêmicos, o que se 
explica no contexto da ditadura, em que ocorre uma adequação entre o discurso científico-neopositivista e 
os limites dados pela censura e pelo esvaziamento político da universidade. (NETTO, 1991 apud 
BARROCO, 2008, p.152-153). 
9 O Pluralismo “supõe o reconhecimento da presença de distintas orientações na arena profissional, assim 
como o embate respeitoso com as tendências regressivas do serviço Social, cujos fundamentos liberais e 
conservadores legitimam o ordenamento social instituído” (IAMAMOTO, 2006) 
8 
 
ação disciplinadora do Estado, que em nome do bem comum tem o direito de dispor 
sobre as atividades profissionais. 
A ação do profissional reafirma o conservadorismo tradicional, na direção de 
uma adequação às demandas da ditadura. O Estado busca controlar as classes 
trabalhadoras, e legitimar-se como representante de toda a sociedade. 
Segundo Porto (2001), o período político de Geisel (1974- 1979) é marcado pela 
transição democrática, momento este, de mudança do regime militar para o governo 
liberal democrático. Aqui a política econômica é determinada pelo capital nacional 
privado, capital internacional e o estrangeiro, que culmina numa queda do padrão de 
vida de classe trabalhadora que proporcionou o ressurgimento do movimento operário 
e da organização partidária. Segundo Sposati 
 
A consciência da ineficácia social das políticas sociais atreladas a um Estado 
comprometido com um processo de expansão capitalista monopolista, 
principalmente como resultado da conjuntura de luta que se instala no país 
a partir dos movimentos sociais, levam o Serviço Social a rever suas 
propostas de ação (2008, p. 52). 
 
Em 1979 ocorre em São Paulo o III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais 
que tinha como tema as políticas e os movimentos populares que denunciam a 
miserabilidade da população. Em que a mesa é ocupada não mais por ditadores, mas 
por trabalhadores, por isso, congresso da virada. 
 
2.1. A Importância da Tradição em Marx no Amadurecimento Profissional. 
 
A década de 80 foi um momento histórico em que há uma luta contra o Estado 
autoritário, e dos seus reflexos sociais na sociedade com o aumento da pobreza e 
miséria, e o aparecimento das lutas pela democratização do Estado e da sociedade, 
num debate intensificado sobre as políticas, principalmente no que tange o corte 
social. Com o governo Sarney, em 1985 é inaugurado no país a Nova República, 
marcada pelo aprofundamento do capitalismo monopolista, e estratégias voltadas a 
enfrentar a pobreza e, ao mesmo tempo, conter a organização popular através de 
políticas sociais, devido ao agravamento da desigualdade social. 
9 
 
Diante deste contexto há uma discussão dos códigos anteriores, e um 
aprimoramento das determinações dos mesmos. Em 1986 surge então o quarto código 
que segundo Simões 
 
[...] Nasceu do movimento de reconceptualização do Serviço Social, 
contraposto ao conservadorismo e ao assistencialismo, gestado a partir dos 
anos 1970, explicitando a dimensão necessariamente político-institucional 
do exercício profissional (2009, p. 520). 
 
 
 Mesmo assim, se mostrou insuficiente do ponto de vista teórico e filosófico, e 
na operacionalização do cotidiano profissional. Segundo Barroco (2008) o código de 
ética de 1986 teve sua importância, porém não acompanhou os avanços teórico-
metodológicos e as políticas resultantes desta década, pois estes avanços não 
proporcionaram um debate ético abrangente, já que não se sustentava em uma teoria 
que contribuísse para a compreensão dos fundamentos da profissão. 
Todo este contexto, vem como contribuição ás estratégias do capital, já que a 
categoria profissional, como supracitado pelo autora, não compreendia seus 
fundamentos. Como então trabalhar numa direção de luta pela emancipação dos 
sujeitos? 
Analisando esses acontecimentos, principalmente na década de 1990, em que o 
processo de reestruturação produtiva10, a “contra-reforma” 11e a flexibilização do 
mercado de trabalho, trazem consigo o aprofundamento das tendências de barbárie, 
provenientes da expansão do capitalismo, principalmente nos países de terceiro 
mundo como o Brasil, em que as refrações da “questão social” são cada mais 
 
10
 “(...) a reestruturação produtiva é uma iniciativa inerente ao estabelecimento de um novo equilíbrio 
instável que tem, como exigência básica, a reorganização do papel das forças produtivas na recomposição 
do ciclo de reprodução do papel das do capital, tanto na esfera da produção como das relações sociais.” 
(MOTTA, 2000, p.65). 
11
 “Esta concretiza-se em alguns aspectos: na perda de soberania – com aprofundamento da heteronomia e 
da vulnerabilidade externa; no reforço deliberado da incapacidade do Estado para impulsionar uma 
política econômica que tenha em perspectiva a retomada do emprego e do crescimento, em função da 
destruição dos seus mecanismos de intervenção neste sentido, o que implica uma profunda 
desestruturação produtiva no desemprego (Mattoso, 1999); e, em especial, na parca vontade política e 
econômica de realizar uma ação efetiva sobre iniqüidade social, no sentido de sua reversão, condição para 
uma sociabilidade democrática” ( BEHRING,2003, p. 213). 
 
10 
 
acirradas12. Todo esse desenvolvimento das forças produtivas resulta numa enorme 
redução do trabalho vivo e flexibilização crescente das relações trabalhistas, todas 
estas transformações surgem como uma ofensiva do capital na produção, atingido 
diretamente a classe trabalhadora. Diante desses desafios, torna-se necessário 
examinar e aprimorar a contribuição política e profissional dosassistentes sociais, em 
face das transformações macrossocietárias. Segundo Barroco (2008) busca-se 
apreender a dialética que há na realidade e as diversidades ou singularidades, 
entender e compreender suas formas ontológicas, ou seja, compreender o ser social 
no seu processo histórico e materialista, tendo como centralidade as relações sociais 
na categoria trabalho, este entendido enquanto categoria fundante do ser social, que 
no seu processo de transformação da natureza transforma-se a si mesmo, porque há 
essa necessidade natural enquanto ser social histórico para realização de suas 
necessidades e de seu objetivo. 
De acordo com Simões (2009) com a necessidade da revisão do código de 1986, 
houve um envolvimento das entidades representativas da categoria profissional, ou 
seja, uma grande participação dos assistentes sociais, instituindo-se o código de ética 
de1993. 
 
Este atribuiu maior amplitude política à atuação profissional, segundo seus 
considerandos, por meio da criação de novos valores éticos fundamentos na 
definição mais abrangente de compromisso com os usuários, com base na 
liberdade, democracia, cidadania, justiça e igualdade social (2009, p.521). 
 
A revogação do código de ética de 1993, juntamente com a lei de 
regulamentação profissional do mesmo ano e as diretrizes curriculares da Associação 
Brasileira de Ensino e Serviço Social – ABESS em 1982, constituem a dimensão 
 
12
 Cabe salientar que na análise da estrutura do capitalismo a tradição marxista considera o trabalho como 
categoria central, “O trabalho é a categoria central, na qual todas central, na qual todas as outras 
determinações já se apresentam in nuce: ‘O trabalho, portanto, enquanto formador de valores-de-uso, 
enquanto trabalho útil, é uma condição de existência do homem, independente de todas as formas de 
sociedade; é uma necessidade natural eterna, que tem a função de mediatizar o intercâmbio orgânico entre 
o homem e a natureza, ou seja, a vida dos homens’.” ( LUCKÁS, 1979,p. 16). 
 
11 
 
normativa do projeto ético-político profissional.13 E estes elementos basilares, e a 
necessidade de ultrapassar as equivocadas concepções que no decorrer da década 
80 que foram frustadoras e não correspondia com a realidade em movimento, 
contribuíram para o posicionamento crítico e repensar seu compromisso com a classe 
trabalhadora. Foi necessário coadjuvar forças coletivas, para que desse conta de 
compreender a historicidade do ser social que gesta na sociedade capitalista. Segundo 
Santos 
 
A esta superação, denomino apropriação da vertente crítico- dialética. Ela é 
algo bastante recente, datando de meados dos anos 90, e seu significado 
pode ser considerado como um salto qualitativo nas aproximações 
sucessivas entre o Serviço Social e tradição marxista, pois tem permitido a 
explicitação de questões fundantes na efetivação da ruptura com o 
tradicionalismo(...) (2007. P.7). 
 
Tendo em vista o recurso à orientação teórica- metodológica da tradição 
marxista e seu entendimento com a recuperação da vertente crítico- dialética, o 
Serviço Social rompe com o conservadorismo. Ao profissional foi possibilitado a 
capacidade de intervir de forma qualitativa na garantia do projeto ético-político 
profissional. E é principalmente com o código de ética profissional criado em 1993, que 
se torna possível decodificar o compromisso com os valores éticos e políticos 
emancipadores, para conquista da liberdade em defesa da classe trabalhadora. 
Segundo Barroco (2008) 
 
 A ética profissional é um modo particular de objetivação da vida ética. Suas 
particularidades se inscrevem na relação entre o conjunto complexo de 
necessidades que legitimam a profissão na divisão sóciotécnica do trabalho, 
conferindo-lhe determinadas demandas, e suas respostas específicas, 
entendidas em sua dimensão teleológica e em face das implicações ético- 
políticas do produto concreto de sua ação (2008, p. 47). 
 
 
Apesar de ser uma década marcada por ações estatais focalizadas, houve 
avanços significantes na história da política brasileira, que culminou num novo 
 
13
 O projeto ético-político profissional deu-se no contexto de ruptura com o conservadorismo, “(...) o 
projeto ético-político do Serviço social brasileiro está vinculado a um projeto de transformação da 
sociedade.Essa Vinculação se dá pela própria exigência que a dimensão política da intervenção 
põe,”(TEIXEIRA e BRAZ, 2009,189). 
12 
 
processo democraticamente exemplificado pela Assembléia Constituinte que trouxe 
consigo a aprovação da Constituição Federal de 1988. 
Essa Constituição vem para garantir direitos, mas o Estado não dá suporte para 
que os mesmos sejam efetivados, porque nesse momento há também o processo da 
“reforma do Estado” ou melhor, uma “ contra-reforma”, pois a reforma se deu apenas 
no âmbito do econômico e político, já que a área social foi totalmente afetada. Esse 
momento histórico é resultado do adentramento da política neoliberal, processo este 
que provocou a retração da atuação do Estado na área social desencadeando a 
privatização, a descentralização, e a publicização, caracterizada pela transferência de 
responsabilidades para a sociedade civil em diversas formas. O mercado é o regulador 
das relações sociais, em que a decisão é determinada por meio de formas mercantis. E 
como salienta Behring 
 
[...] a tendência geral é a da redução de direitos, sob argumento da crise 
fiscal, transformando-se as políticas sociais - a depender da correlação de 
forças entre as classes sociais e segmentos de classe e do grau de 
consolidação da democracia e da seguridade social nos países – em ações 
pontuais e compensatórias daqueles efeitos mais perversos da crise – ‘a 
política econômica produz mortos e feridos e a política social é uma frágil 
ambulância que vai recolhendo os mortos e feridos, que a política 
econômica vai continuamente produzindo’(Kliksberg,1995, p. 35 apud 
Lander,1999, p. 466. In: BEHRING, 2003, p. 248). 
 
A “contra reforma” do Estado trouxe consigo um grande processo de 
privatização da coisa pública, intensificando, assim, a pobreza e o acesso da população 
aos serviços essências à eles. Há mudanças no mundo do trabalho, e as atuações do 
Estado se dão de forma fragmentada, os sistemas de proteção social e as políticas 
sociais são redefinidas de acordo com os interesses dos capitalistas, havendo um 
fortalecimento da relação público privado, ou seja, aprovação de uma constituição que 
preconiza direitos aos cidadãos. Logo após, surge um processo contraditório, 
destituindo os direitos que foram resultados de lutas sociais e que ainda nem foram 
alcançados. E como ressalta Iamamoto 
 
Presenciamos hoje no mundo contemporâneo uma transformação 
significativa dos padrões de produção e acumulação capitalista, com 
profundas alterações na dinâmica internacional do capital e da concorrência 
13 
 
intercapitalista, implicando numa reestruturação dos Estados nacionais em 
suas relações com as classes sociais. Transformações aquelas que vem 
acompanhadas de uma clara reorientação do fundo público a favor dos 
grandes oligopólios em detrimento da reprodução da força de trabalho, pela 
retração dos investimentos estatais nas áreas de seguridade social, da 
política salarial e do emprego (2010, p. 173). 
 
 
 Percebe-se que a “contra reforma” do Estado vem privar os direitos sociais, 
que ainda os sujeitos sociais não concretizaram por meio de suas lutas, de maneira a 
contribuir para o agravamento da “questão social”. 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os profissionais de Serviço Social, tendo diretrizes,princípios e atribuições são 
solicitados a trabalhar em um contexto contraditório, onde é preciso conhecer o 
funcionamento da instituição e as demandas do território, e os limites encontrados 
nesses espaços. Mesmo sendo um instrumento basilar da profissão, há desafios em 
trabalhar na operacionalização do Código de Ética diante das demandas que são 
apresentadas a todo o momento. Segundo Iamamoto 
 
[...] a operacionalização do projeto profissional supõe o reconhecimento da 
arena sócio-histórica que circunscreve o trabalho do assistente social na 
atualidade, estabelecendo limites e possibilidades à plena realização 
daquele projeto. (...) articula um conjunto de mediações que interferem no 
processamento da ação e nos resultados individual e coletivamente 
projetados, pois a história é o resultado de inúmeras vontades lançadas em 
diferentes direções que tem múltiplas influências sobre a vida social (2007, 
p. 230). 
 
 Netto (2006) afirma que o debate acerca do projeto ético-político do 
Serviço Social se deu a partir da transição da década de 1970 e 1980, seguida das 
discussões do processo de reconceituação do Serviço Social pós ditadura (1960) 
recusando o conservadorismo e trazendo a tona à reinserção da classe trabalhadora na 
cena política, que conseqüentemente exigiu da sociedade brasileira transformações 
políticas e sociais. 
Na transição da década de 1980 para a década de 1990 mesmo havendo 
avanços nas discussões acerca do projeto profissional, interligadas a formação 
14 
 
profissional, em que determinados componentes foram construídos e legitimados pela 
categoria, tais como o atual código de ética profissional, a Lei de Regulamentação da 
Profissão (8662/93), as novas diretrizes curriculares e a Constituição de 1988, não se 
concretizou este projeto, pois está em constante desenvolvimento. Já que “este 
projeto profissional se vincula a um projeto societário que propõe a construção de 
uma nova ordem social, sem exploração/dominação de classe, etnia e gênero”. Este 
não depende somente do assistente sociais, mas sim de articular com categorias de 
outros profissionais para potencializar seu direcionamento para com a classe 
trabalhadora. 
De acordo com Teixeira e Braz (2009) é preciso considerar vários fatores que 
implicam no desenvolvimento de um projeto societário, desde sua relação social, que 
vale considerar a sua relação com o caráter político, cujas determinações estão ligadas 
ao interesses sociais, e consequentemente ao posicionamento do assistente social em 
uma direção social. 
O projeto ético-político do Serviço Social está vinculado ao projeto de 
transformação da sociedade ou de conservação da ordem, e está presente no plano 
ideal e prático, ou seja, se desenvolve frente às contradições econômicas e políticas na 
dinâmica das classes sociais interferindo diretamente na direção do fazer profissional. 
Segundo Iamamoto 
 
Os projetos profissionais são indissociáveis dos projetos societários que lhes 
oferecem matrizes e valores que expressam um processo de lutas pela 
hegemonia entre as forças sociais presentes na sociedade e na profissão 
(2006, p. 184). 
 
Diante das transformações societárias e as condições impostas aos profissionais 
nessa atual conjuntura, como concretizar de fato o projeto ético-político? 
 
 
15 
 
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