Buscar

Introdução Toxicologia Veterinaria

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Julia Silva
INTRODUÇÃO TOXICOLOGIA VETERINARIA
Planta toxica: Plantas que quando ingeridas naturalmente gera danos ao animal – mais comum na área de pecuária. 
Termos toxicológicos
· XENOBIÓTICOS: são compostos químicos estranhos a um organismo ou sistema biológico;
· TOXICOLOGIA: ramo da medicina que estuda a composição química e os efeitos das substâncias tóxicas e dos venenos, bem como o diagnóstico e o tratamento das intoxicações e dos envenenamentos; 
· TOXICOLOGIA FORENSE: é o uso de toxicologia e disciplinas como química analítica, farmacologia e química clínica para auxiliar na investigação médica ou legal de morte; 
· TOXICODINÂMICA: estudo da natureza da ação toxica de uma substancia;
· TOXICOCINÉTICA: é caracterizada como sendo a ação que o organismo realiza sobre a substância toxicamte;
· VENENO: qualquer substância, preparada ou natural, que por sua atuação química é capaz de destruir ou perturbar as funções vitais de um organismo;
· TÓXICO: que ou o que produz efeitos nocivos no organismo – contem veneno;
· TOXICOSE: Afecção grave devida à ação das toxinas secretadas por micróbios;
· TOXINAS: substância tóxica de origem biológica;
· EXOTOXINAS: substância tóxica segregada por certas bactérias e libertada para exterior do microrganismo;
· ZOOTOXINAS: substância tóxica de origem animal;
· PEÇONHA: secreção venenosa produzida e inoculada por certos animais;
· TOXÓIDE: toxina atenuada com substâncias químicas, que perdeu sua propriedade tóxica, mas mantém a capacidade de estimular a produção de anticorpos específicos; 
· TOXEMIA: intoxicação resultante do acúmulo excessivo de toxinas endógenas ou exógenas no sangue;
· TOXICIDADE: quociente da quantidade de uma substância necessária para matar um animal pelo peso deste expresso em quilogramas;
· INTOXICAÇÃO AGUDA: exposição de grande quantidade toxica num período de tempo aproximado de 24 horas;
· INTOXICAÇÃO SUBAGUDA: exposição moderada ou pequena a produtos altamente tóxicos num período superior a 24 horas; 
· INTOXICAÇÃO CRÔNICA: efeitos tóxicos ocorrem depois de repetidas exposições, por um período longo de tempo;
· DOSE LETAL: menor dose capaz de causar morte a um animal/população;
· DOSE LETAL DE 50: dose letal média de uma substância expressa o grau de toxicidade aguda de substâncias químicas. Correspondem às doses que provavelmente matam 50% dos animais de um lote utilizados para experiência.
· DOSE LETAL DE 100: dose que podem matar 100% de uma população. 
Alguns mitos sobre plantas toxicam são:
1. Lactescência: Não é o “leite” (seiva) da planta que define se ela é toxica ou não;
2. Quantidade grande: Não precisa ingerir uma quantidade grande para se intoxicar, algumas plantas podem sim causar danos com pouca quantidade ingerida;
3. Efeito imediato: Há plantas que não geram efeitos imediatos, que podem levar tempo para causar alguma lesão;
4. Perturbações digestivas: Há outros sinais clínicos que demonstram intoxicação sem ser um sinal digestivo;
5. Instinto: Os animais não tem instinto sobre qual planta é toxica ou não, mas podem aprender a identificar uma planta após ingerir e sentir algum dano;
6. Palatabilidade: Nem todas as plantas toxicam possuem boa palatabilidade, mas esse é um dos fatores que induz a ingestão. 
DOSE ÚNICA X DOSE REPETIDAS
A dose única é ingerida apenas uma vez e tende a causar danos imediatos ao animal, já outras plantas, para geraram algum tipo de dano, precisa ser ingerido repetidas vezes. Os danos causados podem aparecer de forma superagudo (em ate 1 dia), agudo ( em 2 ate 5 dias), subagudo (em algumas semanas) ou ate de forma crônica (depois de meses). 
OBS: Em seres humanos ou outros animais podem se intoxicar de forma indireta, pelo consumo de subproduto animal (leite, carne de animais que foram intoxicados) – a toxicidade é acumulativa. 
Condições que levam a intoxicação 
· Palatabilidade: o animal ingere a planta por ela ser palatável; 
· Fome e sede
· Desconhecimento da planta pelo animal;
· Período de brotação; 
· Acesso à planta;
· Transporte do animal para um local que há acesso a planta;
Diagnostico
Na maioria das vezes é feito pelo histórico clinico (anamnese) e quadro clinico patológico, quando possível avaliar o local (pasto, rebanho, comedouros..), identificação da planta, fazer exames laboratoriais e ensaio biológico afim de encontrar o principio toxico. 
Prevenção 
A forma mais eficiente de prevenir a intoxicação por plantas de interesse pecuário é pelo bom manejo de pastagens e rebanhos, evitar pastejo excessivo, evitar deixar os animais com sede e fome, construção de cercas, eliminação das espécies tóxicas, cuidado na confecção de feno e silagem, evitar carência alimentar no período de seca.
Tratamento
Impedir a continuidade da absorção - por meio da administração de purgantes oleosos, ácido tânico, permanganato de potássio, carvão ativado 
Promover a excreção – por meio da administração de diuréticos, colagogos, sialogogos, diaforéticos, purgantes. 
Sintomático – no caso de fotossensibilização, por exemplo, é recomendado sombra, tratar lesões de pele e sedativos.
E EM PEQUENOS ANIMAIS? 
No caso dos animais domésticos as formas de intoxicação mais comuns são por ingestão de venenos e pesticidas, além de alimentos potencialmente tóxicos como chocolates.
Alguns fatores que aumentam a toxicidade em pequenos animais são: 
· Idade: neonatos e idosos tem mais dificuldade de metabolizar e eliminar o toxico;
· Peso: animais obesos acumulam tóxicos no tecido adiposo;
· Veiculo: a forma que o toxico se encontra – tóxicos oleosos são mais absorvidos;
· Raças: raças menores tendem a se intoxicarem mais facilmente;
· Sexo: fêmeas no cio ou na gestação se intoxicam mais facilmente;
· Quantidade: a quantidade de toxico ingerido pode aumentar a toxicidade;
· Espécie: diferença entre cão e gato interfere na toxicidade, por exemplo;
· Conteúdo estomacal: com estomago cheio a aumento da toxicidade, pois o toxico ficara mais tempo no estomago sendo digerido;
· Tamanho da molécula: moléculas maiores são mais toxicas;
· Superfície: relacionado à concentração do toxico, se esta em pó ou liquido, por exemplo;
· Via de introdução: a via que vai ser ingerido – via inalatória é mais toxica.

Continue navegando