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7 Práticas Curriculares de Docentes da EPJAI - TEXTO

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ESCOLA MUNICIPAL BLANDINO SEVERO BATISTA
Registro da Participação da Equipe Escolar
Ensino Fundamental I – 1°, 2º e 3º ano
Nome: Antônio Cezar – Funcão : Diretor 
RELATÓRIO PARA VALIDAÇÃO DO CERTIFICADO
PROGRAMA DE REELABORAÇÃO DOS REFERENCIAS CURRICULARES NOS MUNICIPIOS BAIANOS
· Texto: Práticas Curriculares de docentes da Educação de Pessoas Jovens, Adultas e Idosas.
O presente texto se trata de um artigo escrito pelos professores Cleiton Santos Nunes, José Jackson Reis dos Santos e Benedito Eugênio.
Em resumo o artigo é o resultado de uma pesquisa quantitativa sobre as práticas Curriculares realizadas em uma escola pública de Educação de Pessoas Jovens, adultas e idosas na cidade de Vitória da Conquista-BA. Foram analisadas as práticas Curriculares utilizando uma perspectiva pluralista. Houve entrevistas e diálogos com professores para a produção de dados. As análises apontaram que os educadores por meio de suas práticas cotidianamente produzem currículos, tendo como referência tanto as prescrições do Currículo oficial quanto suas práticas desenvolvidas no cotidiano escolar.
Como já foi dito acima a pesquisa foi desenvolvida junto ao Grupo Colabor (Ação) de Estudos e pesquisas em Educação de Pessoas Jovens, Adultas e Idosas do departamento de Filosofia e Ciências Humanas vinculadas ao Programa de Pós Graduação em ensino da UESB – Universidade do Sudoeste da Bahia. Essa pesquisa tem como objetivo principal compreender indícios de processos de resistência e transformação das práticas curriculares de docentes da EPJAI – Educação de Pessoas Jovens, Adultas e Idosas. 
Foi usada uma perspectiva Pluralista para análise das práticas que leva em conta as ideias de mais de um autor ou mais de uma teoria. No caso para essa pesquisa foram analisados Goodson (1995), Silva (1999 e 2000), Sacristan (1999) e Oliveira (2012).
Nesse contexto nota-se a estreita relação com as discussões sobre currículo, pois ao longo dos anos, tem passado por grandes transformações, inclusive em sua própria concepção, que tem influenciado muito as construções curriculares para essa modalidade. Currículo aqui é compreendido como uma construção social que recebe influências. 
Nessa reflexão sobre o currículo e sua dimensão didática conforme definição proposta por Sacristan (1999) entendemos que os educadores, ao tomarem decisões para a configuração de sua aula, pensam, agem e desenvolvem ações pedagógicas em função de algumas prescrições curriculares, mas também utilizam saberes adquiridos em sua experiência docente.
Os estudiosos Ball, Maguire e Braun (2016) trás a concepção de que as politicas de currículo são interpretadas, traduzidas e postas em ação por diferentes sujeitos em contextos socioculturais e históricos específicos . “A politica é feita pelos e para os professores; eles são autores e sujeitos, sujeitos e objetos da política. A política é escrita nos campos e produz posições específicas dos sujeitos.” Endossaram os autores. 
A pesquisa realizada em uma escola pública da cidade de Vitória da Conquista, analisando as práticas de alguns professores da EJA, realizaram entrevistas e diálogos com os professores onde identificaram os anseios, angústias e desafios enfrentados pelos docentes. Notou-se nesse diálogo alguns elementos convergentes no sentido de distintos currículos em ação direcionando a prática docente, que muitas vezes não contemplam as necessidades dos educadores, excluindo dessa forma a experiência docente no texto curricular.
Freire (1996) afirma que a participação de educadores e educandos nos processos educativos são de estrema importância para a construção de um currículo mais democrático, que contemple as experiências e os saberes das práticas desses sujeitos. Oliveira (2001) afirma que devemos entender que o currículo em ação nas escolas se constitui por meio de múltiplas experiências que tecem redes de conhecimento e práticas pedagógicas através das quais emerge uma nova concepção de currículo, o currículo como construção social. 
Concluindo o estudo do artigo e realizando as considerações finais pode-se afirmar, tendo em vista as análises dos dados, que a ideia de que as politicas educacionais situam-se como algo imprescindível para garantia não só de direitos, mas também do bem estar e dignidade humana. Houve uma melhor compreensão dos exercícios docentes educadores da EPJAI no cotidiano institucional dentro de uma prática escolar construída com suas experiências educacionais em diferentes contextos sociais. Compreendeu-se também, que não faz sentido prescrever um único caminho para o exercício da prática docente e dos processos de ensino aprendizagem. 
A pesquisa também indicou a necessidade de mudanças nas politicas da SMED (Secretaria Municipal de Educação), no contexto da EPJAI, contribuindo com a elaboração de uma política de formação continuada para os educadores desta modalidade educativa a fim de contribuir para a prática dos docentes ao lidar com tensões cotidianas no contexto das práticas curriculares.

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