ENRIQUE PICHON RIVIERE

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Pichón Rivière
1907 – 1977
Disiciplina: Processos Grupais
2020
 Suíço, nascido em Genebra em 25 de junho 
de 1907, que imigrou para a Argentina em 
1910.
 Fundador da APA (Associação Psicanalítica 
Argentina) e da IADES (Instituto Argentino de 
Estudos Sociais).
 Seus pilares epistemológicos são a 
psicanálise e a psicologia social.
 Faleceu em 16 de julho de 1977, em Buenos 
Aires.
 Começou a ser sistematizada por Pichon-Rivière a 
partir de experiências dele no Hospital Psiquiátrico 
La Mercedes: a partir de uma greve dos 
trabalhadores, Rivière propõe uma nova forma de 
cuidado entre os pacientes (os “menos 
comprometidos” cuidariam dos “mais 
comprometidos”).
Maior identificação e integração entre 
eles.
Se definem como 
grupos 
centrados na tarefa
Tarefa Explícita: 
Objetivo do grupo: aprendizagem, diagnóstico 
e tratamento
Tarefa Implícita:
Manutenção da coesão do grupo e a superação 
obstáculos de obstáculos a sua continuidade, como, 
por exemplo, a formação de subgrupos dispersivos.
• Pré-tarefa: ansiedades e medos frente ao
desconhecido, que dificultam “entrar na tarefa”
(resistência à mudança, falta de integração entre o
pensar, o sentir e o agir).
• Tarefa: elaboração da ansiedade provocada pela
mudança e na integração do pensar, sentir e agir
(trabalharia o significado da tarefa explícita e como ela
seria realizada de acordo com o potencial de cada um
no grupo).
• Projeto: é o que aparece como resultado da tarefa e
que permite o planejamento para o futuro.
TRÊS MOMENTOS DO GRUPO OPERATIVO
Esquema 
idealizado por 
Rivière para avaliar 
o movimento no 
interior do grupo 
durante a 
realização de uma 
tarefa e seu 
resultado final, 
quando se tornam 
manifestos os 
conteúdos que, no 
início do processo, 
encontravam-se 
latentes.
Vetores de análise do cone invertido:
Pertença 
Sentimento de fazer parte do grupo
Cooperação
Ações com o outro
Pertinência
Eficácia com que se realizam as ações
Comunicação
Processo de intercâmbio de comunicação
Aprendizagem
Apreensão instrumental da realidade (revisão das estratégias)
Tele
Empatia entre os participantes
✓Líder
✓Porta-voz
✓Bode expiatório
✓Sabotador
É aquele que traduz, por meio de sua fala ou
de suas ações, as ideias e os sentimentos,
aparentes ou não, que circulam no grupo.
Aquele que anuncia ou denuncia um
acontecer grupal, que está relacionado com
uma situação latente no âmbito do grupo
(muitas vezes, um dilema no fazer da tarefa).
Ele não tem consciência que anuncia algo
em nome do grupo.
✓ De mudança: é aquele componente que
provoca, instiga, sugere coisas novas
levando o grupo a buscar algo novo.
✓ De resistência: é aquele que, quando se
sugere algo novo, tenta segurar o grupo,
tentando manter a situação anterior.
 É aquele que expressa a ansiedade do grupo, 
mas, diferente do porta-voz, sua opinião não é 
aceita, de modo que este não se identifica com a 
questão levantada gerando uma segregação, 
pode-se dizer dele como depositário de todas as 
dificuldades do grupo e culpado de cada um de 
seus fracassos.
 Surge quando o nível de ansiedade é tal que 
fugir da tarefa lhe parece mais agradável do 
que realizá-la
 Cria outras necessidades como sendo mais 
importantes e tenta levar o grupo a seguir 
seus passos
 Dá origem a mecanismos de exclusão e 
segregação 
 Pichón-Riviére define ECRO, como um conjunto 
organizado de conceitos gerais, teóricos, referidos 
a um setor do real, a um determinado universo de 
discurso, que permite uma aproximação 
instrumental ao objeto particular (apud ADAMSOM, 
2008, p. 01). 
 De maneira mais clara, pode-se dizer que ECRO é 
o conjunto de experiências, conhecimentos e 
afetos com os quais o sujeito pensa/sente/age.
 O ECRO pichoniano está constituído por três grandes campos disciplinares que 
são:
 ciências sociais, a psicanálise e a psicologia social. 
 Estas três disciplinas constituem os três sustentáculos principais de seu marco 
conceitual. Isto constitui a condição de interdisciplinariedade de sua psicologia 
social. 
Ciências Sociais Psicanalise Psicologia Social
As ciências sociais lhe oferecem 
como contribuição essa concepção 
macro que lhe permite pensar o 
sujeito situado e sitiado em uma 
relação instituinte na estrutura social 
e na cultura a que pertence
Toma da psicanálise seu conceito de 
inconsciente, seu conceito de desejo 
que re-traduz como necessidade, 
não no sentido psicanalítico, mas 
como a necessidade que se 
transforma a partir da prática social 
A psicanálise lhe permite pensar a 
eficácia das identificações 
vinculares inconscientes na 
constituição do esquema referencial 
subjetivo que opera como esse 
"conjunto de experiências, 
conhecimentos e afetos com os 
quais o indivíduo pensa e faz" e que 
lhe permite operar no mundo 
Da psicologia social toma, 
fundamentalmente, as concepções 
de George Mead, e, com relação 
aos aspectos teóricos-técnicos da 
dinâmica grupal, as de Kurt Lewin e 
seus seguidores, como Lippit e Wight. 
 Para Pichon-Rivière (1988), a teoria do vínculo tem um 
caráter social na medida em que compreende que 
sempre há figuras internalizadas presentes na relação, 
quando duas pessoas se relacionam, ou seja, uma 
estrutura triangular. 
 O vínculo é bi-corporal e tripessoal, isto é, em todo 
vínculo há uma presença sensorial corpórea dos dois, 
mas há um personagem que está interferindo sempre 
em toda relação humana, que é o terceiro. Neste 
sentido, vínculo é uma estrutura psíquica complexa.
 O circuito vincular tem direção e sentido, tendo um 
porquê e um para quê. Quando somos internalizados 
pelo outro e internalizamos o outro dentro de nós, 
podemos identificar o estabelecimento do vínculo de 
mútua representação interna.
O coordenador de grupo operativo não pode 
trabalhar nem como um psicanalista de grupo, 
nem como um simples coordenador de grupo de 
discussão e tarefa.
Sua intervenção se limita a sinalizar as 
dificuldades que impedem ao grupo enfrentar 
a tarefa.
GRUPOS OPERATIVOS: UMA EXPERIÊNCIA PSICOTERAPÊUTICA EM CAPS
Discentes do Curso de Psicologia – Centro Universitário de Maringá – PR. g_marutti@yahoo.com.br; 
juju_ocs@hotmail.com; mediori@hotmail.com; tatyperes@hotmail.com; tha_oc@yahoo.com.br. 
2 Docente do Curso de Psicologia – Centro Universitário de Maringá – PR. sdiamante@cesumar.br. 
Gislaine Aparecida Marutti¹1 ; Juliana de Oliveira Coelho Silva¹; Maurício Mendonça 
Junior¹; Tatiani Solis Peres¹; Thalita de Oliveira Soares¹; Sandra Diamante2 .