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Técnica operatória para exodontia simples e complexa

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Cirurgia 
Técnica asséptica: 
• minimizar a contaminação da ferida por MO patogênicos
• prevenção de infecção cruzada
• uso de antissépticos (iodo degermante, iodo solução alcoólica e clorexidina 4%)
• sequência da lavagem das mãos: unhas, dedos, palmas e dorso das mãos e antebraços até o cotovelo. 
• as luvas cirúrgicas devem ser colocadas após a colocação do avental
• preparo do paciente: - adequação do meio
 - preparo pré-operatório
 - antissepsia intra bucal 
 - antissepsia extra bucal
 - aposição dos campos cirúrgicos 
· Avaliação clínica do paciente: 
 Prontuário odontológico: anamnese, ficha clínica, autorização para tratamento
 Avaliação laboratorial: 
- procedimentos cirúrgicos sob anestesia local: hemograma completo, coagulograma e exames específicos para cada condição. 
- doenças mais comuns que alteram o tratamento do paciente: 
 • cardio-vascular (hipert.arterial, arritmias, anginas, infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca congestiva)
 • desordens de sangramento (incluindo o uso de anticoagulantes)
 • doenças pulmonares (asma, doença pulmonar obstrutiva crônica)
 • renais (hemodiálise)
 • hepáticas (hepatite, coagulação)
 • doenças endócrino metabólicas (diabetes)
 • uso de próteses cardíacas e articulares (antibióticoprofilaxia)
 Abordagem cirúrgica de pacientes com comprometimento sistêmico: 
- Utilização do protocolo para redução de ansiedade. 
- Problemas cardiovasculares: 
 • Angina pectoris → consulta ao cardio, redução da ansiedade, limitar adrenalina
 • Infarto do miocárdio → risco de recidiva nos primeiros 6 meses, uso de anticoagulantes
 • Cirurgias cardíaca prévias → consultar o cardiologista 
 • Hipertensão arterial → redução da ansiedade, controle da P.A, limitar adrenalina 
 • Disritmias → uso de marcapasso – não usar bisturi elétrico 
 • Insuf. cardíaca congestiva → cabeceira mais elevada, redução da ansiedade, receber O2
 • Acidente vascular cerebral → após 6 meses do episódio, redução da ansiedade, receber O2
- Problemas pulmonares: 
 • Asma → redução da ansiedade, ter à mão medicação inalatória do paciente, evitar AINES, kit de emergência com adrenalina e teofilina injetáveis 
 • Doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) → redução da ansiedade, cabeceira elevada, uso de broncodilatador inalatório, aguardar melhora da função pulmonar 
- Problemas renais: 
 • Diálise renal → antibioticoprofilaxia, cirurgia no dia seguinte a hemodiálise, limitar medicações e anestésicos. 
 • Transplante renal ou de outros órgãos → suplementação de corticosteroides nos procedimentos cirúrgicos maiores devido a insuficiência adrenal. 
 • Diminuição da função hepática → discrasias sanguíneas (solicitar coagulograma TP E TTP, possibilidade de hpatite B ou C) 
- Desordens Endócrinas: 
 • Diabetes mellitus insulino-dependente ou não → se possível adiar a cirurgia nos pacientes com níveis de glicose acima de 200 mg/dl, protocolo de redução de ansiedade, antibioticoprofilaxia e suspender hipoglicemiantes orais no dia da cirurgia (não insulino-dependentes) ou solicitar redução de insulina ao medico (insulino-dependentes). 
- Problemas hematológicos: 
 • Coagulopatias hereditárias (hemofilia, plaquetopenias) Consultar o hematologista, solicitar coagulogramas, avaliar o pac. no pós operatório imediato
 Terapêutica anticoagulante (aspirina, heparina, warfarin) 
- Pacientes em uso de anticoagulantes:
 • Consultar o médico sobre a possibilidade de suspensão da medicação
 • Suspender por, pelo menos, 7 dias. 3 antes do procedimento e 4 após.
 • AAS → pode ser que não precise suspender 
 • Warfarin → suspender por 3 dias e verificar o TP
 • Heparina → cirurgia 24h após a última utilização 
- Desordens neurológicas: 
 • Desordens convulsivas (epilepsia) → frequência dos episódios, consultar o médico, utilizar o protocolo de redução de ansiedade 
- Gestação: 
 • Se possível adiar as cirurgias eletivas 
 • Em caso de necessidade da cirurgia → realizar no 2° trimestre de gravidez, cabeceira mais elevada 
 • Anestésicos locais → lidocaína ou bupivacaína
 • Outros medicamentos seguros → Acetominofen (paracetamol), penicilinas. 
 • Uso de anestésicos locais em gestantes → uso de vasoconstritores adrenérgicos deve ser cauteloso, uso de prilocaína (sup a 8mg/kg) apresenta risco de metemoglobina do feto e felipressina pode provocar contração uterina. 
 
 
Terapêutica pré- operatória: 
 Protocolo de prescrição medicamentosa: 
- Profilaxia para risco de endocardite bacteriana: 
 • Amoxicilina 500mg- 4 comp. Tomar os 4 comp. 1 hora antes do procedimento. (Se for alérgico tomar claritromixicina) 
- Cirurgia simples: 
- Cirurgias complicadas: 
 
 
Técnica operatória geral: 
 Manobras cirúrgicas: combinação de procedimentos técnicos executados de forma precisa e com instrumentos apropriados, respeitando os princípios de manutenção da cadeia asséptica. 
 Diérese (incisão e divulsão): 
- Incisão: 
 • Usar lâmina nova e de tamanho apropriado 
 • Corte único, firme e com bordos regulares, perpendicular a sup. 
 • Incisar sobre tecidos sadios: osso, gengiva, pele. 
 • Devem ser amplas para obtenção de um campo apropriado
 • Não incisar estruturas vitais 
 • Manter a irrigação do retalho 
- Retalho cirúrgico: 
 • O desenho do retalho permite boa visualização, suprimento sanguíneo adequado e previne deiscência de sutura
 • Base do retalho deve ser mais larga no ápice
 • Tipos de retalho cirúrgico: 
 → Incisão intrasulcular: → Triangular ou de Newman: 
 
 → Envelope ou sulcular: → Semilunar: 
 → Quadrangular ou trapezoidal sulcular: → Trapezoidal ou Wassmund: 
 - Prevenindo dilaceração: 
 • Retalho com dimensão suficiente para permitir boa visualização
 • Incisão vertical (de alívio) no nível do dente anterior à área onde haverá remoção óssea
 • Não submeter o retalho a tensões. 
 
- Retalho muco-periósteo: 
 • Obter acesso as estruturas ósseas subjacentes
 • Instrumentos adequados 
 • Maneira mais atraumática possível 
 • Mucosa bucal (queratinizada ou não) + periósteo 
 • Retalho total 
- Descolamento muco-periósteo:
 • Começa pela papila 
 • Anterior para posterior
 • O descolador é girado lateralmente para afastar o retalho
 • Entrar com o descolador por baixo do periósteo 
 
 Exérese (extirpação): 
- Em cirurgia bucal menor, utiliza-se exérese óssea ou osteotomia para se obter acesso a: 
 • Restos radiculares ou dentes inclusos
 • Tecidos patológicos intra-ósseos
 • Correção de defeitos ósseos (alveoloplastia, defeitos periodontais, aumentos de coroas clínicas e outros. 
- Exérese óssea 
 • Uso de brocas novas ou cinzéis afiados (proteção dos tecidos moles) 
 • Irrigação com soro fisiológico para evitar aquecimento do tecido ósseo
 • Cinzéis e osteótomos (Alveolótomo) 
 • Osteotomia alveolar (pinça goiva) 
 • Uso de brocas em peça de mão (peça reta) 
 Hemostasia 
 • Tempo cirúrgico constituído por série de manobras visando eliminar o sangramento pela diérese. 
 • Compressão → com gaze, dedo ou pinças hemostáticas 
 • Termocoagulação → eletrocautério 
 • Suturas → ligadura direta do vaso (cortar os vasos e juntá-los) e sutura tecidual (contenção
de coágulo) 
 • Substâncias vasoconstritoras ou pró-coagulantes 
 • Métodos mecânicos Maceração óssea (pressionar o osso com um instr. Pontiagudo no local do sangramento)
 Obliteração óssea (cera para o osso)
 Esponja de fibrina 
 Esponja de gelatina reabsorvível (Gelfoan)
 Esponja de colágeno hidrolisado (coloca dentro do alvéolo e o sangramento é cessado ráp.)
 • Métodos químicos e químicos Celulose oxidada regenerada (surgicel)
 Anti-hemorrágicos sistêmicos (Vit.K, kanakion)
 Ácido tranexamico (exogel) → desvantagem: demora em torno de 5min para fazer efeito 
 Sutura ou Síntese: 
- Conjunto de manobras que visam aproximar ou reunir os tecidos divididos por incisão e divulsão, reconstituindo a zona operada.
- Objetivos: 
 • Aproximar os tecidos facilitando a reparação tecidual
 • Auxílio na hemostasia 
 • Proteção do coágulo 
 • Evitar formação de espaço morto 
 • Prevenir infecções 
- Instrumental: 
 • Pinças porta agulhas: → servem para pegar o tecido
 → auxiliares na apreensao e na sintese 
 → empunhadura em forma de caneta com pressao bidigital
 → pinça dente de rato delicada (traciona +, traumatiza +)
 → pinça do tipo Adson (traciona -, traumatiza -) 
 Para cirurgias mais delicadas 
 • Agulhas: → Curvatura (curvas, semi-retas, retas) 
 → Secção tranversal (cortantes- prismáticas e atraumáticas – cilindricas) 
 Mais utilizada: triângulo invertido (corte da agulha fica embaixo) e meio círculo 
 • Fios: → Absorvíveis (Catgut, ácido poliglicólico, poliglactina 910)
 → Não absorvíveis Seda: indicado para extração pois traciona melhor do que o nylon
 Algodão
 Nylon: para enxerto ósseo/gengival e para cirurgias periodontais que não podem acumular placa
 Poliéster 
 Polipropileno 
 → A espessura do fio é de acordo com a força tênsil dos tecidos (intrabucal: 3-0, 4-0 ou 5-0 são mais utilizados)
 
- Técnica básica para sutura:
 • Agulha presa pelo porta-agulhas a três quartos de distância da ponta
 • Agulha perpendicular a superfície a ser suturada 
 • Após trespassar o tecido a ponta da agulha deve ser presa com uma pinça
 • Tensão suficiente para aproximar as bordas da ferida sem provocar isquemia intensa. 
 
- Suturas isoladas: 
 • Isolada simples = V/L • Isolada em U horizontal = VL + LV 
 
 • Isolada em U vertical = VL + LV • Isolada em X = VL + VL
 
- Suturas contínuas: 
 • Contínua simples = VL +VL+VL até dar o nó • Contínua do tipo festonada 
 
 
 • Contínua em U horizontal 
 • Contínua em U vertical 
- Cuidados pós operatórios: 
 • Manter a ferida limpa (bochechos com antissépticos bucais ou água filtrada após 48h) 
 não deve bochechar e nem ficar cuspindo para não dar uma inflamação e tirar o coágulo, pois ele ajuda na cicatrização 
 • Suturas devem ser removidas de 5 a 10 dias. 
Indicação e preparo para exodontia 
- Preparo do paciente: anamnese, adequação sistêmica pré-operatória, exames complementares
- Avaliação dos dentes a serem extraídos: • Av. do acesso ao dente 
 • Condição da coroa (presença de faturas, restaurações extensas..)
 • Posicionamento do dente 
 • Grande quantidade de cálculos 
- Princípios cirúrgicos: Necessidade e oportunidade cirúrgica
- Pré-operatório: Melhoras as condições sistêmicas e limitar o tempo de cirurgia
- Medicação pré-operatória: • Antibioticoprofilaxia prevenção de infecção da ferida cirúrgica 
 prevenção de infecção metastática
 prevenção de endocardite bacteriana
 	 infecções em fístulas arteriovenosas e próteses articulares
 • AINES 
 • AIES (No caso de cirurgias onde se espera edema pós operatório maior 
 • Analgésico 
 • Antissépticos bucais 
 Exodontias vias não alveolares, cirurgias de dentes impactados, cirurgias em endodontia, pré protéticas para correção de tec.ósseo e enxertos ósseos
- Exame radiográfico: • Técnica periapical é a mais utilizada (verificar a raiz em toda sua extensão)
 • Radiografia recente e com boa qualidade 
 • Rad. panorâmica: p/ cirurgias de terceiros molares impactados e visualização de patologias ósseas extensas
- Avaliação radiográfica dos dentes a serem extraídos: • Tamanho e n° das raízes 
 • Presença curvatura ou divergências radiculares 
 • Hipercementose 
 • Anquilose dento-alveolar
 • Reabsorções radiculares internas e externas
 • Fraturas radiculares
- Indicações de exodontia: 1. Destruições coronárias por cárie ou fraturas 
 2. Presença de infecções odontogênicas agudas ou crônicas (abscessos, sinusites, celulites) IR
 3. Doenças periodontais avançadas 
 4. Restos radiculares
 5. Fraturas radiculares (cisto radicular) 
 6. Dentes mal posicionados na arcada (ectópicos) 
 7. Dentes em desoclusão IR
 8. Dentes supranumerários (mesio-dens, pré-molares e 4°molares)
 9. Finalidades protéticas
 10. Finalidade ortodônticas
 11. Dentes associados com lesões patológicas 
 12. Dentes inclusos ou impactados
 13. Elementos dentais em região a ser irradiado
14. Dentes envolvidos em traços de fraturas
 15. Fatores sócio econômicos 
- Contraindicações locais: 1. Risco de osteorradionecrose
 2. Dentes localizados em áreas tumorais malignas
 3. Presença de processos agudos graves (abscessos ou pericoronarite) 
 4. Trismo severo 
- Contraindicações sistêmicas: 1. Hipertensão arterial sistêmica não controlada
 2. Diabetes não compensada
 3. Doença renal severa
 4. Doença cardíaca grave descompensada
 5. Distúrbios da coagulação (consultar hematologista)
 6. Estados de imunossupressão (uso de corticoides, imunossupressores, quimioterápicos)
- Posição do paciente: • Exodontias na mandíbula: plano oclusal paralelo ao solo
 • Exodontias na maxila: plano oclusal deve formar um ângulo de 60° com o solo.
Tecnica operatória para exodontia simples 
 Fatores que dificultam: 
 • Difícil acesso
 • Número e cumprimento das raízes 
 • Grau de divergência e curvatura das raízes
 • Raízes com hipercementoses
 • Anquilose
 • Condensações patológicas das paredes alveolares
 • Dentes muito destruídos
 • Dentes submetidos a tratamento endodôntico (paredes friáveis) 
 Instrumentos utilizados: 
 - Alavancas (elevadores): 
 • Funções: Luxar os dentes antes da aplicação do fórceps 
 Remover restos radiculares quando não se consegue apreensão do fórceps 
 Remoção do fragmento de raiz fraturadas ou seccionadas cirurgicamente 
 • Modelos: Alavanca Periapical (n°301,302,303,304)
 Alavancas Heidbrink (n°1,2 e 3)
 Alavancas Seldin (n°1L, 1R, 2) 
 
 • Mecanismos de ação: 
 → Elevadores: Transmissão de uma força gerada no cabo à ponta ativa, contra uma resistência, utilizando-se um ponto de apoio. 
 → Cunha: Colocação da parte ativa da alavanca entre a raiz e o osso, exercendo uma força de cunha no sentido apical. 
 → Roda e Eixo: O cabo da alavanca serve como eixo e sua ponta ativa triangular (alavanca triangular) atua como roda que engata e eleva a raiz para fora do alvéolo. 
 
 Elevadores Cunha Roda e Eixo
- Fórceps: 
 • Funções: Expansão do osso alveolar
 Remoção do dente do alvéolo
 • Tipos de movimento: 
 → Pressão apical: expansão do alvéolo pela inserção da ponta do fórceps
 deslocamento do centro de rotação para apical, expulsando o dente. 
 → Força vestibular: expansão da cortical vestibular que na maioria das vezes oferece menor resistência que a cortical lingual. 
 → Força lingual ou palatina: expansão da cortical lingual ou palatina, principalmente quando oferece menos resistência que a cortical vestibular. 
 → Força rotacional: Usados em dentes unirradiculares e com raízes cônicas. 
 Maxila: 1,3 e 5
 Mandíbula: 1 a 5 
 → Força de tração (avulsão): movimento final para exodontia prop. dita. 
 
 
 • Fórceps:
 
 • Empunhadura do fórceps: 
 → Para dentes superiores: palma da mão na ponta de baixo do fórceps. 
 → Para dentes inferiores: palma de mão na ponta de cima do fórceps. 
 Etapas de uma exodontia simples: 
 1) Sindesmotomia (Não é descolamento!!!) 
 - Desinserção dos tecidos moles (gengiva-tec conj fibras supra alveolares) ao redor do dente
 - Permite posicionar o mais apical possível o fórceps e proteger os tecidos moles
 - Instrumentos (bisturi, gengivótomo de Orban, sindesmótomo, Molt e outros descoladores de periósteo)
 - Descolamento muco-periósteo (retalho total): realizad para expor osso e raízes. Somente quando for realizar um retalho.
 2) Luxação do dente com alavanca:
 - Rompimento do ligamento periodontal
 - Inserção da alavanca 
 - Movimento da alavanca: etapa realizada quando houver espaço para mobilização dental
 Adaptação do fórceps ao dente: 
 - Mordente do fórceps deve abraçar a coroa dental e estar posicionado o mais apical possível 
 - A força exercida no sentido apical aumenta a adaptação do mordente do fórceps e desloca o fulcro no sentido apical 
 
3) Luxação do dente com fórceps: 
 - Movimentos de lateralidade (V-L) e de rotação
 - Ponta ativa auxilia na expansão do alvéolo
 - A força maior é exercida conta a parede alveolar que oferece menor resistência 
 - Aumentar a força lenta e gradualmente
 - A ponta ativa do fórceps vai sendo reposicionada apicalmente 
 - Após a luxação suficiente, aplica-se a força de tração. 
4) Remoção do dente do alvéolo: 
 - Após o dente estar suficientemente luxado, é exercida uma força de tração, removendo o dente pela direção da tábua óssea mais fina. 
5) Procedimentos no alvéolo dental:
 - Irrigação (soro fisiológico, uso interno): Limpeza do alvéolo, prevenção de infecção, auxilio na hemostasia. 
 - Curetagem (cureta de Lucas): Remoção de alterações patológicas periapicais e tec. de granulação de doenças periodontais 
 Preenchimento do alvéolo com coágulo
 Nos superiores posteriores deve ser feita cautelosamente
 Relação intima dos ápices radiculares com o assoalho do seio maxilar
 Auxilia na hemostasia 
 - Regularização óssea (alveoloplastia): Instrumentos: lima para osso, pinça goiva, cinzeis. 
 Correção das espículas ósseas 
 Evitar remoção do osso alveolar com excesso 
 - Compressão das paredes alveolares (Manobra de Chompret): Retorno a configuração normal das paredes expandidas
 
 - Sutura: Aproximar as bordas gengivais V e L
 Manutenção do coágulo
 Tipos de fio de sutura
 Tempo de remoção 
 
Exodontias complexas (via não alveolares)
- Exodontias onde são necessárias manobras auxiliares e o dente pode sair ou não pelo alvéolo. 
- Na via alveolar são utilizados somente procedimentos necessários para extração (sindesmotomia, luxação, irrigação, curetagem...)
- Objetivos: minimizar o trauma, o tempo de cirurgia e o desconforto pós operatório. 
- Indicações: 1. Exposição de raízes fraturadas durante uma exodontia simples
 2. Dentes multirradiculares com coroas destruídas 
 3. Dentes multirradiculares com raízes convergentes ou divergentes e septo inter-radicular volumoso
 4. Restos radiculares
muito próximos ao seio maxilar
 5. Dentes com indicio de anquilose (não vê o espaço do ligamento periodontal → fazer osteotomia)
 6. Molares com raízes longas e/ou convergentes
 7. Hipercementose (aumento de cemento ao redor do dente)
 8. Lesões periapicais maiores
 9. Restos radiculares sepultados
 10. Emprego de força excessiva pela técnica fechada
 11. Dilaceração radicular
 12. Exodontia para implantes 
- Retalhos cirúrgicos (retalho em envelope, L, Widmann, Wassmund..):
 → Incisão no sulco gengival através do periósteo
 → Descolamento de retalho muco-periósteo no sentido apical 
 
 Técnica via não alveolar: 
 - Incisão e deslocamento do retalho
 - Osteotomia: • Remoção da tábua óssea vestibular, osso cervical ou septo interradicular 
 • Remoção de tec. ósseo alveolar para visualização e remoção do dente
 • Uso de instrumentos manuais (cinzéis ou pinças goivas)
 • Uso de instrumentos rotatórios em BAIXA ROTAÇÃO. 
 - Odontosecção: • Vantagens: diminuição da resistência óssea a exodontia, redução do tempo e trauma cirúrgico, diminuição do risco de lesar dentes e outras estruturas e diminui o risco de fraturas ósseas sem controle. 
 • Indicações: 1. Dentes multirradiculares com coroas totalmente destruídas ou restaurações extensas
 2. Dentes multirradiculares com raízes divergentes e/ou curvas
 3. Dentes decíduos com o germe do permanente entre suas raízes
 4. Dentes multirradiculares c/ raízes divergentes/convergentes e septo intra-radicular volumoso. 
 
 
Complicações em exodontias 
- Cuidadosa avaliação pré-operatória + Plano de tratamento detalhado = previsibilidade das complicações
- Complicações Trans-operatórias e pós-operatórias 
- O paciente deve ter conhecimento do tratamento proposto, dos riscos inerentes e estar bem orientado em relação aos cuidados pós-operatórios. 
 
 
 Complicações Trans-operatórias: 
 - Lesões dos tecidos moles:
 • Durante a anestesia (alergias, toxicidade, fratura de agulha, injeção intravascular)
 • Uso inadequado dos afastadores, instrumentos rotatórios, alavancas
 • Manipulação indevida dos retalhos cirúrgicos (tração excessiva)
 • Cirurgias com tempo muito prolongado 
 • Falta de atenção do cirurgião à natureza delicada da mucosa
 • Laceração do retalho mucoso: ocorre por tamanho inadequado do retalho envelope 
 • Perfurações de tecido mole: causada por alavanca ou um destaca periósteo 
 • Feridas causadas por abrasão: resultado do contato do tec. com a haste da broca em movimento → deve instruir o paciente a mantê-la coberta com vaselina ou pomada e leva de 5 a 10 dias para cicatrizar. 
 • Uso inadequado de afastadores e instrumento rotatório 
- Lesões de estruturas ósseas: 
 • Fratura do processo alveolar: uso de força excessiva
 
 Considerar a realização da extração por meio de técnica cirúrgica aberta, odontosecção, osteotomias. 
 Tratamento: 1) Se o osso foi completamente removido do alvéolo junto com o dente, NÃO deve ser reposicionado.
 2) Caso o osso se mantenha aderido ao periósteo este deverá ser dissecado do dente, reposicionado e estabilizado.
 3) Risco: Formação de sequestros ósseos/ Remover eventuais espículas ósseas.
 • Fratura da tuberosidade da maxila: 
 → O principal objetivo terapêutico é manter o osso fraturado no lugar e oferecer o melhor meio possível para cicatrização. 
 → Prevenção das lesões de estruturas ósseas: avaliação radiográfica criteriosa, planejamento do retalho cirúrgico e fatores predisponentes (idade, morfologia e áreas edêntulas). 
→ Comunicação buco-sinusal: seio maxilar expandido (pneumaztizado), dentes próximos as áreas edêntulas,
raízes divergentes, presença de lesões periapicais e sondagens vigorosas após a exo e fraturas da tuberosidade. 
→ Comunicação buco-sinusal transoperatória: Manobra de Valsava (expiração forçada pela cavidade nasal, com as narinas ocluídas)
→ Comunicações buco-sinusais transoperatórias maiores: realizar retalhos cirúrgicos para fechamento primário das bordas da ferida por sutura. 
 
 • Fratura de mandíbula: 
 → É rara
 → Podem ocorrer durante a remoção de dentes impactados de uma mandíbula severamente atrófica ou também em mandíbulas atróficas onde foram instalados implantes
 → É resultado da aplicação de força além da necessária, frequentemente ocorre durando o uso de alavancas. 
- Lesões a estruturas dentais e dentes adjacentes: 
 • Por uso inadequado do fórceps ou alavanca
 • Deslocamento do dente ou raiz para o seio maxilar, para os espaços bucal e fossa infra temporal
 • Fraturas de instrumentos
 • Dano aos nervos, mentoniano lingual e alveolar inferior. 
 • Luxação do dente adjacente: Reposicionar o dente, checar oclusão, fixar com fio de aço (se necessário)|
 Consequências: Lesões pulpares tardias, anquilose dentária e reabsorções radiculares 
 • Fratura de raiz: 
 → Complicação mais comum em uma exodontia 
 → Raízes longas, finas, com dilacerações, divergentes, hipercementose ou inseridas em alvéolos com osso compacto. 
 → Para prevenir: realizar retalhos para acessar o dente a ser extraído, osteotomia para diminuir força usada na remoção e usar a força moderada ao remover.
 • Fratura de instrumento: Prevenção: Uso da técnica correta, não usar força excessiva e utilizar instrumentos de qualidade.
 
 • Deslocamento de dente: 
 
- Danos a nervos, artérias e vasos sanguíneos: 
 • Nervo lingual: parestesia decorrente de incisões mal planejadas, descolamentos muco-periósteos, anestesia. 
 • Nervo alveolar inferior: parestesia devido a proximidade do nervo com as raízes (principalmente dos 3°molares inferiores) 
 • Nervo mentoniano: parestesia decorrente de incisões mal planejadas, descolamentos muco-periósteos, anestesia 
 Complicações pós-operatórias: 
 - Sangramentos: 
 • Prevenção: sutura adequada, cuidados com a manutenção do coágulo no pós operatório imediato, história de hemorragia, uso de coagulantes orais, hipertensão arterial, remoção dos tec. de granulação do alvéolo. (periapicais e periodontais)
 • Materiais que auxiliam: esponja de gelatina, celulose oxidada, esponja colágena, ácido tromboxânico e compressa de gaze embebida em soro gelado DEVE ser usada. 
 - Hematomas, equimoses: 
 • Podem se infectar e nesse caso podem ser drenados e prescrito antibiótico 
 • Hematomas menores e equimoses podem ser tratados conservadoramente
 - Infecções:
 • A causa mais comum de atraso da cicatrização
 • Complicação rara após exodontias de rotina (vista principalmente após cirurgias orais que envolvem o rebatimento de retalhos de tecidos moles e remoção do dente). 
 • Prevenção: manutenção da cadeia asséptica, redução do tempo operatório, limpeza da ferida operatória, condições sistêmicas do paciente.
 - Abscessos: 
 •
Mais frequentes após cirurgias de 3° molares impactados com histórico de pericoronarite
 • Abscesso pós operatórios tardios: 1 a 3 semanas após remoção do dente
 • Tratamento: drenagem, debridamento e irrigação do alvéolo (soro fisiológico e clorexidina) → casos graves: antibiótico. 
 
 - Retardos na cicatrização (alveolite, osteorradionecrose):
 • Alveolite: → Prevenção: irrigação abundante do alveólo, prevenção de infecção, mais frequente em exodontias traumáticas mandibulares 
 • Osteorradionecrose: → Prevenção: todos os dentes com prognóstico questionável ou desfavorável devem ser extraídos antes da radioterapia e operar somente com liberação médica após período de segurança (2 anos) 
Biopsias 
- É a remoção cirúrgica de um fragmento de tecido vivo, bem como células e fluidos, para exame diagnóstico. 
- Requer conhecimentos de, cirrugia, patologia oral e princípios de diagnóstico diferencial.
 Diagnóstico diferencial: 
 - História da lesão especifica: 1. Há quanto tempo a lesão está presente? 
 2. A lesão mudou de tamanho? 
 3. Há alguma causa identificada? 
 4. Como começou? Há sintomas ou sinais?
 5. A lesão mudou de características?
 6. Há melhora ou piora relacionada? 
 7. Há sintomas sistêmicos associados? (Ex. febre, náusea)
 8. Quais os sintomas relacionados? (Ex. dor, anestesia, disfagia, parestesia) 
 9. Há alguma história relacionada a lesão? (Ex. trauma, dor de dente, queimadura..) 
 - Exame clínico objetivo especifico (especial) → inspeção, palpação, percussão, ausculta. 
 - Observar: Presença de flutuação, pulsação, exame de linfonodos 
 - Características das lesões suspeitas de malignidade: - Características da lesão pela anormalidade: 
 
 - Manifestações clinicas secundárias: 
 
 
 
 
- Descrição da lesão: 
 • Localização
 • Formato e tamanho
 • Cor
 • Superfície e limites (nítido, difuso, regular, irregular)
 • Sensibilidade 
 • Grau de fixação (móvel, aderido ou fixo)
 • Base (pediculado- estreita ou séssil- larga)
 • Textura, consistência
 • Flutuação
 • Pulsação
 • Número de lesões 
- Princípios da biopsia: 
 • Citologia esfoliativa
 • Biopsia incisional
 • Biopsia excisional
 • Biopsia aspirativa 
1) Citologia esfoliativa: 
 → Exame que utiliza células esfoliada para analise microscópica 
 → Procedimento adjunto e não substitutivo das biopsias
 → Detecção de lesões malignas e diagnóstico de lesões fungicas (candidíase, paracoccidioidomicose) 
 → Baixa confiabilidade (falsos negativos)
 → Lesão raspada repetida e firmemente 
 → Material necessário: espátula de madeira, lâmina de vidro e fixador (álcool absoluto 95)
2) Biopsia por aspiração: 
 → É realizada com a utilização de uma agulha e uma seringa
 → Penetrar a lesão e aspirar o seu conteúdo
 → Há dois tipos: 1. Usada para determinar se uma lesão contem fluido ou não 
 2. Para remover material celular para exame diagnóstico
 → É realizada em: 1. Lesões que podem conter fluidos – exceto mucocele 
 2. Lesão intra-óssea antes da exploração cirúrgica (enucleação) 
3) Biopsia insicional: 
 → Exame que recolhe amostras de somente parte de uma lesão
 → Lesão grande ou que apresenta diversas características em diferentes locais 
 → Mais de uma área pode requer biopsia 
 → Contra-indicações: 1. Sistêmicas 
 2. Locais (lesões vasculares-hemangioma, melanomas, risco de células neoplásicas nos vasos sang.)
 → Indicações: 1. Lesões grandes
 2. Lesões localizadas em áreas que ofereçam risco ao paciente se removidas por completo
 3. Em suspeita de neoplasia maligna
 4. Lesões em que a biopsia determinará tratamento radical ou conservador
 5. Lesões que podem ser tratadas por outro meio, e não por cirurgia, depois de estabelecido o diagnóstico.
4) Biopsia Excisional: 
 → Implica na remoção da lesão inteira no momento da biopsia 
 → Indicações: 1. Lesões menores que 1cm de diâmetro 
 2. Lesões consideradas benignas clinicamente 
 3. Qualquer lesão que possa ser removida completamente sem mutilar o paciente 
 4. Lesões pigmentadas e vasculares pequenas também devem ser removidas por essa técnica.

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