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FÁBRI CA DE SABÃO EM BARRA 
 
FI CHA TÉCNI CA 
Setor da Econom ia: secundário 
Ram o de At ividade: indúst r ia 
Tipo de Negócio: fabricação de Sabão 
Produtos Ofertados/ Produzidos: sabão em barra 
I nvest im ento inicia l: R$ 50 m il 
Área Mínima: 100 m2 
 
 
APRESENTAÇÃO 
As referências mais ant igas aos sabões remontam ao início da Era Cristã. O sábio 
romano Plínio, o Velho (Gaius Plinius Secundus, 23 ou 24-79 d.C) , autor da célebre 
Histór ia Natural, m enciona a preparação do sabão a part ir do cozimento do sebo de 
carneiro com cinzas de madeira. De acordo com sua descrição, o procedimento 
envolve o t ratam ento repet ido da pasta resultante com sal, até o produto final. 
Segundo Plínio, os fenícios conheciam a técnica desde 600 a.C. O médico grego 
Galeno (130-200 d.C) , que fez carreira, fam a e fortuna em Rom a, tam bém 
descreve uma técnica segundo a qual o sabão podia ser preparado com gorduras e 
cinzas, apontando sua ut ilidade como medicamento para a remoção de sujeira 
corporal e de tecidos mortos da pele. 
No século XI I I , a indúst r ia de sabão foi int roduzida na França. No século XI V, 
passou a se estabelecer na I nglaterra. Na América do Norte o sabão era fabricado 
artesanalmente até o século XI X. A part ir daí, surgem as primeiras fábricas. No 
Brasil, a indúst r ia de sabões data da segunda metade do século XI X. 
É certo que o sabão está inserido na cultura há muito tempo. Sua ligação com o 
progresso da sociedade é bem est reita, exist indo até estudos que mediram o grau 
de desenvolvimento de sociedades pela quant idade de sabão que consum iam . 
Hoje em dia, o sabão já não possui a importância com ercial de tem pos at rás, m as a 
indúst r ia saboeira cont inua tendo um caráter essencial dent ro de uma sociedade. 
Com aproximadamente 25% da demanda de produtos de lim peza dom ést ica, só 
perde para os detergentes. 
Em poucas palavras, podemos dizer que o sabão é um sal obt ido da reação quím ica 
ent re um ácido graxo superior (sebo, gorduras, óleos vegetais e animais) e uma 
base inorgânica, que pode ser o hidróxido de sódio ou de potássio. Após essa 
reação, temos a salgadura com cloreto de sódio (sal de cozinha) . A part ir de então, 
ocorre a separação da “m assa” (sabão) e a lixívia (parte líquida) . 
 
Embora à primeira vista pareça simples, a fabricação de sabão requer bastante 
prát ica, uma vez que exige certos conhecim entos técnicos. Em geral, progridem 
nessa at ividade aqueles que at ravés dos anos vêm se inteirando de tudo quanto a 
ela se refere. Ao fabricante que se inicia no ram o recom enda-se aprender a teoria, 
realizar contatos com empresários do setor e contar com a colaboração de alguém 
que conheça bem o aspecto produt ivo. 
 
 
 
MERCADO 
Apesar da produção de sabão ser bem aceita no mercado, a concorrência é 
bastante acirrada, com presença de grandes empresas e mult inacionais. O que 
poderá tornar o pequeno fabricante compet it ivo é a qualidade e o preço acessível, 
aliado à cr iat ividade na apresentação do produto. 
O empreendedor deve atentar-se para o fato de que há nesse mercado a forte 
presença de em presas inform ais. Os preços dos produtos ilegais vendidos de porta 
em porta ou em pequenas lojas em garrafas de vidro ou plást ico têm um forte 
apelo ao consum idor, que compra o produto clandest ino, mesmo sabendo do r isco 
que oferece à saúde da população, pois estes produtos não t razem informações 
sobre as substâncias ut ilizadas em sua composição. 
Out ro desafio enfrentado pelo pequeno produtor está na com pra das matérias-
primas. Grandes fornecedores não costumam vender pequenas quant idades, e 
quando as fornece, as condições são desvantajosas. 
 
Uma boa sugestão na definição do rumo que seu empreendimento vai tomar é 
encont rar um nicho. É importante especializar-se e, claro, não descuidar das out ras 
com petências da gestão. 
 
Conhecer as característ icas dos seus futuros clientes, porque preferem comprar tais 
produtos, quando fazem suas com pras e quais são suas tendências de consum o são 
avaliações essenciais para o sucesso do seu empreendimento. 
 
Na vida, a gente sabe que das adversidades podem surgir oportunidades. No 
m undo dos negócios não é diferente: a maioria das empresas bem sucedidas, 
algum dia enfrentou dificuldades e adotou a mudança como alternat iva de 
sobrevivência naquele momento, para depois, fortalecida, apresentar-se 
com pet it iva ao concorrente. 
 
 
LOCALI ZAÇÃO 
A escolha do local e do espaço físico necessário para instalar a fábrica de sabão é 
uma decisão muito importante para o sucesso do empreendimento. O local deve 
oferecer infra-est rutura adequada e condições que propiciem o seu 
desenvolvim ento. 
 
Dessa forma, ao definir o local para sua instalação, observe a disponibilidade das 
matérias-primas básicas (gordura de origem anim al e/ ou vegetal) , de água, de 
mercado local para o produto e os aspectos relacionados à disposição dos rejeitos, 
por ser a indúst r ia considerada poluente. 
 
Além disso, as at ividades econôm icas da maioria das cidades são regulamentadas 
pelo Plano Diretor Urbano (PDU) . É essa Lei que determ ina o t ipo de at ividade que 
pode funcionar em determ inado local. A consulta de local j unto à Prefeitura é o 
primeiro passo para avaliar a implantação de sua fábrica de sabão. 
 
Na Prefeitura de Vitór ia o PDU é fornecido a part ir de consulta no site 
ht tp: / / www.vitor ia.es.gov.br/ hom e.htm. 
 
 
 
ESTRUTURA 
A est rutura básica deve contar com uma área de, aproximadamente, 100 m² , 
dist r ibuída ent re escritór io, galpão de produção para a instalação de m áquinas, 
equipamentos, estoques de matéria-prima e de produtos acabados e alm oxarifado. 
 
As posições e dist r ibuição das máquinas e equipam entos, balcões de atendim ento, 
depósitos, ent re out ros é importante para a integração das at ividades a serem 
executadas. Para alcançar sat isfatoriamente a produção desejada, você deverá 
considerar o layout interno (ambiente, decoração, facilidade de movimentação, 
lum inosidade, ent re out ros) e o externo (vit r inas, fachada, let reiros, ent rada e 
saída, estacionam ento, ent re out ros) da sua empresa. 
 
A planta ideal de uma fábrica de sabão, em termos gerais, será aquela na qual as 
etapas do processo, desde a fusão das m atérias gordurosas até o acondicionamento 
e expedição sejam realizadas em níveis descendentes. Nesse caso, seria possível 
ut ilizar a gravidade em vez de bombas, o que, naturalmente, tornaria a at ividade 
muito mais econôm ica. Existem, ent retanto, instalações onde a fabricação se dá no 
sent ido vert ical ou, ainda, por meio da com binação ent re os dois sistem as. 
Porém, antes de definir o projeto, o empreendedor deve ent rar em contato com a 
prefeitura, gerência do meio ambiente e vigilância sanitár ia de sua cidade, para 
tomar conhecimento das exigências legais quanto à est rutura física de sua 
em presa. 
E não se esqueça de reservar um espaço para expansão, especialmente a 
const rução de um novo tacho e ampliação da área de secagem. 
 
EQUI PAMENTOS 
Os equipamentos implementados dependerão substancialm ente a est rutura que vai 
ser montada. Vai variar de acordo com o processo e mecanismo de t rabalho 
adotado e da quant idade de sabão a ser produzido. Um projeto básico certam ente 
contará com : 
-Tachos de ferro ou aço; 
-Fogão indust r ial; 
-Tanque de cimento para secagem (pode também ser ut ilizada caixa de madeira) . 
 
Equipamentos auxiliares: 
Equipamentos para corte do sabão, baldes, balança de plataform a, tam bores, 
mesas para corte e embalagem, máquina seladora, pás, calhas e formas de 
madeira, rodo de ferro ou agitador mecânico. 
 
Há ainda móveis e equipamentos para o escritór io, como telefone, fax e 
computador, e um veículo ut ilitár io. 
 
 
I NVESTI MENTOS 
O invest imento varia muito de acordo com o porte do empreendimento e do 
quant itat ivo de que dispõe o invest idor. 
 
O valor m ínimo necessárioé de R$ 30.000,00 em equipamentos e instalações 
( tachos, fôrmas, embaladeira e batedor, além de telefone, ut ilitár io e galpão de 100 
m2) e R$ 20.000,00 em capital de giro. 
 
Estão relacionados a seguir os itens a serem considerados no levantamento de 
recursos necessários para invest im ento: 
 
1. I nvest imento: 
-galpão; 
-m áquinas e equipam entos; 
-móveis e utensílios; 
-veículo; 
-eventuais (10% do valor do invest imento fixo) . 
 
2. Capital de giro ( recursos necessários para a empresa iniciar e manter sua 
at ividade operacional) : 
-caixa m ínim o ( recursos para despesas rot ineiras) ; 
-matérias-primas, embalagens e materiais secundários; 
- financiamento das vendas; 
- insum os e serviços básicos; 
-m ão-de-obra. 
 
I nvest indo em AUTOMAÇÃO 
Uma tendência cada vez mais presente nas empresas que buscam o sucesso é 
automat izar as diversas at ividades desenvolvidas. A automação melhora o 
dinam ismo dos serviços oferecidos, reduzindo filas, tempo de espera, agilizando a 
em issão de notas fiscais, ent re out ros. Existem muitas opções que possibilitam essa 
facilidade: caixas elet rônicas isoladas ou integradas, impressoras para 
preenchimento automát ico de cheques, impressoras de notas fiscais nos caixas, 
código de barras nos produtos, banco de dados sobre cada produto ou serviço e 
cadast ro de clientes. I nvest igue de que form a a adoção de um equipam ento dessa 
natureza pode ser capaz de incrementar seus lucros. 
 
 
PESSOAL 
Na hora de selecionar as pessoas que irão t rabalhar na sua empresa, você deve 
levar em consideração as habilidades específicas exigidas para cada t ipo de 
at ividade que desenvolverão. Na linha de produção, por exemplo, é fundamental 
que empregue mão-de-obra qualificada que, na maioria dos casos, não se encont ra 
pronta no mercado, tendo assim que formá- la usando as diversas opções de 
t reinam ento. 
 
A mão-de-obra requerida para uma fábrica de sabão é facilmente t reinável, com 
exceção do encarregado de produção, que deverá possuir experiência anterior e 
conhecim ento quím ico, além do domínio das fórmulas e de informações técnicas. 
 
Já na área de vendas, saber ouvir, ter boa vontade, ser persistente e flexibilidade, 
são mais relevantes. Mas existem característ icas que são com uns a profissionais de 
todas as áreas: pessoas felizes com a vida, criat ivas, ágeis, prestat ivas e que 
tenham iniciat iva. Essas característ icas podem ser desenvolvidas at ravés de 
t reinam entos periódicos, lem brando que não só os funcionários e gerentes devem 
ser t reinados, mas também, o dono do empreendimento deve sempre se atualizar 
para se manter compet it ivo no mercado. 
 
 
PROCESSOS PRODUTI VOS 
 
Os sabões são form ados a part ir de ácidos graxos ext raídos de gorduras anim ais ou 
vegetais e saponificados pela soda caust ica (NaOH) ou pela potassa caust ica (KOH) , 
form ando o sal correspondente. 
 
Qualquer gordura sólida ou óleo, de origem animal ou vegetal, serve de m atéria-
prima para a fabricação de sabões comerciais, sendo muito grande a sua variedade. 
 
No caso do aproveitam ento de restos de açougues (gordura anim al) , apenas as 
gorduras e o sebo poderão ser ut ilizados como matéria-prima no preparo de 
sabões. 
 
Para fins prát icos, as matérias-prim as empregadas na fabricação de sabões estão 
divididas em t rês grupos: 
-Essenciais 
-Secundárias 
-Coadjuvantes 
 
Matérias-primas essenciais, são os componentes fundam entais para a produção do 
sabão. Eles se classificam em : 
a) MATÉRIAS GRAXAS: podem ser de origem animal ou vegetal. 
São de origem animal: o sebo, a graxa de porco, a graxa de ossos, a graxa de 
cavalo, a graxa de lã, etc. 
De origem vegetal: azeite de oliva, óleo de coco, óleo de palma, azeite de algodão, 
óleo de rícino, azeite de girassol, etc. 
b) MATÉRI AS ALCALI NAS: as substâncias alcalinas que contêm sódio produzem 
sabões sólidos; aquelas que contêm potássio produzem sabões moles. Os álcalis 
mais usados são o hidróxido de sódio (soda cáust ica) e o carbonato de potássio 
(K2CO3) , conhecido sim plesmente como potassa. 
 
Matérias-primas secundárias: são aqueles com ponentes que, incorporados ao 
produto, melhoram a qualidade ou dim inuem o custo. Podem ser: resinas, 
substâncias de recheio, corantes 
e perfumes. 
a) RESINAS: são resíduos sem cheiro nem sabor, resultado da dest ilação da 
terebint ina crua. 
b) MATÉRI AS DE RECHEI O (CARGAS) : o pr incipal objet ivo da incorporação dos 
componentes de recheio é a redução de custos. Muitas vezes, sacrifica-se a 
qualidade do produto por um rendimento m aior. Contudo, alguns sabões têm suas 
qualidades 
melhoradas com a incorporação de pequena quant idade de silicato de sódio, o que 
os tornam m ais sólidos e duráveis. Nos sabonetes não é conveniente o uso de 
matérias de recheio. Substâncias mais empregadas: silicato de sódio, carbonato de 
sódio, caulim , talco, açúcar, caseína, am ido, bórax, dent re out ras. 
c) CORANTES E PERFUMES: o uso de corantes visa melhorar o aspecto do sabão e 
agradar à vista. Podem ser de origem animal, vegetal ou m ineral. Para perfum ar, 
são empregadas essências liposolúveis. 
 
Coadjuvantes de fabricação: as matérias-primas consideradas como coadjuvantes 
são aquelas empregadas como veículo no processo de fabricação. As principais são 
a água e o cloreto de sódio (sal de cozinha) . 
 
Conheça um pouco mais as matérias-primas ut ilizadas na fabricação de sabão: 
 
ÓLEOS E AZEI TES. Os óleos ou azeites podem ser de procedência vegetal ou 
animal. 
 
Óleo de linhaça 
Procede das sementes de linho. Obt ido por processo fr io, apresenta cor amarela 
escura ou verde pálida, quando é obt ido por processo quente, apresenta cor 
amarela escura. É empregado especialm ente para a fabricação de sabões de pouca 
consistência. 
 
Óleo de rícino 
Obt ido das sementes dessa planta, que contém cerca de 60 a 90% de azeite. O 
óleo de rícino, junto com o óleo de coco, pode saponificar com facilidade at ravés do 
processo a fr io. É assim que obtêm-se excelentes sabões duros e t ransparentes, o 
único inconveniente é que não espum am com tanta abundância com o aqueles feitos 
com óleo de coco. Devido a este fato esta matéria-pr ima nunca é empregada 
isolada, é m isturada com breu ou óleo de coco. 
 
Óleo de am endoim 
As sem entes de am êndoas contém de 42 a 51 % de óleo ext raído por meio de 
pressão. 
 
Óleo de coco 
Provem dos frutos do coqueiro, é empregada muito para a fabricação de sabões 
duros, sabões líquidos e sobretudo, para a fabricação de sabões a fr io. 
 
Óleo de soja 
Na saponificação se empregam lixívias fracas. 
 
SEBOS 
 
Sebo vegetal 
Usa-se na fabricação de sabões junto com o sebo animal. 
 
Sebo anim al 
A maior parte se emprega na fabricação de sabão. 
 
ÁCI DO OLÉICO: é um resíduo da fabricação de velas de cera. Este ácido é 
empregado (mesclada ou isoladamente) com óleo de palma ou de sebo. Tratado 
com soda, emprega-se na fabricação de sabões. 
 
RESI NA OU BREU: é o produto da dest ilação da essência da terebint ina. É dura e 
frágil, apresenta cor amarelada. Com o emprego da resina se corr igem defeitos de 
certas graxas que são em pregadas na fabricação de sabões e, ao mesmo tempo, 
t ransm item ao sabão qualidade detergentes, como por exemplo, a de form ar 
grande quant idade de espum a. 
 
POTASSA E SODA CÁUSTI CA: a potassa e a soda desempenham papel de primeira 
ordem na fabricação de sabões. O que no comércio se conhece com o nome de 
soda, é o carbonato de sódio. A soda e a potassa que se encont ram no comércio 
são o carbonato de sódio e o carbonato de potássio. 
 
Potassa Natural 
Procede da calcif icação de certos vegetais, os restos obt idos se t ratam com água do 
que se obtém lixívia, evapora-se esta e calcina-se, obtendo-se assim potassa em 
bruto. 
 
Potassa Art ificial 
Obt ida at ravés de processos sem elhantes aos da soda art ificial. Pode-se, tam bém , 
obter mediante a lavagem de lã de carneiro,bem como da lavagem dos resíduos da 
beterraba. 
 
Soda Natural 
É const ituída pelos restos de certos vegetais marinhos depositados na praia pelas 
ondas. Estas plantas são postas a secar e em seguida são queimadas. A soda 
obt ida desta form a é denom inada soda bruta. 
 
Soda Art ificial 
É obt ida quim icamente por dois processos. O primeiro consiste em t ransformar o 
sal marinho (cloreto de sódio) em sulfato de sódio, pela ação do ácido sulfúr ico e o 
sulfato de carbono pela ação do carbonato de sódio. O segundo consiste em t ratar 
o mesmo sal marinho com bicarbonato de amônio, obtendo-se bicarbonato de sódio 
precipitado que se calcina, para t ransformá- lo em bicarbonato de sódio. 
 
GLI CERI NA: a glicer ina é um álcool muito forte que, unido aos ácidos graxos, 
proporciona os ésteres graxos ou glicéreos. No estado puro é um líquido incolor 
azeitoso, inodoro e de sabor açucarado. Em contato com o ar absorve a um idade, 
dissolve energicamente grande número de matérias, como por exemplo a cal. 
 
ÁGUA: elemento de grande importância na saponaria. Serve para dar vapor, para 
esquentar as caldeiras com serpent inas, para preparar as soluções de álcalis e 
cloreto de sódio, além de ser agente da lavagem. A água, durante o empasto, 
produz a em ulsão das graxas e facilita assim a com binação destas com álcalis, 
indispensáveis, com o com ponentes na indúst ria de sabões. Nem todas as águas são 
boas para a fabricação de sabões. As águas que contêm ácido sulfúr ico, carbono e 
sal, em sua maioir ia, não são adequadas à fabricação de sabões. No entanto, 
pequenas quant idades dessas matérias, não prejudicam tanto o produto final. Para 
os sabões brancos e puros, bem como para os de toucador, é conveniente que se 
evite águas ferruginosas, que colorem os sabões, em virtude dos sais que t razem 
consigo. 
 
CAL: a cal que serve para a caust ificação da lixívia, deve ser de 90 a 100% pura. A 
cal empregada na fabricação de sabões é a chamada cal apagada ou hidratada, 
obt ida a part ir do t ratamento da água cal viva ou óxido de cálcio. A cal usada em 
saponaria dist ingue-se das demais por sua maior leveza e ausência de ácido 
carbônico, o que se com prova por m ais simples ensaio com ácido clorídr ico, sem 
provocar efervescência. 
 
SAL: o cloreto de sódio (sal de cozinha comum) serve para separar o sabão da 
lixívia depois de verificado o empaste. O cloreto de sódio separa a cal dos ácidos 
graxos de suas soluções em água, água lix ivial e glicer ina. 
Tratando uma solução de sabão com out ra de sal comum, os dois líquidos não se 
m isturam a não ser que se consistam em soluções muito diluídas. Estando bastante 
concent radas, mantém-se separadas em duas camadas superpostas. 
 
ÁLCALI S: os álcalis combinados com ácidos graxos dão como resultado um sal 
conhecido pela denom inação de sabão. 
 
PROCESSO DE FABRI CAÇÃO DE SABÃO EM PEDRA EM PEQUENA ESCALA 
 
Em virtude de a solubilidade e a consistência dos sais de sódio dos diversos ácidos 
graxos serem consideravelmente diferentes ent re si, o fabricante de sabão deve 
escolher a matéria-prima de acordo com as propriedades que deseja, não deixando 
de levar em consideração o preço de mercado e a qualidade que deseja ter em seu 
produto. 
Com o dito anteriorm ente, diversos produtos quím icos podem ent rar na composição 
do sabão em pedra, com a finalidade de aumentar seu peso e baratear o custo. 
Alguns até melhoram a qualidade do produto. Exemplos: breu e silicato de sódio. 
O sebo é a principal matéria gordurosa na fábrica de sabão; as quant idades 
ut ilizadas const ituem cerca de t rês quartos do total de óleos e de gorduras 
consum idos na indúst r ia de sabão. Usualmente, m istura-se o sebo com óleo de 
côco, na caldeira de sabão, ou no hidrolisador, para aum entar a solubilidade do 
sabão. 
O óleo de côco contém uma m istura de glicerídeos de ácidos graxos, pr incipalmente 
dos ácidos láurico e m ir íst ico, que são muito desejáveis. O sabão de óleo de côco é 
firme e espuma bastante. 
A seguir, fornecem os uma form ulação de sabão, cuja parte graxa é const ituída de 
óleo de côco e sebo animal. 
A formulação apresentada na tabela abaixo servirá como base para descrição do 
processo produt ivo de 1Kg de sabão: 
 
MATÉRI A-PRI MA QUANTI DADE 
Sebo animal 0,210 Kg 
Óleo de côco 0,210 Kg 
Soda cáust ica 0,067 Kg 
Sal comercial 0,020 Kg 
Silicato de sódio (barr ilha) 0,060 Kg 
Essência para sabão # 9 q.s. (quant idade suficiente) 
Corante # 9 q.s. (quant idade suficiente) 
 
O processo – passo a passo: 
 
1) Preparo da lixív ia e das soluções: a lixívia de soda cáust ica (hidróxido de sódio) 
é preparada na seguinte proporção: 6,7 Kg de soda cáust ica para 35,3 Kg de água. 
Pesada a soda e medido o volume de água, coloque a soda sobre a água em 
constante agitação. A lixívia deve ser preparada com antecedência de 24 horas. 
Depois disso, prepare a solução de sal a 33% , que é feita com 2 Kg de sal para 4 
Kg de água, da seguinte form a: pese o sal e coloque-o sobre a água ( já medida) 
em constante agitação, até a completa dissolução. A solução de silicato de sódio a 
60% (barr ilha) é feita na proporção de 6 Kg de silicato de sódio para 4 Kg de água, 
seguindo o mesmo processo da solução de sal. 
2) Aquecim ento das substâncias graxas: depois de pesados, leve o sebo anim al e o 
óleo de côco ao fogo (a lenha ou a gás), até um a tem peratura aproxim ada de 60° C 
em um tacho ou tam bor de ferro, até que o sebo se dissolva completamente. 
3) Adição de soda à lixívia: após a dissolução do sebo no óleo, ainda sob o fogo, 
adicione, gradat ivamente, a lixívia de soda cáust ica sob agitação constante, para 
favorecer a reação de saponificação, ut ilizando agitador de madeira t ipo remo. 
Nesta etapa, cont role bem a temperatura para evitar o t ransbordamento do 
material. 
4) Adição das soluções de sal e silicato de sódio: após a adição da soda cáust ica, 
m antenha o aquecim ento até obter a form ação de grum os de sabão e, 
posteriorm ente, um a massa pastosa e hom ogênea. Neste m om ento, adicione as 
soluções de sal e silicato de sódio, sob constante agitação. Periodicam ente, coloque 
pequenas porções de m assa sabonosa em um pires ou sobre a mesa, para testar a 
saponificação. No momento em que esta massa endurecer, está completa a reação. 
Então apague o fogo. 
5) Tingimento: dissolva, previamente, quant idade suficiente de corante escolhido 
(anilina) em pequeno volume de água ou álcool. O t ingimento é feito após o 
cozim ento do sabão, m isturando o corante dissolvido, sob constante agitação, para 
facilitar a homogeneidade da cor. 
6) Perfum e: tam bém sob constante agitação, m isture quant idade suficiente da 
essência escolhida na massa. A essência é ut ilizada para mascarar o odor 
desagradável das matérias graxas. 
7) Enform agem: concluída a saponificação, a m assa deve ser colocada nas form as, 
por ação da gravidade, at ravés da tubulação conectada ao tacho, deixando que ela 
esfr ie durante o tempo necessário (que vai depender da quant idade de sabão 
produzida) . Sugere-se esperar aproximadam ente 6 horas para desenform á- lo. 
8) Corte: com o auxílio de uma " lira" e, tendo como guia talas de madeira com as 
dimensões desejadas para a barra de sabão, corte-o e coloque as barras na mesa 
de madeira para posterior embalagem. 
9) Em balagem : depois de revest ir as barras com filmes plást icos, para preservar a 
um idade, acondicione o produto em caixas de papelão. 
Uma vez iniciado, o processamento não deve se interrompido. Caso haja 
interrupção, a massa irá se solidif icar, mesmo antes do sabão estar pronto. 
 
Não se deve levar o produto novamente ao fogo para dissolver a massa e cont inuar 
o processamento, pois poderão ocorrer acidentes graves. Como o calor irá dissolver 
pr imeiramente a camada infer ior da massa, o líquido que vai se formando ficará 
ret ido no fundo da vasilha pela camada superior. Ocorrerá então um significativo 
aumento da temperatura e da pressão da fase líquida, fazendo com que o conjunto 
( fase líquida mais fase sólida) funcione como uma panela de pressão. Os incautos, 
sem imaginar o que está acontecendo, costumam perfurar a m assa superior, 
abrindo espaço para que a pressão seja liberada. I mediatamente jorrará com força 
descomunal um jato de líquido super quente (próximo dos 100º C) , que poderá 
causar queim aduras de prim eiro grau. 
 
Por questão de comodidade, pode-se fazer, antecipadam ente, um a quant idade 
m aior de lixívia, pois ela não est raga. Tenha sempre lixívia preparada de antemão, 
quando for fabricar qualquer produto quím ico que ut ilize soda cáust ica. A lixívia 
preparada previamente, além de conferir uma qualidade melhor ao produto, está 
estabilizada, não causando out ra reação na m istura, além da desejada. 
 
E lembre-se de que um bom sabão depende da qualidade das matérias-primas 
ut ilizadas, do adequado balanceamento de seus componentes quím icos e 
preservação das condições ideais de produção, como temperatura, agitação da 
m assa, secagem , etc. 
 
 
ESTOQUE 
 
Em função dessa característ ica do sebo, recom enda-se m anter um estoque com 
giro rápido (com ciclo médio de 25 dias por produção) . 
 
 
OUTRAS FÓRMULAS 
 
- Fórm ula "A": 3 lit ros de óleo (sebo) , 2 lit ros de água morna, 500 m l de pinho sol 
e 1 kg soda cáust ica. 
 
- Fórm ula "B": 75 kg de sebo, 25 kg de óleo de coco, 75 kg de soda cáust ica a 35º 
Be e 125 kg de silicato de sódio. 
 
- Fórm ula "C": 250 kg de sebo, 375 kg de óleo de palm a, 312 kg de soda cáust ica a 
38º Be, 37 kg de carbonato de potássio a 20º Be e 25 kg de solução de sal com um 
a 20º Be. 
 
- Fórmula "D": 100 kg de óleo de coco, 100 kg de óleo de palm a, 250 kg de soda 
cáust ica a 32º Be, 50 kg de silicato de sódio a 36º Be e 1 kg de álcool a 96º Be. 
 
- Fórmula "E": 3,5 partes (peso) lixívia de soda cáust ica a 19º Be, 2,5 partes (peso) 
gordura de coco, 0,25 partes (peso) óleo de rícino, 2,75 partes (peso) salm oura a 
17º Be e 1 parte (peso) silicato de sódio a 28-30º Be. 
 
- Fórmula "F": 5 partes (peso) de gordura de coco e 3 partes (peso) de lixívia de 
soda a 30º Be. 
 
Lembramos todas as fórmulas ou valores indicados nesse documento devem ser 
considerados como indicação orientadora sujeita a sucessivas elaborações e a 
desenvolvimentos ditados pela experiência de quem os ut iliza, sem qualquer 
garant ia im plícita ou declarada, nem qualquer responsabilidade assumida por quem 
as forneceu. 
 
 
COMEÇANDO 
Uma fábrica de sabão é um empreendimento é relat ivamente simples, considerando 
o seu processo de produção, aliados aos níveis de invest imento (que não são muito 
elevados) e à mão-de-obra, que não exige qualificação especial. 
 
Porém , um a vez colocado em funcionam ento, estabelece-se um novo desafio: a sua 
gestão com pet it iva, capaz de oferecer ao mercado os melhores produtos e serviços 
e assegurar o retorno do capital invest ido. Gerenciar o negócio significa colocar à 
prova o talento, o conhecimento e a experiência do empreendedor. 
 
Adm inist rar é o processo de organizar o que foi planejado, assegurando a liderança 
e o cont role na execução do t rabalho de todos que fazem parte direta ou 
indiretamente da empresa. É usar os recursos adm inist rat ivos disponíveis com 
vistas a alcançar os objet ivos estabelecidos. 
 
E é aqui que ent ra a importância da busca cont ínua de inform ações. Estas podem 
ser adquir idas at ravés da leitura, vídeos técnicos e adm inist rat ivos, em feiras, 
palest ras, t reinam entos, e out ros eventos. O próprio SEBRAE oferece muitos cursos 
de aperfeiçoamento: Adm inist ração Básica para Pequenas Em presas, Técnicas para 
Negociações, Lucrat ividade – Crescer, Sobreviver ou Morrer, Análise e 
Planejam ento Financeiro, Cont roles Financeiros, Desenvolvim ento das Habilidades 
Gerenciais, Gestão de Pessoas, ent re out ros. 
 
 
CLI ENTES 
Para ganhar projeção no mercado você deve lançar um olhar crít ico sobre seu 
futuro negócio, analisá- lo do ponto de vista do consum idor e a part ir daí definir a 
clientela que pretende conquistar. Você pode com eçar ident ificando segm entos 
específicos e levantar informações como renda, idade, classe social, nível de 
inst rução, etc., para t raçar o perfil dos futuros consum idores do produto que sua 
empresa venderá. 
Por se t ratar de um produto de consum o popular e de primeira necessidade, os 
clientes de uma fábrica de sabão podem ser facilmente encont rados em 
residências, hospitais, colégios, empresas públicas e privadas, lavanderias e out ros, 
sendo os principais canais de dist r ibuição os supermercados, mercearias e 
atacadistas de materiais de limpeza. 
Você deve, ainda, definir se vai atuar no mercado consum idor direto ou no m ercado 
indireto e m anter sempre atualizado um cadast ro de clientes. 
 
 
 
DI VULGAÇÃO 
O ditado popular diz que “a propaganda é a alma do negócio” , mas a gente pode 
cont inuar dizendo que os "m úsculos" tam bém são importantes. Assim , entendemos 
que dotar os clientes internos ( funcionários, os "músculos" do negócio) de 
informações sobre os produtos oferecidos é a chave para vendê- los ao cliente 
externo. 
 
Voltando à "alma do negócio" , concluímos que para at ingir o consum idor e garant ir 
as vendas, você deve planejar o seu m arket ing. E como fazer isso? A primeira 
sugestão é fazer uma análise da sua realidade: ident ifique quais são os custos de 
seus serviços, adapte-os e busque a ot im ização de sua alocação. Mantenha seus 
consum idores m ot ivados, part indo para um a revisão da sua est rutura de 
comercialização, avaliando paralelamente, se essa est rutura at inge seu m ercado-
alvo com sucesso. Lembre-se que o market ing deve ser cont ínuo e sistêm ico. 
 
Considere ainda, que num plano de market ing é importante o conhecimento de 
elem entos como preço, produto (serviço) , ponto ( localização) e promoção. Avaliar 
as preferências e necessidades de seus clientes em relação as funções, finanças, 
facilidade, " feeling" (sensibilidade) e futuro. 
 
 
DI VERSI FI ÇÃO 
Uma boa forma de diversificar seu leque de atuação é agregando valor ao produto 
principal. Para alcançar o sucesso neste mercado é importante oferecer diferenciais. 
Uma sugestão é desenvolver novas form as de apresentação dos produtos, 
tornando-os m ais at rat ivos que os do concorrente. 
 
Além disso, pode-se invest ir na fabricação de out ros t ipos de sabão: em pó, em 
pasta, sabonete e out ros produtos da linha de lim peza. 
 
LEMBRETES 
É de fundamental importância para quem t rabalha com produtos quím icos obedecer 
às regras mínim as de segurança. Lem bre-se que você ira t rabalhar com produtos 
ácidos e básicos que oferecem grande r isco para a pele, os olhos, os pulm ões, etc. 
Trabalhe sem pre com botas de borracha. Este m aterial perm ite um a m aior proteção 
dos pés cont ra um idade e substâncias ácidas, além de dim inuir o r isco de 
escorregões; 
-Mantenha sempre lim po o piso onde serão fabricados os produtos; 
-Quando for necessário colocar as mãos em algum produto, use luvas de proteção. 
E quando for manipular caldeirões ou tambores quentes, use luvas de am ianto; 
-Quando m ontar a sua área de produção, evite usar m ateriais de Segunda 
categoria, pr incipalm ente para as tubulações de água e gás. A econom ia de hoje 
pode ser a sua despesa maior ou o acidente de amanhã; 
-Um a das matérias-pr imas mais ut ilizada pelo fabricante de produtos de lim peza é 
o ácido sulfônico. Esta substância, quando dissolvida na água, libera um gás 
irr itante para os pulmões. Evite sempre a inalação deste gás. Se for necessário use 
m áscara de segurança; 
-A mesma recomendação anterior se aplica quando você for manipular o amoníaco, 
o formol e o cloro; 
-Ao m anipular o fenol (usado no desinfetante creolina) , evite o contato com a pele, 
pois ele produz queimaduras; 
-Quando for preparar um produto, separecom antecedência todas as matérias-
primas que serão ut ilizadas. Quanto menos você se locomover na área de produção 
durante o processo, m elhor. Tenha tudo á m ão na hora de preparar o produto; 
-Procure sempre ut ilizar uma roupa de proteção adequada para evitar o contato 
com matérias-primas com a sua roupa e, pr incipalmente com a sua pele; 
-Sempre que você derramar alguma matéria-prima, lave o local imediatamente 
com bastante água. I sto evitará um risco maior de acidentes; 
-Evite deixar o sistem a de aquecimento ( fogão, por exemplo) , ligado quando não 
ut ilizado; 
-Mantenha sem pre cestos de lixo nas dependências próximas e no local de 
manipulação dos produtos. Um ambiente limpo é um local agradável de t rabalho. 
Não jogue materiais sólidos nas pias e ralos; 
-Mantenha sem pre que possível um sistema de exaustão para elim inar materiais 
voláteis; 
-Sempre que ocorrer algum acidente com você ou algum funcionário, procure 
imediatamente socorro médico. I ndependente disso, procure ter sempre à mão 
materiais de primeiros socorros; 
-Quando fizer qualquer produto de lim peza, confira sempre se o (PH) é o exigido da 
receita. 
 
 
LEGI SLAÇÃO ESPECÍ FI CA 
especificações do Código de Defesa do Consum idor (Lei nº . 8.078/ 1990 - Código de 
Defesa do Consum idor – Alterada pela Lei nº 8.656/ 1993, Lei nº 8.703/ 1993, Lei nº 
8.884/ 1994, Lei nº 9.008/ 1995, Lei nº 9.298/ 1996 e Lei nº 9.870/ 1999) . 
 
É interessante, tam bém , fazer um a consulta à “CARTI LHA DO FORNECEDOR 
CAPI XABA” , que se encont ra disponível na Biblioteca do SEBRAE/ ES. 
 
Esta at ividade exige o conhecimento de algumas leis: 
 
Nível Federal: 
 
LEI Nº 5991/ 73. Dispõe sobre o cont role sanitár io do comércio de produtos de 
limpeza e higiene – Regulamentada pelo Decreto nº 74.170/ 1974, alterada pelo 
Decreto nº 94.053/ 1987, Decreto nº 793/ 93 e Lei nº 5.348/ 2005. 
LEI Nº 6360/ 76. Dispõe sobre a vigilância a que ficam sujeitos os produtos de 
limpeza e higiene – alterada pela Lei nº 6.480/ 1977, Lei nº 9.787/ 99, Lei nº 
9.782/ 1999, Lei 10.669/ 2005, Lei nº 10.742/ 2003 e Medida Provisória nº 2.190-
34/ 2001. 
DECRETO Nº 793/ 93. Altera os decretos nº 74.710/ 74 e nº 79.094/ 77, que 
regulamentavam as respect ivas leis, e da out ras providências. 
LEI Nº 9782/ 99. Cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitár ia, orgão fiscalizador. 
A nível estadual, a fiscalização cabe a Secretaria Estadual de Saúde, conforme o 
Código Estadual de Saúde – Regulam entada pelo Decreto nº 3.029/ 1999, alterada 
pela Lei nº 8.080/ 1990, Lei nº 9.986/ 2000, Lei nº 10.871/ 2004 e Medida Provisória 
nº 2.190-34/ 2001. 
LEI Nº 2590/ 71, regulamentada pelo decreto nº 1277-N/ 79. Dispõe sobre a 
at ividade e discrim ina algumas providências, tais como: 
- Aprovação da autoridade sanitár ia; 
- Responsável técnico habilitado; 
- Regist ro no Ministério da Saúde. 
Revogada pela Lei nº 6.066/ 1999. 
LEI 8.072/ 90. Lei vigente sobre cr imes considerados hediondos (como vender 
produtos que não tenham regist ros no Ministér io da Saúde) – alterada pela Lei nº 
8.930/ 1994 e Lei nº 9.965/ 1998. 
 
Nível Estadual: 
 
- PORTARI A 278 R. Dispõe sobre a documentação necessária para o licenciamento 
de I ndúst r ias de Medicamentos, Cosm ét icos, Perfum es, Produtos de Higiene, 
Correlatos e Saneantes Dom issanitár ios. 
 
 
REGI STRO ESPECI AL 
Para regist rar sua empresa você precisa de um contador. Profissional legalmente 
habilitado para elaborar os atos const itut ivos da empresa, auxiliá- lo na escolha da 
forma jurídica mais adequada para o seu projeto e preencher os formulários 
exigidos pelos órgãos públicos de inscrição de pessoas jurídicas. Além disso, ele é 
conhecedor da legislação t r ibutária à qual está subordinada a nossa produção e 
comercialização. Mas, na hora de escolher tal prestador de serviço, deve-se dar 
preferência a profissionais qualificados, que tenha boa reputação no mercado e 
melhor que seja indicado por alguém que já tenha estabelecido com ele uma 
relação de t rabalho. 
 
Para legalizar a empresa é necessário procurar os órgãos responsáveis para as 
devidas inscrições: 
- Regist ro na Junta Comercial; 
- Regist ro na Secretaria da Receita Federal; 
- Regist ro na Secretaria de Estado da Fazenda; 
- Regist ro na Prefeitura do Município; 
- Regist ro no I NSS; 
- Regist ro no Sindicato Pat ronal (empresa ficará obrigada a recolher por ocasião da 
const ituição e até o dia 31 de janeiro de cada ano, a Cont r ibuição Sindical 
Pat ronal) ; 
- Regist ro na Prefeitura para obter o alvará de funcionam ento; 
- Cadast ramento junto à Caixa Econôm ica Federal no sistema “Conect ividade Social 
- I NSS” ; 
- Você deve procurar a prefeitura da cidade onde pretende m ontar a sua fábrica de 
sabão para fazer a consulta de local e efetuar a inscrição municipal para obter o 
alvará de funcionam ento. 
 
Após o regist ro normal da empresa, o empresário do setor de produtos de limpeza 
deve preocupar-se com o regist ro da marca no I NPI . Além disso, deverão obter o 
regist ro junto à Divisão de Produtos Dom issanitár ios do Ministér io da Saúde 
(DI PROD), além de ter quím ico responsável com regist ro no CRQ – Conselho 
Regional de Quím ica. 
A empresa precisa ainda da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitár ia 
(Anvisa) para funcionar. 
 
 
LI NKS DE INTERESSANTES 
 
I NDI – I nst ituto de Desenvolvim ento I ndust r ial de Minas Gerais. Perfis indust r iais: 
sabão. Disponível em : ht tp: / / www.indi.mg.gov.br/ publicacoes/ Sabao.pdf Acesso 
em 07 de março de 2005. 
 
 
EVENTOS 
O empreendedor deve estar sempre em contato com as ent idades e associações 
para obter informações sobre os eventos que ocorrerão dent ro da sua área ( t ipo, 
data, local de realização) . Os eventos com o feiras, roda de negócios, congressos, 
etc., são muito importantes para o empresário ficar por dent ro das tendências de 
m ercado, conhecer novos produtos e tecnologias, realizar parcerias e fazer bons 
negócios. 
 
Onde pesquisar: União Brasileira de Feiras e Eventos - ht tp: / / www.ubrafe.com .br 
 
HI GI EXPO 
Feira de Produtos e Serviços para Higiene, Limpeza e Conservação Ambiental 
Período: 24 a 26 de Agosto de 2005 
I TM Expo 
Av. Eng. Roberto Zuccoloto, 555 -Vila Leopoldina 
www.abralimp.org.br 
 
 
CURSO E TREI NAMENTOS 
Os cursos de empreendedorismo dão base para est ruturar o seu plano de negócios, 
planejar a empresa e desenvolver característ icas próprias e indispensáveis a 
empreendedores. 
 
I niciando um Pequeno Grande Negócio 
Carga horária: 30h 
 
Empretec 
Carga horária: 72h 
SEBRAE/ ES 
Av. Jerônimo Monteiro, 935 
Ed. Sebrae – Cent ro 
Vitór ia/ ES 
CEP: 29010-003 
Tel.: 3331-5500 
 
Adm inist ração Básica para Pequenas Em presas 
Carga horária: 20h 
O Adm inist ração Básica para Pequenas Empresas tem o objet ivo de levar aos 
empresários informações sobre as principais áreas da adm inist ração de um a 
pequena empresa. É um inst rumento para que os obstáculos encont rados sejam 
superados com maior facilidade ampliando, consequentemente, o horizonte de 
conhecim entos necessários nessa função. 
SEBRAE/ ES 
Av. Jerônimo Monteiro, 935 
Ed. Sebrae – Cent ro 
Vitór ia/ ES 
CEP: 29010-003 
Tel.: 3331-5500 
 
 
ENTI DADES 
JUNTA COMERCI AL DO ESTADO DO ESPÍ RI TO SANTO 
Av. Nossa Senhora da Penha, 1433. Praia do Canto - Vitór ia/ ES. 
CEP 29045-401 
Tel.: (027) 3135-3167 
ht tp: / / www.jucerja.r j .gov.br - Site do Estado do Rio de Janeiro. 
 
PREFEI TURA DE VI TÓRI A 
SEMUS - Sec. Municipal de Saúde – Vigilância Sanitár ia do Município de Vitór ia. 
Av. Mal. Mascarenhas de Moraes, 1185 
Forte São João – Vitór ia/ ES. 
CEP 29010-331 
Tel.: (0xx27) 3132-5047 / 3132-5044 / 3132-5045 
ht tp: / / www.vitor ia.es.gov.br/ hom e.htm 
 
SECRETARI A DE ESTADO DA FAZENDA DO ESPÍ RI TO SANTO 
Rua Duque de Caxias, no. 105. Cent ro – Vitór ia/ ES. 
CEP 29010-000 
Tels.: (027)3380-3771 
FAX: (027) 3380-3772 
E-m ail: crrvitor ia@sefa.es.gov.br 
ht tp: / / www.sefaz.es.gov.br 
 
PREFEI TURA DE VI TÓRI A 
SEMUS - Secretaria Municipal de Saúde – Vigilância Sanitár ia do Município de 
Vitór ia. 
Av. Mal. Mascarenhas de Moraes, 1185 
Forte São João – Vitór ia/ ES 
CEP 29010-331 
Tel.: (0xx27) 3132-5047 / 3132-5044 / 3132-5045 
ht tp: / / www.vitor ia.es.gov.br/ hom e.htm 
 
ABI PLA – Associação Brasileira da I ndústr ia de Produtos de Lim peza e 
Afins 
Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1903 - 11o.Andar - Conjunto 111. São Paulo/ SP. 
CEP 01452-001 
Tel.: (011) 3816-3405 / 3816-2762 
Fax: (011) 3031-6578 
ht tp: / / www.abipla.org.br 
 
CFQ – Conselho Federal de Quím ica 
Setor de Autarquia Sul - SAUS - Quadra 05 - Bloco I – Brasília/ DF. 
CEP 70070-050 
Tel.: (061) 3224-0202 / 3224-5316 / 3224-0493 
Fax: (061) 3224-3277 
ht tp: / / www.cfq.org.br 
 
CRQ – Conselho Regional de Quím ica 3 º Região ( RJ/ ES) 
R. Alcindo Guanabara, 24 - 13º andar - Cent ro - Rio de Janeir/ RJ. 
CEP 20031-138 
Tel.: (21) 2524 2236 
ht tp: / / www.crq3.org.br 
 
ANVI SA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
SEPN 515, Bloco B - Edifício Ômega – Brasília/ DF 
CEP 70770-502 
Tel.: (61) 3448-1000 
ht tp: / / www.anvisa.gov.br 
 
 
FORNECEDORES E FABRI CANTES 
 
CLARI ANT S/ A 
Av. Das Nações, 180001 – Santo Amaro. São Paulo/ SP. 
CEP 04795-100 
Tel.: 55 (11) 5683 7233 
Fax: 55 (11) 5642 1654 
ht tp: / / www.clariant .com.br 
 
COPEBRAS LTDA 
Av. Paulista, 2300, cj . 94 - 9º andar - Bela Vista 
São Paulo/ SP. 
CEP 01310-300 
Tel.: 55 (11)3123-4200 
Fax: 55 (11) 3123-4210 
ht tp: / / www.copebras.com.br 
 
DETEN QUI MI CA S/ A 
Rua Hidrogênio, 1744 – Com plexo - Pet roquím ico de Cam açari (COPEC) 
Camaçari – Bahia/ BA 
CEP 42810-000 
Tel.: 55 (71) 3634-3000 
Fax: 55 (71) 3632 2324 
www.deten.com .br 
 
OXI TENO S/ A I ND COM 
Av. Brig Luiz Antonio. 1343 10o.andar 
São Paulo/ SP 
CEP 01317-910 
Tel.: (11) 3177-6990/ 6408 
Fax: (11) 283-1116 
www.oxiteno.com .br 
 
CARBOCLORO S/ A I NDÚSTRI AS QUÍ MI CASAv. Pres. Juscelino Kubitschek, 
1830/ 4º andar/ Torre I I I . I taim Bibi/ SP. 
CEP 04543-900 
Tel.: (11) 3704-4200 
Fax: 3078-9725 
e-mail: vendas@carbocloro.com.br 
Produto: Fornecedor de soda cáust ica 
ht tp: / / www.carbocloro.com.br 
 
CARTONAGEM FLOR DE MAI O S/ A 
R. Protocolo, 456 – S. João Clim aco/ SP. 
CEP 04254-030 
Tel.: (11) 6948-8200 
Fax: (11) 6948-8258 
Produto: Fornecedor de embalagem 
e-mail: flordemaio@flordemaio.com.br 
 
EMBAGRAF EMBALAGEM GRÁFI CA E EDI TORA LTDA 
R. Sta. Am élia 1 Vila Paraíso. Guarulhos/ SP. 
CEP 07242-130 
Tel.: (11) 6484-6736 
Fax: (11) 6484-8804 
Produto: Fornecedor de embalagem 
E-mail: embagraf@st i.com.br 
ht tp: / / www.embagraf.com.br 
 
MI NERALMAQ MÁQUI NAS PARA MI NERAÇÃO, METALURGI A E QUÍ MI CA 
LTDA 
R. Dom Pedrito, 100/ Parq. I nd. Cum bica. Guarulhos/ SP. 
CEP 07223-060 
Tel.: (11) 6412-3205 
Produtos: Fornecedor de equipamentos 
e-mail: m ineralmaq@m ineralmaq.com.br 
ht tp: / / www.m ineralmaq.com .br/ m ineracao.htm 
 
ENI PLAN I NDÚSTRI A E PLANEJAMENTO LTDA 
Av Marginal B, 1280 - São José dos Cam pos/ SP. 
CEP 12238-390 
Tel.: (12) 3931-2511 
Produtos: Fornecedor de Equipam entos 
ht tp: / / www.eniplan.com.br 
 
 
BI BLI OGRAFI A 
Consulta TIPS nº SB4764 / PA 
MELLO, Ribeiro de. Com o Fazer Sabões e Art igos de Toucador. 8º ed. São 
Paulo: Ed.I cone. 1991. 202p. 
Aiub, George Wilson. Plano de Negócios: Serviços./ George Wilson Aiub, Nadir 
Andreolla, Rogério Della Fávera Allegret t i. 2.ed – porto Alegre : SEBRAE, 2000. 
I NDI – I nst ituto de Desenvolvim ento I ndust r ial de Minas Gerais. Perfis ind-ust r iais: 
sabão. Disponível em : ht tp: / / www.indi.m g.gov.br/ publicacoes/ Sabao.pdf 
Pequenas Em presas Grandes Negócios, Nº 151. Fábrica de Sabão, 01/ 08/ 2001. 
Nelma Camêlo de Araujo ¬ Bolsista do SBRT. CETEC¬ - Fundação Cent ro 
Tecnológico de Minas Gerais, 20/ 06/ 2005. 
Site do Sebrae/ MA: O Sebrae Responde – Fabricação de Sabão em Barra: 
ht tp: / / www.sebraema.com.br/ diversos/ responde_sabao.htm 
Site da Coordenadoria Execut iva de Cooperação Universitár ia e de At ividades 
Especiais (CECAE) ht tp: / / www.cecae.usp.br/ Aprotec/ default .htm 
Site Pernambuco.com. Saboaria tem o selo da terra. Diár io de Pernambuco, 
12/ 09/ 2003. 
ht tp: / / www.pernam buco.com / diar io/ 2003/ 09/ 12/ especial75arcoverde10_0.htm l 
 
Endereços na I nternet : 
Conselho Federal de Quim ica 
ht tp: / / www.cfq.org.br 
 
Conselho regional de Quím ica (RJ/ ES) 
ht tp: / / www.crq3.org.br 
 
Assoc. Bras. I ndust . prod. De Lim p. e Afins 
ht tp: / / www.abipla.org.br 
 
Agência de Vigilância Sanitár ia 
ht tp: / / www.anvisa.gov.br/ 
 
Secretaria Municipal de Saúde de Vitór ia 
ht tp: / / www.vitor ia.es.gov.br/ secretarias/ saude/ home.htm 
 
PROCON - Vitór ia 
ht tp: / / www.vitor ia.es.gov.br/ procon.htm 
 
Secretária de Saúde do ES 
ht tp: / / www.saude.es.gov.br/ 
 
 
 
A Resposta Técnica é um material meramente informat ivo acerca dos 
em preendim entos existentes no segm ento correspondente ao seu t ítulo. Os dados 
apresentados são ext raídos de publicações técnicas e, em linhas gerais, não têm a 
pretensão de ser um guia para a im plem entação dos respect ivos negócios. É 
dest inada apenas à apresentação de um panoram a da at ividade ao futuro 
em presário, que poderá enriquecer suas idéias com as informações apresentadas, 
mas carecerá de um estudo mais detalhado e específico para a implementação do 
seu em preendim ento. 
 
ÁREA RESPONSÁVEL E DATA DE ATUALI ZAÇÃO 
 
UCE – Unidade de Capacitação Empresarial - SEBRAE/ ES 
 
Data de atualização: Janeiro de 2006.

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