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SERVICO SOCIAL DIREITO E CIDADANIA AULA 5

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Prévia do material em texto

CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
 
Serviço Social Direito e Cidadania 
 
 
 
 
Aula 5 
 
 
Profa. Adriana Accioly Gomes Massa 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa Inicial 
Caro aluno, seja bem-vindo! Você está na quinta rota da disciplina de 
Serviço Social Direito e Cidadania. 
Esta aula vai tratar de dois dos direitos que integram a seguridade 
social – direito à saúde e direito à previdência social. A seguridade social 
contempla três direitos sociais: assistência social (estudada em aula 
específica), saúde e previdência social. Vamos compreender o contexto 
histórico desses direitos até a sua consolidação como direitos fundamentais, 
pois os direitos sociais são considerados direitos fundamentais em nossa 
Constituição. 
Bons estudos! 
Para a videoaula do Conversa Inicial, ver o material on-line. 
Contextualizando 
Já estudamos em aula anterior o direito à assistência social e verificamos 
que ela é parte do tripé da seguridade social. Aqui, nesta aula, vamos estudar 
os outros dois direitos que também fazem parte da seguridade – a saúde e a 
previdência social. 
Vamos ver que a previdência social é um direito do cidadão e dever do 
Estado, assim como também é a saúde, porém o que difere é que para ter direito 
à previdência social é necessário que tenha ocorrido a contribuição social por 
parte daquele que dela necessita, diferentemente da saúde, que é universal e 
não está atrelada à previa contribuição e nem ao vínculo empregatício, como era 
anteriormente previsto. 
Para a videoaula do Contextualizando, ver o material on-line. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
Problematização 
Vamos tratar, em nossa problematização, de um caso que afeta toda a 
sociedade. Nossa temática será uso abusivo de drogas. Ao pensar no usuário 
de crack, por exemplo. 
 
Fonte: <http://www.revistabrazilcomz.com/brasil-precisa-definir-como-tratar-o-usuario-de-
drogas-diz-policial/>. 
Esse usuário, que representa milhares de usuários de drogas, em razão 
da dependência química, acabou se envolvendo em pequenos delitos, como 
furto, invasão de domicílio e outros. Se afastou da família, abandonou o trabalho 
e os estudos. A partir dessa trama, vamos pensar: 
Esse é um problema que deve ser tratado pela polícia? Pelo judiciário? 
Pela assistência social? Pela saúde? É uma questão de saúde pública a ser 
tratado intersetorialmente? 
Na verdade, a questão das drogas é um problema de saúde pública que 
deve ser tratado de forma intersetorial. Mas será que a saúde contempla o 
tratamento e também a prevenção ao uso de drogas? 
Vamos conhecer um pouco mais esse direito, que faz parte integrante 
da seguridade social, cujo propósito é garantir a proteção social àqueles que 
necessitarem. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
Pesquise 
A Construção Histórica do Direito à Saúde 
Você sabia que o direito à saúde está previsto na nossa Constituição? 
A saúde, assim como a assistência social, é um direito universal de todo 
cidadão, dever do Estado e de natureza não contributiva, ou seja, para ter acesso 
à saúde não é necessária contribuição social prévia. O direito à saúde pública é 
um direito recente e fruto de lutas históricas. 
Vamos conhecer um pouco mais dessa caminhada histórica da 
saúde no Brasil. 
No Brasil-Colônia, não há como se falar em acesso à saúde da forma 
como atualmente conhecemos. Os casos de enfermidade eram tratados pelos 
pajés com seus cantos e ervas e pelos boticários, que percorriam os mais 
diversos territórios brasileiros levando algum tipo de assistência. 
Foi somente com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, por 
volta de 1808, que foram criadas, então, duas escolas de medicina – uma em 
Salvador e, outra, no Rio de Janeiro –, sendo as únicas medidas tomadas na 
área da saúde até a República, em 1889. 
Mas somente no governo de Rodrigues Alves (1902-1906) que foram 
adotadas as primeiras medidas sanitaristas, em razão do alastramento de 
diversas doenças como a varíola, malária, febre amarela etc. Essas doenças 
eram resultantes da ausência de saneamento básico. 
Assim, como forma de conter essas doenças, foi nomeado o médico 
Oswaldo Cruz. A partir daí, como forma de conter especialmente a varíola, foi 
adotada uma campanha de vacinação obrigatória, proposta pelo médico 
Oswaldo Cruz e imposta de forma autoritária pelo governo federal, onde os 
agentes sanitários invadiam as casas das pessoas e à força lhes vacinavam, o 
que causou revolta, pois a maior parte da população não tinha conhecimento do 
procedimento, o que gerava medo das consequências. Esse episódio ficou 
conhecido como a Revolta da Vacina. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
 
Charge de Leonidas, que retrata a Revolta da Vacina publicada na revista “O Malho”, de 
29/10/1904. Fonte: <http://chc.org.br/a-revolta-da-vacina-2/>. 
Mesmo após os episódios conflituosos, se conseguiu estabelecer uma 
campanha permanente de ações sanitárias, dentre elas ações educativas, 
especialmente com o auxílio de Carlos Chagas. 
Com relação à saúde, pouco foi feito até 1930 quando Getúlio Vargas 
criou o Ministério da Educação e da Saúde, substituindo as Caixas de 
Aposentadorias e Pensão – criadas em 1923, para os Institutos de 
Aposentadoria e Pensões (IAPs), passando, então, a serem dirigidas por 
entidades sindicais. 
Porém, apesar de aparecer nesse período, a assistência médica é apenas 
dirigida aos empregados, não sendo um direito universal. 
No período da ditadura militar, apesar de todas as restrições aos direitos 
individuais conquistados com muita luta ao longo da história, foi justamente 
promulgada a Lei Orgânica da Previdência Social, em 1967, como forma de 
unificar os IAPs em um único regime, destinado a todos os trabalhadores regidos 
pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), ficando excluídos os 
trabalhadores rurais, empregados domésticos e funcionários públicos. Todavia, 
para atender à demanda, a solução encontrada pelo governo militar foi atribuir a 
prestação de serviços na área da saúde às redes privadas, sendo criado, então, 
o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS, em 
1978. O INAMPS era restrito aos empregados que contribuíssem com a 
previdência social, sendo que os demais contavam com a sorte da filantropia. 
 
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6 
Consulte o livro-base desta disciplina: “Democracia, 
Cidadania e Sociedade Civil”, de Cesar Beras, editora 
Intersaberes. 
Boa parte dos INAMPS era da rede privada de saúde, tendo poucos 
estabelecimentos próprios, cujo funcionamento se dava por meio de parcerias. 
A proposta do INAMPS era cuidar exclusivamente da doença. Após o período 
militar, foi descoberta uma grande fraude vinculando o INAMPS, com prejuízo 
aos cofres públicos. 
Foi apenas com a Constituição Federal de 1988 que a saúde passou a 
ser tratada como direito fundamental e universal, de natureza não contributiva, 
rompendo com o modelo de medicina previdenciária. Com essa previsão 
constitucional, surge o SUS (Sistema Único de Saúde), cuja base é a 
universalização do atendimento à saúde, pois todos, independentemente de 
contribuição prévia, inclusive os indigentes, passam a ser atendidos pelo SUS. 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
A Saúde como Direito Constitucional 
A saúde passa a ser direito constitucional após amplo processo de 
reivindicação da universalização do acesso à saúde pública, como direito do 
cidadão e dever do Estado. 
É importante destacar que na VIII Conferência Nacional de Saúde, 
realizada em Brasília, vários temas foram debatidos, especialmente a 
necessidade de implementação de um sistema único de saúde, que, para tanto, 
deveria ser desvinculado da previdência social. Ademais,outro tema levantado 
foi o da relação da saúde pública com a sociedade civil, com participação de 
setores representativos. 
Essas propostas foram apresentadas na Assembleia Nacional 
Constituinte, criada em 1987, e a maior parte delas foram inseridas na 
Constituição Federal promulgada em 1988, que garantiu o direito à saúde para 
 
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7 
todo o cidadão brasileiro, sem necessidade de contribuição prévia, 
transformando-a em dever do Estado, por meio da criação de um sistema de 
acesso universal e igualitária, com ações direcionadas para promoção, proteção 
e recuperação. Esse sistema passa a ser denominado Sistema Único de Saúde, 
cujo modelo teve inspiração no modelo de saúde inglês. 
A Constituição Federal concebe a saúde a partir de um conceito 
ampliado e universal, conforme pode se verificar em seu artigo 196, que diz: 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, 
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à 
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação. (CF/1988) 
A saúde se insere na Constituição Federal no rol dos direitos sociais, 
assim como o direito à assistência social, e para sua efetivação enquanto direito, 
necessária a criação de lei regulamentadora, tendo em vista que como direito 
social era considerado norma programática. 
Diante disso, em 19 de setembro de 1990, é promulgada a Lei Orgânica 
da Saúde (LOS), Lei 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para promoção, 
proteção, organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. 
Tanto a Constituição Federal como a Lei 8.080/1990 tratam a saúde a 
partir de um conceito ampliado, resultante da VI Conferência Nacional de Saúde, 
que a define como: 
Saúde resulta, dentre outras, de condições de alimentação, moradia, 
educação, lazer, transporte e emprego, e das formas de organização 
social de produção, constata que, além de se dar a superação da 
tradição higienista e curativa pela determinação social da doença, a 
saúde parece situar-se, assim, num âmbito superestrutural, 
resultante de uma base socioeconômica. 
 
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8 
Nesse sentido, os primeiros artigos da Lei Orgânica de Saúde (LOS) 
trazem a dimensão do direito à saúde: 
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, 
devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno 
exercício. 
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na 
formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à 
redução de riscos de doenças e de outros agravos e no 
estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e 
igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e 
recuperação. 
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, 
das empresas e da sociedade. 
Art. 3º Os níveis de saúde expressam a organização social e 
econômica do País, tendo a saúde como determinantes e 
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento 
básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade 
física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços 
essenciais. 
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações 
que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às 
pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e 
social. 
Ademais, a LOS disciplina, em seu artigo 5º, os objetivos do Sistema 
Único de Saúde (SUS) que são: 
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e 
determinantes da saúde; 
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos 
campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 
2º desta lei; 
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, 
proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das 
ações assistenciais e das atividades preventivas. 
 
 
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9 
Os princípios que incluem as ações e serviços públicos de saúde que 
integram o SUS foram estabelecidos no artigo 7º do SUS: 
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados 
contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde 
(SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 
198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes 
princípios: 
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis 
de assistência; 
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e 
contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e 
coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade 
do sistema; 
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua 
integridade física e moral; 
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios 
de qualquer espécie; 
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; 
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de 
saúde e a sua utilização pelo usuário; 
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, 
a alocação de recursos e a orientação programática; 
VIII - participação da comunidade; 
IX - descentralização político-administrativa, com direção única em 
cada esfera de governo: 
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; 
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; 
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente 
e saneamento básico; 
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e 
humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
na prestação de serviços de assistência à saúde da população; 
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de 
assistência; e 
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade 
de meios para fins idênticos. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#cfart198
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#cfart198
 
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Pudemos perceber que somente a partir de 1988, com a promulgação da 
Constituição, que a saúde passa a ter destaque como direito fundamental, 
encerrando um longo período de ausência de um sistema universal de saúde, 
rompendo com a medicina previdenciária voltada apenas aos trabalhadores e 
com as políticas públicas parciais e de minimização do Estado, que transferia a 
responsabilidade para organizações sociais e entidades benevolentes, para 
garantir saúde a todo cidadão brasileiro, por meio do Sistema Único de Saúde, 
criando, assim, as condições necessárias para promoção, proteção e 
funcionamento dos serviços de saúde em todo território brasileiro. 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
O Direito à Previdência Social no Brasil: aspectos históricos 
A previdência social, assim como a saúde e a assistência social, está 
prevista na Constituição Federal como parte da seguridade social e na qualidade 
de direito social, ora direito fundamental, porém se diferencia da assistência 
social e da saúde, isso pelo fato de ter uma natureza contributiva, ou seja, para 
ter direito à previdência social, se faz obrigatória a contribuição social prévia. 
 Mas essa perspectiva da previdência social como direito social é atual, 
nem sempre foi assim. 
A previdência social tem o seu primeiro marco legal no Brasil com a Lei 
3.397, de 1888, que autorizava o governo a ter uma “caixa de socorros” 
destinada àqueles trabalhadores da estrada de ferro. 
Já a primeira Constituição Brasileira que previu a Previdência Social foi a 
Constituição de 1891, na qual a previdência social foi prevista em casos de 
calamidade pública e quando da aposentadoriapor funcionários públicos. No 
caso da aposentadoria dos funcionários públicos, esta era concedida caso 
viessem a ficar inválidos no exercício de suas funções públicas. 
Já em 1923, cabe destaque, no que diz respeito ao direito – mesmo que 
ainda tímido e restrito – à previdência social, o Decreto Legislativo 4.682/1923, 
que previa aposentadoria e pensões aos ferroviários. Esse Decreto Legislativo 
 
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ficou conhecido como Lei Elói Chaves, considerada a lei-mãe da previdência 
social ou o marco brasileiro da previdência social. 
Assim, importante a menção a este Decreto, pois a partir dele foram 
criadas outras caixas de aposentadoria para categorias de trabalhadores 
diversas, como os portuários, servidores públicos e mineradores. 
Foi com a Constituição de 1934 que o sistema tripartite de previdência, 
que prepondera até hoje, foi previsto. Tripartite, pois o financiamento da 
previdência social envolve a empresa, o empregado e o Estado. 
 
Já Constituição de 1937 traz algumas novidades para a previdência 
social, ela institui os seguros de vida, de invalidez e de velhice e passa a tratar 
a previdência social como sinônimo de seguro social. 
Seguindo a ordem cronológica, a Constituição de 1946 passa a 
sistematizar a matéria previdenciária, na parte que trata dos direitos do 
trabalhador. 
Mais tarde, em 1960, a Lei 3.807, considerada Lei Orgânica da 
Previdência Social (LOPS), unifica todas as legislações que tratam da matéria 
previdenciária, eliminando as diferenças históricas de tratamento entre os 
trabalhadores, unificando as alíquotas de contribuição incidentes na 
remuneração do trabalhador. 
A LOPS foi considerada o sistema previdenciário de maior proteção 
social, considerando toda trajetória histórica da previdência social. 
Previdência Social - Sistema Tripartite 
Governo Federal Trabalhador Empregadores
 
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12 
No início dos anos 1960, atendendo às reivindicações sindicais, revoga-
se a idade mínima para aposentadoria que era de 55 anos e passa a ter um único 
critério, a exigência de 35 anos de tempo de serviço. 
Já a Constituição de 1967 reproduz o texto constitucional de 1946, não 
inovando muito na matéria previdenciária, mas trazendo contribuição 
especialmente quanto à previsão legal do seguro-desemprego. 
1967 
A Lei 5.316 passa a incluir o benefício da previdência social em casos 
de acidente de trabalho. 
1969 
Foi contemplado o trabalhador rural na Previdência Social, por meio do 
Decreto-Lei 564. 
1970 
Por Lei Complementar é criado, então, o Programa de Integração Social 
(PIS) e, ainda, nesse mesmo ano, em dezembro, por meio de outra Lei 
Complementar, foi criado o PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do 
Servidor Público). 
1971 
Também por Lei Complementar, foi criado o Pró-Rural, regulamentando 
a proteção previdenciária ao trabalhador rural. 
1972 
São incluídos na previdência social os empregados domésticos. 
1974 
No dia do trabalhador, 1º de maio, o Ministério do Trabalho e Previdência 
social foi desmembrado, dando origem ao Ministério da Previdência e 
Assistência Social. 
 
 
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13 
1976 
Foi instituída a Consolidação das Leis da Previdência Social, pelo 
Decreto 77.077/1976. 
1977 
Foi editada a Lei 6439 que cria o Sistema Nacional de Previdência e 
Assistência Social (SINPAS). 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
O Direito à Previdência Social na Constituição Federal de 1988 
A Constituição Federal de 1988 trouxe importantes mudanças para a 
Previdência Social, sendo que a principal inovação é a sua inclusão como parte 
da seguridade social. Assim, a Constituição de 1988, inseriu a previdência social 
em um sistema de proteção social mais amplo, em conjunto com a assistência 
social e a saúde. 
Porém, diferente da assistência social, a previdência social deve ser 
considerada como um seguro social, havendo mútua contribuição para 
assegurar o recebimento da previdência pelo segurado no futuro. 
O artigo 201 da Constituição Federal de 1988 esclarece a forma de 
organização da previdência social, bem como sua abrangência: 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime 
geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados 
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, 
nos termos da lei, a: 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade 
avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos 
segurados de baixa renda; 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou 
companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
14 
Pode-se, então, se extrair do artigo 201 da Constituição Federal que a 
previdência social tem um caráter contributivo e que será destinada ao segurado 
no caso de aposentadoria, doença, invalidez, morte, gravidez, maternidade, 
desemprego involuntário. 
As regras (critérios e requisitos) para concessão de aposentadoria são 
gerais, não podendo haver tratamento diferenciado, exceto nos casos previstos 
em lei complementar, que tratam de atividades que são exercidas em condições 
diferenciadas que podem acarretar em prejuízo da saúde do trabalhador ou sua 
integridade física, como também no caso de pessoas com deficiência. 
A Constituição também assegurou que o valor do benefício não pode ser 
inferior a um salário mínimo. Na área rural, majorou o valor do benefício 
previdenciário de meio para um salário mínimo e reduziu em cinco anos a idade 
e tempo de serviço para fins de aposentadoria, além de incluir um número 
significativo de trabalhadores que antes nunca haviam contribuído para o 
sistema. 
Com relação à idade para aposentadoria, o parágrafo 7º do artigo 201 
da Constituição Federal esclarece que: 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência 
social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições; 
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de 
contribuição, se mulher; 
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de 
idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os 
trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas 
atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor 
rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. 
Para operacionalização financeira da previdência social brasileira, a 
Constituição de 1988 adotou o regime de repartição, ou seja, é um sistema 
previdenciário que para prover a aposentadoria dos inativos e demais 
beneficiários, conta com quem está contribuindo no momento que, por sua vez, 
contam com a contribuição das gerações seguintes de contribuintes. 
 
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15 
Importante esse destaque, porque os sistemas previdenciários podem 
contar com basicamente dois regimes, um é o regime de repartição, adotado no 
Brasil e, outro, o regime de capitalização, no qual os benefícios de cada 
contribuinte são custeados pela capitalização prévia dos recursos advindos das 
contribuições que ele mesmo fez ao longo da vida ativa. 
Com relação aos servidores públicos, a Constituição de 1988 ampliou o 
rol de direitos e, no que diz respeito à previdência, implementou reajustes iguais 
para ativos e inativos. 
A regulamentação da Previdência Social, a partir da Constituição de 1988, 
se dá pela Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, que a define, em seu artigo 1º, 
como: 
 
A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim 
assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, 
por motivo de incapacidade,desemprego involuntário, idade avançada, 
tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de 
quem dependiam economicamente. 
Ademais, estabelece princípios e diretrizes da previdência social (artigo 2º 
da Lei 8.213/1991), que são: 
I - universalidade de participação nos planos previdenciários; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações 
urbanas e rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios; 
IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição 
corrigidos monetariamente; 
V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-lhes o 
poder aquisitivo; 
VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-
contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao 
do salário mínimo; 
VII - previdência complementar facultativa, custeada por contribuição 
adicional; 
 
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16 
VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, 
com a participação do governo e da comunidade, em especial de 
trabalhadores em atividade, empregadores e aposentados. 
O caráter democrático e participativo da previdência social fica regulado 
pelo artigo 3º da Lei, que estabelece a previdência social, dispõe: 
Art. 3º Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS, 
órgão superior de deliberação colegiada, que terá como membros: 
 I- seis representantes do Governo Federal; 
II - nove representantes da sociedade civil, sendo: 
a) três representantes dos aposentados e pensionistas; 
b) três representantes dos trabalhadores em atividades; 
c) três representantes dos empregadores. 
A Lei 8.213/1991 estabelece, ainda, que a previdência social 
compreende o Regime Geral de Previdência Social e o Regime Facultativo 
Complementar de Previdência Social. 
O Regime Geral de Previdência Social garante cobertura aos seus 
beneficiários por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade 
avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de 
quem dependiam economicamente. 
Já o Regime Facultativo Complementar, objeto de lei específica, Lei 
Complementar 109, de 29 de maio de 2001, tem caráter complementar e 
organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência 
social, sendo facultativo. 
Finalmente, cabe apenas destacar que, após consolidada 
constitucionalmente a previdência social, algumas alterações importantes foram 
introduzidas: 
a) a criação do Instituo Nacional do Seguro Social, por meio da 
integração do IAPAS (Instituto de Administração Financeira da 
Previdência e Assistência Social) e o INPS (Instituto Nacional de 
Previdência Social); 
 
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b) a Lei 8.540, de 1992, passa a definir a contribuição do 
empregador-rural para a seguridade social; 
c) a Lei 8.870, de 1994, extingue o abono de permanência em serviço 
e exclui o 13º salário do cálculo do salário-benefício. 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
Seguridade Social na Constituição Federal 
Abordar a seguridade social no contexto da Constituição Federal de 
1988, especialmente no âmbito do serviço social, é de fundamental importância, 
tendo em vista que ela envolve um conjunto de proteção que contempla três 
direitos fundamentais, à: 
 saúde 
 previdência social 
 assistência social 
A Constituição Federal integrou três direitos sociais em um conjunto ou 
sistema de proteção (entende-se como proteção social um conjunto de direitos 
que garantem o acesso dos cidadãos a bens e serviços, materializando-se por 
meio das seguintes políticas públicas: habitação, educação, saúde, previdência, 
segurança alimentar e nutricional, trabalho e assistência social). Esses três 
direitos passam a ter preceitos comuns, a partir da proposta constitucional, como 
se pode observar nos artigos 194 e 195 da Constituição Federal: 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de 
ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência 
social. 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de 
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes 
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
 
 
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Percebe-se que o artigo 194 da Constituição Federal trata da seguridade 
social enquanto um conjunto integrado de ações advindas do poder público e da 
sociedade, cuja finalidade é assegurar os direitos relativos à saúde, à 
previdência e à assistência social. 
 
Assim, com base na Constituição Federal, verifica-se que compete ao 
Poder Público organizar a seguridade social. Essa organização se dará por meio 
dos seguintes objetivos: 
a) universalidade da cobertura e do atendimento; 
b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações 
urbanas e rurais; 
c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
d) irredutibilidade do valor dos benefícios; 
e) equidade na forma de participação no custeio; 
f) diversidade da base de financiamento; 
g) caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com 
a participação da comunidade, em especial de trabalhadores, 
empresários e aposentados; 
 
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h) caráter democrático e descentralizado da administração, mediante 
gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos 
empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos 
colegiados. 
Em síntese, a partir da Constituição Federal, no que diz respeito à 
seguridade social, se verifica que a intenção foi de tratar a seguridade social a 
partir de uma perspectiva da integralidade, buscando romper com a 
fragmentação das ações, como forma de ampliar a efetividade dos direitos 
sociais, atrelando a responsabilidade da seguridade social ao Estado. 
Ao assumir a responsabilidade pela assistência social, o Estado assume 
a responsabilidade por um sistema de proteção social destinado ao cidadão, que 
visa proteger esse cidadão nas situações de necessidades ou dificuldades 
advindas da atividade laborativa, da velhice e dos eventos infortúnios. 
Todavia, vale mais uma vez ressaltar, que dentro de uma perspectiva de 
proteção social, apenas uma política tem a natureza contributiva, que é a 
cobertura previdenciária, sendo que a saúde e assistência social são direitos de 
todo e qualquer cidadão, que quando necessitar não lhe é cobrado uma 
contribuição prévia. 
Por fim, fica evidenciado em nossa Magna Carta, no que diz respeito à 
seguridade social, a necessidade de romper com a fragmentação das ações, 
buscando a ampliação dos direitos sociais atrelada à responsabilidade do Estado 
brasileiro em assumir essas políticas, criando, assim, um sistema de proteção 
social destinado ao cidadão, protegendo-o nas ocasiões de dificuldades 
advindas da atividade laborativa, da velhice e dos eventos infortúnios, tendo uma 
política contributiva no que diz respeito à cobertura previdenciária e, não 
contributiva, no que concerne à assistência social e à saúde. 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
 
 
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Trocando Ideias 
Vamos bater um papo com os colegas! 
Atualmente, estamos no auge de uma discussão e mudanças iminentes 
no que diz respeito à previdência social no país. Diante dos fatos históricos aos 
quais estudamos, que perspectivas podemos ter sobre esse assunto? 
Participe no fórum! 
Na Prática 
Iniciamos nosso estudo com uma problematização voltada à área da 
saúde pública, tratando da questão da dependência química. 
A questão do uso de drogas está envolvida, abarcada, no sistemade 
proteção social, especialmente envolvendo tanto a previdência social, a 
assistência social e a saúde. Ou seja, o enfrentamento dos problemas advindos 
do uso drogas é algo complexo e requer uma ação intersetorial e interdisciplinar. 
A previdência social, no sentido de prover o direito ao auxílio-doença 
para aqueles cuja dependência etílica ou química tenha chegado a um grau que 
impossibilite o indivíduo a exercer suas funções, já que a dependência química 
é considerada uma doença biopsicossocial. 
 
A assistência social tem uma atuação ampla na área da dependência 
química, pois atua tanto na proteção social básica como na especial. 
 Na proteção social básica, a assistência social pode 
atuar em todas as ações protetivas e de prevenção 
primária e/ou secundária, quando verificado que o 
indivíduo e sua família se encontram em situação de 
risco, porém sem problemas relacionados ao uso de 
drogas. Ou seja, como a proteção social básica tem uma 
ação preventiva, destinada às pessoas que já se 
encontram em situação de vulnerabilidade 
socioeconômica, mantidos os vínculos familiares, 
 
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afetivos e comunitários, as ações voltadas à prevenção 
ao uso de drogas atendem aos níveis primários e 
secundários, ou seja, do não uso ao uso esporádico de 
drogas. 
 Já na proteção social especial, as ações devem ser 
direcionadas às famílias e indivíduos que já se 
encontram em situação de risco e que tiveram seus 
direitos violados por ocorrência de uso de crack e outras 
drogas, ou seja, quando detectado problemas 
relacionados ao uso de drogas, sejam eles legais, 
sociais ou psíquicos. As ações da proteção social 
especial destinadas à prevenção ao uso de drogas serão 
secundárias ou terciárias (orientações e 
encaminhamentos ao tratamento propriamente dito), 
considerando o envolvimento do indivíduo com as 
drogas e os vínculos sociais e familiares por ele 
estabelecido. Cabe elucidar que quanto mais envolvido 
com a droga, mas escassas são as relações 
interpessoais do individuo 
E, na saúde, o próprio tratamento, seja em regime ambulatorial, hospital-
dia ou internação. 
Síntese 
Estamos terminando os estudos na quinta aula de Serviço Social 
Direito e Cidadania! 
Neste encontro tratamos de dois direitos socais previstos em nossa 
Constituição: a saúde e a previdência social. Esses dois direitos, juntamente com 
a assistência social, fazem parte da seguridade social, um sistema de proteção 
social destinado a todo cidadão brasileiro, com a única ressalva: para ter direito 
 
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à previdência social, é necessária a contribuição prévia, diferentemente da 
assistência social e da saúde, considerados direitos de natureza não 
contributiva, ou seja, sem a necessidade de contribuição. 
Assim, em síntese, pudemos verificar que tanto a saúde como a 
assistência são direitos advindos de lutas sociais, cuja a materialização na 
Constituição Federal de 1988 é considerada uma conquista social histórica. 
Para as considerações finais da professora Adriana Accioly, assista ao 
vídeo que está disponível no material on-line. 
Referências 
BERAS, Cesar. Democracia, Cidadania e Sociedade civil. Curitiba: 
Intersaberes, 2013. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do 
Brasil. Acesso em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. 
COUTO, Beatriz Rojas Couto. O Direito Social e a Assistência Social na 
Sociedade Brasileira: uma equação possível? 3ª edição. São Paulo: Cortez, 
2008. 
SPOSATI, Aldaiza de Oliveira et al. Assistência na Trajetória das Políticas 
Sociais Brasileiras: uma questão em análise. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2014. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htm

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