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PEÇA NÚMERO 2 – JOAO DA SILVA EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DO TRABALHO DA ____VARA DO TRABALHO DE NOVA IGUAÇU DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO João da Silva, brasileiro, casado, vigilante, RG, CPF, CTPS, PIS, nascido no dia 20/09/1990, nome da mãe, residente e domiciliado à Rua das Couves, nº 139, Centro, Niterói/RJ, CEP nº 20.000, vem respeitosamente perante Vossa Excelência por intermédio de seu advogado que lhe subscreve, nos termos da procuração em anexo, com escritório profissional no endereço completo onde recebe intimação e notificações, com fundamento no artigo 840 da CLT, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA pelo rito ordinário, em face da Empresa Vigilex 171, CNPJ, situada à Rua das Maricas, nº 10, Centro, Rio de Janeiro/RJ, CEP nº 20.000 e da Empresa Morar Bem, CNPJ, situada à Rua do alface, nº 20, Centro, Nova Iguaçu /RJ, CEP nº 20.000, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 1 – GRATUIDADE DA JUSTIÇA : O reclamante, por estar desempregado, declara não possuir condições financeiras de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo ao seu próprio sustento e de sua família nesse sentido requer a concessão dos benefícios inerentes à gratuidade de justiça, com fundamento no art. 4° da Lei 1.060/50 c/c art.7º da lei 7.510/86 c/c art. 790, §3, CLT. 2 – CONTRATO DE TRABALHO: O reclamante foi admitido no dia 01/01/2016, para exercer a função de vigilante, recebendo um salário de R$1.000,00. Foi dispensando sem justa causa no dia 28/02/2020 e não recebeu as verbas rescisórias. 2.1) Das Verbas Rescisórias: Levando em consideração que o reclamante foi dispensando sem justa causa, recebendo apenas o 13º corretamente, serão devidas as verbas rescisórias referente a este tipo de dispensa, quer sejam: a) Saldo de salário, tendo por base o art. 477 da CLT; b) Aviso prévio indenizado de 42 dias com fundamento no art. 487, II, § 1º da CLT, devendo inclusive ocorrer a integração desse período em seu tempo de serviço, bem como observar seus reflexos nas verbas contratuais e rescisórias; c) Pagamento das férias acrescidas do 1/3 constitucional em dobro, haja vista sua não concessão dentro do prazo de 12 meses após o período aquisitivo, referente aos períodos concessivos 01/01/2017 à 01/01/2018; 01/01/2018 à 01/01/2019 e 01/01/2019 à 01/01/2020, tendo por base o disposto no art. 137 c/c art. 146 ambos da CLT; d) Pagamento das férias acrescidas do 1/3 constitucional referente ao período concessivo 2020/2021, tendo por base o art. 146 da CLT; e) Férias proporcionais de 2/12 acrescido do terço constitucional, com fundamento no art. 147 da CLT c/c súmula 328 do TST c/c art. 7º XVII da CF c/c súmula 171 do TST; f) Indenização compensatória de 40% do FGTS, conforme estabelece o art. 18, § 1º da Lei nº 8.036/90; g) Liberação das guias do saque do FGTS. 3 - JORNADA DE TRABALHO: O reclamante trabalhava de segunda a sexta, das 08h às 17h, sem qualquer intervalo para refeição. 3.1 - Horas Extras: Conforme exposto, o reclamante trabalhava das 08h às 17h00, de segunda a sexta, totalizando 9 horas diárias e 45 horas semanais, ultrapassando assim o máximo permitido em lei de 8 horas diárias e 44 horas semanais, conforme disposto no art. 7º, XIII, CRFB/88. Deste modo, o reclamante faz jus ao adicional de horas extras de no mínimo 50% superior ao valor da hora normal de trabalho em relação ao tempo que trabalhou a mais por semana durante o todo o contrato de trabalho por disposição do art. 58, § 3º c/c art. 59, § 1º, ambos da CLT. 3.2 - Intervalo Intrajornada: Temos que durante sua jornada de trabalho, o reclamante não possuía intervalo para a refeição, indo contra o disposto no art. 71 da CLT, o qual prevê o mínimo de 1 hora de intervalo quando a jornada de trabalho ultrapassar as 6 horas, como é o caso do reclamante. Por este motivo, o reclamante faz jus ao pagamento do período suprimido, quer sejam 1 hora, como hora extra, devendo incidir o acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração hora normal do trabalho, tendo por fundamento o art. 71, § 4º da CLT. 4 – PEDIDOS: Ante o exposto, requer: a) A concessão do benefício da gratuidade de justiça; b) A citação do reclamado para manifestar-se no prazo legal, sob pena de revelia e confissão quanto a matéria de fato; c) O pagamento do saldo de salário devido; d) O pagamento do aviso prévio indenizado, bem como a aplicação de seus efeitos no tempo de serviço e demais verbas rescisórias; e) O pagamento das férias acrescidas do 1/3 constitucional em dobro referente aos períodos concessivos 01/01/2017 à 01/01/2018; 01/01/2018 à 01/01/2019 e 01/01/2019 à 01/01/2020; f) O pagamento das férias acrescidas do 1/3 constitucional de modo simples referente ao período concessivo 01/01/2020 à 01/01/2021; g) O pagamento das férias proporcionais no importe de 2/12 acrescida do terço constitucional; h) O pagamento da indenização compensatória de 40% do FGTS; i) A liberação das guias de saque do FGTS; j) O adicional de horas extras de 50% superior da hora normal sobre as horas trabalhadas além do limite diário permitido durante todo o contrato de trabalho; k) A indenização, com o respectivo acréscimo de 50% superior sobre a hora normal, referente ao período de 1 hora suprimida do intervalo intrajornada; 5 – REQUERIMENTOS FINAIS: Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente a prova documental e testemunhal. Requer a procedência de todos os pedidos, bem como a condenação do reclamado ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência no valor de 15% conforme dispõe o art. 791-A da CLT. Dá-se à causa o valor de R$ , correspondente a somatória dos pedidos. Termos em que pede deferimento. Local, Data Advogado OAB/UF
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