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UNIDADE I GUIA DE ESTUDO Didática do Ensino Superior II 2 DIDÁTICA DO ENSIONO SUPERIOR II UNIDADE I Formação do professor no Cenário da Cibercultura: Habilidades e Competências PALAVRAS DO PROFESSOR Caro (a) cursista, tudo bem? Vamos construir conceitos importantes acerca da Didática no Ensino Superior II. Nosso percurso será constituído por leituras obrigatórias e complementares, pesquisas, debates nos fóruns de discussão e atividades diversas (disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA) que proporcionarão momentos de reflexão-ação-reflexão inerentes ao processo educativo e a construção de um aprender de maneira significativa. Através da interatividade no AVA, a cooperação e colaboração entre os pares, teremos um caminhar de crescimento mútuo e consolidação de aprendizagens. ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Esta disciplina tem como objetivo compreender o papel do ensino superior na realidade brasileira e a Didática como constituinte essencial neste nível de ensino, e assim buscaremos discutir no decorrer da mesma os seguintes objetivos específicos abaixo: • Resgatar o conceito de Didática na Educação Superior; • Refletir acerca das características da instituição de ensino superior no contexto socioeconômico e cultural brasileiro, adentrando seus objetivos, finalidades e organização; • Discutir sobre as características da instituição escolar no contexto socioeconômico cultural brasileiro a partir do olhar da política educacional para as instituições de Ensino Superior, especialistas e sua formação e os recursos materiais necessários; • Entender sobre diferentes formas de ensino como planos de organização, processos de interação e atividades de ensino e aprendizagem em ambientes virtuais; • Analisar as estratégias de ensino, a natureza dos conteúdos e as formas de avaliação. Nossas discussões no decorrer de toda a disciplina serão norteadas a partir das seguintes unidades temáticas: • Unidade 1 - Instituições de Ensino Superior: Características no Contexto Socioeconômico Cultural Brasileiro; • Unidade 2 - Política Educacional, Especialistas e Recursos Materiais nas Instituições de Ensino Superior; • Unidade 3 - Novas Possibilidades no Processo de Ensino no Ensino Superior: Plano de Organização, Interação Escolar e o Trabalho em Ambientes Virtuais de Aprendizagem; 3 • Unidade 4 - Docência no Ensino Superior: Estratégias de Ensino, Natureza dos Conteúdos Escolares e Possibilidades na Avaliação. Iniciaremos, o Guia de Estudos, da Unidade 1, discutindo sobre as Instituições de Ensino Superior: Características no Contexto Socioeconômico Cultural Brasileiro, bem como teremos como objetivo neste guia refletir acerca das características da instituição de ensino superior no contexto socioeconômico e cultural brasileiro, adentrando seus objetivos, finalidades e organização. Para a consolidação deste objetivo teremos três pontos de debate: Instituições de Ensino Superior no Cenário Brasileiro e seus Objetivos, Instituições de Ensino Superior no Cenário Brasileiro e suas Finalidades e Instituições de Ensino Superior no Cenário Brasileiro e sua Organização. Todos os links de base complementar sugeridos neste guia de estudo e nos demais não são de leitura obrigatória, contudo são de suma relevância para sua construção do conhecimento. Não esqueça de conferir os detalhes e prazos para realizar as atividades propostas neste guia e a sua avaliação da unidade, pois estes elementos são fundamentais para a concretização da disciplina. No ambiente virtual tais atividades e avaliação estarão disponíveis para sua realização. Bom curso! BASE TEÓRICA Visando a compreensão do nosso primeiro ponto de debate acerca da Didática no Ensino Superior II, que se materializa como os objetivos, finalidades e organização do Ensino Superior no cenário brasileiro, iniciaremos elaborando um breve resgate do conceito de Didática bem como da Didática no Ensino Superior, uma vez que estes elementos se colocam como centrais para as reflexões que faremos ao longo da disciplina. RESGATANDO O CONCEITO DE DIDÁTICA E AS PECULIARIDADES NO ENSINO SUPERIOR A Didática é conhecida deste os primórdios, na Grécia Antiga, e antes era associada como uma ação de ensinar presente nas diversas relações humanas. Uma das mais importantes obras que demarcam esta ciência, escrita por João Amós Comênio (1592-1670), no século XVII, a Didática Magna, teve como objetivo ser um tratado de arte universal de ensinar tudo a todos, conceito este que foi se aprimorando ao longo da história da humanidade. Para além de Comênio, considerado o pai da Didática, outros pensadores auxiliaram na construção do conceito da Didática por diversas facetas, e alguns deles são Sócrates, Herbart, Dewey, Jean Jacques Rousseau entre outros. VOCÊ SABIA? Prezado (a) aluno (a), você conhece o termo Didática? Se sim, excelente! Revise o seu significado; caso contrário, conheça agora! ??? 4 O termo Didática se origina da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se tem como significado a arte ou técnica de ensinar. Ela se concretiza como uma ciência pedagógica que tem como preocupação central os métodos e técnicas de ensino. É importante destacar que a Didática não se consolida como mera instrumentalização técnica do ensino, mas um importante componente do fazer pedagógico que envolve para além da tríade professor, aluno, conhecimento, a importância do contexto socioeconômico e histórico em que o processo de ensino e aprendizagem acontece. A Didática é uma área do conhecimento pedagógico que tem como objeto de estudo o ensino, que nos possibilita refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem, sendo assim estudo da prática pedagógica. A Didática faz uma mediação entre o saber científico e a sala de aula, com o intuito de possibilitar que os alunos, com suas múltiplas inteligências e maneiras diferenciadas de aprender, possam construir conhecimento de modo contextual, singular e significativo. Ela busca a partir da reflexão teoria-prática fundamentar novas possibilidades no processo de ensino e aprendizagem como forma de potencializar as práticas para a concretização da aprendizagem pelos alunos. Assim, ela reflete não apenas sobre o ensinar, mas o que ensinar, porque ensinar, como ensinar, e desta forma vemos que ela não é uma ciência neutra, mas que depende da concepção de ensino, aprendizagem, sociedade, de educação, política que o docente possui. Na prática docente a Didática se materializa diante do professor: • Saber elaborar uma aula que atenda as múltiplas inteligências; • Planejar sua unidade de ensino; • Selecionar os conteúdos; • Estabelecer objetivos, competências e habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos; • Saber planejar o tempo pedagógico; • Dispor de técnicas e recursos que possam potencializar o processo de ensino e aprendizagem; • Saber avaliar o processo de ensino aprendizagem; • Reorganizar o percurso a partir dos dados desta avaliação. Enfim, é ter o saber de planejar, acompanhar, avaliar e reordenar o processo de ensino e aprendizagem como forma de obter resultados significativos no que tange a aprendizagem dos alunos. GUARDE ESSA IDEIA! É importante salientar que a Didática se concretiza como um processo de reflexão- ação-reflexão da prática docente, em que o mesmo reflete acerca das problemáticas que se colocam no seu fazer pedagógico buscando superá-las em prol do consolidar das aprendizagens dos alunos. Pensar a Didática no Ensino Superior é de extrema importância, pois o papel da universidade em formar profissionais qualificados para o mercado de trabalho exige mais do que conhecimento teórico da ciência que leciona, mais do que títulos acadêmicos de mestre ou doutor, mas ele precisa concretizar um processo de ensino e aprendizagem que considere a tríade fundamental deste nível de ensino, que é o ensino, a pesquisa e a extensão. 5 A Didática no Ensino Superior precisa está revestida de novaspráticas, aliadas a inovação tecnológica, ao perfil do aluno do século XXI e suas novas formas de aprender se a universidade assume como papel central a transformação da sociedade a partir da atuação destes profissionais na resolução de problemáticas atuais e do futuro da humanidade de modo a desenvolver realmente uma Educação Superior de qualidade. Conseguiu relembrar o quão importante é o conceito de Didática e sua pertinência na reflexão do nível educativo superior? Que tal continuar o flashback um pouco mais sobre o histórico da Didática, suas concepções e dimensões? Acesse os materiais abaixo: VEJA O VÍDEO! Veja o vídeo História da Didática, com a duração de cinco minutos e quarenta e dois segundos. VISITE A PÁGINA Leia o artigo Conhecendo a Didática, disponível no link. INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO CENÁRIO BRASILEIRO E SEUS OBJETIVOS Figura 1 Fonte: http://www.socialdeverdade.com.br/blog/sites/default/files/resize_1336055920_1.jpg O Ensino Superior se consolida como o nível educacional mais elevado dos sistemas educativos e tem como objetivo central a formação de profissionais qualificados para o mercado de trabalho. 6 Mas, será que este é o único objetivo de uma Instituição de Ensino Superior (IES)? Com certeza não! Antes de mais nada convém compreendermos o que é objetivo. Segundo o Dicionário Michaelis, o termo Objetivo pode ser definido como: Objetivo adj (objeto+ivo) 1 Que diz respeito ao objeto. 2 Que se refere ao mundo exterior. 3 Que existe fora do espírito e independentemente do conhecimento que dele possua o sujeito pensante. 4 Filos Diz-se da ideia ou de tudo o que se refere aos objetos exteriores ao espírito; que proveio do objeto; que provém das sensações (opõe-se a subjetivo). 5 Que expõe, investiga ou critica as coisas sem procurar relacioná-las com os seus sentimentos pessoais. 6 Gram Designativo do objeto direto. sm 1 Meta ou alvo que se quer atingir. 2 Mira, fim, fito. 3 Mil Posição estratégica a ser obtida, propósito a ser satisfeito por uma operação militar; alvo de uma operação militar. 4 Gram Caso que representa o objeto direto do verbo. O. comum, Sociol: consenso; alvo compartilhado, consciente ou inconscientemente, pelos membros de um grupo. Podemos perceber a gama do termo, mas o que mais aproxima o nosso olhar é o objetivo como meta ou alvo a ser alcançado, mira, alvo compartilhado pelos membros de um grupo, e nesse caso conscientemente, uma vez que todos que trabalham em uma IES precisa conhecer os objetivos desta e trabalhar no intuito da concretização destes. Segundo Severino (2007, p.22) em seu livro Metodologia do Trabalho Científico são três os objetivos do Ensino Superior e que devem estar articulados em si: 1. Ensino: está ligado a formação de profissionais das diferentes áreas aplicadas no sentido de constituição de competências e habilidades para atuação dos mesmos; 2. Formação do cientista: a pesquisa deve ser colocada como o centro do processo de ensino e aprendizagem no intuito de garantia da produção do conhecimento, um pilar fundamental no ensino superior; 3. Formação do cidadão: a extensão é o eixo central deste ponto, ou seja, cria a ponte entre o Ensino Superior e a sociedade em busca de levar a esta a contribuição do conhecimento produzido nestes espaços para a melhoria do âmbito social, sendo assim o estímulo da uma conscientização do profissional no sentido de sua condição histórica, social e pessoal. Você deve ter percebido, caro (a) estudante, que estes objetivos iniciais do Ensino Superior trazidos à discussão pelo autor se colocam como a essência do fazer pedagógico deste nível de ensino, contudo, se constituem como a essência básica que precisa se alinhar a outras preocupações importantes discutidas a nível da Educação Nacional. É neste sentido que devemos pensar acerca das políticas públicas para a Educação Superior no Brasil que vêm sendo alvo de grandes debates. A discussão sobre o papel e contribuição social da Educação Superior tem sido temas bastantes debatidos nos últimos anos a nível nacional e mundial, que buscam refletir sobre as necessidades de mudança de algumas vertentes deste nível educativo. Neste sentido, no ano de 2009 foi realizado o Fórum Nacional de Educação Superior (FNES/2009), o qual se materializou como etapa preparatória à participação do Brasil na Conferência Mundial de Educação Superior, em julho de 2009, em Paris. 7 Na discussão de tal Fórum houve a pontuação de três eixos principais acerca das políticas públicas no Ensino Superior no cenário Brasileiro: 1. Democratizar o acesso e flexibilizar de modelos de formação; 2. Elevar qualidade e avaliação; 3. Compromisso social e inovação. Dando continuidade em 2010 a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CES/ CNE) realizou em conjunto com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO) a oficina de trabalho “Desafios e Perspectivas da Educação Superior Brasileira para a Próxima Década” e se tinha por meta apresentar alguns indicadores para a construção das “Perspectivas para a Educação Superior para a Próxima Década à Luz do Plano Nacional de Educação (PNE) 2011-2020”. Tal oficina se deu pela participação de muitos especialistas e interessados no debate sobre os novos modelos e possibilidades a Educação Superior, e resultou na publicação de um livro com a coletânea de artigos produzidos pelos especialistas que ministraram as palestras do evento, o qual é denominado “Desafios e Perspectivas da Educação Superior Brasileira para a Próxima Década 2011-2020”. Vale a pena conferir o conteúdo do mesmo no material complementar ao final deste guia de estudo. GUARDE ESSA IDEIA! Alguns dos pontos importantes que foram discutidos e propostos como desafios a serem superados na Educação Superior foram: • Democratizar acesso e permanência; • Ampliar a rede pública superior e vagas nas IES públicas; • Reduzir as desigualdades regionais quanto a questão do acesso e permanência; • Formação de profissionais com foco na qualidade; • Diversificar oferta de cursos e dos níveis de formação; • Qualificação dos profissionais docentes; • Garantia de financiamento, especialmente no que tange ao setor público; • Relevância social dos programas oferecido; • Estimular à pesquisa científica e tecnológica; • Utilizar de modos diferenciados as novas tecnologias da informação e comunicação, • Internacionalizar, regionalizar e mundializar. Vemos que tais pontos são fundamentais para o repensar e desenvolvimento do Ensino Superior no país, mas que não se esgotam nos mesmos. No ano de 2015 foi realizado na Coréia do Sul, em sua segunda edição do evento que se iniciou em 2000, o Fórum Mundial para a Educação, o qual tem por objetivo discutir metas para a educação a serem atingidas até 2030, ano este que terá a nova edição do fórum. 8 Neste âmbito, o Ensino Superior foi ponto de debate no que tange não apenas aos seus objetivos, mas missão e organização, dentre vários pontos citados para a tal nível de ensino destacamos alguns: • Democratizar acesso ao Ensino Superior; • Melhoria e desenvolvimento de alunos egressos no que tange as habilidades e competências para o mercado de trabalho, uma vez que o Ensino Superior tem tido esta lacuna quanto a atender as necessidades em certo âmbito no mercado de trabalho; • Aumento da empregabilidade dos discentes deste nível de ensino; • Aumento do quantitativo de discentes neste nível de ensino; • Qualidade do ensino através de pesquisa e extensão no intuito de desenvolver habilidades e competências nos alunos em suas áreas de atuação; • Buscar novas possibilidades didáticas com apoio das tecnologias de informação e comunicação. Caro (a) aluno (a), a partir de tais pontuações podemos perceber que alguns pontos convergem na discussão destes eventos, como a questão da democratização do acesso, a qualidade do ensino, novas possibilidades pedagógicas e didáticas,utilização das tecnologias de informação e comunicação como apoio ao processo de ensino e aprendizagem e por que não dizer como possibilidade de inclusão digital destes alunos, além de questões como ensinar através de pesquisa, criar possibilidades de extensão no intuito de atender ao tão importante compromisso social que toda a universidade deve ter. Repensar as didáticas, as práticas, a forma como tem se concretizado tal nível de ensino, seu impacto na sociedade, sua contribuição, se faz mais que necessário a partir do momento social que vivenciamos, que é a Cibercultura. Temos atualmente uma nova geração de alunos nas salas de aula do Ensino Superior, jovens da era do conhecimento, os quais estão imersos neste cenário tecnológico, criando, compartilhando, pesquisando, interagindo em diversas comunidades, blogs, são os chamados nativos digitais, termo cunhado por Marc Prensky para designar aquelas pessoas que cresceram com as redes (GARCIA et. al., 2008). Conectados às redes a maior parte do tempo, fazendo diversas atividades simultaneamente (lendo, escutando música, interagindo nas redes sociais e outros), podemos perceber as mudanças que as tecnologias causam nas formas de viver e principalmente de se comunicar. De acordo com Mattar (2010, p.181) “as experiências desses jovens com as mídias digitais representam uma transformação significativa na forma como eles aprendem e produzem conhecimentos”. DICA Você sabe o que é CIBERCULTURA, prezado (a) aluno (a)? Acesse o link do Artigo: A Cibercultura como uma questão de cultura. Neste mesmo sentido, os chamados de Geração Net “processam a informação e aprendem de uma maneira diferente” (BRAVO; COSLADO, 2012, p.125), e ainda segundo os autores se trata de um novo modelo de aprendizagem que se distancia do modelo reprodutivista clássico, de um educar bancário (FREIRE, 1996), para um centrado no descobrimento e na participação. 9 Portanto, repensar o processo de ensino e aprendizagem na Educação Superior se faz mais que necessário, em virtude de novas possibilidades educativas que se colocam com as tecnologias da informação e comunicação, com a possibilidade de educar em qualquer tempo e espaço, a partir das redes, bem como de realizar intercâmbios culturais entre os alunos de instituições a nível nacional e internacional entre outras alternativas que só tem a potencializar o Ensino Superior no que tange a uma educação cidadã, ética, de qualidade e com compromisso social. Este é o novo momento histórico e social que vivenciamos a partir das tecnologias da informação, comunicação e a telecomunicação que possibilitaram uma mudança conjuntural em todas as instâncias da sociedade, e consequentemente, na nossa forma de viver, ser e estar. É importante percebermos que o Ensino Superior no Brasil tem discrepâncias bastante acentuadas se formos considerar às instituições de outros países latino-americanos. Isto se deve ao seu histórico, que é de formação bem mais recente, datando do século XIX as primeiras instituições de ensino superior, mas as primeiras universidades brasileiras datam do século XX: 1909- Universidade de Manaus, 1911- Universidade de São Paulo, 1912- Universidade do Paraná, 1920- Universidade do Rio de Janeiro, 1927- Universidade de Minas Gerais. Vale salientar que já existia o Ensino Superior no nosso país desde a vinda da família real ao Brasil em 1808, contudo, nenhuma foi considerada universidade antes de 1909, uma vez que para ser considerada Universidade se necessitava não apenas ter um número significativo de cursos, mas também ter um estatuto e seus documentos em dias com este estatuto para ter o status de universidade. Comparando-se com as universidades europeias e algumas da América Latina, as quais surgiram no século XII, vemos que há uma diferença de quase oitocentos anos, o que nos dá uma nuance da disparidade em todos os aspectos, seja estruturais, laboratórios, formação de professores, e assim, vemos que a universidade brasileira é muito jovem ainda. Apesar deste histórico jovem vemos que muito se avançou nos últimos anos, no sentido de o acesso a tal ensino ter cada vez mais sido ampliado nas universidades públicas e também acesso as universidades particulares, a partir de programas de financiamento para as pessoas com menor poder aquisitivo, como o Fundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Superior (FIES) e o Programa Universidade para Todos (PROUNI). Você já deve ter ouvido falar destes programas, não é verdade? O FIES é um programa criado em 1999 pelo Ministério da Educação (MEC) e teve como foco financiar estudos de graduação para estudantes do ensino superior em instituições de ensino não gratuitas, na forma da lei 10.260/2001, e que tenham uma avaliação positiva no olhar do MEC, e assim, promover ampliação do acesso a tal nível de ensino. O PROUNI é um programa criado em 2004 também pelo MEC para financiar bolsas de estudos integrais ou parciais (50%) para alunos brasileiros que desejem cursar graduação e cursos sequenciais de formação específica. O aluno para concorrer a tais bolsas necessita ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e ter obtido desempenho mínimo de 450 pontos na média das notas e nota na redação superior a zero. 10 Para além destes dois programas temos como citar ainda o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), o qual foi criado em 2005 e instituído a partir do decreto 5.800 de 8 de junho de 2006 e que visa o desenvolvimento da modalidade de ensino a distância e interiorizar e expandir o acesso a cursos superiores no Brasil. Tal programa se constitui como uma possibilidade de acesso a educação de milhares de brasileiros que não podem ter acesso ao ensino presencial por motivos de trabalho e por conseguinte falta de tempo de frequentar esta modalidade de ensino, residir em municípios distantes de IES, possuir deficiências entre outras motivações, e que vislumbram na Educação a Distância uma oportunidade de formação e de se tornar um profissional. Você já tinha ouvido falar neste programa da UAB? Conhece alguém que participa do mesmo? Que tal conversar com essa pessoa e perguntar como funciona aprender a distância neste contexto do Programa UAB? Será que tal modalidade tem se concretizado com a devida seriedade e qualidade? Vale a pena aprofundar, pesquisar mais a respeito! Apesar do acesso hoje está mais facilitado ao Ensino Superior ainda é grande o quantitativo de pessoas que não tem possibilidade de cursar este nível de ensino. Vemos que tais iniciativas do governo brasileiro, pontuadas anteriormente, coaduna com a meta de ampliar o acesso ao Ensino Superior bem como de financiamento do ensino, mas ainda não resolveram completamente o problema e universalizou o acesso, e além disso, é preciso atentar para o fato que não basta o acesso das pessoas a tal nível de ensino, mas a qualidade precisa ser também um fator de preocupação e que precisa ser trabalhada. Para além da qualidade refletir sobre pontos como novas possibilidades didáticas, formação alinhada com as necessidades do mercado, produção de conhecimento e disseminação na sociedade, responsabilidade social entre outros, precisam ser também discutidos para que possamos ressignificar o Ensino Superior e atender as necessidades atuais deste novo cenário socio-histórico que vivenciamos. LEITURA COMPLEMENTAR Vamos aprofundar nosso olhar sobre os objetivos do Ensino Superior? Acesse o link: Responsabilidade Social do Ensino Superior: Uma reflexão sistêmica tendo em vista o desenvolvimento. 11 INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO CENÁRIO BRASILEIRO E SUAS FINALIDADES (T) Figura 2 Fonte: http://sereduc.com/1rTPvj Agora que você já sabe quais são os objetivos da Educação Superior que tal aprofundar os mesmos discutindo sobre as finalidades educativas do nível superior segundo a legislação brasileira? Mas, o que é finalidades? Segundo o Dicionário Michaelis, o termo Finalidade pode ser definido como: Finalidadefi.na.li.da.de sf (lat finalitate) 1 Fim em vista; intuito, objetivo. 2 Filos Finalismo. Você pode perceber que tal termo está ligado a questão do finalismo, intuito e também ao objetivo. Vamos partir de uma discussão primeira da finalidade das instituições educacionais como um todo para depois adentrar a discussão desta no Ensino Superior. VEJA O VÍDEO! Para iniciar nossa reflexão veja este vídeo, com duração de três minutos e quarenta e dois minutos. 12 Analisando o vídeo O vídeo nos traz a discussão que a instituição escolar se coloca com o propósito, finalidade de formação do educando como pessoa e como membro da sociedade, a partir da criação de oportunidades de ampliar e sistematizar conhecimentos. Assim, a instituição escolar tem como objetivo a formação para a cidadania, para a socialização dos indivíduos, aprender para viver em sociedade. É claro que o ser humano não só aprende na escola, mas como mesmo afirma Emile Durkheim a educação também acontece na família, igreja e na comunidade. Brandão, em seu livro o que é Educação, também nos traz um olhar amplo do que é Educação, ou como ele mesmo chama Educações, pois para o mesmo não há um único modo de educar, uma única maneira, pois aprendemos em todos os contextos diferenciados que vivenciamos cotidianamente. Contudo, não podemos negar que apesar de aprendermos em contextos não formais e informais de Educação o contexto formal tem seu destaque, pois foi constituído como espaço legítimo de consolidação dos conhecimentos sócio-históricos elaborados ao longo da humanidade. Assim, a instituição escolar auxilia no perpassar destes conhecimentos, sendo um espaço democrático de construção e disseminação dos mesmos. GUARDE ESSA IDEIA! A instituição escolar nos seus diversos níveis e modalidades de ensino tem este papel fundamental que é educar, formar para a melhoria do âmbito social, formar para a cidadania, construir os valores sociais. No âmbito de nossa discussão do Ensino Superior a nível nacional, temos a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), que em seu artigo 43º nos diz que a educação superior tem as seguintes finalidades: 1. estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; 2. formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; 3. incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; 4. promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; 5. suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; 13 6. estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; 7. promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. O estímulo da criação cultura e desenvolvimento do raciocínio crítico se coloca como finalidade primordial neste nível de ensino, pois é daí que emergem os profissionais que construirão o futuro do país a partir de suas práticas e descobertas científicas. Para além de formação de profissionais nas suas diversas áreas do saber, o Ensino Superior tem como finalidade o desenvolver da ciência e da tecnologia, sem falar da disseminação da cultura. Pesquisa, investigação, produção e compartilhamento de conhecimento, contribuir para a melhoria social, formação para a cidadania e sustentabilidade, educação com qualidade, desenvolvimento de pessoas a partir de uma educação para o longo da vida, formação dos valores sociais, formação de profissionais e cooperação com o mercado de trabalho, valorização e disseminação das culturas nacionais e internacionais, possibilitar intercâmbios culturais, defender e divulgar os valores sociais pelos quais luta são algumas outras finalidades importantes do Ensino Superior em nosso país. Saiba, caro (a) estudante, que um dos pontos essenciais que se colocam como finalidade no Ensino Superior no Brasil é a melhoria da educação em todos os níveis em como de seus profissionais, seja no aspecto de financeiro, de valorização destes, como no aspecto prático profissional. Você já deve ter percebido que o professor é a profissão que forma todas as demais e por tal necessita ser valorizado, não é? O país só irá avançar quando a educação for levada de modo mais sério, mais prioritário, e que os investimentos não sejam apenas em estrutura, mas principalmente no capital humano tão importante e que faz realmente a diferença. O Ensino Superior tem o papel de progressivamente contribuir para a formação destes profissionais que atuam na Educação Básica de nosso país, buscando formar com qualidade, compromisso social, ética, trazendo a inovação tecnológica como potencializador de tais práticas educativas, o que é um grande passo para a mudança da realidade educacional que hoje vivenciamos, que está ainda muito aquém do que esperamos e precisamos para evoluir enquanto nação. VEJA O VÍDEO! Que tal você se aprofundar no sentido da Educação Superior a partir da entrevista abaixo? Confira o vídeo com a duração de vinte e sete minutos e trinta e seis minutos: Analisando o vídeo O vídeo nos traz uma reflexão um pouco do histórico do Ensino Superior no país, de como ele se desenvolveu, quais as problemáticas que se colocam para a nossa reflexão, como o investimento nas instituições privadas como política pública, a mercantilização deste nível de ensino, a qualidade do mesmo, entre outros aspectos fundamentais para compreendermos mais a fundo o cenário atual que se coloca e que 14 obstáculos é preciso superar para a melhoria da qualidade do Ensino Superior brasileiro. Percebeu quão importante e quantas as finalidades do Ensino Superior? Você atuou ou atua no Ensino Superior? Tais finalidades já eram conhecidas por você? Refletiu sobre as problemáticas que se colocam em nossa realidade brasileira? Em sua opinião o que poderia ser feito para que tais finalidades fossem alcançadas? Pensar sobre tais questões nos ajudam a compreender o Ensino Superior e toda sua complexidade e desafios a serem enfrentados por todos que fazem ou almejam fazer parte deste importante nível de ensino. Vamos dar continuidade aos nossos estudos adentrando a última temática de nosso guia 1? INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO CENÁRIO BRASILEIRO E SUA ORGANIZAÇÃO Figura 3 Fonte: http://sereduc.com/GLgOu2 Você já parou para pensar em como é organizada a Educação Brasileira? E o Ensino Superior? Vamos refletir então a respeito? De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 o sistema educacional brasileiro tem a possibilidade de ter instituições de Ensino Superior públicas ou privadas, e assim, o sistema de ensino é livre para a iniciativa privada, desde que as mesmas sigam as normas gerais da educação nacional, além claro de ter a autorização para funcionar e ser avaliada de maneira qualitativa pelo Poder Público. No caso das instituições públicas elas podem ser a nível federal, estadual ou municipal e são de 15 tal modo mantidas pelo Poder Público e gratuitas, ao contrário das privadas, onde os seus alunos pagam mensalidade, quando as mesmas têm fins lucrativos, uma vez que tem instituições privadassem fins lucrativos, como as comunitárias, confessionais e filantrópicas. As privadas quando tem fins lucrativos são mantidas por pessoas físicas ou jurídica de direito privado. VOCÊ SABIA? Você sabe o que são instituições comunitárias, confessionais e filantrópicas? Não deixe de aprofundar seus conhecimentos. Para saber mais entre no link. Segundo o decreto 5.773/06 de 9 maio de 2006, o qual dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino, em seu artigo 12 nos diz que “as instituições de educação superior, de acordo com sua organização e respectivas prerrogativas acadêmicas, serão credenciadas como: I-Faculdades; II-Centros Universitários e III- Universidade”. O mesmo decreto ainda coloca que primeiramente as instituições serão cadastradas como faculdades e que para se tornar centros universitários ou universidades, com as consequentes prerrogativas de autonomia, necessitam de credenciamento específico de instituição já credenciada, que esteja com funcionamento regular e tenha um padrão satisfatório de qualidade. Vale salientar, prezado (a) aluno (a), que ainda existem os Institutos Federais que tem por objetivo a formação técnica em áreas formativas diversas oferecendo Ensino Médio ao técnico, além de cursos técnicos, licenciaturas e pós-graduação, sem falar em cursos superiores de tecnologias. Nas instituições de Ensino Superior existem diversos cursos e graus de formação: • Graduação, a qual pode ser cursos de licenciatura e ou bacharelado; • Pós-graduação, que pode ser stricto sensu (cursos de mestrado e doutorado acadêmico ou profissional) ou lato sensu (especializações diversas); • Tecnologia, que são cursos superiores especializados em áreas científicas e tecnológicas; • Residência médica, que são cursos para os profissionais da área médica que se caracteriza com pós-graduação lato sensu e que acontece como treinamento em serviço; • Residência multiprofissional em saúde, que é o mesmo que a anterior só que voltada para especialização em outras áreas da saúde que não a Medicina; • Extensão, que se caracteriza como sendo programa de formação do Ensino Superior que visa alinhar este nível de ensino com a sociedade no intuito de cumprir o papel social da instituição superior de compartilhar conhecimento desenvolvido no âmbito do ensino, pesquisa, e buscar compreender as demandas das comunidades, suas problemáticas e possíveis soluções. ??? 16 A Educação Superior está organizada tanto em cursos presenciais como também com cursos a distância. No que tange aos cursos presenciais a mesma pode acontecer em turno matutino, vespertino, noturno ou integral. Apesar de todas estas possibilidades de estudo é perceptível que a maioria dos estudantes estudam no período noturno, pois são trabalhadores. Ser aluno e trabalhador é um grande desafio, pois obter formação com pouco tempo disponível para se dedicar a mesma requer muita disciplina, comprometimento do aluno para que realmente ele possa se formar um profissional competente. Este desafio do tempo nos tempos atuais tem sido uma das motivações que muitos estudantes buscam se formar na modalidade educativa a distância, uma vez que esta possibilidade um tempo-espaço diferenciado de aprendizagem, a partir do ciberespaço e do emergir dos ambientes virtuais de aprendizagem, os quais tem diversas possibilidades de interfaces para que o aluno possa se comunicar com seus professores e alunos e construir conhecimento de maneira interativa e colaborativa. Muitos autores já discutem que por no futuro a educação tende a se dá como Blended Learning, você sabe o que isso significa? O Blended Learning significa dizer ensino semipresencial, ou seja, que tenham momentos de construção presencial e outros on-line, assim, vemos que é uma combinação do ensino presencial com a distância. Que tal aprofundar tal significado? Saiba mais sobre o Blended Learning e as mudanças no Ensino Superior com a possibilidade da Sala de Aula Invertida. Você já ouviu falar em sala de aula invertida? VISITE A PÁGINA Para saber mais entre no seguinte link. Um dos pontos importantes que é colocado também pelo decreto 5.773 e que tem como propósito garantir uma qualidade no Ensino Superior é a questão de um percentual de um terço de mestres e doutores em todas as instituições e um terço do corpo docente com carga integral de trabalho. Isto é uma visão realmente positiva da nossa legislação, pois garante que as instituições tenham profissionais com maior qualificação em seu quadro de docentes, professores pesquisadores, cientistas, e como tal que estes possam buscar concretizar uma melhoria na qualidade do Ensino Superior a partir do desenvolver de um trabalho com propostas inovadoras, antenados com o desenvolvimento das pesquisas nacionais e internacionais em cada área de atuação e colocar em práticas as propostas exitosas que vem sido compartilhadas cientificamente. Viu como o Ensino Superior é minimamente organizado? 17 Você deve aprofundar seus conhecimentos e ler o livro base da disciplina, que terá uma descrição mais detalhada a respeito desta organização. Para darmos fechamento a nossas reflexões deste guia, vamos adentrar no segundo texto base de estudos? LEITURA COMPLEMENTAR Vamos aprofundar nosso olhar o Ensino Superior no Brasil? Este é o segundo texto base para discussão: Sistema Universitário “de Assistência Social” é Máquina de Enxugar Gelo. Acesse o link agora. PALAVRAS DO PROFESSOR Espero que você tenha gostado dos conteúdos que debatemos nessa unidade! Neste guia de estudos resgatamos o conceito de Didática como sendo uma área do conhecimento pedagógico que tem como objeto de estudo o ensino, que nos possibilita refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem, sendo assim estudo da prática pedagógica. Vimos que ela busca a partir da reflexão teoria-prática fundamentar novas possibilidades no processo de ensino e aprendizagem como forma de potencializar as práticas para a concretização da aprendizagem pelos alunos. Assim, ela reflete não apenas sobre o ensinar, mas o que ensinar, porque ensinar, como ensinar, e desta forma vemos que ela não é uma ciência neutra, mas que depende da concepção de ensino, aprendizagem, sociedade, de educação, política que o docente possuí. O Ensino Superior se consolida como o nível educacional mais elevado dos sistemas educativos e tem como objetivo central a formação de profissionais qualificados para o mercado de trabalho. Além disto, tal nível de ensino tem como outros objetivos centrais o Ensino, a formação do cientista e a formação do cidadão. Também compreendemos os três eixos principais acerca das políticas públicas no Ensino Superior no cenário brasileiro: • Democratização do acesso e flexibilização de modelos de formação; • Elevação da qualidade e avaliação; • Compromisso social e inovação. Muitos desafios se colocam para a melhoria da qualidade deste nível de ensino e assim, repensar as didáticas, as práticas, a forma como tem se concretizado tal nível de ensino, seu impacto na sociedade, sua contribuição, se faz mais que necessário a partir do momento social que vivenciamos, que é a Sociedade da Informação. 18 Vimos também que Ensino Superior no Brasil tem discrepâncias bastante acentuadas se formos considerar as instituições de outros países latino-americanos. Isto se deve ao seu histórico, que é de formação bem mais recente, datando do século XIX, e com as primeiras universidades a partir do século XX. Algumas políticas têm sido elaboradas pelo poder público como forma de promover a democratização do acesso, como o: Prouni, Fies, Sistema UAB; contudo muito ainda precisa ser feito para que se tenha o acesso de todos e com qualidade. Também vimos um pouco acerca das finalidades e organização do Ensino Superior e suas problemáticas que precisam ser cada vez mais discutidasem busca de soluções que nos guiem para uma mudança qualitativa neste nível de ensino. Após as leituras e discussões sobre as temáticas citadas ainda resta alguma dúvida? Caso você tenha ainda alguma dúvida, não esqueça que seu professor/tutor virtual está no ambiente virtual para auxiliá-lo (a)! O diálogo é imprescindível para a construção e consolidação de seus conhecimentos, pois o a Educação a Distância não é aprender sozinho, mas aprender cada qual em seu espaço-tempo diferenciado, mas interagindo e colaborando com o seu olhar, sua opinião, pois as ideias dos outros acabam enriquecendo nossos pontos de vista, não é verdade? Acabamos aqui o primeiro guia de estudo, da disciplina Didática do Ensino Superior 2. Aguardo sua participação no próximo guia! ACESSE O AMBIENTE VIRTUAL É importante pontuar que a leitura do livro texto da disciplina é fundamental, além de acessar a biblioteca virtual e as leituras complementares sugeridas ao final dos guias de estudo! Não se esqueça que as atividades estão disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA. Elas possuem caráter avaliativo! Abraço virtual DICAS DE LEITURAS: 1. Livro: Desafios e Perspectivas da Educação Superior Brasileira para a Próxima Década 2011-2020. 2. O Ensino Superior no Brasil: Público e Privado 3. Decreto 5.773 de 9 de maio de 2006 4. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 5. Ensino Superior no Brasil: Cenário, Avanços e Contradições 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996. BEHRENS, Marilda Aparecida. O Paradigma Emergente e a Prática Pedagógica. Petrópolis, RJ: 4 ed. Vozes, 2010. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O Que é Educação. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981. BRAVO, César Bernal; COSLADO, Ángel Barbas. Uma geração de usuários da mídia digital. In: APARICI, Roberto. Conectados no ciberespaço. Tradução Luciano Menezes Reis. São Paulo: Paulinas, 2012. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 16. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GARCÍA, F.;PORTILLO,J.;ROMO, J.; BENITO, M.(2008). Nativos digitales y modelos de aprendizaje. Universidad de País Basco/Euskal Herriko Unibertsitatea(UPV/EHU). MATTAR, João. Interatividade e aprendizagem. In: LITTO, F.; FORMIGA, M. Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. p. 112-120. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007. UNIDADE II GUIA DE ESTUDO Didática do Ensino Superior 2 1 PARA INÍCIO DE CONVERSA Caro (a) estudante, como vai? No Guia de Estudos 1 discutimos e relembramos o conceito de Didática como área do conhecimento da Pedagogia, que tem como objeto de estudo o processo de ensino e aprendizagem buscando ser uma ponte do conhecimento teórico e prático, não se limitando assim aos aspectos metodológicos e técnicos para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. A Didática está sustentada por diferentes aspectos: filosóficos, culturais, políticos, históricos e sociais, visto que é uma forma crítica do educador desenvolver sua prática pedagógica de maneira ética e atrelada ao projeto de sociedade em que esta se concretiza. Abordamos o Ensino Superior como o mais alto dos níveis educativos e que tem como objetivo a formação de profissionais nas mais diversas áreas do saber para o mercado de trabalho. Vejamos como os eixos fundamentais acerca das políticas públicas neste nível de ensino no Brasil, se retratam: • Democratização do acesso e flexibilização de modelos de formação; • Elevação da qualidade e avaliação; • Compromisso social e inovação. Compreendemos que o Ensino Superior no Brasil tem discrepâncias muito acentuadas se consideradas às instituições de outros países latino-americanos. Isto se deve ao seu histórico, que é de formação bem mais recente, datando do século XIX as primeiras instituições de ensino superior, mas as primeiras universidades brasileiras datam do século XX: • 1909 - Universidade de Manaus; • 1911- Universidade de São Paulo; • 1912- Universidade do Paraná; • 1920- Universidade do Rio de Janeiro; • 1927-Universidade de Minas Gerais. Vale salientar que já existia o Ensino Superior no nosso país desde a vinda da família real ao Brasil em 1808, contudo, nenhuma foi considerada Universidade antes de 1909, uma vez que para ser considerada Universidade se necessitava não apenas ter um número significativo de cursos, mas também ter um estatuto e seus documentos em dias com este estatuto para ter o status de Universidade. Debatemos que o Ensino Superior precisa enfrentar ainda muitos desafios para que se concretize com qualidade, e não apenas se garanta o acesso, dentre estes podemos citar: • O ressignificar da Didática no cenário da Sociedade Digital, • As concepções de formação profissional que se tem, • O rever dos impactos e contribuições deste nível no desenvolver social entre outros. 2 No sentido de melhoria de tal realidade, algumas políticas têm sido elaboradas pelo poder público como forma de promover a democratização do acesso, como: Prouni, Fies, Sistema UAB, contudo muito ainda precisa ser feito para que se tenha o acesso de todos, bem como com devida qualidade. Também abordamos cerca das finalidades e organização do Ensino Superior e suas problemáticas, as quais precisam ser cada vez mais discutidas em busca de soluções que nos guiem para uma mudança qualitativa neste nível de ensino. ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Neste Guia de Estudos 2, vamos dar continuidade ao entendimento da Didática no Ensino Superior II, teremos como objetivo: “Discutir sobre as características da instituição escolar no contexto socioeconômico cultural brasileiro, a partir do olhar da política educacional para as instituições de Ensino Superior, especialistas e sua formação e os recursos materiais necessários”. Iremos compreender desde a concepção e importância das Políticas Públicas para a Educação Superior, perpassando o especialista docente no cenário da Educação Superior na Sociedade do Conhecimento e necessária mudança de paradigma educativo, e por fim os recursos materiais necessários para um funcionamento do Ensino Superior com qualidade. De tal modo, teremos neste guia três pontos de debate: A Política Educacional da Instituição Educacional, Especialistas na Instituição Educacional e Recursos Materiais na Instituição Educacional. Os links sugeridos de base complementar não devem ser considerados como leitura obrigatória, entretanto são imprescindíveis para a construção significativa de sua aprendizagem. No ambiente virtual de aprendizagem – AVA, tais atividades e avaliações estarão disponíveis para sua realização. BASE TEÓRICA Neste segundo ponto de debate de nossa disciplina iremos discutir acerca da política educacional, seus profissionais e os recursos materiais necessários para as instituições de Ensino Superior. Conhecer um pouco mais a fundo da realidade deste nível de ensino é imprescindível para qualquer profissional que atue ou pretenda atuar em tal cenário educativo. Vamos começar a refletir sobre as Políticas Educacionais? A POLÍTICA EDUCACIONAL DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL Figura 1 - Fonte: http://sereduc.com/At13rQ 3 Você lembra que no guia anterior discutimos um pouco sobre os objetivos, finalidades e organização do Ensino Superior no Brasil? De certa forma alguns elementos que iremos debater neste guia perpassa o que já discutimos, mas buscaremos aprofundar um pouco mais o nosso olhar sobre este nível de ensino. Mas afinal, você sabe o que é uma Política Pública? GUARDE ESSA IDEIA! Políticas Públicas se colocam como ações, programas, atividades do governo no âmbito municipal, estadual e federal que agem de maneira direita ou indireta (delegação), tendo como participação entes públicos e privados, que afetam a vida de todos os cidadãos. Taispolíticas objetivam assegurar os direitos garantidos por todos através da Constituição ou que de certa maneira tomam centralidade por sua importância e reconhecimento pela sociedade e/ou poderes públicos. Um dos exemplos que estamos debatendo é a Educação, a qual é vista como direito constitucional e universal, ou seja, direito de todos os brasileiros, assim, para promover e assegurar a mesma é necessário criar políticas públicas. Você sabia que para uma política pública ser elaborada é necessário a iniciativa do Poder Executivo ou Legislativo? Pois é! Isso acontece de maneira separada ou conjunta, a partir da demanda da sociedade e esta pode participar, acompanhar e avaliar mediante audiências, encontros, conferências ou conselhos que existem para discussão destas políticas. Apesar das Instituições de Ensino Superior (IES) terem autonomia para elaborar sua política educacional, elas precisam seguir orientações de órgãos reguladores representadas em fóruns, seminários, congressos com intuito da criação de normas a serem seguidas por todas as instituições. Muitos professores não conhecem tais políticas, mas é de suma importância se apropriarem das mesmas no sentido de contribuir para a concretização de tais metas, as quais visam a qualidade formativa do Ensino Superior. Querido (a) aluno (a), você já parou para refletir no cenário brasileiro? Quem são os órgãos responsáveis em regular as políticas públicas em todos os âmbitos e níveis educativos? Quem determina a política educacional são os órgãos reguladores em Educação, sendo no âmbito federal, o Ministério da Educação – MEC, papel de regulador central, além das suas unidades e secretarias como: Conselho Nacional de Educação (CNE), Secretaria de Educação Superior (SESu), Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Agora, vamos conhecer um pouco sobre cada um destes órgãos? 4 O Ministério da Educação – MEC e demais órgãos reguladores Criado em 1930, no governo de Getúlio Vargas, o Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, hoje chamado Ministério da Educação _ MEC, começa a ter o foco específico em Educação a partir de 1995. O referido Ministério tem como objetivo inicial reconhecer e autorizar cursos de nível superior, além da aprovação de estatutos de universidades e estabelecimentos federais isolados, através do Decreto n° 83.857 de 15/08/1979. Só a partir do Decreto n°1.845 de 28/03/1996 é que se designa a competência para autorizar e credenciar periodicamente as universidades, bem como os estabelecimentos isolados de Ensino Superior, além de autorizar e reconhecer cursos, aprovar os estatutos e os regimentos de todas as instituições de Ensino Superior. Vale salientar que existe ainda o Decreto 1.917 de 27/05/1996 que estabelece a forma de organização do MEC, bem como suas secretarias e departamentos e os objetivos destas. O Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão ligado ao MEC, a partir da Lei n° 1.931 de 25/11/1995, tem como objetivo: colaborar com a formação da Política Nacional de Educação, além de ter atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento às atividades do MEC. Temos a Secretaria de Educação Superior (SESu), uma unidade também do MEC, cujo objetivo é: planejar, orientar, coordenar e supervisionar o processo de criação, ou seja, a formulação e a implementação da Política Nacional de Educação Superior. Para além disto, tal Secretaria deve manter, supervisionar e desenvolver as instituições públicas federais de Ensino Superior (IFES), além de supervisionar as instituições privadas de Educação Superior. A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), criada pelo Decreto n° 7.480 de 17/04/2011, revogada pelo Decreto n° 7.690 de 02/03/2012, absorveu as responsabilidades, antes da SESu, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e da extinta Secretaria de Educação a Distância (SEED), do MEC. A SERES também é uma unidade do MEC, cuja missão é regular e supervisionar as IES públicas e privadas do Sistema Federal de Educação Superior, seja na modalidade presencial ou a distância. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) é o órgão responsável pela coleta de dados do Ensino Superior no país, de modo a possibilitar à sociedade as informações de como este nível de ensino tem se consolidado, bem como as tendências do setor. Tais dados foram instituídos pelo Decreto n° 6.425 de 04/04/2008 que traz informações sobre todas as instituições de Ensino Superior do país, seus cursos de graduação (presencial e a distância), além de cursos sequenciais, inscrições, matrículas, vagas, ingressantes, concluintes, bem como o relato dos perfis dos professores que atuam nestas, nas diferentes formas de organização acadêmica e administrativa. Anualmente, cada um desses órgãos precisa entrar no sistema E-MEC (mecanismo de tramitação eletrônica dos processos de regulamentação) para preencher os dados solicitados pelo mesmo. Após o INEP conferir os dados e validá-los, o censo é divulgado à sociedade. Agora conheça quais os aspectos importantes do referido censo: 5 • Perceber como está caminhando o Ensino Superior em todo país e quais as lacunas que apresentam; • Refletir conjuntamente quais as soluções a curto, médio e longo prazo para tentar solucionar as problemáticas; • Buscar garantir uma melhor qualidade neste nível de ensino. Vamos agora conhecer alguns dados que retratam a realidade no cenário brasileiro, em relação ao Ensino Superior! Vamos lá? VISITE AS PÁGINAS Que tal conferir os dados do último Censo da Educação Superior, realizado em 2014 e divulgado em 04 de dezembro de 2015? Clique aqui para acessar. Já no próximo link você conhecerá como ocorreu o aumento de matrículas na graduação, no ano de 2014, no Brasil. Leia a reportagem clicando aqui. Neste percurso, o Ministério da Educação com o intuito de buscar garantir uma educação de qualidade em nosso país criou muitas políticas públicas que foram consolidadas para garantir não apenas o acesso à educação, mas, principalmente, a qualidade do ensino. Tais medidas se deram em todos os níveis educativos, como podemos citar o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), vigorando desde janeiro de 2007, em substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), que ficou em vigor de 1997 a 2006. O FUNDEB se estenderá até o ano de 2020 cujo compromisso é com todo o financiamento da Educação Básica, bem como o direcionamento de recursos para a Educação de Jovens e Adultos. Para além de tal política educativa no nível básico da educação, temos como outro exemplo a citar o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), criado em 2007, tendo como objetivo: a visão integrada de educação, e como prioridade: uma educação básica de qualidade. Consequentemente significa que há um investimento na educação profissional e também na educação superior, pois as mesmas estão ligadas de maneira direta ou indireta. Para além destes, temos outras iniciativas como: o Piso Salarial Nacional do Magistério, a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) dentre outros. No âmbito das Políticas Públicas para o Ensino Superior, lembra que no guia anterior falamos sobre algumas delas? Como o FIES, PROUNI e Sistema UAB. Caso não lembre vale a pena revisar o guia de estudo da unidade 1. Pois bem, vimos que estes órgãos vieram como forma de democratizar o acesso ao Ensino Superior no país. Para além disso, foram criados em 2008 os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETS) que são instituições de Educação Superior, Básica e Profissional, designados para expandir o acesso ao ensino superior. 6 Umaoutra política pública bastante importante para a Educação Superior Pública foi a instituição da Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), a partir do Decreto 6.096 de 24/4/2007, que é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), com o intuito de visar a ampliação não apenas do acesso, mas a permanência dos alunos no Ensino Superior. O REUNI possibilitou que as universidades federais tivessem uma expansão física, acadêmica e pedagógica, possibilitando um aumento das vagas nos cursos de graduação, principalmente nos noturnos, além de promover inovações pedagógicas e combate a evasão, entre outros objetivos, todos visando a diminuição das desigualdades sociais no país. VOCÊ SABIA? Saiba que o resultado do Fórum Internacional de 2015 ainda não influenciou o meio acadêmico totalmente, mas como discutimos no guia 1, o documento da UNESCO que coloca os desafios da educação para a próxima década (2011-2020) é a base que tem direcionado no momento as instituições superiores no Brasil, apesar de alguns pontos ainda não terem sido aplicados. O Plano Nacional de Educação – PNE possui vinte metas e estratégias que circundam no aspecto de temas centrais, dentre elas: ampliação do acesso, formação e valorização do magistério, desempenho e rendimento escolar, gestão democrática e financiamento. No que tange ao Ensino Superior tal documento pontua as seguintes metas: Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público. Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo 35% (trinta e cinco por cento) doutores. Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores. As metas trazidas pelo PNE nos mostram a preocupação não apenas com o sentido de democratizar o acesso ao Ensino Superior com qualidade, mas da expansão nos âmbitos das Instituições Públicas, o que é fundamental, visto que a maioria das instituições de Ensino Superior no Brasil são privadas. Além disto, o olhar sobre o aumento da qualidade da Educação Superior também perpassa a elevação da formação docente a nível de mestrado e doutorado, o que também é de suma importância, uma vez que professores mais qualificados estarão mais aptos a concretizarem um processo educativo com metodologias mais coerentes, embasadas e que ampliem as possibilidades de aprendizagens dos alunos. ??? 7 Vemos, de tal modo, que no aspecto geral em se tratando do Ensino Superior, temos alguns pontos que se colocam fundamentais de serem refletidos para a melhoria de tal nível educativo no cenário brasileiro e que tem permeado os documentos oficiais, os quais são: • Democratização do acesso ao ensino superior; • Estímulo a pesquisa e extensão; • Diversificar oferta de cursos e níveis de formação; • Melhoria da qualidade; • Formação dos profissionais de maneira continuada, com foco na qualidade; • Aumento da qualificação do corpo docente no âmbito da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado); • Redução de desigualdades regionais quanto ao acesso e permanência; • Relevância social dos programas oferecidos; • Utilizar novas tecnologias para potencializar novas experiências didáticas; • Internacionalizar, Regionalizar e mundializar. O que você achou de tais pontos? Como fazer para que estes pontos possam ser concretizados? Estas e outras questões são essenciais de serem refletidas para que a mudança neste nível de ensino possa caminhar no sentido de atender tais metas! GUARDE ESSA IDEIA! É importante pontuar que apesar da expansão significativa do acesso da sociedade ao Ensino Superior no Brasil, esta se dá mais no nível de instituições privadas do que de instituições públicas. Basta analisar que no último censo de 2014, do INEP, vimos que existem aproximadamente 2.368 IES no Brasil, sendo que destas: • 2.070 são da Rede Privada; • 298 são da Rede Pública: sendo 107 federais, 118 estaduais e 73 municipais. Tendo toda essa visão panorâmica da situação estudada até o momento, você não acha estes dados bastante discrepante? E o que isto significa? O que podemos concluir desse dado é que o Ensino Superior no Brasil está amplamente ofertado pela rede privada, apesar dos documentos oficiais em nenhum momento colocar que o objetivo era expandir tal nível de ensino no âmbito do privado, porém, na verdade é isto que está acontecendo. Vale salientar que como vimos anteriormente, esta questão da expansão das IES públicas é pontuada como sendo a meta 12 do Plano Nacional de Educação para a próxima década. Tudo isso é um fator a se preocupar e refletir, não é verdade, caro (a) estudante? 8 Tendo como base que as universidades públicas e instituições lucrativas de ensino superior, são diferentes em seus objetivos: estruturas, cultura, valores, apesar de regidas por normas nacionais estabelecidas pelo MEC, vejamos o que nos diz (NUNES, 2007, p.8) Do ponto de vista educacional, as não-lucrativas estão motivadas pela obtenção de prestígio institucional, produção de conhecimento mesmo se não aplicado a fins práticos, concentrando-se na formação acadêmica de seus discentes e no desenvolvimento das carreiras de seus docentes, os quais possuem influência institucional significativa. Já as lucrativas têm ensino aplicado e fortemente influenciado pelo mercado, no que se refere tanto à formação acadêmica de seus alunos, quanto à seleção de seus docentes. Neste sentido, temos que refletir sobre esta realidade educativa do Ensino Superior no Brasil, questionarmos o porquê que não se investe tanto no âmbito público, no que tange ao Ensino Superior, que aspectos está por trás desta situação, como as Instituições privadas de Ensino Superior estão sendo avaliadas, se seus cursos realmente estão se concretizando de acordo com os parâmetros do MEC, pois o que mais deve nos preocupar é qualidade do ensino e dos profissionais que irão atuar na sociedade oriundos deste nível de ensino. Esta realidade de expansão do Ensino Superior privada também se retrata como uma mercantilização do Ensino Superior, o que é uma questão totalmente desviante se considerarmos os demais países do mundo. Você sabia? Você sabia que a Revista Exame publicou as 30 melhores universidades do mundo em 2015 em uma matéria em setembro do ano passado? Caso você não conheça a matéria, saiba que a revista ressaltou que das 20 mil instituições de ensino superior do planeta, apenas 3,5 delas participaram da avaliação realizada pela consultoria Quacquarelli Symonds (QS) devido a se enquadrarem nos requisitos que eram: ü Ter pelos menos dois cursos de graduação; e ü Pós-graduação em áreas distintas. A universidade topo da lista foi o MIT- Massachusetts Institute of Technology, em segundo lugar a Harvard, também nos Estados Unidos da América, e em terceiro lugar a de Cambridge no Reino Unido. No que se refere à realidade brasileira, a melhor instituição avaliada é a Universidade de São Paulo (USP) que ocupa a posição de 143º lugar, salientando que houve uma queda de 11 posições em se tratando do ano de 2014. Para alarmar ainda mais: no ranking das 100 melhores não existe nenhuma universidade brasileira, e entre as 500 melhores só existem três. Você percebeu como ainda temos muito a fazer pelo Ensino Superior no nosso país, prezado (a) aluno (a)? Pois é! Estamos ainda a caminhos longínquos dos níveis de excelência universitária a nível global, desta forma, precisamos refletir sobre osobstáculos que se colocam, bem como as políticas públicas poderiam ser consolidadas com vistas para a melhoria da qualidade do Ensino Superior. 9 Em seguida, veja os vídeos para aprofundar ainda mais a nossa reflexão! VEJA OS VÍDEOS! O primeiro vídeo nos traz um debate interessante acerca do Ensino Superior em toda a América Latina. Extraído do livro: “A Educação Superior na América Latina e os Desafios do Século XXI”, tem a participação do sociólogo Simon Schwartzman, organizador da obra, além da Professora Maria Rita de Almeida Toledo da Univesp - pesquisadora da História da Educação no Brasil. O referido vídeo possui duração de vinte e oito minutos, aproximadamente. Clique aqui para assistir. Na sequência, você terá dois vídeos que mostram assuntos importantes que vigoram na discussão do Ensino Superior, como: as cotas para o ingresso no IES e a Meritocracia. Assista aos vídeos para ficar por dentro! Meritocracia: duração de vinte e sete minutos e quarenta e seis segundos. Lei das Cotas no Ensino Superior: duração de vinte e nove minutos e cinquenta e três segundos. OS ESPECIALISTAS NA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL Figura 2 - Fonte: http://sereduc.com/muwxRS Caro (a) aluno (a), você já parou para pensar como as mudanças que emergiram com a sociedade digital afetam diretamente o trabalho de todos os especialistas, ou seja, todos os atores envolvidos no processo educativo na Educação Superior? Como você reflete o impacto da Sociedade do Conhecimento e do emergir das tecnologias digitais de informação e comunicação em sua prática pedagógica? Pois bem, muitas são as questões que se colocam ao debate da docência na atualidade e isto é o que buscaremos fazer neste tópico de estudo. Uma delas é a questão da tecnologia em sala de aula. 10 Focaremos agora no ator principal: o professor, o docente, o profissional da educação...e tantas outras denominações! GUARDE ESSA IDEIA! O professor é um dos profissionais que tais mudanças mais afetam, pois, a concepção de ensinar e aprender se modificam completamente no cenário atual, pois as tecnologias de informação e comunicação não só transformaram a forma de viver em sociedade em todas as suas instâncias, como também trazem inúmeras possibilidades para a prática educativa. Se você atua como professor pode perceber como os alunos estão inseridos no universo das tecnologias no momento em que estão em sala de aula com tablets e, principalmente uso de smartphones com suas múltiplas possibilidades de acesso às redes sociais, internet, jogos, entre outros. Por que será que os smartphones, apesar de ser de posse de praticamente todos os alunos não é muito utilizado nas práticas educativas pelo docente? O que vemos na sala de aula da maioria das instituições é justamente o contrário: as salas utilizam avisos alegando a proibição do uso do celular dentro delas, contudo é importante salientar que tal impedimento não se estende ao uso pedagógico. Isto não se aplica apenas ao cenário educativo do Ensino Superior, mas na maioria das escolas da Educação Básica também. Como já sinalizamos a pouco, tal proibição não deve ser aplicada para uso pedagógico, porém parece ser esquecido pela maioria dos professores. VOCÊ SABIA? No cenário de Pernambuco a Lei n° 15.507 de 21 de maio de 2015 regulamenta o uso dos celulares e equipamentos eletrônicos nas salas de aulas, bibliotecas e demais espaços de estudo das instituições de ensino, tanto públicas como particulares, como forma de auxiliar o trabalho do professor. Em muitos outros estados esta lei também se aplica, como São Paulo que foi um dos pioneiros em 2007, bem como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Mato Grosso, Bahia, Rondônia e Goiás. É fato que as tecnologias podem causar dispersão e fazer com que a aprendizagem seja prejudicada, mas se usado com competência, dentro de um projeto motivador e criativo, os alunos certamente ficarão mais estimulados para aprender. As tecnologias se colocam como um dos grandes desafios na prática docente, pois provoca um movimento de necessária modificação de atitudes e comportamentos, não apenas do professor como também dos alunos. Reflitamos juntos a fala de Moran (2009, p.12) no livro “Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica” acerca das tecnologias na educação: ??? 11 Sem dúvida as tecnologias nos permitem ampliar o conceito de aula, de espaço e tempo de comunicação audiovisual, e estabelecer pontes novas entre o presencial e o virtual, entre o estar juntos e o estarmos conectados a distância. Mas se ensinar dependesse só de tecnologias já teríamos achado as melhores soluções há muito tempo. Elas são importantes, mas não resolvem as questões de fundo. Ensinar e aprender são os desafios maiores que enfrentamos em todas as épocas e particularmente agora em que estamos pressionados pela transição do modelo de gestão industrial para o da informação e do conhecimento. O que você achou da fala do autor, querido (a) aluno (a)? Você concorda que realmente o ensinar e aprender é o grande desafio em todas as gerações? Qual o seu olhar acerca das tecnologias na prática pedagógica? Quais os principais desafios para trazer as TDICS (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação), em sua opinião, para o contexto educativo? Reflita acerca das interrogativas acima para que você possa criar um senso crítico a respeito! GUARDE ESSA IDEIA! O professor precisa ter a consciência que apesar de ensinar e aprender ser o desafio central, as tecnologias, mesmo não resolvendo os problemas inerentes da prática educativa, podem potencializar e motivar este processo de ensino e aprendizagem no cenário emergente que vivenciamos. Isto requer que ele busque desenvolver as competências necessárias ao trabalho com as tecnologias, e assim, a formação permanente se faz mais que necessário, uma palavra de ordem no cenário globalizado e de uma gama de informações crescendo a passos nunca antes vistos na história da humanidade. Além disto, excluir as tecnologias da prática pedagógica é uma forma de exclusão social, uma vez que estas tecnologias se apresentam como realidade no mercado de trabalho e vão requerer outras competências dos seus profissionais, que por sua vez necessitam estar preparados para lidar com as diversas demandas de sua área de atuação. De acordo com Behrens (2010, p.23) em seu livro “O paradigma emergente e a prática pedagógica”, o olhar fragmentado levou os professores e alunos a reprodução do conhecimento, e assim, “as metodologias utilizadas pelos docentes têm estado assentadas na reprodução, na cópia e na imitação”. A autora coloca ainda que não podemos mais reproduzir este clássico modelo newton-cartesiano de pensar a educação, porém devemos caminhar para o Paradigma Emergente, o qual é baseado em uma tecnologia inovadora que é produzir conhecimento. Conheça tais pontos fundamentais para a prática docente atual: 1. Visão Sistêmica ou Holística: que significa o resgate do ser humano em sua totalidade, ou seja, considerar o humano com suas inteligências múltiplas; 12 2. Abordagem Progressista: que visa a transformação do social, sendo o diálogo e a discussão coletiva um ponto fundamental para aprender de maneira significativa, contemplando assim trabalhos colaborativos entre alunos e professores, parceira entre tais atores do processo educativo; 3. Ensino como pesquisa: que traz os alunos e professores como pesquisadores e produtores de conhecimento. Depois do exposto, reflita como você deve buscar em sua prática pedagógica os elementos pontuados acima. Questione-se: que desafios se colocam para concretizar este Paradigma Emergente, especificamente no Ensino Superior? Prezado (a) aluno (a), o professor não mais deve se colocar como sujeito centralizador do saber, mas um parceiro, um mediador, um facilitador, um arquiteto do percurso de aprendizagem, oferecendo aos alunos múltiplas possibilidades de reflexões, vivências de produção de conhecimento. Assim, o processo de ensinoe aprendizagem precisa se dá com a preocupação docente de lidar com as necessidades dos sujeitos em âmbito global, do ser em todas as suas nuances: emocional, psicológica, social, política. Além do mais, é um processo de construção do cidadão, uma reflexão sobre sua realidade histórico- social, sendo um ser consciente e agente de mudança. Consequentemente, as práticas de ensino como: pesquisa, construção colaborativa, interatividade, produção do conhecimento são as mais coerentes para as necessidades formativas da atualidade, requerendo deste discente ser ator e construtor de seu fazer histórico. O professor e o aluno devem ser parceiros ativos no processo educativo, ambos aprendendo um com o outro, visão esta que coaduna com o olhar do grande educador Paulo Freire (1996, p.25). Ensinar não é transferir conhecimentos. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem a condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensinar ao aprender. Vemos que esta fala do autor nos remete a uma importante questão que é a relação professor-aluno que deve ser horizontal, pois ambos são sujeitos importantes no processo educativo. O professor precisa ter uma boa relação com seu aluno, ser proativo, incentivar os alunos a aprender a aprender, a produzir conhecimento, a se engajarem em projetos trazidos pelo professor ou até mesmo a produzirem os seus projetos, aliando a teoria com a prática. O docente do Ensino Superior precisa refletir sobre novas estratégias pedagógicas que possibilitem ao aluno ser um construtor de sua aprendizagem. Na atualidade, a partir do cenário da inserção das tecnologias emergem múltiplas possibilidades de se concretizar o processo de ensino e aprendizagem, sendo uma delas a problematização dos conteúdos, ou seja, o aluno parte da discussão de problemas reais de sua área profissional para o entendimento das teorias, refletindo assim a partir de um prisma teórico-prático. O professor tem o papel de discutir com os alunos o seu cenário de atuação profissional, os obstáculos, as possibilidades, orientar os mesmos quanto ao caminhar, as rotas possíveis de carreira, enfim, ele deve guiar o aluno em seu processo de desenvolvimento profissional, ser um orientador, um coaching educacional, termo que significa: o treinamento, acompanhamento, desenvolvimento de estudantes atendendo as necessidades individuais, a orientação de carreira, orientação de escolha de profissão, de continuidade de estudos, ou seja, uma forma de estar junto aos alunos. 13 Você sabe o que é Aprendizagem Invertida? Tal estratégia didática é uma temática também bastante discutida na atualidade e que se coloca como uma metodologia ativa do processo de ensino e aprendizagem, onde professores e alunos são coautores do ensinar e aprender. Tal metodologia coloca o aluno como centro do processo e inverte a lógica da aula tradicional, em que o professor se coloca como o que expõe o conteúdo a ser aprendido, e ao aluno cabe a reprodução dos conhecimentos. Neste sentido, os alunos estudam em suas residências através de textos, vídeos, áudios, games, diversos outros recursos e o momento de sala de aula é potencializado para uma dinâmica ativa, ou seja, para a produção dos alunos: exercícios, estudos de caso, esclarecimentos de dúvidas pelo docente; enfim, é o momento de aprofundar os estudos, de interagir, de autoria, de coautoria, de construção de aprendizagens significativas. Então, querido (a) estudante, o que você acha de tal possibilidade didática? Em seu olhar, quais os principais obstáculos para que tal didática possa se concretizar? Será que o aluno do Ensino Superior tem esta autonomia e tempo necessário para conseguir assumir o papel ativo a que ele é chamado, a partir desta aprendizagem invertida? Você, sendo o professor, como reflete sua aula nesta perspectiva? Todas as interrogativas acima fazem com que você possa pensar sobre tais questões, e compartilhar tais olhares, debater sobre tal estratégia pode contribuir no entendimento de quais os limites e possibilidades de tal proposta de inovação para o processo de ensino e aprendizagem. Há também uma outra possibilidade pedagógica bastante discutida na atualidade que é a GAMIFICAÇÃO. Você já ouviu falar a respeito? Como você responderia se te indagassem o que é Gamificação? Muitos pensam que gamificar uma sala de aula significa levar jogos para sala de aula, porém isto não se concretiza como uma verdade. O jogo também é um recurso que pode ser utilizado para potencializar o processo de ensino e aprendizagem, mas isto não é gamificar. GAMIFICAR é uma estratégia utilizada inicialmente pelo Marketing com a finalidade de engajar e fidelizar clientes, como exemplos no cenário mercadológico: ações como Smiles, Dotz, Clube Viva do Boticário, dentre diversas outras ações de empresas que tem como foco fazer com que o cliente queira continuar utilizando seus serviços pelo atrativo de alguma vantagem. Você já deve ter visto em algum restaurante que frequente a ação de gamificação, a partir do momento em que algum quantitativos de almoços que eles determinam e carimbam em um pequeno cartão garante ao cliente um almoço grátis. Este é apenas um pequeno exemplo entre vários outros que temos de ações de gamificação que as empresas concretizam como forma de fidelizar os seus clientes. No cenário da Educação, a Gamificação é vista como a utilização de elementos de jogos em contextos que não são de jogos, ou seja, no contexto educativo. Vamos analisar o conceito de gamificação na prática pedagógica? 14 ANALISANDO De acordo com (KAPP, 2012) a Gamificação é a utilização de elementos de games (mecânica, estratégias, pensamentos) fora do contexto dos games, tendo como objetivo motivar os indivíduos a ação, auxiliar na solução de problemas bem como promover aprendizagens. O objetivo é criar uma narrativa, uma forma de trazer para o processo educativo um cenário divertido, a partir de alguns elementos usados em jogos como desafios, pontos, ranking, surpresas, competição, colaboração, fases/níveis, controle de tempo entre outros. Ainda são poucas as pesquisas que mostra como a Gamificação pode ser aplicada na prática pedagógica, mas é de suma importância que o professor busque ver a essência de Gamificar, refletir em que momento esta estratégia deve entrar em seu planejamento, uma vez que se mal planejada, a Gamificação pode causar o efeito inverso; ao invés de potencializar, motivar, engajar, ela vai tornar a aula pouco atrativa, sem alcançar o objetivo maior que é aprendizagem. VEJA O VÍDEO! Para aprofundar tal reflexão vejamos este vídeo, com duração de cinco minutos. Clique aqui para assistir. ANALISANDO O VÍDEO Vemos que o vídeo nos mostra a Gamificação como uma reinvenção da educação, trazendo para o cenário educativo a cultura dos games, a qual é bem presente na realidade de crianças e jovens. Ele ainda discute alguns elementos que são criticados em um processo de Gamificação e salienta os pontos mais importantes para se gamificar, para fazer da sala de aula um espaço mais motivante, onde o aprender seja um processo prazeroso. Que tal você conhecer uma experiência de Gamificação na Educação? A experiência é extremamente interessante, uma vez que traz o relato processual de como tal Gamificação foi pensada e concretizada no Ensino Superior, bem como os resultados da mesma para o processo de ensino e aprendizagem. Vale a pena conhecer e quem sabe se inspirar para concretizar em sua prática pedagógica tal estratégia didática, bem como a posteriori publicar a mesma em eventos científicos! 15 VISITE A PÁGINA Vale a pena conferir esta produção que mostra uma experiência de Gamificação no Ensino Superior. Clique aqui para acessar. Depois de todo o assunto estudado até o momento, você já parou para pensar sobre como está sua prática pedagógica? Se você está conseguindo realmente atingir
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