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Armazenagem, Gestão de Transportes e Distribuição W B A 0 2 3 9 _ V 1. 0 2/281 Armazenagem, Gestão de Transportes e Distribuição Autoria: João Paulo Lopez Como citar este documento: LOPEZ, João Paulo. O papel da gestão da distribuição na cadeia de supri- mentos. Valinhos: 2017. Sumário Apresentação da Disciplina 04 Unidade 1: O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos 06 Assista a suas aulas 20 Unidade 2: Problema de localização dos armazéns 27 Assista a suas aulas 56 Unidade 3: Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes 63 Assista a suas aulas 100 Unidade 4: Modais de transporte e a seleção de modais 107 Assista a suas aulas 129 2/201 3/2813 Unidade 5: Transportation Management System (TMS) e Visualização da Operação e Integração com ERP 136 Assista a suas aulas 161 Unidade 6: Modelos de otimização da distribuição: MilkRun, Merge-in, Transit, Cross-docking, Backhaul, Postponement 168 Assista a suas aulas 199 Unidade 7: Logística Reversa: Opções de recuperação de produtos, reciclagem, regulamentações, sistema de gestão da qualidade e redesenho da cadeia 206 Assista a suas aulas 235 Unidade 8: Indicadores de desempenho de armazenagem, transporte e distribuição 243 Assista a suas aulas 273 Sumário Armazenagem, Gestão de Transportes e Distribuição Autoria: João Paulo Lopez Como citar este documento: LOPEZ, João Paulo. O papel da gestão da distribuição na cadeia de supri- mentos. Valinhos: 2017. 4/281 Apresentação da Disciplina A história da humanidade nos mostra que o homem nunca teve tamanho nível de com- plexidade de suas necessidades. A cada dia, surgem novos produtos e serviços para atenderem novas necessidades e, que por sua vez, demandam melhor desempenho no atendimento destas, tanto em termos de qualidade da entrega, ou seja, entregar o produto certo, para a pessoa certa, no lu- gar indicado e no tempo contratado, mas também em termos de uma urgência cres- cente, em que cada vez mais o consumi- dor demanda os aspectos acima em prazos cada vez mais curtos. Tal situação fica ainda mais complexa, quando analisamos o cres- cimento exponencial do “E-Commerce” de- mandando, além de entregas cada vez mais frequentes e com poucas unidades, e a dis- ponibilização de ferramentas que permitam ao cliente o rastreamento de seu pedido. Por sua vez, quando tratamos da gestão da distribuição dentro da cadeia de suprimen- tos, não devemos ter exclusivamente a visão da distribuição ao cliente ou consumidor fi- nal, mas sim de todos os clientes intermedi- ários ao processo, ou seja, os fabricantes em todas as etapas dos processos, distribuido- res, varejistas e até assistência técnica. Todavia, a crescente evolução tecnológica e dos meios de comunicação e troca de dados têm permitido aos gestores enfrentar com mais facilidade este desafio em constante evolução. Diante do cenário atual, cabe aos gestores a constante busca da atualização sobre os 5/281 recursos tecnológicos e, particularmente, sobre a correta utilização destes às suas ne- cessidades, visando assim a melhoria cons- tante dos processos 6/281 Unidade 1 O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos Objetivos • Conceituar os principais elementos e termos, capacitando o aluno a identificar os recursos existentes no processo de distribuição de materiais; • Permitir ao aluno iniciar a reflexão sobre integração sistêmica e potencial exploração da sinergia entre os diversos sistemas e processos; • Demonstrar a importância da boa gestão da distribuição na cadeia de suprimentos para o sucesso na implantação da filosofia “Just in Time”. Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos7/281 Introdução A gestão da distribuição de materiais den- tro do contexto maior conhecido como “Su- pply Chain Management”, termo que signi- fica “Gestão da Cadeia de Abastecimento”, deve sempre partir da premissa de que os aspectos e parâmetros do cliente ou, em primeira análise, o destino do material deve ser conhecido a fim de que a estrutura de distribuição seja adequada à plena satisfa- ção deste cliente. Isto significa que, ao esta- belecer a estrutura de distribuição, que en- volve armazéns, empresas de transportes e prestadores de serviços diversos, demanda bem entender as características e neces- sidades do cliente, ou seja, garantir que o material seja recebido dentro do esperado por este. Veremos a seguir quais são os principais ele- mentos dentro deste processo, que dividi- remos entre internos e externos à empresa. 1. Papel das áreas internas da empresa no desempenho da gestão da distribuição Segundo Slack, “todas as partes de qual- quer empresa têm seus próprios papéis a desempenhar para se chegar ao sucesso” (SLACK, 1999p.56), o que significa atender seus clientes com qualidade em produtos e serviços.Em se tratando de serviços, fazer as coisas no tempo e custos acordados com o cliente. Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos8/281 Inicialmente faremos uma avaliação sobre quais áreas internas da empresa estão di- retamente relacionadas à gestão da arma- zenagem de matérias-primas e componen- tes, caso tratem-se de materiais destinados à produção, ou produtos finais, destinados à venda ou revenda. Em se tratando de matérias-primas e com- ponentes, ou ainda materiais adquiridos para revenda aplicados às empresas dis- tribuidoras ou de varejo, temos as áreas de Compras ou Suprimentos, cuja missão principal é garantir os adequados níveis de estoque para abastecimento. Para tal, é fundamental que sejam determinados os corretos parâmetros em termos de quanti- dades por lote, frequência de entregas, tipo de embalagens, horários etc, junto aos for- necedores. Da mesma forma, outra área comprometida com o sucesso do processo de distribuição dentro da cadeia de suprimentos é a área Comercial ou de Vendas, cuja missão é bem entender as necessidades, características e particularidades de seus clientes, dentro Para saber mais Para aprofundar na temática Canais de Distribui- ção, leia o capítulo 6-“Distribuição Física”, do livro “Logística e Operações Globais – Textos e Casos” conforme Referencial Bibliográfico e o capítulo “Papel Estratégico e Objetivos da Produção”, do livro Administração da Produção conforme Refe- rencial Bibliográfico. Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos9/281 de aspectos similares aos processos desen- volvidos por Compras ou Suprimentos junto aos fornecedores, identificando a frequên- cia de entrega, tamanhos de lotes e tipo de embalagem, e características específicas dos clientes, como aspectos físicos da área de recebimento e até necessidades especí- ficas de tipo de veículos, por exemplo. Outra área de suma importância em rela- ção à distribuição física dos produtos, par- ticularmente nas empresas produtoras de bens de consumo final e Marketing,prin- cipalmente nas empresas que produzem produtos de venda em varejo de larga es- cala, como supermercados e “home cen- ters”. Isso acontece devido ao fato de esta área em particular ter a atribuição de de- finir quais serão os canais de distribuição, ou seja, se os produtos serão entregues aos seus clientes (supermercados) via distribui- dores (venda a distribuidores intermediá- rios para posterior venda ao supermerca- do) ou devem ser entregues diretamente nos pontos de vendas. Com o aumento do poder de negociação das grandes cadeias de supermercados, principalmente, geran- do altos volumes de demanda, a prática de entregas diretas, tem se tornado bastante comum, demandando grandes investimen- tos tanto em estrutura física como emar- mazéns e centros de distribuição, como em tecnologia da informação, elemento este, cuja evolução constante tem proporciona- do melhorias na gestão dos processos, bem como, redução nos custos logísticos, fator crucial em mercados cada vez mais compe- titivos. Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos10/281 Link Assista GESTÃO de Canais de Distribuição. Produção de Tiago Ramos. Aveiro, 2011. (4 min.), son., color. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=FJujqlxZzEQ>. Acesso em: 14 abr. 2017., con- tendo apresentação de melhores práticas e recursos técnicos utilizados por gestores europeus Assista também CANAIS de distribuição e Marketing. Produção de Ramon Lombardi T. Nunes. S.i.: Youtube, 2011. (2 min.), son., color. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=AMYKnFHLTts&lis- t=PLUAuM3L5C7_e_Cw4Nv5JFaf5Alq9h9t1E&index=3>. Acesso em: 14 abr. 2017., no qual o aluno encontrará a conceituação e detalhamento sobre canais de distribuição, e sua influência na gestão da distribuição de produtos até o cliente final. “A distribuição é, claramente, apenas mais um aspecto de prestação de ser- viços à área de Marketing; é o método pelo qual um produto é distribuído, e o grau de atendimento e confiabilidade apresentado é tão importante no global quanto o preço, a promoção e a qualidade do produto”. (DIAS, 1993, p. 346) Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos11/281 2. Papel das áreas externas da empresa no desempenho da gestão da distribuição Quando colocamos o termo “áreas exter- nas” não estamos tratando exclusivamente de áreas fisicamente separadas das instala- ções da empresa, mas sim àquelas relacio- nadas com armazenagem e movimentação dos materiais e não com as respectivas áre- as produtivas, podendo constituir proces- sos desenvolvidos internamente ou tercei- rizados. Vamos abordar os principais elementos e suas funcionalidades básicas. 2.1 – Almoxarifados: Em um ambiente industrial, basicamente compõem-se de locais físicos destinados a armazenagens de insumos e matérias-pri- mas destinadas à produção de bens, po- dendo também ser utilizados para materiais improdutivos, como materiais de limpeza e de escritório, por exemplo. 2.2 – Armazéns: Geralmente de maior tamanho do que os Al- moxarifados, os armazéns ou depósitos são destinados a armazenagem de produtos acabados, destinados à comercialização. Em ambos os casos, o desempenho opera- cional afeta profundamente o sucesso da Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos12/281 distribuição de produtos dentro da cadeia de suprimentos, uma vez que o tempo des- pendido nos processos de seleção e expe- dição de materiais interfere diretamente no tempo total do processo, seja no caso da cadeia de abastecimento de uma linha de produção, almoxarifados, como na entrega ao cliente externo, Armazéns. Assim, uma estrutura de gestão das operações internas destes elementos, através de equipamen- tos físicos, como empilhadeiras e pratelei- ras adequadas, assim como sistemas infor- matizados, sistemas de leitura por código de barras, presente nos produtos e locais, deve ser considerado quando houver ne- cessidade de avaliação ou estabelecimento de um sistema amplo de gestão da cadeia de suprimentos. 2.3 – Operadores Logísticos Segmento que tem se desenvolvido muito nas últimas décadas, os chamados opera- dores logísticos, são empresas que prestam uma ampla gama de serviços de armazena- gem e movimentação de materiais, poden- do atuar desde a simples locação de espaço físico até todo o processo de recebimento, inspeção, armazenagem, separação, em- balagem, transporte e entrega no ponto de consumo ou venda. Tais empresas surgiram em função da ne- cessidade de espaço para empresas em pro- cessos de aumento de demanda, gerando a necessidade de liberação de espaço para produção em detrimento de armazenagem e para enfrentar períodos de sazonalidades Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos13/281 geradores de necessidades temporárias de espaço, entre outros fatores. 2.4 – Transportadoras Assim como os operadores logísticos, as empresas prestadoras de serviços de trans- porte, comumente chamadas de Transpor- tadoras, podem trabalhar em conjunto com frotas próprias de empresas ou atuar na to- talidade de atendimento às necessidades das empresas de qualquer segmento. Atualmente há uma tendência de terceiri- zação total deste tipo de serviço, pois, como exposto acima, bem como avaliaremos com mais detalhes posteriormente, o processo de transporte vem adquirindo grande comple- xidade, contando, em contrapartida, tam- bém com grande evolução das ferramentas de tecnologia de informação necessárias à integração dos sistemas – fornecedores de insumos, indústrias, operadores logísticos, distribuidores e varejistas -, todos elemen- tos com papéis fundamentais ao sucesso da distribuição da cadeia de suprimentos. Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos14/281 Para saber mais Leia o capítulo 1, temas 1.1 e 1.2, do livro “Distribuição Classe Mundial”, do livro “Distribuição Classe Mundial”, do IMAM, conforme apontado no Referencial Bibliográfico. Assista também: Assista OPERADOR Logístico | Papo Persona. Produção de Bluesoft Erp: Gestão de Varejo. S.i.: Youtu- be, 2017. (2 min.), son., color. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=wpf8LYvn- GP8>. Acesso em: 14 abr. 2017., contendo resumo sobre as principais atribuições e características de um profissional de gestão logística sobre os aspectos discutidos. Assista também ABOL. A origem do operador logístico. Produção de Abol Brasil. S.i.: Youtube, 2013. (7 min.), son., color. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Q1Zi7HP1Kbw>. Acesso em: 14 abr. 2017., contendo resumo sobre o histórico do surgimento dos chamados operadores logís- ticos e o papel destes diante da globalização. Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos15/281 Glossário “E-Commerce”: processo de compra e venda realizada através da internet, sem o deslocamento do cliente até o ponto de venda (loja ou distribuidor); “Just in Time” ou “J.I.T.”: expressão significando “na hora exata em que o cliente necessita do pro- duto”. Derivada da filosofia de gestão do sistema Toyota de Produção, busca a lógica de sempre prover o cliente do produto que ele necessita no momento mais próximo de sua necessidade de uso, evitando ou reduzindo excessos de estoques; ”Supply Chain Management” ou “S.C.M.”: constitui o conjunto de processos que envolve toda a cadeia de abastecimentos de um determinado segmento econômico ou produto, desde a matéria pri- ma mais básica, como o minério de ferro, por exemplo, até a construção de bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos e automóveis; Insumos: materiais essenciais ao processo produtivo,mas que não constituem o produto final, sendo consumidos no processo produtivo, como combustíveis, por exemplo. Questão reflexão ? para 16/281 Vimos a importância da boa gestão da cadeia de supri- mentos dentro do contexto macro que é, antes de tudo, satisfazer as necessidades humanas buscando atendê- -las da melhor forma possível. Por outro lado, dentro do contexto empresarial, reflita sobre o impacto que a ges- tão da distribuição desempenha sobre os níveis de es- toques, tanto das indústrias como dos distribuidores e varejistas, e as consequências sobre os custos finais dos produtos. 17/281 Considerações Finais • Podemos concluir que a boa gestão do processo de distribuição de materiais dentro do pro- cesso maior que é constituído pela gestão da cadeia de suprimentos está intimamenterela- cionada ao bom atendimento das necessidades dos clientes; • Em função de sua complexidade, envolve vários elementos, dentro e fora das empresas, de modo que a integração adequada dos processos entre tais elementos impacta diretamente na qualidade da distribuição de produtos aos consumidores; • Como fator complicador, a velocidade dos avanços tecnológicos tem reduzido a vida útil de muitos produtos, fazendo com que aumente a necessidade de substituição de produtos mais atualizados e modernos, aumento a frequência de transações de compra. Tal fato ainda conta com a explosão do comércio via internet, ou “e-commerce”; • Todavia, a evolução tecnológica atua em favor do gestor logístico e de distribuição, através da disponibilização de diversas ferramentas que permitem gerenciar os fluxos de distribuição, como, por exemplo, as ferramentas de rastreamento e roteirização, que estudaremos oportu- namente; 18/281 • Custos e prazos acordados com o cliente constituem elementos que definem a qualidade dos serviços de distribuição. Neste contexto, a decisão de desempenhar as funções que constituem os processos de distribuição gerenciados pela própria empresa ou terceirizar tais processos com empresas terceiras (Operadores Logísticos e Transportadores), deve ser objeto de análise criteriosa a fim de manter o foco sobre o objetivo maior que é bem atender seus clientes. Considerações Finais Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos19/281 Referências DORNIER, Philippe-Pierre,et al.; Logística e operações globais: texto e casos. São Paulo: Atlas,2000. FRAZELLE, Edward H.; GOELZER, Paulo, Distribuição Classe Mundial.São Paulo: Imam,1999. DIAS, Marco Aurélio P.; Administração de Materiais: uma abordagem Logística. 4. ed. São Pau- lo: Atlas, 1993. SLACK, Nigel,et al; Administração da Produção. Compacta. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 20/281 Assista a suas aulas Aula 1 - Tema: O Papel da Gestão da Distribui- ção na Cadeia de Suprimentos. Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 926dde435aabbbdd10c75cd299485ff0>. Aula 1 - Tema: O Papel da Gestão da Distribui- ção na Cadeia de Suprimentos. Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 09d8a2972e0a608548560773f4c7894f>. 21/281 1. Sobre a influência do E-Commerce na gestão da distribuição de produtos podemos afirmar que: a) Não exerce qualquer influência. b) Demanda entregas mais frequentes. c) Utiliza prioritariamente o transporte ferroviário. d) Só utiliza o modal aéreo. e) Não utiliza o modal marítimo. Questão 1 22/281 2. Quanto ao impacto que o setor de Marketing da empresa pode causar na gestão da distribuição: Questão 2 a) Pode gerar grande impacto, pois a escolha dos canais de distribuição dos produtos da em- presa afeta diretamente o planejamento estratégico e as operações de transporte e distri- buição dos produtos. b) Não causa nenhum impacto, pois não tem relação direta com a Logística. c) Pode causar impacto uma vez que define o modal a ser utilizado. d) Só pode causar impacto quando optar pelo modal aéreo. e) Pode ocorrer apenas quando tratarem de produtos de alto valor agregado. 23/281 3. Empresas que prestam uma ampla gama de serviços de armazenagem e movimentação de materiais, podendo atuar desde a simples locação de espaço físico até todo o processo de recebimento, inspeção, armazena- gem, separação, embalagem, transporte e entrega no ponto de consumo ou venda, são conhecidas como: a) Marketing. b) Almoxarifados. c) Operadores Logísticos. d) J.I.T. e) VUCs Questão 3 24/281 4. Com relação às empresas comumente chamadas de transportadoras po- demos afirmar que: a) Atuam somente com frota própria. b) Podem trabalhar em conjunto com frotas próprias das empresas para as quais prestam ser- viços. c) Podem ter somente um tipo de veículo. d) Devem trabalhar exclusivamente para uma empresa. e) Devem atuar exclusivamente com um único tipo de produto. Questão 4 25/281 5. Podemos afirmar que as seguintes áreas da empresa podem influenciar diretamente os prazos de coletas e/ou entregas de produtos: a) Área de Compras uma vez quenegocia com fornecedores prazos e tamanhos de lotes; b) Área de Vendas,uma a vez que negocia prazos de entregas aos clientes; c) Toda e qualquer área da empresa que esteja direta ou indiretamente relacionada à gestão de recursos materiais e humanos disponíveis na empresa; d) Área de Marketing ao definir os canais de distribuição; e) Área de Expedição uma vez que deve estar coordenada com as operações de transporte na programação de disponibilização de materiais para entrega e/ou coleta. Questão 5 26/281 Gabarito 1. Resposta: B. A compra via Internet aumentou exponen- cialmente o número de entregas, afetando a gestão da distribuição principalmente vol- tada às entregas aos consumidores finais. 2. Resposta: A. Escolhas de canais de distribuição, como lojas de varejo espalhadas pelo território nacional ou via poucos distribuidores para venda em larga escala, definem o número de pontos de entrega afetando diretamente o tamanho da frota e o número de pontos a serem atendidos. 3. Resposta: C. Própria definição de Operador Logístico constante no texto. 4. Resposta: B. Uma empresa contratante, embarcador, pode contratar serviços de transportadoras de forma exclusiva e também para comple- mentar a disponibilidade de frota própria. 5. Resposta: C. Toda e qualquer área da empresa que afe- te a disponibilidade de recursos desta pode afetar diretamente o desempenho da distri- buição de materiais. 27/281 Unidade 2 Problema de localização dos armazéns Objetivos • Passar ao aluno as diferenciações conceituais entre “armazenagem” e “distribuição”, defi- nindo suas respectivas missões e diferentes estruturas envolvidas; • Buscar trazer a lógica, um pensar de forma ampla e global, buscando inseri-lo dentro de conceito macro de gestão, que coloca as empresas em um ambiente globalizado de atua- ção, e as consequências operacionais resultantes da gestão de localização dos estoques; • Abordar aspectos de influência do tema sobre estratégias de negócios “B2B” e “B2C”; • Trazer à reflexão aspectos de custos quanto às estratégias definidas, incluindo quanto a opções e quanto à terceirização de serviços; • Buscar capacitar o aluno sobre os aspectos que envolvem os parâmetros para definição de implantação de centros de apoio logístico relacionados à distribuição de materiais e pro- dutos acabados, apresentando modelos a partir dos quais possa pôr em prática; 28/281 • Demonstrar aspectos relacionados à cadeia logística globalizada e os impactos desta glo- balização na gestão da distribuição; • Demonstrar ainda a influência que a velocidade na evolução da tecnologia e seu conse- quente impacto no perfil do consumidor tem causado à gestão da logística de distribuição. Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns29/281 Introdução Como já discutimos no tema anterior, a evolução da tecnologia, aliada ao aumento do nível de complexidade das necessidades humanas, têm provocado forte evolução nas práticas de operação e gestão da cadeia de abastecimento. Contribuem para este cenário, 3 fatores cruciais que o gestor de processos da cadeia de abastecimentos deve levar em conside- ração: • Globalização: potencialmente o cliente pode estar em qualquer lugar do planeta; • Custos: apesar do fato acima, o clien- te está cada vez menos disposto a as- sumir os custos de distribuição, pois ele reconhece valor apenas no pro- duto à sua disposição, não lhe impor- tando como chegou atéele. Afinal, o preço total compreende o preço pago pelo produto mais os custos inerentes aos processos que disponibilizam tal produto a ele, e, caso o preço total a ser pago (produto + fretes + seguros + outros eventuais custos complemen- tares) inviabilize a compra, este clien- te buscará alternativas; • Tempo: também, apesar da globaliza- ção, o cliente está mais exigente em relação aos prazos de recebimento. Bem, chegamos à conclusão que o cenário atual nos mostra empresas que estão loca- lizadas em qualquer lugar do planeta e tem clientes potenciais em qualquer lugar do planeta. Simples assim! Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns30/281 Diante desse cenário nos resta buscar dis- ponibilizar estoques de produtos o mais próximo possível dos mercados consumi- dores e, como tais operações impactam em custos agregados aos custos finais para os clientes, devemos proceder de forma a ga- rantir que tais custos sejam os mais baixos possíveis a fim de viabilizar tais mercados. Daí surge a necessidade de, além de estru- turar adequadamente as estratégias e ope- rações, definir bem as localizações de tais pontos de armazenagem a fim de buscar atender as premissas acima. Dentro de uma visão holística de gestão da cadeia de abastecimentos, devemos consi- derar tal cenário em 2 ângulos distintospo- rém complementares, sendo o primeiro do ponto de vista de abastecimento dos cen- tros produtivos – indústrias – e o segundo o que trata do processo de entrega efetiva do produto acabado ao consumidor final. Podemos exemplificar da seguinte maneira: uma indústria instalada no Brasil, que utili- za componentes e matérias-primas adqui- ridos de fornecedores em diversos estados brasileiros, bem como em outros países, e vende produtos finais para consumidores potencialmente localizados em qualquer lugar do nosso país, ou do mundo. Guardadas as particularidades eventuais das empresas, este é o cenário atual em que o Gestor está inserido e que ressalta a im- portância de bem definir as localizações dos pontos de estoque e/ou distribuição. Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns31/281 de médio e longo prazo. Todavia, não podemos esquecer que opera- cionalizar e gerir o dia a dia de modo a man- ter o rumo definido passa por adequar-se constantemente às transformações cada vez mais frequentes por que passa o perfil dos clientes. O Gestor de distribuição deve ter sempre em mente que a localização dos estoques, as operações de movimentação envolvi- das nestes locais e os respectivos custos de transportes, impactarão diretamente nos prazos de atendimento e nos custos finais dos produtos. 1. Visão holística da cadeia de abastecimento e distribuição A distribuição física de produtos constitui- -se em permanente desafio logístico, seja para abastecer fábricas, pontos de vendas ou até levar diretamente ao consumidor fi- nal, prática cada vez mais comum em fun- ção do crescimento de vendas via internet, o “E-Commerce”. Por isso, a definição do posicionamento ge- ográfico dos pontos de estoque e das mis- sões operacionais destes passa a ter um aspecto estratégico para as empresas que queiram atuar e crescer dentro do cenário econômico mundial, envolvendo políticas comerciais e de estoques, que vão direcio- nar as decisões para viabilizar as estratégias Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns32/281 “Os objetivos de instalações das estruturas de distribuição são atender às prioridades competitivas de diversos produtos em diversos mercados. Tais prioridades incluem aspectos de custo, qualidade serviços e flexibilidade” (DORNIER, 2000.p. 432, Outro ponto de extrema importância para avaliação são aspectos de eventuais incentivos fiscais que possam ser concedidos pelo poder público, tanto nas esferas municipais quanto estaduais e até federais, estabelecidos com objetivo principal de desenvolvimento econômico de determi- nada região e que devem ser considerados em análises de viabilidade de projetos relacionados à localização de armazéns e centros de distribuição. Analisemos a figura abaixo: Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns33/281 Figura 1 A Cadeia de Abastecimentos Fonte: Desenvolvido pelo autor Podemos notar que estamos tratando de um caso de distribuição de materiais em um ambiente corporativo, não abordando distribuição direta aos consumidores finais, pois não está incluído o varejo nem tampouco vendas por E-Commerce. Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns34/281 Sem considerarmos as instalações do clien- te e os respectivos veículos de transferência, os veículos menores de distribuição, veícu- los estes que também armazenam estoques “em trânsito”, temos estoques em 3 locais diferentes, a saber, no fornecedor de maté- ria-prima , na própria fábrica e no Centro de Distribuição. Agora imaginemos, dentro do Brasil, que os- principais fornecedores de matéria- prima estejam na região Nordeste, a fábrica esteja localizada em Minas Gerais e os principais clientes estejam localizados na região me- tropolitana da cidade de São Paulo. Em tal cenário, podemos prever que os custos de transferências dos produtos terão um for- te impacto no conjunto de custos que com- põe o produto. Nesse caso, a visão holística do gestor faz-se necessária em bem definir os parâmetros de custos de maior impacto e atuar, entre outros diversos aspectos, na definição geográfica dos pontos de abaste- cimento e de distribuição. Veja alguns exemplos de consequências ocorridas no cenário que mencionamos: • Se a fábrica necessita do abasteci- mento de vários fornecedores loca- lizados a grandes distâncias, existe uma tendência natural de geração de altos custos de fretes que o ges- tor tentará reduzi-lo aumentando os lotes de compras a fim de reduzir os custos por unidade adquirida, o que leva naturalmente ao aumento dos níveis de estoque. Nestes casos, uma Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns35/281 alternativa usualmente utilizada é de criar armazéns em distâncias interme- diárias, armazéns estes que receberão quantidades menores adquiridas e do qual serão embarcadas cargas con- solidadas compostas por várias ma- térias adquiridas destes diversos for- necedores. Tal situação também pode ser observada nos casos de produtos importados, no qual, os fabricantes compram de diversos fornecedores no exterior, consolidam em armazéns, terceirizados ou não, para posterior consolidação de carga e recebimen- to de diversos produtos em um único evento; • Já, se analisarmos do ponto de vista da distribuição e entrega, os estoques de produtos acabados fabricados devem estar próximos aos chamados “cen- tros de consumo”, pois, em geral as quantidades entregues aos clientes tendem a ser fracionadas, ou seja, em quantidades inferiores aos que com- põem a carga de um veículo de grande porte, dividindo-se em veículos me- nores para as entregas. Vale lembrar que em muitos casos, esta caracte- rística é reforçada por determinados aspectos de legislação, que impõe restrição a circulação para veículos de grande porte, “forçando” o uso de ve- ículos menores, “VUCs” – Veículo Ur- bano de Cargas - ou similares, como acontece na maioria das grandes ca- pitais brasileiras. Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns36/281 2. Papéis dos Armazéns e Cen- tros de Distribuição nos fluxos de materiais e critérios para de- finição das localizações. Como já nos referimos anteriormente, de- vemos bem entender que, por princípio, armazéns têm a missão básica de armaze- nar materiais, ou seja, efetivamente estocar materiais para posterior distribuição, seja abastecimento de produção ou entrega a clientes. Sua missão, portanto, é focar na manutençãodas características dos produ- tos estocados, até o momento de sua desti- nação, ao menor custo possível. Por sua vez, terceiros ou próprios, apesar de obviamente estocarem materiais, os Cen- tros de Distribuição (CDs) têm como princi- pal missão, manipular os produtos de modo a garantir a distribuição do mesmo no me- nor tempo e custo possíveis, dispondo de estruturas voltadas fundamentalmente nas movimentações e operações de manipu- lação dos materiais – recebimento, loca- lização, armazenagem, separação, emba- lagem, identificação e carregamento -, fa- Para saber mais Para um aprofundamento sobre a abrangência dos aspectos que envolvem a gestão da cadeia de abastecimentos, leia o capítulo “Projetode Rede Logística Para Operações Globais” de DORNIER, 2000; e a “Unidade 3 — Gestão da cadeia de su- primentos, seção 1 —“Cadeia de suprimentos e processos logísticos”, deREGIOLI, 2014. Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns37/281 zendo com que, em geral, suas estruturas físicas e operacionais tenham custos mais altos do que aquelas destinadas à armazenagem de altos volumes. Definidas as respectivas missões, determinados os processos e estruturas necessárias, e defini- dos os baricentros específicos de atuação, vários modelos podem ser definidos.Analisemos al- guns exemplos: 1 2 INDÚSTRIA CD1 CD2 CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE CD3 3 4 Figura 2: Modelo de rede de abastecimento múltiplos CDs Fonte: Desenvolvido pelo autor Na figura 2 , vemos ilustrado um esquema com 4 fornecedores abastecendo diretamente um cliente produtor – indústria – com matérias-primas e insumos, ao passo que a indústria adota 11 213141 Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns38/281 CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE INDÚSTRIA INDÚSTRIA MACRO CD INDÚSTRIA CD1 CD2 CD3 CLIENTE CLIENTE CLIENTECLIENTE CLIENTE CLIENTE Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns39/281 como estratégia a utilização de Centros de Distribuição localizados em áreas geográficas distin- tas, próximas a seus clientes. Trata-se de um modelo característico de uma indústria localizada em pólo industrial, com fornecedores próximos geograficamente e com área de distribuição de produtos ampla. Neste modelo, podemos ampliar nossa visão de atuação considerando que os CDs acima se encontram localizados em diferentes países, facilitando o acesso aos pontos de consumo no mercado externo. INDÚSTRIA ARMAZÉM CD CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE ARMAZÉM 3 41 2 Figura 3 – Modelo de cadeia de abastecimentos com CD único Fonte: Desenvolvido pelo autor Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns40/281 Na figura 3, vemos ilustrado um esquema com os fornecedores abastecendo via armazéns inter- mediários, enquanto a indústria passou a adotar um único CD central para atendimento de sua cadeia de clientes. Por sua vez, tal modelo é mais próximo às empresas localizadas mais distantes dos fornecedores e com área de distribuição de produtos mais restrita. INDÚSTRIA INDÚSTRIA MACRO CD INDÚSTRIA CD1 CD2 CD3 CLIENTE CLIENTE CLIENTECLIENTE CLIENTE CLIENTE Figura Modelo com 2 níveis de CDs na Cadeia de Abastecimentos Fonte: Desenvolvido pelo autor Focando particularmente a logística de distribuição, a figuranos mostra um modelo em que, a figura que chamamos de “Macro CD” utiliza a estratégia de CDs intermediários para aumentar a capilaridade da rede e alcançar maiores pontos de entrega. Tal modelo é utilizado em algumas Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns41/281 situações específicas, como por exemplo: Situação 1: O “Macro CD” é na verdade um grande Operador Logístico terceirizado pe- las indústrias, e portanto, fornecedor de serviços das mesmas, que por sua vez possui unidades estratégicas remotas em pontos geográficos distintos, permitindo distribuir vários produtos de várias empresas através de consolidação das operações de manu- seio e transporte; Situação 2: O “Macro CD” é na realidade uma grande empresa de varejo, como um grande hipermercado, portanto cliente direto das indústrias, que recebe vários produtos de várias empresas, compondo e consolidando as cargas de entrega em unidades avança- das de distribuição, os “médios CDs”, que por sua vez entregarão diretamente nos pontos de vendas de varejo. Como podemos notar, vários cenários po- dem ser compostos em função do plane- jamento estratégico das empresas, indús- trias e/ou grandes empresas de distribuição e varejo, cabendo ao gestor bem definir as necessidades adequadas aos objetivos da empresa e determinar o modelo mais ade- quado para o atingimento destes objetivos. Uma vez definida a questão geográfica, ou- tro aspecto fundamental para a determina- ção dos aspectos físicos (tamanho de área, recursos e equipamentos, mão de obra a ser empregada entre outros) é uma previsão de tempo de duração dos aspectos comerciais, de compra e recebimento quando se tratam de armazéns ou de centros de distribuição quando se tratam de venda e entrega, ou Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns42/281 seja, qual o tempo de vida útil ou duração desta operação de compra ou venda do produto. A lógica consiste em adequar os recursos à medida da necessidade de ade- quação da demanda, adequando recursos e ajustando os consequentes custos ao mo- mento da empresa. Como exemplo, pode- mos citar uma empresa cujo planejamento estratégico prevê expansão de seu mercado de atuação para regiões cada vez mais dis- tantes dos centros produtivos, no qual, a prestação de serviços de armazenagem e/ ou distribuição e entregas são contratadas regionalmente à medida da expansão pro- gressiva das vendas. Dentro deste aspecto de variabilidade e in- certezas da demanda, gerada tanto pela globalização quanto pela velocidade das mudanças de comportamento dos consu- midores, é que os serviços terceirizados de logística, particularmente de distribuição, têm evoluído muito nas últimas décadas, pois a implantação de estruturas de arma- zenagem e operações de movimentação e entrega de materiais demandam altos in- vestimentos, gerando riscos justamente em função de cenários incertos. Daí a opção de terceirização destes servi- ços torna-se potencialmente interessante, pois tende a ser mais simples,rápida e com menores custos para adequar os recursos às reais necessidades, pois, caso cresçam além do planejado, contrata-se mais servi- ços de terceiros, aumenta a disponibilida- de de recursos necessários em termos de mão de obra, equipamentos e sistemas de Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns43/281 gestão, principalmente recursos relaciona- dos à tecnologia da informação. Por outro lado, ao contrário, não atinjam o planejado, reduz-se a disponibilidade destes recursos simplesmente contratando menos serviços logísticos destes operadores, adequando às necessidades de recursos para atendimen- to da região geográfica em questão. Dentro desta mesma lógica, outro aspecto a ser considerado na contratação de ser- viços terceirizados de logística, tanto para serviços de armazenagem como outros que envolvam operações de distribuição, é a existência de determinados períodos sazo- nais que podem provocar grande aumento na demanda e que excedem a capacidade instalada das empresas, como nos casos de necessidade aumento de estoques e de dis- tribuição de produtos vendidos, como nos casos de datas específicas como Natal, ou de épocas do ano, como o verão ou inverno que podem ocorrer variações nas deman- das de produtos típicos dessa época, como refrigerantes no verão ou botas e casacos no inverno, por exemplo. Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns44/281 Para saber mais Para aprofundamentosobre o tema de canais de distribuição e modelos de estruturas de abastecimen- to em variados segmentos industriais, leia: o capítulo “Gestão da Distribuição física”, do livro SLACK, 1999,e as “Unidade 2 —“Introdução à Logística e Logística Empresarial”, do livro “Cadeia de suprimen- tos e processos logísticos”, REGIOLI, 2014 • HARLAND, Christine et al. Planejamento e Controle da Rede de Suprimentos: Gestão da Distribuição Física. In: SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; HARLAND, Christine. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1999. Cap. 13. p. 313-317.; • REGIOLI, Fábio Rogério. Logística Empresarial. In: REGIOLI, Fábio Rogério et al. Canais de Distribuição. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional Sa, 2014. Cap. 2. p. 41-70. Link Confira o link abaixo para encontrar diversos aspectos importantes para definição das localizações de armazéns e centros de distribuição adequadas à gestão da cadeia de abastecimentos Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns45/281 3. Estação Aduaneiro do Interior - EADI Um ponto que não podemos deixar de abor- dar, quando tratamos de armazéns remo- tos e as respectivas localizações, é o que se aplica à empresas com grande demanda e fluxo de materiais importados, seja para produção ou comercialização direta, e que Link GUIMARÃES,Lidiana Pimenta et al. Localização e Layout dos Centros de Distribuição; Movimentação e Armazenagem de Materiais. 2012. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/ marketing/localizacao-e-layout-dos-centros-de-distribuicao-movimentacao-e-armazena- gem-de-materiais/65167/>. Acesso em: 16 abr. 2017. É possível encontrar diversos aspectos impor- tantes para definição das localizações de armazéns e centros de distribuição adequadas à gestão da cadeia de abastecimentos tem como destino inicial os portos e aero- portos nacionais. O aumento do fluxo de mercadorias inter- nacionais, principalmente por via marítima e aérea, tanto em função da globalização e do crescimento da atividade econômica global, passando pelos sérios problemas estruturais de nossos portos e aeroportos, Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns46/281 seja por questões de infraestrutura ope- racional como também por procedimentos aduaneiros, provocou um crescente aumen- to de volume de mercadorias nestes locais, ao ponto de quase paralisar os processos de importação e exportações brasileiros. Dada tal situação, em meados da década de 1960 e visando desafogar o acúmulo de materiais em portos e aeroportos, iniciou- -se a criação dos terminais alfandegados em zona secundária, ou seja, fora das zonas primárias de fronteiras, gerando os chama- dos EADI, ou Estação Aduaneira do Interior, EADI, também conhecidos como “porto seco” ou “dryport”, ou ainda como recinto alfandegado em zona secundária, são ter- minais privados de uso público, cujas em- presas detém concessões obtidas mediante licitações públicas feitas pela Receita Fede- ral, autorizando tais empresas a operar di- retamente em operações logísticas envol- vendo processos aduaneiros de importação e exportação. Localizados em pontos estratégicos de alta concentração de cargas no interior do país, tem grande importância no sentido de atu- ar como locais de trâmites aduaneiros, libe- rando tais funções dos portos e aeroportos, de modo a aumentar a fluidez das mercado- rias. Em resumo, ao tratar de processos que en- volvam tráfego de produtos para exporta- ção ou adquiridos de processos de impor- tação, o Gestor deve estar atento à localiza- ção geográfica da respectiva estação adua- neira, atentando-se às particularidades que Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns47/281 envolvem o trânsito internacional de produtos. Para saber mais Nos links abaixo você encontrará mais detalhes sobre as origens, os benefícios e o papel dos EADIs em função da atual estrutura portuária no Brasil: PORTOS secos: fundamentais no comércio exterior. 2007. Apresentada pela revista especializada Lo- gweb. Disponível em: <http://www.logweb.com.br/portos-secos-fundamentais-no-comercio- -exterior/>. Acesso em: 17 abr. 2017., contendo avaliação sobre a importância dos portos secos para o comércio exterior brasileiro; Secretaria da Receita Federal do Brasil (Org.). Conversão de Portos Secos em Centros Logísticos e Indus- triais Aduaneiros: Esclarecimento referente à matéria “Receita usa janela de MP para autorizar 15 portos secos a operar”. 2014. Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/noticias/ascom/2013/ agosto/conversao-de-portos-secos-em-centros-logisticos-e-industriais-aduaneiros>. Aces- so em: 17 abr. 2017., contendo os textos e explicativas das medidas provisórias que autorizaram EADIs a operar como Operadores Logísticos; Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns48/281 Link Confira no link abaixo a visita detalhada das instalações do EADI instalado no pólo industrial de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul em que, o aluno poderá bem compreender os aspectos operacionais e par- ticularidades em relação aos armazéns convencionais deEstação Aduaneira. Caxias do Sul: Cq7tv, 2012. (7 min.), son., color. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=wf4hsqm8MA8>. Aces- so em: 17 abr. 2017, mostrando os aspectos operacionais e particularidades dos EADIs em relação aos armazéns convencionais Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns49/281 Glossário Baricentro: região geográfica atendida por um ponto de distribuição; B2B: sigla para “business to business” que caracteriza operações de compra e venda de produtos, re- alizados entre empresas; B2C: sigla para “business to business” que caracteriza operações de compra e venda de produtosrea- lizados entre empresas e consumidores finais; Capilaridade: em Logística, significa nível de ramificação de uma determinada rede ou meio de aten- dimento. Por exemplo, o transporte rodoviário apresenta maior capilaridade, ou seja, a capacidade de atingir maiores pontos de destino, do que o transporte ferroviário, por que a disponibilidade de ruas e estradas é maior do que de vias férreas; Distribuidores:empresas que operam em vendas de produtos somente para pessoas jurídicas para consumo ou revenda, não vendendo para consumidores finais como pessoas físicas; Holística: Relativo a visão do todo, de modo global, e não isoladamente. Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns50/281 Glossário Varejo: pontos de venda direta de materiais para consumidores finais; V.U.C.: Sigla utilizada para denominação de veículos urbanos de cargas, caracterizando veículos de menor porte, utilizados principalmente em regiões metropolitanas com restrições de acesso de veícu- los de carga de maior porte, como acontece com a região metropolitana de São Paulo, assim como em determinados locais também com restrições, como ocorre em “Shopping Centers”; Período sazonal ou Sazonalidade: período temporal caracterizado por forte alteração de demanda, como aumento de consumo de sorvetes no verão ou de blusas no inverno. Questão reflexão ? para 51/281 Temos visto o crescente aumento do número de grandes estruturas de armazéns espalhados por todo território nacional, seja próximos a centros urbanos ou próximos a unidades de produção de mate- riais primários, abordamos os vários aspectos tanto operacionais, armazenagem e distribuição, como de terceirização com a criação de empresas que se especializaram no segmento de terceirizações de serviços logísticos, uma vez que a constituição de tais estruturas de armazenagem e distribuição são, via de regra, de alto custo, prin- cipalmente quanto ao investimento necessário. Todavia, também é fato que o Brasil conta com esmagadora quantidade de pequenas e médias empresas compondo seu cenário econômico.Cabe assim a reflexão do comportamento do médio e pequeno empresariado bra- sileiro quanto ao cenário descrito, bem como sua posição e até seu preparo para integrar-se a tal cenário visando o crescimento de suas empresas. 52/281 Considerações Finais (1/3) • As dimensões continentais do nosso país aliado a grandes distâncias existentes entre centros produtores de matérias-primas e insumos, os centros de transformação – indústrias – e os centros consumidores, caracterizam um cenário comum, tornando-se um grande desafio lo- gístico ao Gestor dos processos de distribuição, uma vez que a correta definição dos parâme- tros para definir a localização geográfica dos diversos pontos de recebimento e distribuição de materiais é absolutamente essencial para a minimização dos custos logísticos que impac- tarão nos custos ao consumidor final; • A visão macro de todos os elementos, o que chamamos de visão holística do processo de ges- tão da cadeia de abastecimentos, é fundamental para a mitigação de riscos sobre custos ao processo, uma vez que podem ocorrer conflitos, quando da análise de custos de forma indivi- dual. Ou seja, o Gestor deve sempre avaliar o resultado da soma dos fatores envolvidos, e não os aspectos individuais de etapas do processo global; 53/281 • O cenário da globalização crescente da cadeia de abastecimentos, que nos leva a possibili- dade de ter fornecedores e clientes em qualquer lugar do planeta, aliado às evoluções tecno- lógicas que diminuem os ciclos de vida dos produtos, contribuem para aumentar o desafio, fazendo com que o Gestor tenha a necessidade de estar em constante atualização dos cená- rios, buscando a máxima flexibilização de todos os elementos que envolvem as operações de movimentação e armazenagem de materiais; • Todavia essas mesmas evoluções tecnológicas têm possibilitado meios que facilitam a gestão, tanto em termos de acuracidade e velocidade de comunicação, ferramentas de roteirização e rastreamento e recursos de integração de sistemas entre os elementos dos processos – forne- cedores, indústrias, distribuidores, transportadores e pontos de venda, facilitando também os processos de gestão dos serviços terceirizados em função do aumento da visibilidade sistêmi- ca possibilitada principalmente pela integração dos sistemas de gestão; Considerações Finais (2/3) 54/281 • Justamente em função do aspecto acima, que conjuga a evolução tecnológica à melhoria po- tencial dos processos de gestão, podemos notar uma tendência de queda na existência dos chamados “mega centros de distribuição”, pois o aumento da visibilidade e da velocidade de comunicação tem permitido previsões de necessidades mais rápidas e precisas, aumentando a capacidade e assertividade de reação dos centros produtivos e de distribuição, reduzindo os volumes de grandes estoques reguladores, uma vez que potencializa o atendimento mais rápido ao consumidor final. Considerações Finais (3/3) Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns55/281 Referências DORNIER, Philippe-Pierre, et al.; Logística e operações globais: texto e casos. São Paulo: Atlas, 2000. H.; GOELZER, Paulo, Distribuição Classe Mundial. São Paulo: Imam, 1999. P.; Administração de Materiais: uma abordagem Logística. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1993. SLACK, Nigel, et al; Administração da Produção. Compacta. ed. São Paulo: Atlas, 1999. REGIOLI, Fábio Rogério; et al;Canais de Distribuição. Londrina: Editora e Distribuidora, Educacio- nal S.A., 2014. 56/281 Assista a suas aulas Aula 2 - Tema: Problema De Localização Dos Ar- mazéns. Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 08cbd332cb29e5241f7a75bd32ee9953>. Aula 2 - Tema: Problema De Localização Dos Ar- mazéns. Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/10b7d63d6ad7503e5d39b320db759219>. 57/281 1. A principal aplicação dos chamados VUCs são: a) Regiões metropolitanas. b) Portos. c) Grandes rodovias. d) Baricentros. e) Áreas pouco habitadas. Questão 1 58/281 2. Entendemos como a área geográfica atendida ou coberta por uma em- presa ou departamento de distribuição: Questão 2 a) V.U.C. b) Macro CD. c) Transportadora. d) Armazém. e) Baricentro. 59/281 3. Entendemos por sazonalidades ou períodos sazonais como períodos que se caracterizam por: Questão 3 a) Chuvas intensas. b) Demandas estáveis.; c) Falta de motoristas.; d) Armazéns lotados. e) Todo e qualquer evento que gere impacto no fluxo de produtos, como épocas do ano ou da- tas especiais 60/281 Questão 4 a) VUC. b) Capilaridade. c) Baricentro. d) B2B. e) EADI. 4. Está diretamente relacionado à exportação e importação: 61/281 5. B2B ou “business to Business” trata da relação direta estabelecida entre: Questão 5 a) 2 ou mais empresas. b) empresa vendedora e consumidor final. c) consumidor final e transportadora. d) CD e consumidor final cliente . e) 2 ou mais consumidores finais 62/281 Gabarito 1. Resposta: A. Veículos Urbanos de Carga focam o atendi- mento às regiões metropolitanas. 2. Resposta: E. Baricentro significa centro geográfico aten- dido por determinada estrutura de distri- buição. 3. Resposta: E. Todo e qualquer evento que gere impacto no fluxo de produtos, como épocas do ano, como colheitas, ou datas especiais como Natal e Dias das Mães. 4. Resposta: E. Estação aduaneira do interior, utilizada em processos de comércio exterior. 5. Resposta: A. B2B significado entre negócios, ou seja, en- tre 2 ou mais empresas. 63/281 Unidade 3 Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes Objetivos • Apresentar ao aluno os aspectos referentes às necessidades e utilização das embalagens dentro do aspecto macro da cadeia de abastecimentos, indo além da visão da embalagem como parte dos produtos finais destinados aos consumidores finais, apresentando a visão do papel das embalagens dentro da gestão de materiais em todas as etapas das cadeias de produção e distribuição, envolvendo os aspectos de processos e manuseios; • Estabelecer a relação entre a lógica no desenvolvimento técnico das embalagens, em qual- quer etapa da cadeia produtiva, com a facilidade em sua manipulação e armazenagem, contribuindo para a eficiência da cadeia de abastecimento, com a consequente redução dos custos dos produtos acabados; 64/281 • Apresentar as principais ferramentas e métodos adequados à gestão de modernos arma- zéns, demonstrando a importância da integração dos mesmos para a composição do con- junto de recursos necessários à crescente evolução das necessidades humanas; • Abordar aspectos relacionados aos pontos em discussão, embalagens, manuseio e arma- zenagem, à Logística Reversa e à Sustentabilidade. Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes65/281 Introdução A origem das embalagens é tão antiga quanto à própria necessidade do homem em transportar e preservar seus alimen- tos. As primeiras embalagens tiveram como componentes principais os próprios ele- mentos da natureza, como folhas para em- brulhar ou frutas ocas de casca resistente para armazenagem de água. Nessa lógica a necessidade de desenvolvimento das em- balagens teve uma inspiração inicial nos elementos da natureza, como peles, madei- ra e fibras naturais, elementos tais que são utilizados até hoje. Naturalmente com desenvolvimento da civilização e o aumento da complexidade dos produtos necessários à satisfação das necessidades humanas, estas por sua vez também em constante processo de evolu- ção, levou à necessidade do uso cada vez mais intensivo de embalagens, levando ohomem a incorporá-la definitivamente aos processos de produção e ao comércio. Analisando a evolução das embalagens, desde os elementos primários citados, pas- sando pelo barro para moldar jarros e potes, pela porcelana chinesa, pelo vidro e che- gando às modernas embalagens com gran- de incorporação tecnológica, o homem tem evoluído de forma a garantir a missão bá- sica de qualquer embalagem, que é prote- ger o produto para o qual a mesma foi de- senvolvida e para a qual está utilizada. Tal proteção vai além da manutenção das ca- racterísticas de preservação e integridade do produto, abrangendo também aspectos operacionais de manuseio e armazenagem, Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes66/281 visando, fundamentalmente garantir a sa- tisfação dos clientes em qualquer etapa da cadeia logística. 1. Embalagens 1.1. Aplicação 1.1.1. Consumidor final Como exposto anteriormente, o objetivo fundamental das embalagens é proteger os produtos em todas as etapas que envolvem a produção e distribuição dos mesmos, fa- zendo com que o produto acabado chegue ao consumidor final preservando as carac- terísticas para o qual é destinado. Todavia tal objetivo fundamental agrega outras fun- cionalidades importantes como prolongar a vida útil do produto, evitar contatos indevi- dos e contaminações, facilitar o transpor- te e o acesso do consumidor, passando por educar e até “seduzir” o consumidor, trans- formando-se em uma poderosa ferramenta de marketing. Analisando seu papel dentro da cadeia de abastecimentos, além dos produtos, as embalagens carregam uma série de infor- mações referentes a tais produtos, sendo que tais informações tendem a serem mais completas à medida que evoluem as etapas da cadeia de abastecimentos. Por exemplo, uma embalagem de um determinado ali- mento industrializado procura apresentar todas as informações que atendam às ne- cessidades de escolha e uso do consumidor final, porém também apresenta aspectos relacionados ao processo produtivo, como Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes67/281 lote e data de produção. Já uma embalagem utilizada para uma determinada matéria prima den- tro do processo produtivo tende a conter as informações necessárias para a etapa do processo a qual se destina. Segue tabela contendo relação dos principais tipos de embalagens e principais aplicações para produtos finais: Tabela 1.1. Tabela contendo exemplos de tipos de embalagens, materiais de composição e principais aplicações Tipo de embalagem Materiais básicos Principais aplicações Caixas e Engradados Madeira Frutas, verduras e outros alimentos “in natura” ou semi- processados Sacos trançados ou tecidos Fibras vegetais ou fi- bras de material plás- tico Principalmente alimentos “in natura”, como batatas e cereais em geral comercializados em grandes quantidades Envelopes e/ou sacos envoltórios, caixas de menor porte e cartu- chos Papel, Papel ondulado e papel cartão Alimentos industrializados, produtos fármacos, eletrônicos, calçados e rações. Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes68/281 Frascos, potes, sacos e garrafas Plásticos em geral (PP, PET, PEAD, PEBD, PS) Refrigerantes e sucos, alimentos industrializados como biscoitos e massas, sorvetes e chocolates, cosméticos e produtos de higiene e limpeza, lu- brificantes Latas e baldes Alumínio ou aço Cervejas, refrigerantes e sucos, alimentos em conserva, tintas e vernizes. Garrafas, ampolas, potes e copos Vidro Cervejas, refrigerantes, sucos e vinhos, perfu- mes e medicamentos, alimentos industrializados e em conserva. Embalagens tipo “longa vida” ou carto- nadas Papel, polietileno e alumínio Leites, sucos e bebidas em geral. Quadro 1 – Tabela contendo exemplos de tipos de embalagens, materiais de composição e principais aplicações Fonte: Desenvolvido pelo autor De forma geral, os tipos de embalagens acima descritos também têm ampla aplicação nos pro- cessos produtivos, atuando como meio de transporte e armazenagem de matérias primas, par- tes e peças para as várias etapas dos processos de produção Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes69/281 faz com que esse tipo de material seja utili- zado na confecção de embalagens para pra- ticamente todos os segmentos e capazes de conter todos os tipos de matérias-primas e insumos, desde elementos químicos, pas- sando por materiais orgânicos até partes e peças de produtos de consumo. Por sua vez, a diversidade crescente dos pro- dutos, decorrentes do processo evolutivo que temos discutido, tem gerado uma infi- nidade de tamanhos, formas e característi- cas específicas das embalagens, levando a um grande desafio dos gestores logísticos para adequação dos meios de manuseio, transporte e armazenagem destes produ- tos, levando ainda à necessidade de desen- volvimento de aspectos que padronizem a forma destas embalagens a fim de permitir 1.1.2. Utilização em proces sos produtivos Dentro do aspecto de utilização na produção industrial e sua evolução, as embalagens passaram por uma grande revolução não apenas pela ampliação de sua utilização, em transporte e armazenagem, mas tam- bém no que tange à evolução tecnológica. Por exemplo, com a revolução industrial as embalagens de aço passaram por um gran- de impulso tornando-se as mais utilizadas em diversos segmentos. Por sua vez, princi- palmente depois da segunda guerra mun- dial, chegou a vez do impulso na utilização dos plásticos que, por suas características de maleabilidade, leveza, impermeabilida- de, flexibilidade de aplicação, entre outras, Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes70/281 a manipulação de forma eficiente. A necessidade de uniformização apresen- ta basicamente 2 vertentes.A primeira é a criação de embalagens múltiplas, que con- tém uma determinada quantidade de uni- dades destinadas ao consumo, como por exemplo uma caixa múltipla contendo 24 unidades de sabão em pó, ou leite em longa vida, onde é criada uma embalagem espe- cífica para acomodar um produto específi- co. A segunda vertente é constituída de ele- mentos unitizadores padrões, capazes de uniformizar os formatos diversos e permitir transporte e manuseio utilizando equipa- mentos comuns, fazendo, por exemplo, que um mesmo veículo de carga possa levar lí- quidos, alimentos, peças, eletrônicos etc, assim como uma prateleira possa igual- mente armazenar tais materiais. Vejamos abaixo os principais equipamen- tos de unitização de carga utilizados para transporte e manuseio de materiais diver- sos: 1.1.3. Contêineres Contentor ou contêiner é um recipiente de metal de grandes dimensões, destinado ao acondicionamento e transporte de car- ga, podendo ser utilizados em navios, trens e caminhões, com padrões regidos por con- venções internacionais, tendo como carac- terística principal constituir uma unidade de carga independente, com dimensões padrão em medidas inglesas (pés), sendo as unidades basegeralmente consideradas Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes71/281 o “TEU”, termo em inglês para unidade cor- respondente a 20 pés, ou, e o “FEU” para 40 pés (em inglês: twenty feet equivalent unit e forty feet equivalent unit ), podendo ser adaptados a transportar praticamen- te qualquer tipo de mercadoria, como até mesmo alimentos congelados, através de contêineres refrigerados, ou grãos a granel, através de contêineres com a parte superior aberta ou removível – “open tops”. Figura 1 – Modelo de contêiner utilizado no transporte ma- rítimo com intermodalidade rodoviária e ferroviáriaFonte: (TLOGIC, 2017) Existem também contêineres específicos desenvolvidos para o transporte aéreo, dentro da mesma lógica de unitização, po- Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes72/281 rém sua forma não permite utilização de outros transportes com a mesma eficiência do contêiner utilizado no transporte maríti- mo. Figura 2 – Modelo de contêiner utilizado no transporte aéreo fonte: (PISTA73, 2017) 1.1.4. Paletes Palavra de origem inglesa (pallet), consiste em um estrado de madeira, podendo também ser confeccionado em metal ou plástico, amplamente utilizado nos processos de manuseio de materiais, tendo papel fundamental como elemento de otimização logística em função de sua simplicidade conceitual, flexibilidade e difusão de uso, permitindo operações de movimentação e armazenagem através de equipamentos bastante convencionais e de uso comum. Podem ser confeccionados e adaptados de acordo com as necessidades do cliente, em função de características dos produtos aos quais se destinam, devendo, porém, o gestor precaver-se quanto a alterações estruturais que venham a comprometer a padronização dos mesmos. As medidas padronizadas mais utilizadas no Brasil são o “PBR – padrão ABRAS”, medindo 1,00 mts x 1,20 mts, “Euro Palete”, com 0,80 mts x 1,20 mts, e outro medindo 1,20 mts x Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes73/281 1,20 mts, utilizado majoritariamente para o armazenamento de 4 tambores padrão com capacidade de 200 litros. Como informações adicionais, os paletes confeccionados com madeira, mais comuns, geralmente são utilizados para produtos que não demandem aspectos específicos como os de sanitização, sendo os confeccionados em aço geralmente utilizados em laticínios e empresas farmacêuticas por serem menos suscetíveis a contaminações. Por sua vez, os paletes confeccionados com material plástico tendem a ser mais resistentes, demandando menos manutenção, e duráveis. Outro fator que denota claramente a flexibilidade na utilização deste tipo de equipamento é a possibilidade de armazenamento de diversas dimensões de embalagens diferentes, desde que respeitadas suas dimensões limites, como vemos nas figuras seguintes: Figura 3 – Palete de madeira com caixas de papelão fonte: (SCANRAIL, 2017) Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes74/281 1.1.5 Big Bags Big Bags(termo em inglês que significa “grande saco” ou “grande sacola”) são con- tentores flexíveis utilizados para transporte e armazenamento de produtos em pó e gra- nulados, incluindo fertilizantes, sais, produ- tos químicos, granulados sintéticos, rações, cimento, minerais e metais e muitos outros produtos, incluindo líquidos.Geralmen- te são confeccionados com tecidos de alta resistência, flexível e dobrável comumente provenientes derecicláveis de polipropile- no, e com revestimentos internos de po- lietileno, providos de alças reforçadas para permitir içamento e utilizados para cargas ao redor de 1.000 kgfs., podendo ser arma- zenados sobre paletes. Figura 4 – Big Bag sobre palete Fonte: (LCPACKAGING, 2017) 1.1.6. KLTs KLT –Termo em sigla proveniente do alemão “Klein Lagerung und Transport” ou Acon- dicionamento e Transporte de Pequenos Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes75/281 Componentes, define um modelo de embalagem para acondicionamento e transporte de pe- quenas partes ou peças, sendo geralmente confeccionados em material plástico e passíveis de paletização, tornando-se um tipo de dispositivo amplamente utilizado para abastecimento de linhas de produção. Figura 5 – Modelo de KLTs utilizados para disposição sobre paletes plásticos, permitindo formação de lotes de produção Fonte: (MZA, 2017) Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes76/281 1.3 Embalagens retornáveis Quando abordamos o tema embalagem, seja pela ótica do consumidor ou do pro- dutor que recebe ou entrega seus produtos, sempre temos que considerar o aspecto de reuso ou não desta embalagem. Caso a mesma não tenha qualquer utilidade pos- terior ao uso para a qual foi criada, enten- demos como sendo uma embalagem des- cartável, ou seja, que não será novamente aproveitada para o mesmo fim, devendo ser descartada em conformidade com legisla- ções específicas, se caso, visando recicla- gem e aproveitamento de materiais. Embalagens retornáveis ou não descartá- veis são aquelas que são reusadas dentro do processo produtivo, seja para posterior retorno ao consumidor final, como as gar- rafas não descartáveis de cerveja, ou para rearmazenamento de materiais dentro do processo produtivo, como contêineres, pa- letes, KLTs e big bags citados acima. Link ABRE – Associação Brasileira de Embalagens –, criada desde 1967 com o objetivo de dar supor- te e compor acervo para consultas de mercados, atualidades e pesquisas referentes à aplicação e desenvolvimento do tema embalagem no Brasil e no Mundo; ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados - http://www.abras.com.br/palete-pbr, sobre pa- drão brasileiro de paletes padronizado para uso em supermercados e amplamente utilizado pelas indústrias. Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes77/281 2. Manuseio de materiais. Uma vez abordado o tema sobre as emba- lagens, vamos tratar sobre os equipamen- tos utilizados no manuseio e armazenagem destas embalagens, tanto dentro de am- bientes específicos de armazéns como em ambientes de produção. Como vimos que as embalagens têm entre suas funcionalidades a disponibilização de informações sobre os produtos nelas conti- dos, vamos dividir tais equipamentos em 2 tipos: os de operações físicas de transporte e armazenagem e os de captura automática das informações. 2.1 Equipamentos de manipulação física dos materiais: são utilizados nas operações de carga e descarga de veículos, transporte dos materiais en- tre os locais de estoques e os pontos de produção e estoque dos produtos acabados.Pontuamos como os mais utilizados: Link Assista: Assista um resumo comparativo sobre tipos de contêineres marítimos em TIPOS de container marítimo e termos de logística. S.i: Gs Educa- cional, 2014. (4 min.), color. Disponível em: <ht- tps://www.youtube.com/watch?v=7_3l4Z- VpdXE>. Acesso em: 26 abr. 2017, apresentando operações de manuseios de contêineres no porto de Hong Kong Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes78/281 2.1.1 – Transpaleteiras hidráulicas com tração pelo operador, caracte- rizando-se por ser um equipamen- to extremamente versátil, multiu- so e de baixo custo. É amplamente utilizado nas operações logísticas e meios produtivos; Figura 6 – Modelo de transpaleteira hidráulica convencional – Fonte: (CHINA, 2017) 2.1.2 – Transpaleteiras elétricas, podendo atuar com operador em- Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes79/281 barcado ou não, destacando-se do modelo manual hidráulica por sua maior velocidade de operação, sendo geralmente utilizado em ambientes com grandes espaços a percorrer, como grandes centros de distribuição; Figura 7 – Modelo de transpaleteira elétrica para operador a pé – Fonte: (LOGISMARKET, 2017) Figura 8 – Modelo de transpaleteira elétrica com ope- rador embarcado – Fonte: (RASTRO, 2107) 2.1.3 – Empilhadeiras são equipa- mentos destinados à elevação de paletes para armazenamento ver- tical, sendo que tais equipamen- tos podem apresentar uma grande gama de variações em função de altura para elevação, peso, carac- Unidade 3 • Embalagens, manuseio demateriais e os armazéns inteligentes80/281 terísticas de formação de paletes como altura e peso dos mesmos, ambiente do armazém como nos casos de ambientes refrigerados etc. Assim como as transpaletei- ras, existem modelos de operação manual e uma diversidade de equi- pamentos elétricos e a combustão, como mostram os exemplos das fi- guras abaixo; Figura 9 – Modelo de empilhadeira para opera- ção manual, sem auto tração, indicada para cargas le- ves e baixas alturas – Fonte: (INDUSTRIAIS, 2017) Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes81/281 Figura 10 – Modelo de empilhadeira movida a com- bustão indicada para cargas pesadas e para con- têiners – Fonte: (IBEMPILHADEIRAS, 2017) 2.1.4 – Esteiras transportadoras são dispositivos que permitem o deslocamento de materiais, sobre esteiras flexíveis ou roletes, sem movimentar suas próprias estru- turas, diferente das transpaletei- ras, empilhadeiras e demais tipos de veículos, que se deslocam junto com os materiais, utilizados para transportes que demandem fluxos contínuos de materiais e/ou emba- lagens, geralmente de menor porte e em ambientes fechados como ar- mazéns e linhas de produção. Figura 11 – Modelo de esteira transportado- ra – Fonte: (MECALUXCOM, 2017) Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes82/281 2.1.5 – Porta paletes, como o pró- prio nome indica, são estruturas adequadas para armazenamento de paletes, com grande flexibilida- de em relação a tamanhos de pa- letes suportados, altura e capaci- dade de armazenagem, podendo apresentar profundidades simples ou múltiplas, para utilização por empilhadeiras convencionais, pan- tográficas ou transelevadores. Figura 12 – Modelo de porta paletes convencional para pa- letes padrão PBR – Fonte: (DESCONHECIDO, 2017) Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes83/281 2.2 – Equipamentos para cap- tura automática de dados Uma vez que as embalagens contenham in- formações que dão suporte às operações de manuseio, transporte e armazenagem, devemos entender que tais informações devem estar contidas em algum meio que permita ao operador a captura e registro de tais dados necessários à gestão dos proces- sos logísticos. Existem 2 modelos básicos de registro das informações. O primeiro é o de etiquetas ou similares contendo infor- mações que serão coletadas e registradas manualmente no sistema de gestão corres- pondente, com todas as implicações perti- nentes a tal modelo de operação como re- lativa baixa confiabilidade e tempo. Já num segundo modelo, as informações são dis- ponibilizadas em algum tipo de dispositivo que permita a leitura e transmissão dos da- dos de forma automática, podendo ocorrer por leitura óptica de etiquetas de código de Para saber mais Para aprofundar na temática Estruturas e Equipa- mentos de Armazenagem e Transportes, leia mais em: FRAZELLE, Edward H.; GOELZER, Paulo, Distribui- ção Classe Mundial,São Paulo: IMAM, 1999, pp 195 a 257 DIAS, Marco Aurélio P.; Administração de Mate- riais: uma abordagem Logística, 4ª. Edição – São Paulo: Ed. Atlas. 1993. pp. 199 a 257 Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes84/281 barras ou QRCodes, ou ainda por rádio fre- quência, através de etiquetas conhecidas como RFId. Figura 13 – Modelo de etiqueta QR Code – Fonte: (SPOTIFY, 2017) Nas etiquetas que contenham códigos de barras ou QRCodes as informações são co- dificadasatravés de imagens bidimensionais e capturadas por meio de fachos luminosos emitidos através de equipamentos chama- dos Coletores e/ou Leitores de códigos de barras .Já nos casos de etiquetas RFId, os equipamentos capturam as informações por intermédio de coletores que promovem um estímulo e recebem as informações em retorno por meio de ondas de rádio. Um exemplo clássico deste modelo em nosso cotidiano são os sistemas para pagamento automático nas praças de pedágio que uti- lizamos, na qual instalamos uma etiqueta ou equipamento similar em nossos veícu- los e as informações são trocadas de forma automática, sem necessidade de operações manuais. Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes85/281 3. Armazenagens inteligentes Com o aumento da diversidade de produtos e o aumento da necessidade de frequência de entregas, os processos que envolvem a gestão da distribuiçãovêm demandando maior foco na automatização das opera- ções, gerando investimentosem equipa- mentos e em sistemas de gerenciamento, que permitam a integração das informações e dos recursos utilizados, associados às téc- nicas modernas de gestão, a fim de alcançar a eficiência e confiabilidade no manuseio. Assim, podemos conceituar armazém inteli- gente, como aquele em que a disponibilida- de e integração de recursos – equipamen- tos e sistemas de gestão – permitem o ma- nuseio de materiais sem a atuação direta de operadores, na maioria de suas atividades. Desta forma, podemos dividir os recursos utilizados basicamente em 3 tipos, a saber: os equipamentos físicos de movimentação, sistemas de informação ou ferramentas de Tecnologia da Informação e técnicas de gestão, que devem atuar de forma integra- da. Vejamos alguns exemplos: Para saber mais Para aprofundar na temática Equipamentos de Leitura Automática de Dados, leia as páginas su- geridas a seguir do livro: FRAZELLE, Edward H.; GOELZER, Paulo, Distribuição Classe Mundial.São Paulo: IMAM, 1999, pp.. 163 a 182. Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes86/281 3.1. Equipamentos físicos: 3.1.1. Transelevadores: consistem em equipamentos de movimenta- ção para armazenagem de paletes, capazes de operar em corredo- res mais estreitos e atingir alturas maiores do que as empilhadeiras convencionais, sendo operados de forma remota com auxílio de sis- temas próprios em conjunto com sistemas informatizados de locali- zação. 3.1.2. AGVs - (Automatic Guided Vehicles): tratam-se de veículos não tripulados, controlados por sistemas integrados de computa- dor, com os mais variados tipos de sensores, utilizados para recolher e/ou descarregar cargas automa- ticamente, podendo movimentar materiais 24 horas/dia, sendo mui- to utilizado também no manuseio de produtos perigosos ou volumo- sos, proporcionando um ambiente de trabalho mais seguro. Deve-se ressaltar que a finalidade de seu emprego é aumentar a eficiência na transferência de material redu- zindo custos. Cabe salientar que, via de regra, mesmo os chamados armazéns inteligentes fazem uso de porta-paletes como os já descritos, sen- do estes adequados para operações com equipamentos específicos, como os tran- selevadores citados, bem como equipa- Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes87/281 mentos convencionais para operações,nas quais geralmente o esforço humano é mais utilizado, como carga e descarga de cami- nhões e contêineres, situação em que ainda são amplamente utilizadas empilhadeiras e transpaleteiras. 3.2. Sistemas relacionados à Tecnologia da informação Armazéns inteligentes têm por caracterís- tica principal a automação de atividades integrando os dados necessários para ope- ração (detalhes de pedidos de separação e entrega, locais endereçados para armaze- nagem etc) aos recursos que executam tais atividades. Assim, cabe a tarefa de manter tais dados, receber dos operadores, “tra- duzir” e comunicar aos elementos de auto- mação – transelevadores e AGVs principal- mente, à programas adequados para tais finalidades, os chamados “softwares”. Em função de características específicas dos armazéns, incluindo tipo de produto arma- zenado,
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