AULA 1 - REVISÃO SAÚDE COLETIVA

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SAÚDE 
COLETIVA 
Apresentação 
O QUE É SAÚDE COLETIVA? 
• Campo de produção científica interdisciplinar 
• Enfoque sobre relação saúde-doença 
• Conhecimento sobre a Saúde que vai além das questões biomédicas 
 
 
Saúde coletiva é ... 
“Campo” de conhecimento de natureza 
interdisciplinar cujas disciplinas básicas são: 
 
• a epidemiologia 
• o planejamento 
• administração da saúde 
• ciências sociais em saúde 
(Paim; Almeida Filho, 2000, p.63) 
Em busca de uma definição e de 
uma caracterização do campo 
chamado Saúde Coletiva .... 
Anos 1970 
(1978) 
Primeiro Encontro Nacional de Cursos de Pós-graduação de Medicina 
Social, Medicina Preventiva, Saúde Comunitária e Saúde Pública; 
 
(1979) 
Fundação da Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde 
Coletiva (ABRASCO) 
Histórico da Saúde Coletiva 
Escolhem o nome Saúde Coletiva para se diferenciarem da Saúde 
Pública (Sanitarismo). 
 
Querem marcar um modelo distinto de intervenção sobre a saúde 
da população: 
• Área do saber que toma como objeto as necessidades sociais da 
saúde 
• Entende a situação de saúde como um processo social 
• Atenção da saúde exige práticas técnicas e sociais. 
Histórico da Saúde Coletiva 
BRASIL 
• Ditadura Militar 
• Crise no setor da Saúde 
• Renascimento dos movimentos 
sociais 
• Movimento de Reforma 
Sanitária: proposta da saúde 
como direito universal 
SAÚDE 
• Crítica ao sanitarismo 
• Crítica à medicina preventiva 
• Crítica à medicina comunitária 
• Inspiração no Medicina Social 
europeia do século XIX 
Momento conturbado na história do Brasil e no interior do campo 
de produção de conhecimento sobre a saúde. 
Contexto de emergência da ABRASCO 
 
• Visão positivista /cientificista / biologizante 
da saúde 
• Trata de mortes, doenças, riscos no nível da 
coletividade 
• Saúde vista como ausência de doenças 
• Recorre à: 
Epidemiologia tradicional/ planejamento 
normativo/ administração taylorista/ ações 
isoladas de vigilância / desenvolvimento de 
programas espaciais 
• Atore principal: Estado 
 
Saúde Pública X Saúde Coletiva 
 
 
• Visão social da saúde 
• Saúde: todas as condições requeridas 
não apenas para evitar doenças e 
prolongar a vida, mas também para 
melhorar a qualidade de vida e, no 
limite, permitir o exercício da 
liberdade humana na busca da 
felicidade. 
• Recorre à: 
Epidemiologia social ou crítica, gestão 
democrática, abre-se para os saberes 
científicos e populares / estimula 
movimentos de promoção da saúde 
• Atores: Estado e sociedade civil 
Saúde Coletiva 
• O campo da “saúde coletiva”, pode referir-se de modo genérico a um 
conjunto, na verdade muito amplo e contraditório, de disciplinas 
ocupadas do “social da saúde”. 
 
• A concepção de Saúde Coletiva “se constituiu através da crítica ao 
universalismo naturalista do saber médico. 
 
• Seu postulado fundamental afirma que a problemática da saúde é 
mais abrangente e complexa que a leitura realizada pela medicina. 
• A Saúde Coletiva tem como uma de suas principais propostas resgatar 
o social. 
 
• Nos conceitos de Saúde Pública e Saúde Coletiva os autores apresentam posições 
diferentes em graus mais ou menos acentuados. 
 
• Para compreender as políticas de saúde no Brasil e, portanto, a emergência da 
Saúde Coletiva deve-se mencionar que a assistência médica individual se 
desenvolveu sem articulação direta com a Saúde Pública. 
 
• A Medicina Preventiva surge, nos Estados Unidos, nos anos 1950, a partir da 
percepção de uma crise da prática médica, decorrente do crescimento da 
especialização e dos custos da atenção e das dificuldades de expansão da 
cobertura. 
 
• Define-se, então, a Saúde Coletiva como uma área do saber que toma como 
objeto as necessidades sociais de saúde (e não apenas as doenças, os agravos ou 
os riscos) entendendo a situação de saúde como um processo social. 
 
• A Saúde Coletiva se fundamenta na interdisciplinaridade como condição 
necessária à produção de um conhecimento ampliado da saúde. 
 
 
• A Reforma Sanitária deve muito de suas reflexões ao referencial 
MARXISTA, especialmente através da adoção da perspectiva da 
determinação social do processo saúde/doença, através da qual busca 
apreender as “determinações contraditórias e simultâneas decorrentes de 
necessidades do capital e do trabalho. 
 
• O movimento da reforma sanitária brasileira, surgido em meados da 
década de 1970, tinha como principal bandeira de luta a democratização 
da saúde. 
 
• “A saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação”. (Artigo 196 da CFB) 
 
 
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