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PRESCRIÇÃO (penal resumo)

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PRESCRIÇÃO
 É a perda da pretensão punitiva (direito de punir) ou pretensão executória (direito de executar) da pena, em virtude da inércia estadual durante o tempo fixado em lei.
 A prescrição é um assunto de ordem pública, ou seja, pode ser declarada de ofício e a qualquer tempo. Ex: um desembargador ou até mesmo o ministro do supremo pode reconhecer prescrição mesmo que o advogado não peça.
 Pode ocorrer tanto em ação penal pública, quanto em ação penal privada.
 Todos os crimes podem prescrever. Exceções: Crime de racismo e crime de grupos armados civis ou militares.
No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente. O calculo prescricional é de crime por crime. Art. 119. Ex: Se tiver 7 crimes, deve-se fazer 7 cálculos prescricionais.
Pretensão punitiva
Extingue o direito de punir. Todos os efeitos desaparecerão, penais e extrapenais.
Ex: Um senhor que mata a mulher e não é descoberto durante 20 anos. Depois que se passa 24 anos do crime o mesmo resolve confessar. Houve prescrição do caso, o senhor nunca será punido por esse fato criminoso. Atingiu a pretensão punitiva 
O prazo prescricional da pretensão punitiva começa a correr no dia em que o crime se consumou. 
No caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa (Ex: deu-se 3 tiros na vítima, o prazo começa a correr a partir do último dia). 
E nos casos de crimes permanentes, começa do dia em que cessou a permanência (Ex: Em caso de sequestro, do dia em que cessou a atividade criminosa).
O prazo prescricional da pretensão punitiva não corre: 
Enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime (Ex: posse de uma bicicleta no âmbito civil).
Enquanto o agente cumpre pena no exterior.
Na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores (recursos protelatórios), quando inadmissíveis.
Enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal.
Prazo prescricional
Art. 109. 
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano.
(Revogado)
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
Qual pena devo utilizar para descobrir o prazo prescricional?
Pena em abstrato é a que está definida no artigo em lei
Pena máxima em abstrato
(pior das hipóteses)
Prazo prescricional baseado na
Pena em concreto é aquela definida na sentença
Pena em concreto
(fixada na decisão condenatória)
 
Ex: Crime de furto simples, a pena abstrata é de um a quatro anos, se trabalha com os quatro anos porque não se sabe quantos anos ele vai pegar de prisão, então se diz quatro anos para trabalhar com a pior das hipóteses. Porém 4 anos não é o prazo prescricional, o prazo prescricional é de 8 anos. De acordo com o art. 109.
Ex 2: O indivíduo foi condenado por tráfico de drogas com pena concreta de 1 ano e 8 meses de reclusão. A pretensão aqui é executória. Deu-se transito em julgado da sentença em 2015 e ele está foragido desde então. Após 4 anos ocorre a prescrição, Como advogada desse indivíduo, você pode pedir a extinção da punibilidade e o mesmo pode parar de fugir e voltar para a cidade onde ocorreu o crime. 
Só se abandona a pena em abstrato quando se tem sentença condenatória ou transito em julgado da condenação para a acusação 
SE O MP NÃO RECORRE OU NÃO PEDE O AUMENTO DA PENA, A LEI PROIBE O TRIBUNAL DE PIORAR A SITUAÇÃO DO RÉU QUANDO SÓ O RÉU RECORRE. (pena em abstrato)
Ex: Uma pena que é de um a quatro anos, a sentença proferida é um ano e quatro meses, se o MP não recorrer ou pedir o aumento da pena, a máxima que antes era de quatro anos passa a ser um ano e quatro meses, podendo até ser abaixada se o réu recorrer.
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos (menores de 18 são inimputáveis, não respondem criminalmente. Portanto a idade aqui é de 18 a 20 anos), ou, na data da sentença, maior de 70 anos. Se o prazo prescricional era de 8 anos, reduz para 4 anos.
Em caso de concurso de crimes o prazo prescricional é calculado individualmente.
Definindo então:
Pena máxima em abstrato: Pena em concreto:
Penas definidas em lei, qual para É aquela definida na 
dar o prazo prescricional se pega sentença, qual não precisa 
o limite da pena dando a pior das mais saber a pena máxima
hipóteses. dada em lei, pois o prazo da 
 prescrição já se calcula com a 
 pena dada em sentença.
Crimes qualificados, por ocorrer o aumento da pena diante o crime simples, ocorre também o aumento do prazo prescricional.
Se escolhe calcular a prescrição com pena máxima em abstrato quando não se tem uma sentença definida ou quando se tem a sentença condenatória mas o promotor recorreu para aumentar a sentença.
Vai para pena em concreta quando o promotor não recorre a sentença dada, quando o promotor recorre mas não pede para aumentar a pena, ou também quando o promotor recorre mas perde o recurso.
Causas interruptivas da prescrição
Quando se interrompe o corrimento do prazo da prescrição punitiva.
1. Pelo recebimento da denúncia ou queixa.
2. Pela publicação (quando o processo retorna para o cartório) da sentença (decisão de primeira instancia) ou acórdão (decisão dos tribunais) condenatório recorríveis (deve caber recurso na sentença condenatória).
Ex: um processo que foi dado a sentença em Franca no ano de 2017 e confirmado por São Paulo em 2020. A decisão de Franca zera o prazo, a confirmação da decisão também zera o prazo, o prazo se zera duas vezes. Ou seja, zera-se o corrimento do prazo prescricional desde 2017, na primeira decisão. 
Obs: Só zera o prazo se a sentença for condenatória. Se o cliente é absolvido, o prazo continua.
3. Pela pronuncia (decisão que submete a pessoa a julgamento pelo povo, acontece com crimes que vão a júri popular)
4. Pela decisão confirmatória da pronúncia.
A prescrição zera quando é interrompida e se inicia novamente para o próximo passo do processo.
Ex: o prazo para propor a denúncia ou queixa zera quando é entregue. Inicia-se de novo para o recebimento da denúncia, qual também zera quando recebida, assim vai prosseguindo.
 4 anos zera + 4 anos zera + 4 anos
Termo Recebimento Publicação Trânsito 
Inicial da denúncia da sentença em julgado
 ou queixa. ou acórdão definitivo.condenatório.
RESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA RETROATIVA E SUPERVENIENTE (INTERCORRENTE)
Se apega na pena em concreto, deve ter trânsito em julgado da acusação.
O promotor não recorre a sentença ou o recurso é improvido (não aceito).
No termo inicial
Ao calcular o prazo prescricional nessas duas hipóteses, o termo inicial deve ser observado com cuidado, pois, nele para aplicar o prazo prescricional deve se observar a data em que o fato criminoso foi praticado, se for aplicado antes do ano de 2010 aplica-se a pena prevista na sentença, trabalha com pena em concreto, se for praticado depois do ano de 2010 não pode aplicar o prazo prescricional dado na sentença, trabalha com pena máxima em abstrato.
 3 anos 3 anos
 2012 2016 2020
 Termo Recebimento Publicação Trânsito
 Inicial da denúncia da sentença em julgado.
 ou queixa. ou acórdão 
 condenatório.
Características comuns entre retroativa e superveniente:
Ambas devem ter decisão condenatória e trânsito em julgado para a acusação.
Diferenças entre retroativa e superveniente:
Na retroativa a prescrição ocorre antes da sentença ser publicada. 
Ex: Um crime cuja a sentença dada é de 11 meses, o prazo prescricional é de 3 anos, então no recebimento da denuncia que foi em 2012 até a publicação da sentença que foi em 2016 passaram-se 4 anos, prescreveu. Ou seja, prescreveu no período entre o recebimento e a publicação, sendo prescrevido antes da sentença ser publicada.
Na superveniente a prescrição ocorre depois da publicação da sentença
Ex: Um indivíduo é condenado a 11 meses, o prazo prescricional é de 3 anos. Deu-se a sentença e o promotor não recorreu, deu transito em julgado para a acusação, mas o advogado recorre. Esse recurso esta no tribunal desde 2016, se o estado tinha 3 anos, de 2016 a 2020 se passaram 4, ou seja , houve prescrição, no período entre a publicação e o transito em julgado definitivo.
Pretensão executória
Extingue-se o direito-dever de executar a sentença contra o condenado. Apenas o efeito penal principal desaparecerá, os demais efeitos permanecerão. Ou seja, só desaparece a pena.
Já se supõe que há trânsito em julgado definitivo. Trabalha com a pena em concreto, a pena definida na sentença condenatória. O prazo prescricional também se descobre pelo art. 109.
Ex 2: Um indivíduo pego por trafico de drogas que recebe a sentença condenatória e foge. Já foi condenado e já transitou em julgado. Depois de 4 anos, o indivíduo pode voltar para a cidade onde foi condenado, pois houve prescrição da pretensão executória. Se voltar a traficar, o réu torna-se reincidente, não será mais primário. 
A execução se interrompe com a fuga, dai começa o prazo prescricional, qual deve ser calculado com o restante da pena.
Prazo prescricional
Ocorre redução do prazo prescricional, assim como na pretensão punitiva, pela metade quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos, ou, na data da sentença, maior de 70 anos. Se o prazo prescricional era de 8 anos, reduz para 4 anos.
Se o indivíduo fugir, ou estiver cumprindo livramento condicional, o cálculo prescricional será feito com base na pena restante. 
Ex: cumpriu 8 anos de 10 anos, quando for calcular, utilizará apenas os dois anos restantes.
Reincidência anterior 
Quando há reincidência aumenta o prazo em um terço no caso de pretensão executória, o Juiz aumenta automaticamente. No crime anterior cometido o prazo não vai sofrer alteração, apenas no crime onde o réu é reincidente.
Em caso de concurso de crimes o prazo prescricional é calculado individualmente.
Reincidência superveniente
Quando iniciada a execução, se o condenado praticar outro crime enquanto está foragido e seu prazo prescricional corre, o prazo volta a contar do início. Esta NÃO aumenta o prazo prescricional em um terço.
No termo inicial
a prescrição da pretensão executória começa a correr: 
I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; 
II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena.
Fato Recebimento Condenação Trânsito em 
 da denúncia com trânsito julgado para 
 ou queixa. em jugado defesa
 para acusação.
A pretensão executória nasce com o trânsito em julgado para a defesa. Porém o prazo prescricional começa a correr com o trânsito em julgado para a acusação, de acordo com o Art. 112. O réu sai na vantagem.
No livramento condicional
Quando o sujeito está cumprindo pena, e recebe o livramento condicional ele volta para a rua porém seguido as condições impostas. 
Se ele deixa de cumprir as condições o estado tem um prazo prescricional para o capturar novamente, para calcular esse prazo, utiliza-se da pena qual ele ainda deveria cumprir se não tivesse pego o livramento condicional. 
Ex: Uma pena de 8 anos, ele cumpre 4 e recebe livramento condicional. Caso descumpra, pega-se esses 4 anos que faltaram para completar e utiliza para descobrir o prazo que o estado tem para recaptura-lo. 
Começa a contar o prazo a partir da revogação do juiz em questão da liberdade condicional.
Na suspensão condicional
Quando suspende a pena para o indivíduo, ele não cumpre um dia de pena. Se o juiz revoga a suspensão condicional, conta-se o prazo prescricional para captura-lo com a pena dada na sentença. E o prazo também começa com a revogação do juiz.
Causa suspensiva da prescrição da pretensão executória: A prescrição de um crime não corre quando o individuo estiver preso por outro motivo.

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