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Movimentação de Produtos

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Movimentação
de Produtos
Núcleo de Educação a Distância 
www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 
25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitoria de Programas de Pós-Graduação
Nara Pires
Pró-Reitoria de Programas de Graduação
Lívia Maria Figueiredo Lacerda
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD Desenvolvimento do material: Júlio Loureiro
1ª Edição
Copyright © 2019, Unigranrio
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por 
fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio.
Pró-Reitoria Administrativa e Comunitária
Carlos de Oliveira Varella
Núcleo de Educação a Distância (NEAD)
Márcia Loch
Sumário
Movimentação de Produtos
Para início de conversa… ...................................................................... 04
Objetivo ............................................................................................. 05
1. Conceitos de Movimentação Interna e Externa à Organização 
 (Movimentação Interna, Abastecimento de Linhas de Produção, 
 Transferências, Distribuição Física e Logística Reversa) ............... 06
2. Logística de Suprimentos (Inbound) e Logística de 
 Distribuição (Outbound) ........................................................ 16
3. Planejamento dos Modais de Transporte (TL, LTL, Principais 
 Restrições: Volume x Peso) .................................................... 19
Referências ........................................................................................... 27
4 Logística Empresarial
Para início de conversa…
Quando pensa-se em logística, intuitivamente dois aspectos vêm à 
cabeça da maioria das pessoas: atividades relacionadas com o transporte e 
com a armazenagem. Nas duas situações, o cuidado com a preservação da 
integridade e as condições de utilização da carga devem ser prioritárias. As 
embalagens devem proteger os produtos, prestar informações úteis, prevenir 
perdas, facilitar todo o esforço logístico, mas ao mesmo tempo, elas devem 
ser leves e com um custo competitivo.
Cada produto a ser movimentado possuirá demandas de proteção 
compatíveis com o tempo de deslocamento, que pode variar de poucas horas 
até meses, e o tipo de equipamento que será utilizado, que poderá mudar 
durante o trajeto a ser percorrido.
Para tanto, o gestor deverá conhecer os modais existentes, suas 
principais características, vantagens de uso, bem como adotar de forma 
estratégica um olhar diferenciado para a distribuição física, buscando tornar 
sua empresa ainda mais competitiva.
Objetivo 
Identificar os tipos de modais, sua aplicação e particularidades, 
compreendendo o papel da distribuição física de produtos na estratégia 
empresarial.
6 Logística Empresarial
1. Conceitos de Movimentação Interna e Externa 
à Organização (Movimentação Interna, 
Abastecimento de Linhas de Produção, 
Transferências, Distribuição Física e 
Logística Reversa)
Para conhecer um pouco mais sobre este mundo da logística, 
relacionado com a movimentação de materiais e produtos, vejamos dois 
conceitos relacionados ao manuseio e acondicionamento.
Por manuseio, entende-se o ato de pegar com as mãos, manusear. 
Pode ser atribuído às facilidades empregadas para movimentar cargas de um 
ponto ao outro, podem ser manuais, mecânicas ou automáticas. E como 
acondicionamento, existe a preocupação em guardar, preservar, acomodar, 
embrulhar, proteger produtos em estojos, caixas, contêineres e outros 
dispositivos, conforme o caso.
Sobre a movimentação interna, são listadas todas aquelas relacionadas 
ao recebimento, movimentações dentro dos armazéns, abastecimento de 
linhas de produção, ou seja, tudo aquilo que se refere aos movimentos dentro 
da área da empresa, necessários à manutenção de suas atividades fabris ou de 
armazenagem, conforme o caso.
Já as movimentações externas estão ligadas aos envios entre fábricas, 
envios aos demais elos da cadeia de suprimentos e distribuição urbana, 
incluindo as exportações, importações e demais transações de transporte 
pelos mais diversos modais realizados, além dos limites da organização.
Na movimentação interna da organização, os principais tipos de 
equipamentos comumente observados enquadram-se em uma das três 
categorias a seguir:
7Logística Empresarial
Figura 1: Três categorias de movimentação interna da organização. Fonte: Dreamstime. 
Na visão de Dias (2015), para que possa ocorrer a transformação 
das matérias-primas em produtos acabados, pelo menos um dos elementos 
(materiais, máquinas ou pessoas) devem ser movimentados. Em geral, nas 
indústrias, é o material que se movimenta neste ciclo, dando origem a 
produtos com um nível de elaboração maior.
Ainda segundo o autor, a movimentação e o transporte de materiais 
podem ser classificados conforme a atividade funcional a que se destina:
 ▪ Granéis: Reúne os métodos e equipamentos de transporte que 
compreendem desde a extração até o armazenamento de todos os 
tipos de materiais.
 ▪ Cargas unitárias: É a denominação a toda e qualquer carga contida 
em um recipiente, formando um todo, sob a ótica do manuseio.
 ▪ Embalagem: Aqui estão reunidas as informações sobre o conjunto 
de técnicas empregadas desde o projeto, seleção, e a consequente 
utilização de recipientes destinados ao transporte de produtos em 
processo e produtos acabados. 
 Equipamentos manuais
 Equipamentos mistos
Equipamentos
inteiramente mecanizados
8 Logística Empresarial
Tão importante quanto a escolha dos equipamentos e estruturas 
de armazenagem, um bom planejamento de embalagens protetoras é 
indispensável, uma vez que um bom projeto possibilita uma melhor utilização 
em todas as fases de fabricação ou distribuição da empresa, quer seja no 
abastecimento de matérias-primas, movimentação e estocagem de peças, 
conjuntos ou subconjuntos, transporte e distribuição de produtos acabados.
Ainda atende a um dos pré-requisitos da logística, que é movimentar 
bens sem danificá-los a um custo razoável. Para tanto, um bom projeto de 
embalagem do produto possibilita a movimentação sem quebras, e além 
disso, dimensões adequadas de empacotamento encorajam manuseio e 
armazenagem eficientes.
 ▪ Armazenamento – Nesta dimensão, estão as atividades afetadas 
ao recebimento, movimentação interna de produtos ou matérias-
primas, empilhamento (em prateleiras e outras estruturas de 
armazenagem), separação e expedição de produtos, em qualquer 
fase em que se encontre um produto ou na sua própria distribuição.
 ▪ Vias de transporte – Compreende os estudos de carregamento, 
transporte, descarga ou desembarque e transferência de qualquer 
tipo de material em terminais de transporte (portos, terminais 
ferroviários ou rodovias).
 ▪ Análise de dados – Aqui, são observados os aspectos analíticos 
das informações geradas a partir da movimentação; são os dados 
que vão desde os mapas, disposição física de equipamentos, 
organização, treinamento, manutenção, padronização, 
segurança, custos, integração, informatização e demais ações 
necessárias para o desenvolvimento de um sistema eficiente de 
movimentação de materiais.
Além do que já foi comentado sobre as embalagens, resta acrescentar 
que elas promovem uma melhor utilização do equipamento de transporte, 
protegem o produto, ajudam a promover a venda do produto, podem alterar a 
densidade do produto, evitam furtos, ajudam a promover valor de reutilização 
para o consumidor e ainda podem prestar informações úteis.
9Logística Empresarial
A embalagem pode ser classificada de diversas maneiras:
 ▪ Primária – Contenção, unidade de venda no varejo, medida de 
produção ou consumo.
 ▪ Secundária – Possibilita a proteção e apresentação da embalagem 
primária ao usuário no PDV.
 ▪ Terciária (ou unidade de despacho) – Dita de comercialização, 
contém um múltiplo da embalagem primária ou secundária; pode 
ser de papelão, caixas de madeira, plástico etc. A combinação dasembalagens primária e secundárias acaba sendo a unidade de venda 
dos atacadistas.
 ▪ Quaternária (ou unidade padrão de carga) – Embalagem de 
movimentação, múltiplo da terciária, envolve o contenedor ou 
palete que facilita a movimentação e a armazenagem.
 ▪ Quintenária - É a unidade conteinerizada ou embalagens especiais 
para envios de longa distância. Ballou (2007) esclarece que o 
contêiner não é uma embalagem, mas sim, um equipamento 
destinado à movimentação de produtos (de forma segura).
As embalagens podem ainda ser classificadas como:
 ▪ Autoexpositora – Cumpre a missão de transportar a mercadoria e 
expor para venda.
 ▪ De distribuição física – É destinada a proteger o produto, 
suportando as condições físicas observadas nos processos de carga, 
transporte, descarga, entrega, devolução e reentrega, podendo 
ser primária ou secundária. Pode ser caixas de papelão, madeira e 
plástico; sacos de papel ou plástico, tambores, cilindros, botijões, 
barris, tonéis e fardos.
 ▪ Retornável – Prevista para ser usada por um longo período, 
pode incluir acessórios retornáveis como separadores, gavetas, 
divisores etc.
10 Logística Empresarial
 ▪ Descartável – Projetada para ser utilizada apenas uma vez, 
possui baixo custo, não demandando controle e devolução 
(one way).
As embalagens também possuem funções específicas, conforme a sua 
natureza e características:
 ▪ Caixas de papelão são usadas para produtos leves - remédios, 
alimentos, perfumes, brinquedos, peças.
 ▪ Caixas de madeira são usadas para produtos mais pesados - motores, 
baterias, bombas d´água, ferramentas, peças e equipamentos.
 ▪ Engradados são usados para itens de formato irregular, como para-
brisas, cabines de caminhão, bicicletas etc.
 ▪ Fardos são usados para mercadorias que não exigem uma 
embalagem muito resistente, tais como tecidos, algodão, roupas, 
bolas etc.
 ▪ Sacos - São três os principais tipos – papel, pano e plástico – usados 
para granéis (carvão, milho, rações, cimento etc.).
 ▪ Feixes são usados em produtos que dispensam uma proteção maior, 
como tubos, vassouras, ferramentas.
 ▪ Bombonas e tambores são usados para produtos líquidos, como 
óleos, combustíveis, graxas, químicos etc.
 ▪ Barricas são usadas para produtos líquidos, como vinhos, bebidas, 
azeitonas etc.
 ▪ Bobinas são usadas para chapas de aço, metais e papel.
 ▪ Carretéis são usados para cabos, mangueiras, correntes etc.
 ▪ Cilindros e botijões são usados para gases em geral; alteram o 
estado físico dos produtos neles contidos.
Todo símbolo impresso ou contido em etiquetas afixadas nas 
embalagens quer dizer alguma coisa. Elas servem para alertar quanto aos 
cuidados que devemos tomar com as embalagens que estivermos manuseando. 
Eis alguns desses símbolos:
11Logística Empresarial
 ▪ G1 - Frágil; empilhamento máximo; manuseie com cuidado; 
produto corrosivo.
 ▪ G2 - Mantenha seco; não exponha ao fogo; embalagem reciclável; 
use a empilhadeira.
 ▪ G3 - Mantenha este lado para cima; centro de gravidade; teme 
umidade; substância tóxica.
 ▪ G4 - Não furar ou usar ganchos; temperatura controlada; usar 
clamp; manter abrigado.
 
 
Figura 2: Etiquetas de alerta no manuseio de embalagens. Fonte: Dreamstime.
G1 G2 G3 G4
12 Logística Empresarial
Na escolha e dimensionamento dos equipamentos e estruturas, existem 
alguns princípios que irão influenciar na decisão do gestor, uma vez definidos 
os equipamentos preferenciais, conforme o caso em análise, na ótica de Dias 
(2015) e Nogueira (2016). Estes princípios devem ser considerados na fase 
de planejamento, visando à integração dos sistemas logísticos (recebimento, 
estocagem, produção, inspeção, embalagem, expedição e transportes).
 ▪ Fluxo de materiais contínuo e progressivo, sendo esse o mais 
econômico. O posicionamento das máquinas e as instalações devem 
prever a redução nas movimentações de materiais, buscando-
se reduzir, combinar ou até mesmo eliminar movimentos e/ou 
equipamentos desnecessários.
 ▪ Máxima utilização da gravidade, pois trata-se da força motora mais 
econômica; seu uso deve ser incentivado sempre que possível para 
a movimentação de materiais.
 ▪ O aproveitamento vertical do espaço contribui para o 
descongestionamento das áreas de armazenagem e para a redução 
dos custos unitários de estocagem, aumentando a densidade do 
armazém, mas com o devido equilíbrio em relação à acessibilidade 
e seletividade dos itens.
 ▪ A economia em movimentação de materiais é diretamente 
proporcional ao tamanho da carga movimentada. Reduz-
se grandemente o manuseio, e consequentemente, os custos 
associados, quando unidades pequenas podem ser agrupadas para 
formar uma unidade maior.
 ▪ Segurança e satisfação, pois a produtividade aumenta conforme as 
condições de trabalho se tornam mais seguras. É necessário analisar 
as condições de segurança e melhorá-las continuamente, que por 
sua vez, estão relacionadas com a ergonomia, em que as capacidades 
e limitações humanas precisam ser reconhecidas e respeitadas no 
projeto das tarefas e equipamentos, a fim de garantir operações 
seguras e efetivas.
 ▪ Na atualidade, todo projeto deve contemplar a preocupação com o 
impacto no meio ambiente, considerando-se o consumo de energia 
e o quanto a operação impacta no meio que a cerca; esses itens 
são determinantes como critérios ao projetar e selecionar sistemas 
13Logística Empresarial
de movimentação de materiais e equipamentos alternativos, 
reutilizando os recursos, sempre que possível.
 ▪ Máquinas são normalmente mais produtivas, seguras e econômicas 
que a força braçal humana. Seu emprego quase sempre aumenta 
a produtividade e acarreta redução de custos. Na seleção do 
equipamento de movimentação, deve-se considerar todos os aspectos 
do material a ser movimentado, bem como dos movimentos a serem 
realizados e métodos utilizados. O equipamento de movimentação 
pode ser empregado para melhorar o controle da produção, dos 
estoques e da separação dos pedidos.
 ▪ Ao se padronizar os métodos, bem como os tipos e tamanhos dos 
equipamentos de movimentação, busca-se a escolha daquele que 
melhor atenda ao movimento da carga para determinada situação. 
Normalmente, o sistema mais eficiente é o mais simples. Ao 
mesmo tempo, deve-se buscar a flexibilidade, uma vez que o valor 
do equipamento é diretamente proporcional à sua flexibilidade. 
Uma maior flexibilidade significa que um mesmo equipamento 
pode ser utilizado em uma ampla variedade de operações ou áreas, 
mantendo-se como o equipamento ideal em caso de mudanças.
 ▪ O peso morto é o princípio que está vinculado ao fato que, quanto 
menor for o peso próprio do equipamento móvel em relação à 
sua capacidade de carga, mais econômicas serão as condições 
operacionais. Equipamento superdimensionado não é apenas 
mais custoso, mas também, normalmente, mais lento que os seus 
equivalentes de menor peso.
 ▪ Tempo ocioso ou improdutivo deve ser evitado, tanto para um 
equipamento quanto para a mão de obra da movimentação de 
materiais. O tempo de permanência dos veículos nas áreas de 
carga e descarga deve ser reduzido ao mínimo – compatível com a 
operação. O trabalho deve ser sempre minimizado, sem sacrificar 
a produtividade ou o NS exigido para a operação. Os processos 
devem ser simples, as sequências de operação devem ser claras e os 
layouts coerentes.
 ▪ Com os avanços tecnológicos verificados na atualidade, as 
operações de movimentação e armazenagem de materiais devem 
ser automatizadas, quando viável, para aumentar a responsividade, 
14 Logística Empresarial
melhorar a consistência e a previsibilidade, diminuir custos 
operacionais e eliminar MO repetitiva e potencialmente insegura.
 ▪ Deve-se planejar adequadamente a manutenção preventiva e 
a corretiva, considerando o reparo programado de todos os 
equipamentos de movimentação. A prática de manutenção de 
equipamentos móveis deve ser considerada indispensável. Quanto 
melhor a manutenção preventiva,menores as interrupções e mais 
produtivos serão os equipamentos.
 ▪ Revisões periódicas, com a substituição de métodos e equipamentos 
de movimentação obsoletos, quando outros mais eficientes forem 
descobertos ou inventados e que possam melhorar as operações. 
Todos os equipamentos estão sujeitos à depreciação e à superação 
tecnológica. Além disso, deve-se efetuar minuciosa análise 
econômica para contabilizar o ciclo de vida dos equipamentos de 
movimentação de materiais.
 ▪ A eficiência do desempenho da movimentação de materiais deve 
ser determinada em termos de despesas por unidade movimentada 
(grande parte das empresas já utiliza indicadores de desempenho 
por unidade de medida movimentada - R$/t, R$/Kg etc.).
Os sistemas de movimentação de produtos deverão ser revistos parcial 
ou completamente, ao se observarem um ou mais dos seguintes aspectos 
(DIAS, 2015, p.228):
 ▪ Homens manuseando cargas com mais de 30 kg ou mulheres com 
mais de 10 kg.
 ▪ Materiais com desvios de caminho, fazendo com que o deslocamento 
deixe de ser o mais direto e natural de sua transformação na fábrica, 
para inspeção, conferência ou outros fins.
 ▪ Quando o pessoal da produção estiver deixando os seus postos 
de trabalho para efetuar movimentações de materiais, ou quando 
precisarem ficar parados por falta de suprimentos.
 ▪ Interseções ou cruzamentos frequentes de materiais em movimento.
15Logística Empresarial
 ▪ Cargas com mais de 50 kg precisarem ser erguidas a mais de um 
metro sem ajuda mecânica.
Recentemente, com os avanços tecnológicos e de novas formas mais 
adaptadas às rotinas das operações, surgiram equipamentos que podem aliviar 
o esforço humano, tornando as operações mais ergonômicas. Entre eles, 
identificam-se os manipuladores pneumáticos e os exoesqueletos.
Os manipuladores pneumáticos são dispositivos mistos que possibilitam 
que o operador direcione e movimente os produtos, sem que ele tenha que 
suportar o peso deste diretamente. E os exoesqueletos são dispositivos que 
cumprem papel semelhante, mas diferem quanto à proximidade do operador, 
pois agem como uma extensão do próprio corpo. A Figura 3 ilustra um 
manipulador e um exoesqueleto em operação:
 
Figura 3: Manipulador e um exoesqueleto em operação. Fonte: DSW Soluções Digitais.
16 Logística Empresarial
Vejamos, agora, como funciona a logística de suprimentos e de 
distribuição.
2. Logística de Suprimentos (Inbound) e Logística 
de Distribuição (Outbound)
Conforme já vimos, existem duas áreas específicas na logística 
destinadas a tratar dos movimentos associados à chegada de materiais às 
empresas, e outra vinculada à saída deles.
A logística de suprimentos é também conhecida como logística 
inbound, ou ainda, segundo Ballou (2007) como suprimento físico 
(administração de materiais), que envolve as atividades primárias e de apoio 
(transportes, manutenção de estoques, processamento de pedidos, obtenção, 
embalagem protetora, armazenagem, manuseio de materiais e manutenção de 
informações), entre os fornecedores e a fábrica.
Para Nogueira (2016), ela é caracterizada por marcar o início de um ciclo 
da cadeia logística, otimizando o desenvolvimento, especificações e projeto de 
produto, previsão de demanda, planejamento de materiais e recursos, busca 
de novos fornecedores, aquisição e os controles correspondentes ao nível de 
complexidade e possibilidades de cada empresa.
É portanto, aquela que está associada ao fluxo de materiais e com 
presença cada vez maior do fluxo de informações, desde os primeiros elos, 
onde se situam as fontes de matérias-primas, materiais e insumos, passando 
pelos diversos estágios de transformação, até a sua entrada na manufatura ou 
fábrica. 
Ela também é reconhecida como a atividade que administra o 
transporte de materiais dos fornecedores para a empresa, descarregamento 
no recebimento e estocagem das matérias-primas e componentes. Além 
disso, ela cuida ainda da estruturação de abastecimento das linhas de 
fabricação, do retorno de embalagens reutilizáveis, paletes e contentores, 
logística reversa de refugos, decisões sobre sistemas de abastecimento, entre 
outras possibilidades correlacionadas.
17Logística Empresarial
Entre elas, pode ser descrita a presença de uma logística de produção 
mais voltada para o planejamento, programação e controle da produção e 
estoque (PPCPE), de acordo com Nogueira (2016). Esta é encarregada de 
receber as matérias-primas, peças, conjuntos e subconjuntos e enviá-los à 
produção, manuseio e transporte interno e dos estoques de produtos em 
processo (produtos ainda não acabados, ou seja, que não estejam prontos para 
envio ao cliente final). 
Em linhas gerais, o sistema produtivo é aquele capaz de reunir recursos 
de entrada, os chamados inputs que, ao adentrarem no processo produtivo, 
passam por transformações, conversões e adição de peças, conjuntos e 
subconjuntos, resultando em saídas de produtos ou serviços, e também de 
refugos, resíduos industriais e lixo. Estes últimos, apesar de indesejáveis, 
precisam ser administrados adequadamente.
Figura 4: Sistema produtivo. Fonte: Adaptado de Nogueira (2016, p.35).
Por sua vez, a logística de distribuição ou logística outbound, ou 
ainda, de distribuição física, na visão de Ballou (2007), é aquela que está 
associada à administração do Centro de Distribuição (CD) ou unidade 
equivalente de prestação de serviços. Ela cuida da localização de unidades 
de movimentação nos seus endereços, abastecimento de áreas de separação 
de pedidos e linhas de montagem, bem como controles de expedição, 
tratamento de devoluções, reembalagem ou repacking, transporte de cargas 
entre fábricas (transferências) e centros de distribuição, atuando também na 
coordenação de roteiros de transporte.
. Produtos
. Serviços
. Refugos e resíduos
Entradas ou inputs Sistema produtivo Saídas ou outputs
. Materiais
. Mão de obra
. Máquinas
. Instalações
. Energia
. Informações
. Tecnologia
. Processo de 
 transformação/ 
 conversão
18 Logística Empresarial
A partir do interesse que estas duas áreas criaram em torno dos ganhos 
de escala que dela poderiam vir, passou-se a estudar um termo mais amplo e 
abrangente, que é a logística empresarial.
Com a crescente tendência ao aumento de participação do setor de 
serviços (prestadores de serviços, instituições financeiras, empresas da área 
da saúde, educação, entretenimento, entre outras), haverá um deslocamento 
natural, com as devidas adaptações daquilo que hoje se pratica de forma 
mais intensa na logística manufatureira para a área de serviços, assim como 
uma crescente participação nas movimentações internacionais de produtos 
e de serviços. 
A compreensão da logística como um todo possibilita a tomada de 
decisões, que pode envolver desde o aproveitamento de entregas, para na 
volta efetuar a coleta de insumos para o abastecimento da linha de produção, 
quanto para o compartilhamento do espaço ocioso nos meios de transporte 
para a prestação do serviço às empresas parceiras, e até de fornecedores da 
cadeia de suprimentos, reduzindo-se assim o custo total da operação.
Atualmente, com o advento da crescente preocupação com o retorno 
adequado dos materiais que ainda podem ser reaproveitados para a fabricação 
de novos itens, bem como a destinação adequada daqueles que não podem 
mais ser utilizados, incorporou-se a dimensão da logística reversa, ampliando 
a já abrangente logística empresarial para uma visão mais profunda e ampla, 
conhecida como logística integrada.
No Brasil, a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), instituída 
pela lei nº 12.305/10, é bastante atual, sendo considerada uma das mais 
avançadas do mundo. Ela contém instrumentos para permitir o avanço 
necessário ao país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, 
sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.
A Figura 5 mostra a relação entre as logísticas indicadas 
anteriormente e a abrangência da logísticaempresarial e da logística 
integrada, englobando as mais diversas nuances e tipicidades de cada uma das 
etapas do esforço produtivo.
19Logística Empresarial
Figura 5: Etapas do esforço produtivo. Fonte: Adaptado de Ballou (2007); Nogueira (2016).
Na distribuição física, a última etapa das entregas que serão feitas pelas 
transportadoras, com destino aos lares ou endereços de consumo, decisiva 
para o sucesso do comércio eletrônico, recebe o nome de entrega da última 
milha, ou last mile delivery.
3. Planejamento dos Modais de Transporte (TL, 
LTL, Principais Restrições: Volume x Peso)
A principal função dos transportes é a movimentação de produtos. 
Para tanto, muitos recursos são consumidos, e um dos mais relevantes está 
situado na dimensão temporal, pois os produtos e materiais transportados 
ficam inacessíveis durante o trajeto. 
Meios de transporte mais rápidos são geralmente mais caros que os 
mais morosos. Durante o período de transporte, tudo o que é transportado é 
considerado como estoque em trânsito (base de várias estratégias: JIT – Just 
In Time e ECR – Efficient Consumer Response).
Além disso, existe a dimensão financeira, representada pelos gastos 
internos da organização, como a manutenção de frota ou externos, caso 
opte pela contratação de terceiros. Outro recurso consumido está na esfera 
ambiental, como o direto, com o consumo de energia e o indireto, traduzido 
pelos danos ambientais (engarrafamentos, poluição do ar, visual e sonora).
Logística 
empresarial
Logística de 
suprimentos
Logistica de 
distribuição
Fornecedores Manufatura Clientes
Logística reversa
Logística de produção
Logística 
integrada
20 Logística Empresarial
Compete ao gestor, no escopo de suas atribuições, identificar qual o 
modal mais adequado para atender às expectativas dos clientes, conforme a 
disposição destes em pagar por isso. Entre as escolhas, há a disponibilidade de 
uso do modal, data prevista para entrega, tempo despendido entre as conexões, 
cuidados com a embalagem, restrições que alguns tipos de cargas possuem 
em serem transportadas por alguns tipos de equipamentos, entre outras.
Pesa ainda sobre o gestor ponderar os trade-offs de custos, pois as 
decisões devem levar em consideração todas as variáveis relevantes à operação 
em análise e não apenas o custo, por exemplo, do tipo de veículo empregado 
nesse movimento.
Segundo Ballou (2007), cada modal apresenta vantagens e desvantagens 
em relação ao seu desempenho, sendo alguns mais indicados para produtos de 
baixo valor agregado e outros para perecíveis e cargas urgentes como órgãos 
para transplante, por exemplo. O Quadro 1 ilustra as características de cada 
um e os respectivos desempenhos.
Rodoviário Ferroviário Aéreo Dutoviário Aquaviário
Capacidade do 
embarque
Embarque 
médio
Embarques 
maiores
Embarques 
menores
Embarques 
maiores
Embarques 
maiores
Velocidade Média Baixa Alta Baixa Baixa
Preço (usuário) Médio Menos Maior Menor Menor
Resposta do 
serviço Média Lenta Mais rápida Lenta Lenta
Custo do 
inventário Médio Mais caro Menos caro Mais caro Mais caro
Custo fixo Baixo Alto Alto Alto Médio
Custo variável Médio Baixo Alto Baixo Baixo
Quadro 1: Característica de cada modal. Fonte: Adaptado de Ballou (2007).
21Logística Empresarial
Os transportes possibilitam uma economia de escala, que é uma 
economia obtida com a diminuição do custo de transporte por unidade de 
peso com cargas maiores (cargas fechadas têm custo menor por unidade de 
peso do que cargas fracionadas). Um bom exemplo disso é o emprego do 
modal ferroviário ou aquaviário, já que ambos possuem um desempenho 
superior ao rodoviário para longos trechos.
As despesas fixas de movimentação podem ser melhor diluídas 
(administração, recebimento de pedidos, posicionamento de veículos, 
faturamento, equipamentos). Outra economia possível é a de distância, com 
a diminuição do custo por unidade de distância à medida que esta aumenta. 
A economia de distância é semelhante à de escala, uma vez que permite que 
distâncias mais longas distribuam a despesa fixa por uma quantidade maior de 
quilômetros, resultando em taxas menores por quilômetro percorrido.
Isso faz com que se busque aumentar o tamanho da carga transportada 
e a distância de deslocamento realizado, atendendo às expectativas de serviços 
do cliente com um custo total menor. Este é um dos motivos que direciona a 
indústria a produzir equipamentos cada vez maiores e mais econômicos.
O Gráfico 1 ilustra a participação dos modais na movimentação de 
cargas por ano no Brasil, segundo a CNT (2018). Percebe-se uma maior 
participação do modal rodoviário, pois é o único capaz de realizar com 
eficiência a operação conhecida como porta a porta, ou seja, desde a origem até 
o destino, sem a utilização de intermediários e de mudança de tipo de modal; 
os demais precisam da integração com outros modais para completarem os 
seus ciclos de transporte.
Gráfico 1: Composição da matriz de transportes de carga no Brasil em 2018. Fonte: Adaptado de Nova Escola. 
Composição da matriz de transporte de carga no Brasil em 2018.
Aeroviário 0,4%
Dutoviário 4,2%
Aquaviário 13,6%
Ferroviário 20,7%
Rodoviário 61,1%
22 Logística Empresarial
Isso se deu, em parte, em virtude do processo tardio de industrialização 
no Brasil que, diferentemente de países como os Estados Unidos, Rússia e 
Canadá, que tiveram uma industrialização precoce, muito antes do surgimento 
dos caminhões como opção de transporte, viram nos trens a opção mais 
vantajosa para abastecerem as linhas de produção com insumos e matérias-
primas, e também para escoarem a produção. 
Gráfico 2: Comparação de matrizes de transporte de carga. Fonte: Adaptado de ANTF. 
Em função desta realidade, o movimento paradista dos caminhoneiros, 
observado em 2018, teve muita repercussão naquele episódio. O temor de 
novas edições levou técnicos do governo e de empresas, com forte participação 
do modal rodoviário, a buscarem alternativas para garantir o abastecimento 
dos mercados diante da possibilidade de novos movimentos grevistas.
Uma outra possibilidade obtida com os transportes é a de estocagem 
de produtos que, apesar de ser menos comum, pode ser empregada quando 
existir espaço limitado de depósito, quando o tempo de estocagem for curto e 
quando existir a perspectiva de melhor desempenho do custo total.
O chamado Truck Load ou TL (carga completa) é a forma de transporte 
em que a cobrança é feita considerando a ocupação completa do caminhão. 
Ele é adequado para o transporte entre instalações fabris e depósitos ou entre 
fornecedores e fabricantes. 
Comparação de matrizes de transporte de carga
Países de mesmo porte territorial
Rússia 
Canadá 
Austrália 
EUA 
China
Brasil 
Ferroviário Rodoviário Aquaviário, outros
 81% 8% 11%
 46% 43% 11%
 43% 32% 25%
 43% 32% 25%
 37% 50% 13%
 5% 65% 20%
23Logística Empresarial
E no outro sentido existe o LTL ou Less than Truck Load (carga 
fracionada). Neste caso, a cobrança é estipulada com base na quantidade 
carregada e distância a ser percorrida. Apesar de serem mais demoradas, as 
suas taxas representam economias de escala. O sucesso desta operação está 
no grau de consolidação que as transportadoras conseguem obter para as 
suas cargas.
Todos os modais de transporte existentes, os que já desapareceram 
e os que ainda serão criados no futuro, dependem principalmente de duas 
restrições: a adequação do peso e do volume a ser transportado, compatíveiscom o equipamento a ser utilizado.
Imagine a seguinte situação: um avião possui uma capacidade de carga em peso e um 
espaço disponível nos seus compartimentos de carga, seguindo as especificações do 
fabricante, conforme o peso transportado (do próprio avião, tripulação, combustível e carga). 
Apesar disso, ele pode atingir o peso máximo a ser transportado, mesmo que haja mais 
sobra para levar mais carga. 
A não observância disso poderá fazer com que este avião tenha 
dificuldades para subir na pista onde estiver operando. Por outro lado, se 
estiver levando cargas proporcionalmente mais leves, que façam com que 
ocupe os compartimentos destinados ao transporte de produtos, sem atingir 
o peso máximo possível de ser transportado, não poderá levar carga extra. Ou 
seja, lota-se um equipamento de qualquer modal em função da limitação do 
peso estabelecido em projeto, ou do volume que por ele pode ser transportado.
Este mesmo conceito se aplica aos caminhões, pois uma vez atingido o 
seu peso bruto total, sua ultrapassagem, mesmo que exista espaço disponível 
para levar mais carga, implicará em risco ao condutor, equipamento, carga 
transportada e terceiros, pois a suspensão, freios e motorização foram 
projetados para uma capacidade máxima de peso bruto total a ser movimentado, 
e ultrapassá-lo poderá ser fatal.
Veja, a seguir, a identificação que normalmente se observa nos caminhões, 
contendo os pesos máximos permitidos, conforme o projeto do veículo.
Importante
24 Logística Empresarial
 
Figura 6: Pesos máximos permitidos por caminhões. Fonte: Dreamstime.
 
 ▪ T – Tara, ou seja, é o peso próprio do veículo, acrescido dos 
pesos da carroçaria e equipamentos, bem como do combustível, 
das ferramentas, dos acessórios, da roda sobressalente (estepe), do 
extintor de incêndio e dos demais fluídos, expresso em quilogramas. 
 ▪ L – Lotação, ou seja, refere-se ao peso das cargas que podem ser 
levadas pelo veículo.
 ▪ PBT – Peso Bruto Total, ou seja, o peso máximo que o veículo 
pode transmitir ao pavimento, constituído da soma da tara mais 
a lotação. 
A multimodalidade e a intermodalidade são operações que se 
caracterizam pela utilização de mais de um modal de transporte. Isto significa 
transportar uma mercadoria do seu ponto de origem até a entrega no destino 
final por modalidades diferentes. 
Um dos fatores de sucesso é o emprego dos contêineres, que 
possibilitam a mudança de equipamentos de transporte (caminhão x trem x 
navio x caminhão, ou outros), sem a necessidade de manuseio da carga por 
ele protegida. Como exemplo, podemos citar a carga conteneirizada, cujo 
contêiner foi ovado (carregado), colocado em um caminhão, levado ao porto 
– do porto do país de origem, seguiu ao porto de destino. Em seguida, a 
carga foi desembarcada, passou pela alfândega, transferida para um vagão 
T: 7.500
L: 7.500
PBT: 15.000
25Logística Empresarial
plataforma, transportada de trem até um terminal rodoferroviário, retirada 
do trem e colocada sobre um caminhão até chegar ao seu destino.
Salvo por imposição alfandegária, o contêiner será desovado apenas 
no destino final. No percurso, que pode durar semanas e alguns milhares 
de quilômetros, a carga nele contida foi preservada, sem a necessidade de 
interferência humana ou mecânica, o que confere maior integridade ao 
conteúdo e reduzido índice de avarias por movimentação. Observe, a seguir, 
um porto com a operação de carregamento de um navio porta-contêineres. 
Veja a presença de caminhões movimentando os ditos equipamentos de 
acondicionamento de cargas.
Figura 7: Operação de carregamento portuário. Fonte: Dreamstime.
A intermodalidade caracteriza-se pela emissão individual de um 
documento de transporte para cada modal, bem como pela divisão de 
responsabilidade entre os transportadores; cada parte cuida do seu trecho.
Na multimodalidade, ao contrário, existe a emissão de apenas um 
documento de transporte, cobrindo o trajeto total da carga, do seu ponto de 
origem até o ponto de destino, de responsabilidade única.
A combinação de diferentes modais cria uma relação entre o preço 
26 Logística Empresarial
e o serviço que não pode ser oferecida por um modal isoladamente. O 
ponto crítico está no intercâmbio de informações para a coordenação das 
transferências entre os diferentes modais, pois estas operações acarretam em 
atrasos, comprometendo o tempo de entrega.
Ao longo deste capítulo, foi possível conhecer um pouco mais sobre 
as possibilidades de transporte, cada uma mais adequada às necessidades de 
custo, tempo e capacidade. Observou-se que as embalagens cumprem um 
papel indispensável para garantir a integridade e qualidade do que se está 
sendo transportado ou armazenado. Além de proteger os produtos, elas devem 
prestar informações úteis, prevenir perdas, facilitar todo o esforço logístico, 
mas ao mesmo tempo, devem ser leves e com um custo competitivo.
Foi percebido, também, que existem formas de reduzir 
significativamente os impactos causados pela matriz desbalanceada, e que o 
Brasil utiliza muito o transporte rodoviário, mais oneroso quando comparado 
ao ferroviário e ao aquaviário, por exemplo. Em outras palavras, o moderno 
gestor poderá escolher, entre os modais existentes, aquele que possa tornar 
sua empresa ainda mais competitiva.
27Logística Empresarial
Referências
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Disponivel em: https://www.ilos.com.br/web/tag/matriz-de-transportes/. 
Acesso em: 19 ago. 2019.
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antf.org.br/wp-content/uploads/2018/11/Compara%C3%A7%C3%A3o-
Matriz-de-Tansp.png. Acesso em: 21 ago. 2019.
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materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2007.
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de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá 
outras providências. Disponivel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em: 19 ago. 2019. 
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Disponivel em: http://cms.cnt.org.br/Imagens%20CNT/BOLETIM%20
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DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 6 ed. 
São Paulo: Atlas, 2015.
28 Logística Empresarial
DSW SOLUÇÕES DIGITAIS. Manipulador pneumático. Disponível em: 
https://www.solucoesindustriais.com.br/images/produtos/imagens_360/
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NOGUEIRA, A. S. Logística empresarial – Uma visão local com pensamento 
globalizado. São Paulo: Atlas, 2016.
NOVA ESCOLA. A integração rodoviária nacional. Disponível em: https://
novaescola.org.br/plano-de-aula/5081/a-integracao-rodoviaria-nacional. 
Acesso em: 21 ago. 2019.

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