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Junho. 29, 2020 Produção de Cerveja sem Glúten Emanuelle Mayara da Cunha; Flávio Ramon Silva de Souza; Giovana Gomes da Silva Beliene Vila; Isadora Rodrigues de Oliveira; Mariana Alves dos Anjos; Núbia Cristina Fraga de Carvalho Gomes O glúten é um composto de proteínas de armazenamento denominadas prolaminas e glutelinas, que se unem com o amido no endosperma (que nutre a planta embrionária durante a germinação) das sementes de vários cereais da família das gramíneas Afinal, o que é glúten? Algumas pessoas têm intolerância ao glúten, chamada doença celíaca. No corpo do celíaco, as proteínas do glúten desencadeiam uma resposta imunitária no intestino delgado. O único tratamento disponível é evitar os alimentos com glúten O que é doença celiaca? Cerveja sem glúten é a cerveja elaborada com cereais que não contem glúten ou que contenha teor de glúten abaixo de 10 ppm estabelecido em regulamento técnico específico. Definição de Cerveja sem Glúten Cevada e malte de cevada Malte, extrato de malte, saborizante de malte e vinagre de malte. Centeio Trigo – incluindo semolina, kamut e espelta Grãos Proibidos e seus Derivados que Pessoas com Doença Celíaca Devem Evitar Há diferentes formas de produzir uma cerveja sem glúten ou com glúten reduzido. Processamento de Cervejas sem Glúten É uma grama vigorosa que tolera o tempo seco e é comumente usado como um dos ingredientes da cerveja africana. É uma planta com origens na China. Seus pequenos grãos são moídos, o que separa a parte comestível de suas cascas. Essa parte comestível é então torrada e usada como um produto de grãos. O milhete tem sido usado regularmente para fazer cerveja na África, e agora é um dos grãos mais usados comercialmente para fazer cerveja sem glúten. Sorgo, trigo sarraceno e milhete são as três substituições mais comuns usados para fazer cerveja sem glúten. Uma parte das cervejas rotuladas como “sem glúten” são feitas com grãos que não contém essa substância Mas, com o avanço da tecnologia, se tornou possível fabricar cervejas sem glúten a partir dos ingredientes tradicionais (malte de cevada e trigo); Processamento de Cervejas sem Glúten a partir de Enzimas O resultado são bebidas com sabor muito diferente das cervejas tradicionais, que não agradam muito no paladar. Basta adicionar, no início da fermentação, uma enzima responsável por quebrar o glúten em fragmentos não tóxicos para o celíaco. Principais Cervejas sem Glúten do Mercado Cervejaria espanhola uma das primeiras do mundo a fabricar uma cerveja sem glúten; Ou com baixa concentração da proteína (menos de 6 ppm), disponível no Brasil; Bebida clara, dourada, com amargor médio e refrescante, refletindo bem o estilo Lager. Produzida pela cervejaria Farrapos, em Passo Fundo A Lake Side Beer é a primeira linha de cervejas brasileiras sem glúten. Estilo lager, a cerveja passa por um tratamento enzimático que degrada o glúten presente na cerveja. A cervejaria belga aposta em um estilo clássico alemão (pilsner) A GREEN’S PILSINER tem um aroma maltado e cítrico, com um final levemente amargo e seco. É A PRIMEIRA CERVEJA ARTESANAL , PURO MALTE SEM GLÚTEN MINEIRA Produzida a partir de um processo de degradação do glúten por enzimas durante a fermentação. A Bergmann é totalmente segura para celíacos e tem sabor idêntico ao de uma Pale Ale tradicional. É perfeita também para quem quer manter a boa forma sem abrir mão de uma boa cerveja. Além de ter um descarte sustentável e saudável do bagaço originando sub-produtos. BERGMANN DIFERENCIAIS Pilsen (3,9 EBC) Carablond (20,0 EBC) Centenial (10%) Centenial (10%) Hull Mellon (Dry Hop) US-OS Ingredientes Estilo Pale Ale Á esquerda água com presença de cloro, à direita água sem cloro. Água e malte sendo aquecidos em uma panela elétrica de fervura. Teste com iodo. O primeiro orifício (esquerda para direita) de cor mais escura, indica a grande presença de amido e o último orifício indica a não presença de amido. PURO MALTE PALE ALE CERVEJA CLARA ALTA FERMENTAÇÃO MAIOR NÍVEL DE ÉSTER LÚPULO EM BOA ESCALA TEOR ALCOÓLICO ENTRE 4,5 A 5% ASPECTO ENCORPADO AROMA TERROSO E HERBAL NOTAS FRUTADAS AMARGOR MÉDIO COM FINAL SUAVE BERGMANN Dentre os resultados obtidos, a cerveja apresentou características satisfatórias de textura, sabor e aparência quando comparada à de uma cerveja comum do mercado. Podendo ser consumida pelos amantes da cerveja que sofrem da síndrome celíaca, pois a enzima utilizada na etapa de fermentação, degrada o glúten contido nos ingredientes. Conclusão Bibliografia FERRO, Luis. INGREDIENTES DA CERVEJA | Qual a função de cada um na produção de cerveja?. Berlim, 2017. Disponivel em <http://blog.prazeresdacasa.com.br/brew/ingredientes-da-cerveja-qual-a- funcao-de-cada-um-na-producao-de-cerveja/>. Acesso em 28 mai. 2019. GARATTONI, Bruno; PANDOLFI, Robson. A polêmica do glúten. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em <https://super.abril.com.br/saude/a-polemica-do-gluten/>. Acesso em 28 mai. 2019. LARA, Carlos. História da cerveja: entenda como surgiu e o seu processo de evolução. São Paulo, 2010. Disponível em <https://www.hominilupulo.com.br/cultura/historia-da-cerveja/>. Acesso em 28 mai. 2019. MILHORANCE, Flávia. Dieta sem glúten: vale a pena pra quem?. Rio de Janeiro, 2015. Disponível em <https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/dieta-sem-gluten-vale-pena-para-quem-16182356>. Acesso em 28 mai. 2019. REBELLO, Flávia de Floriani Pozza. Produção de cerveja. Pouso Alegre, 2009. Disponível em <https://agrogeoambiental.ifsuldeminas.edu.br/index.php/Agrogeoambiental/article/view/224>. Acesso em 28 mai. 2019.
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