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CASOS CLÍNICOS 1 E 2 DE RUMINANTES

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DISCUSSÃO DE CASOS
20/8/2020
CASO CLÍNICO 1
Quando a braquiária vai gerar uma fotossensibilização em bovinos ? Existem duas opções: pode ter uma doença individual ou uma fotossensibilização de rebanho, a primeira delas é a fase de crescimento dessa braquiária, quando essa planta atinge uma fase de crescimento exponencial de uma vez, nesta fase da braquiária, ela tem na sua composição bromatológica muitas saponinas esteroidais (saponinas se associam ao ácido glicuronico formando cristais, e o glicoronideo se associa ao cálcio, formando cristais), então todos os animais que se alimentarem daquela braquiária na fase de crescimento, não é uma fase ideal para colocar os animais para pastarem, pois provavelmente vão desenvolver um quadro de fotossensibilização (em alguns animais um quadro mais grave e em outros um quadro menos grave).
E a segunda opção é uma forma individual, onde o animal é intolerante ao uso de braquiária.
Diagnósticos diferenciais: fotossensibilização, urticária, sarna, dermatofilose.
Para retirar da lista a doença devemos:
Fotossensibilização: retirar o agente causador, ou seja, retirar o animal do pasto de braquiária.
Sarna: fazer um raspado de pele (não é sarna).
Dermatofilose: fazer cultura bacteriana (demorado), ou citologia (mais rápidas) que podem aparecer hifas – trilhos de trem (não é dermatofilose).
Urticária: pensando que os animais passam em um local e encostam em uma planta.
Diagnóstico presuntivo: 
Pensando em fotossensibilização, quantos tipos temos? (3)
- Para afirmar que é lesão hepática se faz exame ASDH, mas é muito caro, então se faz GGT e AST, para diferenciar a tipo I da tipo III (hepatógena). Lembrando que nem sempre os dois valores estarão elevados. 
- GGT – lesão de túbulos biliares; AST – lesão hepática;
- Podemos ainda dosar as bilirrubinas, onde se haver bilirrubina indireta ou conjugada aumentada, e a bilirrubina direta baixa.
- O que o fígado faz com a bilirrubina indireta? Metaboliza, tornando-a bilirrubina direta.
- Portanto, se há um aumento da bilirrubina indireta, significa que não esta havendo metabolização, indicando um problema hepático.
- Se tiver um valor normal de bilirrubina direta, mas tem um valor elevado de GGT? Isto indica lesão em ducto biliar.
- Mas geralmente esta aumentado GGT, AST, e bilirrubina indireta.
- ALT PARA RUMINANTES E PEQ RUMINANTES NÃO TEM VALOR DIAGNÓSTICO***
- Como os ruminantes tem uma necessidade metabólica que flutua ao longo do dia , a ALT acompanha, subindo em alguns períodos do dia e diminuindo em outros.
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: Devido aos exames bioquímicos apresentarem GGT, AST e bilirrubina indireta aumentada, chega a conclusão que o animal apresenta fotossensibilização do tipo III. No entanto, não se afirma que seja por braquiária, pois existem outras plantas que podem causar uma fotossensibilização de forma hepatógena. Isto pode ocorrer quando o animal não recebe um fornecimento de alimento adequado. Além disso, pode ocorrer o envolvimento do fungo.
- Para confirmar que é a braquiária devemos olhar o piquete, olhar a fase de crescimento dessa braquiária. Se ela estiver numa fase ideal para os animais pastejarem e ainda estiverem com fotossensibilização, deve se pesquisar sobre o fungo e alguma planta tóxica que estes animais de forma acidental podem estar ingerindo.
- Daria também para saber se é uma doença de origem hepática com a presença de mucosas ictéricas.
- Animais que estavam no lote e não apresentavam sinais, as vezes eles estão contaminados porém ainda não apresentaram sinais clínicos.
TRATAMENTO
1.Retirar os animais da pastagem
2.Deixar os animais em locais sombreados
3.Entrar com protetor hepático se os animais piorarem, mesmo após retirá-los da pastagem
4.Pode fazer antiinflamatório não esteroidal, não ultrapassando 5 dias. Lembrar que o abomaso é o estômago verdadeiro destes animais, e não dar AINE por mais de 5 dias, pois este abomaso pode se romper e o animal morrer de peritonite.
5.Pode usar uma bomba costal com antisséptico diluído e secar animal a sombra.
6.O AINE já tem uma certa ação analgésica, mas em animais muito doloridos também podemos utilizar a dipirona.
7.Fazer fluidoterapia em algum animal que esteja mais desidratado, podendo fazer via oral (20-30 litros), de soro caseiro com sal e açúcar, sendo uma alternativa barata, usando uma sonda oroesofagica. Ajudando na motilidade ruminal, pois expande o rúmen de uma vez, ativando os receptores do rúmen que voltam a funcionar.
8.Os animais deitados e debilitados podemos fazer fluidoterapia endovenosa e o protetor hepático. E estes animais podem apresentar escaras de decúbito, podendo ter lesão nervosa irreversível se demorar muitos dias.
PROGNÓSTICO
Dos animais que foram até o curral: favorável
Os deitados: reservado a desfavorável
CASO CLÍNICO 2
Diagnósticos diferenciais: dermatofitose, dermatofilose, sarna corioptica e sarcoptica 
Hemograma: demonstra uma possível infecção, com um quadro inflamatório, e é um processo crônico (o animal gastou todos os linfócitos).
- Pensar das dermatopatias, qual é crônica, infecciosa e causa inflamação.
Sarna – crônica
Dermatofitose – crônica, começa com destruição em pelos e chegando na pele forma lesões superficiais redondas.
Dermatofilose – crônica, pelos saem em pincel e presença de pús por baixo.
- Enzimas GGT E AST altas no animal 1 e 2 podendo pensar em fotossensibilização pelo exame, mas pelas lesões não é característico. Os ruminantes quando ficam muito tempo sem comer, diminuindo a absorção a nível ruminal, diminuem a absorção de proteína pelas bactérias e este animal começa tirar energia da gordura, e transformar isso em ácido é totalmente desvantajoso para os ruminantes, e por isto apresentam alterações no exame bioquímico. E provavelmente o fibrinogênio esta aumentado quase o dobro no animal 1 por conta de uma lesão hepática, já que o fibrinogênio é produzido pelo fígado.
Citologia: queratina e estruturas filamentosas. Quais doenças formam filamento? A sarna pode ser excluída. E entre a dermatofilose e dermatofitose, quais formam as estruturas paralelas? A dermatofilose.
BIÓPSIA – HISTOLOGIA
Laudo: lesão inflamatória na derme superficial perivascular composta por moderada quantidade de neutrófilos e macrófagos, hiperqueratose da epiderme e formação moderada de crosta serocelular superficial.
Estruturas filamentosas ramificadas típicas formadas por múltiplas fileiras de cocos esféricos Gram positivos.
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: Dermatofilose.
TRATAMENTO
1.Sabendo que as crostas são altamente infectantes (um fator predisponente), devemos retirar estas crostas, dar um banho com antisséptico.
2.Nestes casos que tem uma disseminação muito grande da dermatofilose, é essencial que associado a limpeza tópica, se entre também com um antibiótico sistêmico (penicilina, estreptomicina).
3.Além disso pode ser feito protetor hepático, principalmente no animal 1 (Mercepton)
4.Confinar animais em um local e fornecer uma alimentação mais rica.
5.Pode ser feito uma fluidoterapia nesses animais, pois eles possivelmente estão desidratados, podendo ser feito via oral.
PROGNÓSTICO: Favorável.

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