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Campus Governador Valadares DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA Prof.ª: Dr.ª Erly Guilherme Azevedo AULA PRÁTICA: CONFECÇÃO DE SABÃO EM BARRA Andressa Barros Paschoalim Letícia Guedes Morais Gonzaga de Souza Luiza Auad Rodrigues Neves Governador Valadares – Minas Gerais Outubro de 2019 ANDRESSA BARROS PASCHOALIM LETÍCIA GUEDES MORAIS GONZAGA DE SOUZA LUIZA AUAD RODRIGUES NEVES AULA PRÁTICA: CONFECÇÃO DE SABÃO EM BARRA Atividade realizada na disciplina de Tecnologia Farmacêutica como requisito de avaliação parcial das aulas práticas. Orientador: Prof. Dr. Erly Guilherme Azevedo GOVERNADOR VALADARES – MINAS GERAIS OUTUBRO DE 2019 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Estrutura do sabão ................................................................................................. 7 Figura 2: Primeiro sabão confeccionado................................................................................ 8 Figura 3: Sabões confeccionados na segunda tentativa .......................................................... 8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5 1.1 OBJETIVOS................................................................................................................... 5 2. METODOLOGIA ............................................................................................................ 6 2.1 MATERIAIS .................................................................................................................. 6 2.2 MÉTODO ....................................................................................................................... 6 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 7 4. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 9 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 10 5 1. INTRODUÇÃO A produção dos óleos saturados é um grande problema ambiental visto que o mesmo é altamente poluente. A reciclagem de tais materiais para produção de sabão é uma via extremamente importante para redução dos riscos de poluição causados por tal matéria-prima, além disso, é uma maneira de contribuir para a economia da indústria com a utilização de insumos de baixo custo. Estima-se que o Brasil produza cerca de quatro bilhões de litros de óleo de fritura por ano, sendo dois bilhões descartados e destes, apenas 5% são reciclados. O descarte dos óleos saturados, na maior parte das vezes, ocorre de maneira incorreta possuindo como destino o esgoto ou sendo enterrados. A composição molecular do óleo de fritura, prejudica a oxigenação das águas o que prejudica a vida em rios e mares. Além do mais, o óleo saturado se decompõe de forma anaeróbica, contribuindo com a produção de metano e dióxido de carbono e com isso, com o superaquecimento terrestre. O emprego do sabão ocorre a muitos anos e ele é produzido através da reação da hidrolise alcalina de um triéster que irá produzir sais de álcalis de ácidos carboxílicos de cadeia longa. No momento da produção do sabão, deve-se esperar por algum tempo para que a reação de hidrólise ocorra como um todo e com isso se obtenha o pH desejado para utilização do mesmo. Os sabões podem ser produzidos pela mistura de dois tipos de óleos para que o mesmo possua propriedades favoráveis como uma espuma na espessura adequada, bem como sua oleosidade. A molécula do sabão possui caráter anfótero, ou seja, pode se misturar com o óleo, gordura e água ao mesmo tempo, facilitando assim a limpeza de superfícies. A molécula tem uma extremidade carboxílica polar, hidrofílica e outra extremidade hidrocarbônica, polar. 1.1 OBJETIVOS Produção de sabão em barras a partir de óleo saturado. 6 2. METODOLOGIA 2.1 MATERIAIS 2.1.1 1 Béquer de 250 mL; 2.1.2 1 Béquer de 2500 mL; 2.1.3 1 Béquer de 50 mL; 2.1.4 Água; 2.1.5 Álcool; 2.1.6 Bastão de Vidro; 2.1.7 Hidróxido de sódio; 2.1.8 Óleo. 2.2 MÉTODO Na primeira prática, utilizada para a produção de sabão, pesou-se 35,3 g de soda cáustica em um béquer de 50 ml, ao mesmo tempo em que 52,8 ml de água foi aquecida em um béquer de 250 ml, na chapa aquecedora. Em seguida, transferiu-se a soda para um béquer de 2500 ml e adicionou-se a água quando esta atingiu a fervura. Após mexer a água e a soda, mediu-se 211,2 ml de óleo, com auxílio de uma proveta, e verteu-se no béquer contendo a mistura, homogeneizando-os com um bastão de vidro. No momento seguinte, 8,8 ml de álcool foram adicionados e novamente homogeneizados e depois, adicionou-se o sabão na forma para que esfriasse e adquirisse a forma desejada. Na segunda prática, algumas alterações foram realizadas. Nessa, portanto, pesou-se 35 g de soda cáustica em um béquer de 50 ml, enquanto 53 ml de água e 210 ml de óleo foram aquecidos na chapa aquecedora. Em seguida, a soda foi transferida para um béquer de 250 ml e então, a água fervida foi adicionada a ela, mexendo-as por 5 minutos. Após passado esses minutos, o óleo quente também foi adicionado ao béquer, contendo soda e água, e então, foram misturados por 20 minutos, com auxílio de um bastão de vidro. Logo após, 9 ml de álcool foram adicionados, mexendo-os por mais 3 minutos. Para finalizar, o sabão foi transferido para forma, para que esfriasse e completasse o processo. 7 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO O sabão é um produto composto por uma longa cadeia apolar e uma pequena parte polar, apresentando, desta forma, caráter anfótero e conseguindo remover sujeiras apolares em soluções polares. Quando em água, a estrutura do sabão se reorganiza em micelas, tendo a parte polar em contato direto com a água e a parte apolar no interior da molécula. Ao se lavar as mãos, por exemplo, com a força mecânica exercida, haverá a produção de espuma e a abertura das micelas, o que permite a interação da cadeia apolar com as sujeiras apolares. A estrutura do sabão é um sal de ácido graxo (Figura 1) e sua constituição varia, de modo geral, entre 12 a 18 átomos de carbono e provém da reação de saponificação, ou hidrolise alcalina, que ocorre entre um éster e uma base forte. Figura 1: Estrutura do sabão O óleo, utilizado na confecção dos sabões, é um triéster de longa cadeia que atua como reagente nas reações de hidrolise em meios ácido ou básico. Em meio básico, irá ocorrer a formação do sabão, de forma que o óleo se hidrolisa na presença do hidróxido de sódio (base). A reação de saponificação pode ser observada a seguir: Equação 1: Reação de saponificação O pH desejável para um sabão é aquele que atinja a neutralidade, entretanto, a maioria dos sabões desenvolvidos de forma caseira são extremamente básicos, o que pode gerar prejuízos à saúde ao manipulador, como irritações dérmicas, paroníquias e inflamações (SOUZA, L. D. 2008). Ainda, é desejável que o sabão apresente formação de espuma e que não deixe a mão do manipulador oleosa ou com resquícios de gordura após uso. 8 Neste contexto, foram produzidos sabões em duas práticas, sendo que na primeira o sabão obtido formava espuma, não deixava resquícios de oleosidade na mão do manipulador após lavagem; entretanto, quando avaliado seu pH, o mesmo foi 13, sendo extremamente básico e desinteressante para uso. Portanto, foi necessário desenvolver uma nova confecção de sabão. Figura 2: Primeiro sabão confeccionado Durante a segunda confecção, seguiu-se a metodologia proposta, sem quaisquer alterações e obteve-se sabões que formavam espuma, não deixavam resquíciosnas mãos do manipulador após lavagem e, ainda, apresentando pH igual a 11, sendo o este o limite superior para aprovação do sabão. Figura 3: Sabões confeccionados na segunda tentativa 9 4. CONCLUSÃO Pode-se concluir que a produção de sabão é um processo simples, mas que possui diversas variáveis que podem influenciar no resultado final do produto. No momento da saponificação, deve-se observar a temperatura, a pureza dos materiais e os cálculos dos reagentes e suas proporções. Além do mais, conclui-se que a reciclagem do sabão para economia dos recursos ambientas, bem como da economia financeira é de alto benefício, pois evita a contaminação de lençóis freáticos e auxilia na economia da população de baixa renda, no entanto, é necessário que ocorra uma conscientização da população sobre o descarte e reciclagem destes óleos saturados. 10 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. FERREIRA, Maira et al. Química Orgânica. Editora Artmed: Porto Alegre. 1ª edição. 2007. 2. LIMA, N.M.O. et al. Produção de sabão ecológico: desenvolvimento sustentável do semiárido paraibano. Revista Saúde e ciência Online, 2014; 3(3)-26-36, set-dez, 2014. Disponível em < http://www.ufcg.edu.br/revistasaudeeciencia/index.php/RSC- UFCG/article/view/171/108>. Acesso em 28 de setembro de 2019. 3. SILVA, Bruno Guzzo da; PUGET, Flávia Pereira. Sabão de sódio Glicerinado: produção com óleo residual de fritura. Enciclopédia Biosfera, centro cientifico conhecer- Goiânia, vol6, N11; 2010 Pág 1. Disponível em < http://www.conhecer.org.br/enciclop/2010c/sabao.pdf>. Acesso em 28 de setembro de 2019. 4. SOUZA, L.D. Sabão neutro produzido a partir de óleo de cozinha usado. 48º Congresso Brasileiro de Química: química na proteção ao meio ambiente e à saúde. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: < http://www.abq.org.br/cbq/2008/trabalhos/5/5-66-3265.htm> Acesso em 13 de outubro de 2019. 5. ZANETI, I. C. B. B.; SÁ, L. M.; ALMEIDA, V. G., 2009. Insustentabilidade e produção de resíduos: a face oculta do sistema do capital. Soc. estado.,24. v. nº.1, p.173-192. http://www.abq.org.br/cbq/2008/trabalhos/5/5-66-3265.htm
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