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GE - Didática do Ensino Superior II_01_ao_04df

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Prévia do material em texto

UNIDADE I
GUIA DE ESTUDO
Didática do Ensino Superior II
2
DIDÁTICA DO ENSIONO SUPERIOR II
UNIDADE I
Formação do professor no Cenário da Cibercultura: Habilidades e Competências
PALAVRAS DO PROFESSOR
Caro (a) cursista, tudo bem?
Vamos construir conceitos importantes acerca da Didática no Ensino Superior II. Nosso percurso será 
constituído por leituras obrigatórias e complementares, pesquisas, debates nos fóruns de discussão 
e atividades diversas (disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA) que proporcionarão 
momentos de reflexão-ação-reflexão inerentes ao processo educativo e a construção de um aprender 
de maneira significativa. Através da interatividade no AVA, a cooperação e colaboração entre os pares, 
teremos um caminhar de crescimento mútuo e consolidação de aprendizagens.
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA 
Esta disciplina tem como objetivo compreender o papel do ensino superior na realidade brasileira e a 
Didática como constituinte essencial neste nível de ensino, e assim buscaremos discutir no decorrer da 
mesma os seguintes objetivos específicos abaixo:
•	 Resgatar o conceito de Didática na Educação Superior;
•	 Refletir acerca das características da instituição de ensino superior no contexto socioeconômico 
e cultural brasileiro, adentrando seus objetivos, finalidades e organização;
•	 Discutir sobre as características da instituição escolar no contexto socioeconômico cultural 
brasileiro a partir do olhar da política educacional para as instituições de Ensino Superior, 
especialistas e sua formação e os recursos materiais necessários;
•	 Entender sobre diferentes formas de ensino como planos de organização, processos de 
interação e atividades de ensino e aprendizagem em ambientes virtuais;
•	 Analisar as estratégias de ensino, a natureza dos conteúdos e as formas de avaliação.
Nossas discussões no decorrer de toda a disciplina serão norteadas a partir das seguintes unidades 
temáticas: 
•	 Unidade 1 - Instituições de Ensino Superior: Características no Contexto Socioeconômico 
Cultural Brasileiro; 
•	 Unidade 2 - Política Educacional, Especialistas e Recursos Materiais nas Instituições de Ensino 
Superior; 
•	 Unidade 3 - Novas Possibilidades no Processo de Ensino no Ensino Superior: Plano de 
Organização, Interação Escolar e o Trabalho em Ambientes Virtuais de Aprendizagem; 
3
•	 Unidade 4 - Docência no Ensino Superior: Estratégias de Ensino, Natureza dos Conteúdos 
Escolares e Possibilidades na Avaliação. 
Iniciaremos, o Guia de Estudos, da Unidade 1, discutindo sobre as Instituições de Ensino Superior: 
Características no Contexto Socioeconômico Cultural Brasileiro, bem como teremos como objetivo neste 
guia refletir acerca das características da instituição de ensino superior no contexto socioeconômico e 
cultural brasileiro, adentrando seus objetivos, finalidades e organização. 
Para a consolidação deste objetivo teremos três pontos de debate: Instituições de Ensino Superior no 
Cenário Brasileiro e seus Objetivos, Instituições de Ensino Superior no Cenário Brasileiro e suas Finalidades 
e Instituições de Ensino Superior no Cenário Brasileiro e sua Organização. 
Todos os links de base complementar sugeridos neste guia de estudo e nos demais não são de leitura 
obrigatória, contudo são de suma relevância para sua construção do conhecimento. Não esqueça de 
conferir os detalhes e prazos para realizar as atividades propostas neste guia e a sua avaliação da 
unidade, pois estes elementos são fundamentais para a concretização da disciplina. No ambiente virtual 
tais atividades e avaliação estarão disponíveis para sua realização. 
Bom curso!
BASE TEÓRICA 
Visando a compreensão do nosso primeiro ponto de debate acerca da Didática no Ensino Superior II, 
que se materializa como os objetivos, finalidades e organização do Ensino Superior no cenário brasileiro, 
iniciaremos elaborando um breve resgate do conceito de Didática bem como da Didática no Ensino 
Superior, uma vez que estes elementos se colocam como centrais para as reflexões que faremos ao longo 
da disciplina.
RESGATANDO O CONCEITO DE DIDÁTICA E AS PECULIARIDADES NO ENSINO SUPERIOR 
A Didática é conhecida deste os primórdios, na Grécia Antiga, e antes era associada como uma ação 
de ensinar presente nas diversas relações humanas. Uma das mais importantes obras que demarcam 
esta ciência, escrita por João Amós Comênio (1592-1670), no século XVII, a Didática Magna, teve como 
objetivo ser um tratado de arte universal de ensinar tudo a todos, conceito este que foi se aprimorando ao 
longo da história da humanidade. Para além de Comênio, considerado o pai da Didática, outros pensadores 
auxiliaram na construção do conceito da Didática por diversas facetas, e alguns deles são Sócrates, 
Herbart, Dewey, Jean Jacques Rousseau entre outros. 
 
VOCÊ SABIA?
Prezado (a) aluno (a), você conhece o termo Didática? Se sim, excelente! Revise o seu 
significado; caso contrário, conheça agora!
???
4
O termo Didática se origina da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se tem como 
significado a arte ou técnica de ensinar. Ela se concretiza como uma ciência pedagógica que tem como 
preocupação central os métodos e técnicas de ensino. É importante destacar que a Didática não se 
consolida como mera instrumentalização técnica do ensino, mas um importante componente do fazer 
pedagógico que envolve para além da tríade professor, aluno, conhecimento, a importância do contexto 
socioeconômico e histórico em que o processo de ensino e aprendizagem acontece. 
A Didática é uma área do conhecimento pedagógico que tem como objeto de estudo o ensino, que nos 
possibilita refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem, sendo assim estudo da prática pedagógica. 
A Didática faz uma mediação entre o saber científico e a sala de aula, com o intuito de possibilitar 
que os alunos, com suas múltiplas inteligências e maneiras diferenciadas de aprender, possam construir 
conhecimento de modo contextual, singular e significativo. Ela busca a partir da reflexão teoria-prática 
fundamentar novas possibilidades no processo de ensino e aprendizagem como forma de potencializar 
as práticas para a concretização da aprendizagem pelos alunos. Assim, ela reflete não apenas sobre o 
ensinar, mas o que ensinar, porque ensinar, como ensinar, e desta forma vemos que ela não é uma ciência 
neutra, mas que depende da concepção de ensino, aprendizagem, sociedade, de educação, política que 
o docente possui.
Na prática docente a Didática se materializa diante do professor:
•	 Saber elaborar uma aula que atenda as múltiplas inteligências;
•	 Planejar sua unidade de ensino;
•	 Selecionar os conteúdos;
•	 Estabelecer objetivos, competências e habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos;
•	 Saber planejar o tempo pedagógico;
•	 Dispor de técnicas e recursos que possam potencializar o processo de ensino e aprendizagem;
•	 Saber avaliar o processo de ensino aprendizagem;
•	 Reorganizar o percurso a partir dos dados desta avaliação.
Enfim, é ter o saber de planejar, acompanhar, avaliar e reordenar o processo de ensino e aprendizagem 
como forma de obter resultados significativos no que tange a aprendizagem dos alunos. 
GUARDE ESSA IDEIA!
É importante salientar que a Didática se concretiza como um processo de reflexão-
ação-reflexão da prática docente, em que o mesmo reflete acerca das problemáticas 
que se colocam no seu fazer pedagógico buscando superá-las em prol do consolidar das 
aprendizagens dos alunos.
Pensar a Didática no Ensino Superior é de extrema importância, pois o papel da universidade em formar 
profissionais qualificados para o mercado de trabalho exige mais do que conhecimento teórico da ciência 
que leciona, mais do que títulos acadêmicos de mestre ou doutor, mas ele precisa concretizar um processo 
de ensino e aprendizagem que considere a tríade fundamental deste nível de ensino, que é o ensino, a 
pesquisa e a extensão. 
5
A Didática no Ensino Superior precisa está revestida de novaspráticas, aliadas a inovação tecnológica, ao 
perfil do aluno do século XXI e suas novas formas de aprender se a universidade assume como papel central 
a transformação da sociedade a partir da atuação destes profissionais na resolução de problemáticas 
atuais e do futuro da humanidade de modo a desenvolver realmente uma Educação Superior de qualidade.
Conseguiu relembrar o quão importante é o conceito de Didática e sua pertinência na reflexão do nível 
educativo superior?
Que tal continuar o flashback um pouco mais sobre o histórico da Didática, suas concepções e dimensões? 
Acesse os materiais abaixo:
 
VEJA O VÍDEO!
Veja o vídeo História da Didática, com a duração de cinco minutos e quarenta e dois 
segundos.
 
VISITE A PÁGINA
Leia o artigo Conhecendo a Didática, disponível no link.
INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO CENÁRIO BRASILEIRO E SEUS OBJETIVOS 
 
Figura 1
Fonte: http://www.socialdeverdade.com.br/blog/sites/default/files/resize_1336055920_1.jpg
O Ensino Superior se consolida como o nível educacional mais elevado dos sistemas educativos e tem 
como objetivo central a formação de profissionais qualificados para o mercado de trabalho. 
6
Mas, será que este é o único objetivo de uma Instituição de Ensino Superior (IES)? 
Com certeza não! Antes de mais nada convém compreendermos o que é objetivo. 
Segundo o Dicionário Michaelis, o termo Objetivo pode ser definido como:
Objetivo
adj (objeto+ivo) 1 Que diz respeito ao objeto. 2 Que se refere ao mundo exterior. 3 Que existe fora do 
espírito e independentemente do conhecimento que dele possua o sujeito pensante. 4 Filos Diz-se da 
ideia ou de tudo o que se refere aos objetos exteriores ao espírito; que proveio do objeto; que provém das 
sensações (opõe-se a subjetivo). 5 Que expõe, investiga ou critica as coisas sem procurar relacioná-las 
com os seus sentimentos pessoais. 6 Gram Designativo do objeto direto. sm 1 Meta ou alvo que se quer 
atingir. 2 Mira, fim, fito. 3 Mil Posição estratégica a ser obtida, propósito a ser satisfeito por uma operação 
militar; alvo de uma operação militar. 4 Gram Caso que representa o objeto direto do verbo. O. comum, 
Sociol: consenso; alvo compartilhado, consciente ou inconscientemente, pelos membros de um grupo.
 
Podemos perceber a gama do termo, mas o que mais aproxima o nosso olhar é o objetivo como meta ou alvo 
a ser alcançado, mira, alvo compartilhado pelos membros de um grupo, e nesse caso conscientemente, 
uma vez que todos que trabalham em uma IES precisa conhecer os objetivos desta e trabalhar no intuito 
da concretização destes. 
Segundo Severino (2007, p.22) em seu livro Metodologia do Trabalho Científico são três os objetivos do 
Ensino Superior e que devem estar articulados em si:
1. Ensino: está ligado a formação de profissionais das diferentes áreas aplicadas no sentido de 
constituição de competências e habilidades para atuação dos mesmos;
2. Formação do cientista: a pesquisa deve ser colocada como o centro do processo de ensino e 
aprendizagem no intuito de garantia da produção do conhecimento, um pilar fundamental no 
ensino superior;
3. Formação do cidadão: a extensão é o eixo central deste ponto, ou seja, cria a ponte entre 
o Ensino Superior e a sociedade em busca de levar a esta a contribuição do conhecimento 
produzido nestes espaços para a melhoria do âmbito social, sendo assim o estímulo da uma 
conscientização do profissional no sentido de sua condição histórica, social e pessoal.
Você deve ter percebido, caro (a) estudante, que estes objetivos iniciais do Ensino Superior trazidos à 
discussão pelo autor se colocam como a essência do fazer pedagógico deste nível de ensino, contudo, se 
constituem como a essência básica que precisa se alinhar a outras preocupações importantes discutidas 
a nível da Educação Nacional. É neste sentido que devemos pensar acerca das políticas públicas para a 
Educação Superior no Brasil que vêm sendo alvo de grandes debates.
A discussão sobre o papel e contribuição social da Educação Superior tem sido temas bastantes debatidos 
nos últimos anos a nível nacional e mundial, que buscam refletir sobre as necessidades de mudança de 
algumas vertentes deste nível educativo. Neste sentido, no ano de 2009 foi realizado o Fórum Nacional de 
Educação Superior (FNES/2009), o qual se materializou como etapa preparatória à participação do Brasil 
na Conferência Mundial de Educação Superior, em julho de 2009, em Paris.
7
Na discussão de tal Fórum houve a pontuação de três eixos principais acerca das políticas públicas no 
Ensino Superior no cenário Brasileiro:
1. Democratizar o acesso e flexibilizar de modelos de formação; 
2. Elevar qualidade e avaliação;
3. Compromisso social e inovação.
Dando continuidade em 2010 a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CES/ 
CNE) realizou em conjunto com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura 
(UNESCO) a oficina de trabalho “Desafios e Perspectivas da Educação Superior Brasileira para a Próxima 
Década” e se tinha por meta apresentar alguns indicadores para a construção das “Perspectivas para a 
Educação Superior para a Próxima Década à Luz do Plano Nacional de Educação (PNE) 2011-2020”. 
Tal oficina se deu pela participação de muitos especialistas e interessados no debate sobre os novos 
modelos e possibilidades a Educação Superior, e resultou na publicação de um livro com a coletânea 
de artigos produzidos pelos especialistas que ministraram as palestras do evento, o qual é denominado 
“Desafios e Perspectivas da Educação Superior Brasileira para a Próxima Década 2011-2020”. Vale a pena 
conferir o conteúdo do mesmo no material complementar ao final deste guia de estudo.
 
GUARDE ESSA IDEIA!
Alguns dos pontos importantes que foram discutidos e propostos como desafios a 
serem superados na Educação Superior foram:
•	 Democratizar acesso e permanência;
•	 Ampliar a rede pública superior e vagas nas IES públicas;
•	 Reduzir as desigualdades regionais quanto a questão do acesso e 
permanência;
•	 Formação de profissionais com foco na qualidade;
•	 Diversificar oferta de cursos e dos níveis de formação;
•	 Qualificação dos profissionais docentes;
•	 Garantia de financiamento, especialmente no que tange ao setor público;
•	 Relevância social dos programas oferecido;
•	 Estimular à pesquisa científica e tecnológica;
•	 Utilizar de modos diferenciados as novas tecnologias da informação e 
comunicação,
•	 Internacionalizar, regionalizar e mundializar.
Vemos que tais pontos são fundamentais para o repensar e desenvolvimento do Ensino Superior no país, 
mas que não se esgotam nos mesmos. No ano de 2015 foi realizado na Coréia do Sul, em sua segunda 
edição do evento que se iniciou em 2000, o Fórum Mundial para a Educação, o qual tem por objetivo 
discutir metas para a educação a serem atingidas até 2030, ano este que terá a nova edição do fórum. 
8
Neste âmbito, o Ensino Superior foi ponto de debate no que tange não apenas aos seus objetivos, mas 
missão e organização, dentre vários pontos citados para a tal nível de ensino destacamos alguns:
•	 Democratizar acesso ao Ensino Superior;
•	 Melhoria e desenvolvimento de alunos egressos no que tange as habilidades e competências 
para o mercado de trabalho, uma vez que o Ensino Superior tem tido esta lacuna quanto a 
atender as necessidades em certo âmbito no mercado de trabalho;
•	 Aumento da empregabilidade dos discentes deste nível de ensino;
•	 Aumento do quantitativo de discentes neste nível de ensino;
•	 Qualidade do ensino através de pesquisa e extensão no intuito de desenvolver habilidades e 
competências nos alunos em suas áreas de atuação;
•	 Buscar novas possibilidades didáticas com apoio das tecnologias de informação e comunicação.
 
Caro (a) aluno (a), a partir de tais pontuações podemos perceber que alguns pontos convergem na 
discussão destes eventos, como a questão da democratização do acesso, a qualidade do ensino, novas 
possibilidades pedagógicas e didáticas,utilização das tecnologias de informação e comunicação como 
apoio ao processo de ensino e aprendizagem e por que não dizer como possibilidade de inclusão digital 
destes alunos, além de questões como ensinar através de pesquisa, criar possibilidades de extensão no 
intuito de atender ao tão importante compromisso social que toda a universidade deve ter.
Repensar as didáticas, as práticas, a forma como tem se concretizado tal nível de ensino, seu impacto na 
sociedade, sua contribuição, se faz mais que necessário a partir do momento social que vivenciamos, que 
é a Cibercultura. Temos atualmente uma nova geração de alunos nas salas de aula do Ensino Superior, 
jovens da era do conhecimento, os quais estão imersos neste cenário tecnológico, criando, compartilhando, 
pesquisando, interagindo em diversas comunidades, blogs, são os chamados nativos digitais, termo 
cunhado por Marc Prensky para designar aquelas pessoas que cresceram com as redes (GARCIA et. 
al., 2008). Conectados às redes a maior parte do tempo, fazendo diversas atividades simultaneamente 
(lendo, escutando música, interagindo nas redes sociais e outros), podemos perceber as mudanças que 
as tecnologias causam nas formas de viver e principalmente de se comunicar. De acordo com Mattar 
(2010, p.181) “as experiências desses jovens com as mídias digitais representam uma transformação 
significativa na forma como eles aprendem e produzem conhecimentos”. 
DICA
Você sabe o que é CIBERCULTURA, prezado (a) aluno (a)? Acesse o link do Artigo: A 
Cibercultura como uma questão de cultura.
Neste mesmo sentido, os chamados de Geração Net “processam a informação e aprendem de uma 
maneira diferente” (BRAVO; COSLADO, 2012, p.125), e ainda segundo os autores se trata de um novo 
modelo de aprendizagem que se distancia do modelo reprodutivista clássico, de um educar bancário 
(FREIRE, 1996), para um centrado no descobrimento e na participação.
9
Portanto, repensar o processo de ensino e aprendizagem na Educação Superior se faz mais que necessário, 
em virtude de novas possibilidades educativas que se colocam com as tecnologias da informação e 
comunicação, com a possibilidade de educar em qualquer tempo e espaço, a partir das redes, bem como 
de realizar intercâmbios culturais entre os alunos de instituições a nível nacional e internacional entre 
outras alternativas que só tem a potencializar o Ensino Superior no que tange a uma educação cidadã, 
ética, de qualidade e com compromisso social.
Este é o novo momento histórico e social que vivenciamos a partir das tecnologias da informação, 
comunicação e a telecomunicação que possibilitaram uma mudança conjuntural em todas as instâncias 
da sociedade, e consequentemente, na nossa forma de viver, ser e estar.
É importante percebermos que o Ensino Superior no Brasil tem discrepâncias bastante acentuadas se 
formos considerar às instituições de outros países latino-americanos. Isto se deve ao seu histórico, que 
é de formação bem mais recente, datando do século XIX as primeiras instituições de ensino superior, 
mas as primeiras universidades brasileiras datam do século XX: 1909- Universidade de Manaus, 1911- 
Universidade de São Paulo, 1912- Universidade do Paraná, 1920- Universidade do Rio de Janeiro, 1927- 
Universidade de Minas Gerais. Vale salientar que já existia o Ensino Superior no nosso país desde a vinda 
da família real ao Brasil em 1808, contudo, nenhuma foi considerada universidade antes de 1909, uma 
vez que para ser considerada Universidade se necessitava não apenas ter um número significativo de 
cursos, mas também ter um estatuto e seus documentos em dias com este estatuto para ter o status de 
universidade.
 
Comparando-se com as universidades europeias e algumas da América Latina, as quais surgiram no século 
XII, vemos que há uma diferença de quase oitocentos anos, o que nos dá uma nuance da disparidade 
em todos os aspectos, seja estruturais, laboratórios, formação de professores, e assim, vemos que a 
universidade brasileira é muito jovem ainda. Apesar deste histórico jovem vemos que muito se avançou 
nos últimos anos, no sentido de o acesso a tal ensino ter cada vez mais sido ampliado nas universidades 
públicas e também acesso as universidades particulares, a partir de programas de financiamento para as 
pessoas com menor poder aquisitivo, como o Fundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Superior 
(FIES) e o Programa Universidade para Todos (PROUNI). 
Você já deve ter ouvido falar destes programas, não é verdade?
O FIES é um programa criado em 1999 pelo Ministério da Educação (MEC) e teve como foco financiar 
estudos de graduação para estudantes do ensino superior em instituições de ensino não gratuitas, na 
forma da lei 10.260/2001, e que tenham uma avaliação positiva no olhar do MEC, e assim, promover 
ampliação do acesso a tal nível de ensino.
O PROUNI é um programa criado em 2004 também pelo MEC para financiar bolsas de estudos integrais ou 
parciais (50%) para alunos brasileiros que desejem cursar graduação e cursos sequenciais de formação 
específica. O aluno para concorrer a tais bolsas necessita ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio 
(ENEM) e ter obtido desempenho mínimo de 450 pontos na média das notas e nota na redação superior 
a zero.
 
10
Para além destes dois programas temos como citar ainda o Sistema Universidade Aberta do Brasil 
(UAB), o qual foi criado em 2005 e instituído a partir do decreto 5.800 de 8 de junho de 2006 e que 
visa o desenvolvimento da modalidade de ensino a distância e interiorizar e expandir o acesso a cursos 
superiores no Brasil. Tal programa se constitui como uma possibilidade de acesso a educação de milhares 
de brasileiros que não podem ter acesso ao ensino presencial por motivos de trabalho e por conseguinte 
falta de tempo de frequentar esta modalidade de ensino, residir em municípios distantes de IES, possuir 
deficiências entre outras motivações, e que vislumbram na Educação a Distância uma oportunidade de 
formação e de se tornar um profissional. 
Você já tinha ouvido falar neste programa da UAB?
Conhece alguém que participa do mesmo? 
Que tal conversar com essa pessoa e perguntar como funciona aprender a distância neste contexto do 
Programa UAB? 
Será que tal modalidade tem se concretizado com a devida seriedade e qualidade? 
Vale a pena aprofundar, pesquisar mais a respeito! 
Apesar do acesso hoje está mais facilitado ao Ensino Superior ainda é grande o quantitativo de pessoas 
que não tem possibilidade de cursar este nível de ensino. Vemos que tais iniciativas do governo brasileiro, 
pontuadas anteriormente, coaduna com a meta de ampliar o acesso ao Ensino Superior bem como de 
financiamento do ensino, mas ainda não resolveram completamente o problema e universalizou o acesso, 
e além disso, é preciso atentar para o fato que não basta o acesso das pessoas a tal nível de ensino, mas 
a qualidade precisa ser também um fator de preocupação e que precisa ser trabalhada. 
Para além da qualidade refletir sobre pontos como novas possibilidades didáticas, formação alinhada com 
as necessidades do mercado, produção de conhecimento e disseminação na sociedade, responsabilidade 
social entre outros, precisam ser também discutidos para que possamos ressignificar o Ensino Superior e 
atender as necessidades atuais deste novo cenário socio-histórico que vivenciamos. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR
Vamos aprofundar nosso olhar sobre os objetivos do Ensino Superior? Acesse o link: 
Responsabilidade Social do Ensino Superior: Uma reflexão sistêmica tendo em vista o 
desenvolvimento.
 
11
INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO CENÁRIO BRASILEIRO E SUAS FINALIDADES (T)
 
Figura 2
Fonte: http://sereduc.com/1rTPvj
Agora que você já sabe quais são os objetivos da Educação Superior que tal aprofundar os mesmos 
discutindo sobre as finalidades educativas do nível superior segundo a legislação brasileira? 
Mas, o que é finalidades? 
Segundo o Dicionário Michaelis, o termo Finalidade pode ser definido como:
Finalidadefi.na.li.da.de 
sf (lat finalitate) 1 Fim em vista; intuito, objetivo. 2 Filos Finalismo.
Você pode perceber que tal termo está ligado a questão do finalismo, intuito e também ao objetivo. Vamos 
partir de uma discussão primeira da finalidade das instituições educacionais como um todo para depois 
adentrar a discussão desta no Ensino Superior.
 
VEJA O VÍDEO!
Para iniciar nossa reflexão veja este vídeo, com duração de três minutos e quarenta e 
dois minutos.
 
12
Analisando o vídeo
O vídeo nos traz a discussão que a instituição escolar se coloca com o propósito, finalidade de formação do 
educando como pessoa e como membro da sociedade, a partir da criação de oportunidades de ampliar e 
sistematizar conhecimentos. Assim, a instituição escolar tem como objetivo a formação para a cidadania, 
para a socialização dos indivíduos, aprender para viver em sociedade. É claro que o ser humano não só 
aprende na escola, mas como mesmo afirma Emile Durkheim a educação também acontece na família, 
igreja e na comunidade. Brandão, em seu livro o que é Educação, também nos traz um olhar amplo do 
que é Educação, ou como ele mesmo chama Educações, pois para o mesmo não há um único modo 
de educar, uma única maneira, pois aprendemos em todos os contextos diferenciados que vivenciamos 
cotidianamente.
Contudo, não podemos negar que apesar de aprendermos em contextos não formais e informais de 
Educação o contexto formal tem seu destaque, pois foi constituído como espaço legítimo de consolidação 
dos conhecimentos sócio-históricos elaborados ao longo da humanidade. Assim, a instituição escolar 
auxilia no perpassar destes conhecimentos, sendo um espaço democrático de construção e disseminação 
dos mesmos. 
 
GUARDE ESSA IDEIA!
A instituição escolar nos seus diversos níveis e modalidades de ensino tem este papel 
fundamental que é educar, formar para a melhoria do âmbito social, formar para a 
cidadania, construir os valores sociais.
No âmbito de nossa discussão do Ensino Superior a nível nacional, temos a Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação (LDB 9394/96), que em seu artigo 43º nos diz que a educação superior tem as seguintes 
finalidades:
1. estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento 
reflexivo;
2. formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores 
profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na 
sua formação contínua;
3. incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento 
da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o 
entendimento do homem e do meio em que vive;
4. promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras 
formas de comunicação;
5. suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a 
correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa 
estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; 
13
6. estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e 
regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação 
de reciprocidade;
7. promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas 
e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na 
instituição.
 
O estímulo da criação cultura e desenvolvimento do raciocínio crítico se coloca como finalidade primordial 
neste nível de ensino, pois é daí que emergem os profissionais que construirão o futuro do país a partir 
de suas práticas e descobertas científicas. Para além de formação de profissionais nas suas diversas 
áreas do saber, o Ensino Superior tem como finalidade o desenvolver da ciência e da tecnologia, sem 
falar da disseminação da cultura. Pesquisa, investigação, produção e compartilhamento de conhecimento, 
contribuir para a melhoria social, formação para a cidadania e sustentabilidade, educação com qualidade, 
desenvolvimento de pessoas a partir de uma educação para o longo da vida, formação dos valores sociais, 
formação de profissionais e cooperação com o mercado de trabalho, valorização e disseminação das 
culturas nacionais e internacionais, possibilitar intercâmbios culturais, defender e divulgar os valores 
sociais pelos quais luta são algumas outras finalidades importantes do Ensino Superior em nosso país. 
Saiba, caro (a) estudante, que um dos pontos essenciais que se colocam como finalidade no Ensino 
Superior no Brasil é a melhoria da educação em todos os níveis em como de seus profissionais, seja 
no aspecto de financeiro, de valorização destes, como no aspecto prático profissional. Você já deve ter 
percebido que o professor é a profissão que forma todas as demais e por tal necessita ser valorizado, 
não é? O país só irá avançar quando a educação for levada de modo mais sério, mais prioritário, e que os 
investimentos não sejam apenas em estrutura, mas principalmente no capital humano tão importante e 
que faz realmente a diferença. 
O Ensino Superior tem o papel de progressivamente contribuir para a formação destes profissionais que 
atuam na Educação Básica de nosso país, buscando formar com qualidade, compromisso social, ética, 
trazendo a inovação tecnológica como potencializador de tais práticas educativas, o que é um grande 
passo para a mudança da realidade educacional que hoje vivenciamos, que está ainda muito aquém do 
que esperamos e precisamos para evoluir enquanto nação.
VEJA O VÍDEO!
Que tal você se aprofundar no sentido da Educação Superior a partir da entrevista 
abaixo? Confira o vídeo com a duração de vinte e sete minutos e trinta e seis minutos:
Analisando o vídeo
O vídeo nos traz uma reflexão um pouco do histórico do Ensino Superior no país, de como ele se desenvolveu, 
quais as problemáticas que se colocam para a nossa reflexão, como o investimento nas instituições 
privadas como política pública, a mercantilização deste nível de ensino, a qualidade do mesmo, entre 
outros aspectos fundamentais para compreendermos mais a fundo o cenário atual que se coloca e que 
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obstáculos é preciso superar para a melhoria da qualidade do Ensino Superior brasileiro. Percebeu quão 
importante e quantas as finalidades do Ensino Superior? 
Você atuou ou atua no Ensino Superior? 
Tais finalidades já eram conhecidas por você?
Refletiu sobre as problemáticas que se colocam em nossa realidade brasileira? 
Em sua opinião o que poderia ser feito para que tais finalidades fossem alcançadas? 
Pensar sobre tais questões nos ajudam a compreender o Ensino Superior e toda sua complexidade e 
desafios a serem enfrentados por todos que fazem ou almejam fazer parte deste importante nível de 
ensino.
Vamos dar continuidade aos nossos estudos adentrando a última temática de nosso guia 1? 
INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO CENÁRIO BRASILEIRO E SUA ORGANIZAÇÃO
 
Figura 3
Fonte: http://sereduc.com/GLgOu2
 
Você já parou para pensar em como é organizada a Educação Brasileira? 
E o Ensino Superior? Vamos refletir então a respeito?
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 o sistema educacional brasileiro 
tem a possibilidade de ter instituições de Ensino Superior públicas ou privadas, e assim, o sistema de 
ensino é livre para a iniciativa privada, desde que as mesmas sigam as normas gerais da educação 
nacional, além claro de ter a autorização para funcionar e ser avaliada de maneira qualitativa pelo Poder 
Público. No caso das instituições públicas elas podem ser a nível federal, estadual ou municipal e são de 
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tal modo mantidas pelo Poder Público e gratuitas, ao contrário das privadas, onde os seus alunos pagam 
mensalidade, quando as mesmas têm fins lucrativos, uma vez que tem instituições privadassem fins 
lucrativos, como as comunitárias, confessionais e filantrópicas. As privadas quando tem fins lucrativos 
são mantidas por pessoas físicas ou jurídica de direito privado.
VOCÊ SABIA?
Você sabe o que são instituições comunitárias, confessionais e filantrópicas? Não deixe 
de aprofundar seus conhecimentos. Para saber mais entre no link.
Segundo o decreto 5.773/06 de 9 maio de 2006, o qual dispõe sobre o exercício das funções de regulação, 
supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos de graduação e sequenciais no 
sistema federal de ensino, em seu artigo 12 nos diz que “as instituições de educação superior, de acordo 
com sua organização e respectivas prerrogativas acadêmicas, serão credenciadas como: I-Faculdades; 
II-Centros Universitários e III- Universidade”. 
O mesmo decreto ainda coloca que primeiramente as instituições serão cadastradas como faculdades 
e que para se tornar centros universitários ou universidades, com as consequentes prerrogativas de 
autonomia, necessitam de credenciamento específico de instituição já credenciada, que esteja com 
funcionamento regular e tenha um padrão satisfatório de qualidade. 
Vale salientar, prezado (a) aluno (a), que ainda existem os Institutos Federais que tem por objetivo a 
formação técnica em áreas formativas diversas oferecendo Ensino Médio ao técnico, além de cursos 
técnicos, licenciaturas e pós-graduação, sem falar em cursos superiores de tecnologias.
Nas instituições de Ensino Superior existem diversos cursos e graus de formação: 
•	 Graduação, a qual pode ser cursos de licenciatura e ou bacharelado; 
•	 Pós-graduação, que pode ser stricto sensu (cursos de mestrado e doutorado acadêmico ou 
profissional) ou lato sensu (especializações diversas); 
•	 Tecnologia, que são cursos superiores especializados em áreas científicas e tecnológicas; 
•	 Residência médica, que são cursos para os profissionais da área médica que se caracteriza com 
pós-graduação lato sensu e que acontece como treinamento em serviço; 
•	 Residência multiprofissional em saúde, que é o mesmo que a anterior só que voltada para 
especialização em outras áreas da saúde que não a Medicina; 
•	 Extensão, que se caracteriza como sendo programa de formação do Ensino Superior que visa 
alinhar este nível de ensino com a sociedade no intuito de cumprir o papel social da instituição 
superior de compartilhar conhecimento desenvolvido no âmbito do ensino, pesquisa, e buscar 
compreender as demandas das comunidades, suas problemáticas e possíveis soluções.
???
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A Educação Superior está organizada tanto em cursos presenciais como também com cursos a distância. 
No que tange aos cursos presenciais a mesma pode acontecer em turno matutino, vespertino, noturno 
ou integral. Apesar de todas estas possibilidades de estudo é perceptível que a maioria dos estudantes 
estudam no período noturno, pois são trabalhadores. Ser aluno e trabalhador é um grande desafio, 
pois obter formação com pouco tempo disponível para se dedicar a mesma requer muita disciplina, 
comprometimento do aluno para que realmente ele possa se formar um profissional competente. 
Este desafio do tempo nos tempos atuais tem sido uma das motivações que muitos estudantes buscam se 
formar na modalidade educativa a distância, uma vez que esta possibilidade um tempo-espaço diferenciado 
de aprendizagem, a partir do ciberespaço e do emergir dos ambientes virtuais de aprendizagem, os quais 
tem diversas possibilidades de interfaces para que o aluno possa se comunicar com seus professores e 
alunos e construir conhecimento de maneira interativa e colaborativa. 
Muitos autores já discutem que por no futuro a educação tende a se dá como Blended Learning, você sabe 
o que isso significa?
O Blended Learning significa dizer ensino semipresencial, ou seja, que tenham momentos de construção 
presencial e outros on-line, assim, vemos que é uma combinação do ensino presencial com a distância.
Que tal aprofundar tal significado?
Saiba mais sobre o Blended Learning e as mudanças no Ensino Superior com a possibilidade da Sala de 
Aula Invertida. 
Você já ouviu falar em sala de aula invertida? 
 
VISITE A PÁGINA
Para saber mais entre no seguinte link.
Um dos pontos importantes que é colocado também pelo decreto 5.773 e que tem como propósito garantir 
uma qualidade no Ensino Superior é a questão de um percentual de um terço de mestres e doutores 
em todas as instituições e um terço do corpo docente com carga integral de trabalho. Isto é uma visão 
realmente positiva da nossa legislação, pois garante que as instituições tenham profissionais com maior 
qualificação em seu quadro de docentes, professores pesquisadores, cientistas, e como tal que estes 
possam buscar concretizar uma melhoria na qualidade do Ensino Superior a partir do desenvolver de 
um trabalho com propostas inovadoras, antenados com o desenvolvimento das pesquisas nacionais 
e internacionais em cada área de atuação e colocar em práticas as propostas exitosas que vem sido 
compartilhadas cientificamente.
Viu como o Ensino Superior é minimamente organizado?
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Você deve aprofundar seus conhecimentos e ler o livro base da disciplina, que terá uma descrição mais 
detalhada a respeito desta organização. Para darmos fechamento a nossas reflexões deste guia, vamos 
adentrar no segundo texto base de estudos?
 
LEITURA COMPLEMENTAR
Vamos aprofundar nosso olhar o Ensino Superior no Brasil?
Este é o segundo texto base para discussão: Sistema Universitário “de Assistência 
Social” é Máquina de Enxugar Gelo. Acesse o link agora.
 
PALAVRAS DO PROFESSOR
Espero que você tenha gostado dos conteúdos que debatemos nessa unidade!
Neste guia de estudos resgatamos o conceito de Didática como sendo uma área do conhecimento 
pedagógico que tem como objeto de estudo o ensino, que nos possibilita refletir sobre o processo de 
ensino e aprendizagem, sendo assim estudo da prática pedagógica. Vimos que ela busca a partir da 
reflexão teoria-prática fundamentar novas possibilidades no processo de ensino e aprendizagem como 
forma de potencializar as práticas para a concretização da aprendizagem pelos alunos. Assim, ela reflete 
não apenas sobre o ensinar, mas o que ensinar, porque ensinar, como ensinar, e desta forma vemos que 
ela não é uma ciência neutra, mas que depende da concepção de ensino, aprendizagem, sociedade, de 
educação, política que o docente possuí.
O Ensino Superior se consolida como o nível educacional mais elevado dos sistemas educativos e tem 
como objetivo central a formação de profissionais qualificados para o mercado de trabalho. Além disto, 
tal nível de ensino tem como outros objetivos centrais o Ensino, a formação do cientista e a formação do 
cidadão. 
Também compreendemos os três eixos principais acerca das políticas públicas no Ensino Superior no 
cenário brasileiro: 
•	 Democratização do acesso e flexibilização de modelos de formação; 
•	 Elevação da qualidade e avaliação; 
•	 Compromisso social e inovação. 
Muitos desafios se colocam para a melhoria da qualidade deste nível de ensino e assim, repensar as 
didáticas, as práticas, a forma como tem se concretizado tal nível de ensino, seu impacto na sociedade, 
sua contribuição, se faz mais que necessário a partir do momento social que vivenciamos, que é a 
Sociedade da Informação.
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Vimos também que Ensino Superior no Brasil tem discrepâncias bastante acentuadas se formos considerar 
as instituições de outros países latino-americanos. Isto se deve ao seu histórico, que é de formação bem 
mais recente, datando do século XIX, e com as primeiras universidades a partir do século XX. 
Algumas políticas têm sido elaboradas pelo poder público como forma de promover a democratização 
do acesso, como o: Prouni, Fies, Sistema UAB; contudo muito ainda precisa ser feito para que se tenha 
o acesso de todos e com qualidade. Também vimos um pouco acerca das finalidades e organização do 
Ensino Superior e suas problemáticas que precisam ser cada vez mais discutidasem busca de soluções 
que nos guiem para uma mudança qualitativa neste nível de ensino.
Após as leituras e discussões sobre as temáticas citadas ainda resta alguma dúvida? 
Caso você tenha ainda alguma dúvida, não esqueça que seu professor/tutor virtual está no ambiente 
virtual para auxiliá-lo (a)! 
O diálogo é imprescindível para a construção e consolidação de seus conhecimentos, pois o a Educação 
a Distância não é aprender sozinho, mas aprender cada qual em seu espaço-tempo diferenciado, mas 
interagindo e colaborando com o seu olhar, sua opinião, pois as ideias dos outros acabam enriquecendo 
nossos pontos de vista, não é verdade?
Acabamos aqui o primeiro guia de estudo, da disciplina Didática do Ensino Superior 2. Aguardo sua 
participação no próximo guia!
ACESSE O AMBIENTE VIRTUAL
É importante pontuar que a leitura do livro texto da disciplina é fundamental, além de acessar a biblioteca 
virtual e as leituras complementares sugeridas ao final dos guias de estudo!
Não se esqueça que as atividades estão disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA. Elas 
possuem caráter avaliativo!
Abraço virtual
 
DICAS DE LEITURAS:
1. Livro: Desafios e Perspectivas da Educação Superior Brasileira para a Próxima Década 2011-2020.
2. O Ensino Superior no Brasil: Público e Privado
3. Decreto 5.773 de 9 de maio de 2006
4. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96
5. Ensino Superior no Brasil: Cenário, Avanços e Contradições
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 
1996.
BEHRENS, Marilda Aparecida. O Paradigma Emergente e a Prática Pedagógica. Petrópolis, RJ: 4 ed. 
Vozes, 2010.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O Que é Educação. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981.
BRAVO, César Bernal; COSLADO, Ángel Barbas. Uma geração de usuários da mídia digital. In: APARICI, 
Roberto. Conectados no ciberespaço. Tradução Luciano Menezes Reis. São Paulo: Paulinas, 2012.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 16. ed. São Paulo: Paz 
e Terra, 1996.
GARCÍA, F.;PORTILLO,J.;ROMO, J.; BENITO, M.(2008). Nativos digitales y modelos de aprendizaje. 
Universidad de País Basco/Euskal Herriko Unibertsitatea(UPV/EHU).
MATTAR, João. Interatividade e aprendizagem. In: LITTO, F.; FORMIGA, M. Educação a distância: o estado 
da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. p. 112-120.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 
2007.
UNIDADE II
GUIA DE ESTUDO
Didática do Ensino Superior 2
1
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Caro (a) estudante, como vai?
No Guia de Estudos 1 discutimos e relembramos o conceito de Didática como área do conhecimento da 
Pedagogia, que tem como objeto de estudo o processo de ensino e aprendizagem buscando ser uma ponte 
do conhecimento teórico e prático, não se limitando assim aos aspectos metodológicos e técnicos para 
o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. A Didática está sustentada por diferentes 
aspectos: filosóficos, culturais, políticos, históricos e sociais, visto que é uma forma crítica do educador 
desenvolver sua prática pedagógica de maneira ética e atrelada ao projeto de sociedade em que esta se 
concretiza.
Abordamos o Ensino Superior como o mais alto dos níveis educativos e que tem como objetivo a formação 
de profissionais nas mais diversas áreas do saber para o mercado de trabalho. Vejamos como os eixos 
fundamentais acerca das políticas públicas neste nível de ensino no Brasil, se retratam: 
•	 Democratização do acesso e flexibilização de modelos de formação; 
•	 Elevação da qualidade e avaliação; 
•	 Compromisso social e inovação. 
Compreendemos que o Ensino Superior no Brasil tem discrepâncias muito acentuadas se consideradas 
às instituições de outros países latino-americanos. Isto se deve ao seu histórico, que é de formação 
bem mais recente, datando do século XIX as primeiras instituições de ensino superior, mas as primeiras 
universidades brasileiras datam do século XX: 
•	 1909 - Universidade de Manaus;
•	 1911- Universidade de São Paulo;
•	 1912- Universidade do Paraná;
•	 1920- Universidade do Rio de Janeiro;
•	 1927-Universidade de Minas Gerais. 
Vale salientar que já existia o Ensino Superior no nosso país desde a vinda da família real ao Brasil em 
1808, contudo, nenhuma foi considerada Universidade antes de 1909, uma vez que para ser considerada 
Universidade se necessitava não apenas ter um número significativo de cursos, mas também ter um 
estatuto e seus documentos em dias com este estatuto para ter o status de Universidade.
Debatemos que o Ensino Superior precisa enfrentar ainda muitos desafios para que se concretize com 
qualidade, e não apenas se garanta o acesso, dentre estes podemos citar:
•	 O ressignificar da Didática no cenário da Sociedade Digital, 
•	 As concepções de formação profissional que se tem, 
•	 O rever dos impactos e contribuições deste nível no desenvolver social entre outros. 
2
No sentido de melhoria de tal realidade, algumas políticas têm sido elaboradas pelo poder público como 
forma de promover a democratização do acesso, como: Prouni, Fies, Sistema UAB, contudo muito ainda 
precisa ser feito para que se tenha o acesso de todos, bem como com devida qualidade. Também abordamos 
cerca das finalidades e organização do Ensino Superior e suas problemáticas, as quais precisam ser cada 
vez mais discutidas em busca de soluções que nos guiem para uma mudança qualitativa neste nível de 
ensino.
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Neste Guia de Estudos 2, vamos dar continuidade ao entendimento da Didática no Ensino Superior II, 
teremos como objetivo: “Discutir sobre as características da instituição escolar no contexto socioeconômico 
cultural brasileiro, a partir do olhar da política educacional para as instituições de Ensino Superior, 
especialistas e sua formação e os recursos materiais necessários”. 
Iremos compreender desde a concepção e importância das Políticas Públicas para a Educação Superior, 
perpassando o especialista docente no cenário da Educação Superior na Sociedade do Conhecimento 
e necessária mudança de paradigma educativo, e por fim os recursos materiais necessários para um 
funcionamento do Ensino Superior com qualidade. De tal modo, teremos neste guia três pontos de debate: 
A Política Educacional da Instituição Educacional, Especialistas na Instituição Educacional e Recursos 
Materiais na Instituição Educacional.
Os links sugeridos de base complementar não devem ser considerados como leitura obrigatória, 
entretanto são imprescindíveis para a construção significativa de sua aprendizagem. No ambiente virtual 
de aprendizagem – AVA, tais atividades e avaliações estarão disponíveis para sua realização. 
BASE TEÓRICA 
Neste segundo ponto de debate de nossa disciplina iremos discutir acerca da política educacional, seus 
profissionais e os recursos materiais necessários para as instituições de Ensino Superior. Conhecer um 
pouco mais a fundo da realidade deste nível de ensino é imprescindível para qualquer profissional que 
atue ou pretenda atuar em tal cenário educativo. 
Vamos começar a refletir sobre as Políticas Educacionais?
A POLÍTICA EDUCACIONAL DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL
Figura 1 - Fonte: http://sereduc.com/At13rQ
3
Você lembra que no guia anterior discutimos um pouco sobre os objetivos, finalidades e organização do 
Ensino Superior no Brasil? 
De certa forma alguns elementos que iremos debater neste guia perpassa o que já discutimos, mas 
buscaremos aprofundar um pouco mais o nosso olhar sobre este nível de ensino.
Mas afinal, você sabe o que é uma Política Pública? 
GUARDE ESSA IDEIA!
Políticas Públicas se colocam como ações, programas, atividades do governo no âmbito 
municipal, estadual e federal que agem de maneira direita ou indireta (delegação), 
tendo como participação entes públicos e privados, que afetam a vida de todos os 
cidadãos. 
Taispolíticas objetivam assegurar os direitos garantidos por todos através da Constituição ou que de certa 
maneira tomam centralidade por sua importância e reconhecimento pela sociedade e/ou poderes públicos. 
Um dos exemplos que estamos debatendo é a Educação, a qual é vista como direito constitucional e 
universal, ou seja, direito de todos os brasileiros, assim, para promover e assegurar a mesma é necessário 
criar políticas públicas.
Você sabia que para uma política pública ser elaborada é necessário a iniciativa do Poder Executivo ou 
Legislativo? 
Pois é! Isso acontece de maneira separada ou conjunta, a partir da demanda da sociedade e esta pode 
participar, acompanhar e avaliar mediante audiências, encontros, conferências ou conselhos que existem 
para discussão destas políticas.
Apesar das Instituições de Ensino Superior (IES) terem autonomia para elaborar sua política educacional, 
elas precisam seguir orientações de órgãos reguladores representadas em fóruns, seminários, congressos 
com intuito da criação de normas a serem seguidas por todas as instituições. Muitos professores não 
conhecem tais políticas, mas é de suma importância se apropriarem das mesmas no sentido de contribuir 
para a concretização de tais metas, as quais visam a qualidade formativa do Ensino Superior. 
Querido (a) aluno (a), você já parou para refletir no cenário brasileiro? Quem são os órgãos responsáveis 
em regular as políticas públicas em todos os âmbitos e níveis educativos? 
Quem determina a política educacional são os órgãos reguladores em Educação, sendo no âmbito federal, 
o Ministério da Educação – MEC, papel de regulador central, além das suas unidades e secretarias como: 
Conselho Nacional de Educação (CNE), Secretaria de Educação Superior (SESu), Secretaria de Regulação 
e Supervisão da Educação Superior (Seres), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio 
Teixeira (INEP). 
Agora, vamos conhecer um pouco sobre cada um destes órgãos?
4
O Ministério da Educação – MEC e demais órgãos reguladores
Criado em 1930, no governo de Getúlio Vargas, o Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, 
hoje chamado Ministério da Educação _ MEC, começa a ter o foco específico em Educação a partir de 
1995. O referido Ministério tem como objetivo inicial reconhecer e autorizar cursos de nível superior, além 
da aprovação de estatutos de universidades e estabelecimentos federais isolados, através do Decreto n° 
83.857 de 15/08/1979.
Só a partir do Decreto n°1.845 de 28/03/1996 é que se designa a competência para autorizar e credenciar 
periodicamente as universidades, bem como os estabelecimentos isolados de Ensino Superior, além de 
autorizar e reconhecer cursos, aprovar os estatutos e os regimentos de todas as instituições de Ensino 
Superior. Vale salientar que existe ainda o Decreto 1.917 de 27/05/1996 que estabelece a forma de 
organização do MEC, bem como suas secretarias e departamentos e os objetivos destas. 
O Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão ligado ao MEC, a partir da Lei n° 1.931 de 25/11/1995, 
tem como objetivo: colaborar com a formação da Política Nacional de Educação, além de ter atribuições 
normativas, deliberativas e de assessoramento às atividades do MEC.
Temos a Secretaria de Educação Superior (SESu), uma unidade também do MEC, cujo objetivo é: planejar, 
orientar, coordenar e supervisionar o processo de criação, ou seja, a formulação e a implementação 
da Política Nacional de Educação Superior. Para além disto, tal Secretaria deve manter, supervisionar 
e desenvolver as instituições públicas federais de Ensino Superior (IFES), além de supervisionar as 
instituições privadas de Educação Superior.
A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), criada pelo Decreto n° 7.480 de 
17/04/2011, revogada pelo Decreto n° 7.690 de 02/03/2012, absorveu as responsabilidades, antes da 
SESu, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e da extinta Secretaria de Educação a 
Distância (SEED), do MEC. A SERES também é uma unidade do MEC, cuja missão é regular e supervisionar 
as IES públicas e privadas do Sistema Federal de Educação Superior, seja na modalidade presencial ou a 
distância.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) é o órgão responsável 
pela coleta de dados do Ensino Superior no país, de modo a possibilitar à sociedade as informações de 
como este nível de ensino tem se consolidado, bem como as tendências do setor. 
Tais dados foram instituídos pelo Decreto n° 6.425 de 04/04/2008 que traz informações sobre todas as 
instituições de Ensino Superior do país, seus cursos de graduação (presencial e a distância), além de 
cursos sequenciais, inscrições, matrículas, vagas, ingressantes, concluintes, bem como o relato dos perfis 
dos professores que atuam nestas, nas diferentes formas de organização acadêmica e administrativa. 
Anualmente, cada um desses órgãos precisa entrar no sistema E-MEC (mecanismo de tramitação 
eletrônica dos processos de regulamentação) para preencher os dados solicitados pelo mesmo. Após o 
INEP conferir os dados e validá-los, o censo é divulgado à sociedade. Agora conheça quais os aspectos 
importantes do referido censo: 
5
•	 Perceber como está caminhando o Ensino Superior em todo país e quais as lacunas que 
apresentam;
•	 Refletir conjuntamente quais as soluções a curto, médio e longo prazo para tentar solucionar as 
problemáticas;
•	 Buscar garantir uma melhor qualidade neste nível de ensino.
Vamos agora conhecer alguns dados que retratam a realidade no cenário brasileiro, em relação ao Ensino 
Superior! Vamos lá?
VISITE AS PÁGINAS
Que tal conferir os dados do último Censo da Educação Superior, realizado em 2014 e 
divulgado em 04 de dezembro de 2015? Clique aqui para acessar.
Já no próximo link você conhecerá como ocorreu o aumento de matrículas na graduação, 
no ano de 2014, no Brasil. Leia a reportagem clicando aqui.
Neste percurso, o Ministério da Educação com o intuito de buscar garantir uma educação de qualidade 
em nosso país criou muitas políticas públicas que foram consolidadas para garantir não apenas o acesso 
à educação, mas, principalmente, a qualidade do ensino. Tais medidas se deram em todos os níveis 
educativos, como podemos citar o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de 
Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), vigorando desde janeiro de 2007, em substituição 
ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério 
(FUNDEF), que ficou em vigor de 1997 a 2006. 
O FUNDEB se estenderá até o ano de 2020 cujo compromisso é com todo o financiamento da Educação Básica, 
bem como o direcionamento de recursos para a Educação de Jovens e Adultos. Para além de tal política 
educativa no nível básico da educação, temos como outro exemplo a citar o Plano de Desenvolvimento da 
Educação (PDE), criado em 2007, tendo como objetivo: a visão integrada de educação, e como prioridade: 
uma educação básica de qualidade. Consequentemente significa que há um investimento na educação 
profissional e também na educação superior, pois as mesmas estão ligadas de maneira direta ou indireta. 
Para além destes, temos outras iniciativas como: o Piso Salarial Nacional do Magistério, a criação do 
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), o Índice de Desenvolvimento da 
Educação Básica (IDEB) dentre outros.
No âmbito das Políticas Públicas para o Ensino Superior, lembra que no guia anterior falamos sobre 
algumas delas? Como o FIES, PROUNI e Sistema UAB. Caso não lembre vale a pena revisar o guia de 
estudo da unidade 1.
Pois bem, vimos que estes órgãos vieram como forma de democratizar o acesso ao Ensino Superior no 
país. Para além disso, foram criados em 2008 os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia 
(IFETS) que são instituições de Educação Superior, Básica e Profissional, designados para expandir o 
acesso ao ensino superior.
6
Umaoutra política pública bastante importante para a Educação Superior Pública foi a instituição da 
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), a partir do Decreto 6.096 de 24/4/2007, 
que é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), com o intuito de visar a ampliação 
não apenas do acesso, mas a permanência dos alunos no Ensino Superior. O REUNI possibilitou que 
as universidades federais tivessem uma expansão física, acadêmica e pedagógica, possibilitando um 
aumento das vagas nos cursos de graduação, principalmente nos noturnos, além de promover inovações 
pedagógicas e combate a evasão, entre outros objetivos, todos visando a diminuição das desigualdades 
sociais no país.
VOCÊ SABIA?
Saiba que o resultado do Fórum Internacional de 2015 ainda não influenciou o meio 
acadêmico totalmente, mas como discutimos no guia 1, o documento da UNESCO que 
coloca os desafios da educação para a próxima década (2011-2020) é a base que tem 
direcionado no momento as instituições superiores no Brasil, apesar de alguns pontos 
ainda não terem sido aplicados. 
O Plano Nacional de Educação – PNE possui vinte metas e estratégias que circundam no aspecto de 
temas centrais, dentre elas: ampliação do acesso, formação e valorização do magistério, desempenho e 
rendimento escolar, gestão democrática e financiamento. No que tange ao Ensino Superior tal documento 
pontua as seguintes metas:
Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a 
taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, 
assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos 40% (quarenta por cento) das novas 
matrículas, no segmento público. 
Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo 
docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por 
cento), sendo, do total, no mínimo 35% (trinta e cinco por cento) doutores. 
Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir 
a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.
As metas trazidas pelo PNE nos mostram a preocupação não apenas com o sentido de democratizar o 
acesso ao Ensino Superior com qualidade, mas da expansão nos âmbitos das Instituições Públicas, o que 
é fundamental, visto que a maioria das instituições de Ensino Superior no Brasil são privadas. Além disto, 
o olhar sobre o aumento da qualidade da Educação Superior também perpassa a elevação da formação 
docente a nível de mestrado e doutorado, o que também é de suma importância, uma vez que professores 
mais qualificados estarão mais aptos a concretizarem um processo educativo com metodologias mais 
coerentes, embasadas e que ampliem as possibilidades de aprendizagens dos alunos.
???
7
Vemos, de tal modo, que no aspecto geral em se tratando do Ensino Superior, temos alguns pontos que 
se colocam fundamentais de serem refletidos para a melhoria de tal nível educativo no cenário brasileiro 
e que tem permeado os documentos oficiais, os quais são:
•	 Democratização do acesso ao ensino superior;
•	 Estímulo a pesquisa e extensão;
•	 Diversificar oferta de cursos e níveis de formação;
•	 Melhoria da qualidade;
•	 Formação dos profissionais de maneira continuada, com foco na qualidade;
•	 Aumento da qualificação do corpo docente no âmbito da pós-graduação stricto sensu (mestrado 
e doutorado);
•	 Redução de desigualdades regionais quanto ao acesso e permanência; 
•	 Relevância social dos programas oferecidos;
•	 Utilizar novas tecnologias para potencializar novas experiências didáticas; 
•	 Internacionalizar, Regionalizar e mundializar. 
O que você achou de tais pontos?
Como fazer para que estes pontos possam ser concretizados? 
Estas e outras questões são essenciais de serem refletidas para que a mudança neste nível de ensino 
possa caminhar no sentido de atender tais metas!
GUARDE ESSA IDEIA!
É importante pontuar que apesar da expansão significativa do acesso da sociedade ao 
Ensino Superior no Brasil, esta se dá mais no nível de instituições privadas do que de 
instituições públicas. Basta analisar que no último censo de 2014, do INEP, vimos que 
existem aproximadamente 2.368 IES no Brasil, sendo que destas: 
•	 2.070 são da Rede Privada;
•	 298 são da Rede Pública: sendo 107 federais, 118 estaduais e 73 municipais. 
Tendo toda essa visão panorâmica da situação estudada até o momento, você não acha estes dados 
bastante discrepante? E o que isto significa?
O que podemos concluir desse dado é que o Ensino Superior no Brasil está amplamente ofertado pela 
rede privada, apesar dos documentos oficiais em nenhum momento colocar que o objetivo era expandir tal 
nível de ensino no âmbito do privado, porém, na verdade é isto que está acontecendo. Vale salientar que 
como vimos anteriormente, esta questão da expansão das IES públicas é pontuada como sendo a meta 
12 do Plano Nacional de Educação para a próxima década. Tudo isso é um fator a se preocupar e refletir, 
não é verdade, caro (a) estudante?
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Tendo como base que as universidades públicas e instituições lucrativas de ensino superior, são diferentes 
em seus objetivos: estruturas, cultura, valores, apesar de regidas por normas nacionais estabelecidas 
pelo MEC, vejamos o que nos diz (NUNES, 2007, p.8) 
Do ponto de vista educacional, as não-lucrativas estão motivadas pela obtenção de 
prestígio institucional, produção de conhecimento mesmo se não aplicado a fins práticos, 
concentrando-se na formação acadêmica de seus discentes e no desenvolvimento das 
carreiras de seus docentes, os quais possuem influência institucional significativa. Já as 
lucrativas têm ensino aplicado e fortemente influenciado pelo mercado, no que se refere 
tanto à formação acadêmica de seus alunos, quanto à seleção de seus docentes. 
Neste sentido, temos que refletir sobre esta realidade educativa do Ensino Superior no Brasil, questionarmos 
o porquê que não se investe tanto no âmbito público, no que tange ao Ensino Superior, que aspectos está 
por trás desta situação, como as Instituições privadas de Ensino Superior estão sendo avaliadas, se seus 
cursos realmente estão se concretizando de acordo com os parâmetros do MEC, pois o que mais deve 
nos preocupar é qualidade do ensino e dos profissionais que irão atuar na sociedade oriundos deste 
nível de ensino. Esta realidade de expansão do Ensino Superior privada também se retrata como uma 
mercantilização do Ensino Superior, o que é uma questão totalmente desviante se considerarmos os 
demais países do mundo.
Você sabia?
Você sabia que a Revista Exame publicou as 30 melhores universidades do mundo em 2015 em uma 
matéria em setembro do ano passado? 
Caso você não conheça a matéria, saiba que a revista ressaltou que das 20 mil instituições de ensino 
superior do planeta, apenas 3,5 delas participaram da avaliação realizada pela consultoria Quacquarelli 
Symonds (QS) devido a se enquadrarem nos requisitos que eram: 
ü Ter pelos menos dois cursos de graduação; e 
ü Pós-graduação em áreas distintas.
A universidade topo da lista foi o MIT- Massachusetts Institute of Technology, em segundo lugar a Harvard, 
também nos Estados Unidos da América, e em terceiro lugar a de Cambridge no Reino Unido. 
No que se refere à realidade brasileira, a melhor instituição avaliada é a Universidade de São Paulo (USP) 
que ocupa a posição de 143º lugar, salientando que houve uma queda de 11 posições em se tratando do 
ano de 2014. Para alarmar ainda mais: no ranking das 100 melhores não existe nenhuma universidade 
brasileira, e entre as 500 melhores só existem três.
Você percebeu como ainda temos muito a fazer pelo Ensino Superior no nosso país, prezado (a) aluno (a)?
Pois é! Estamos ainda a caminhos longínquos dos níveis de excelência universitária a nível global, desta 
forma, precisamos refletir sobre osobstáculos que se colocam, bem como as políticas públicas poderiam 
ser consolidadas com vistas para a melhoria da qualidade do Ensino Superior.
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Em seguida, veja os vídeos para aprofundar ainda mais a nossa reflexão!
 
VEJA OS VÍDEOS!
O primeiro vídeo nos traz um debate interessante acerca do Ensino Superior em toda a 
América Latina. Extraído do livro: “A Educação Superior na América Latina e os Desafios 
do Século XXI”, tem a participação do sociólogo Simon Schwartzman, organizador da 
obra, além da Professora Maria Rita de Almeida Toledo da Univesp - pesquisadora da 
História da Educação no Brasil. O referido vídeo possui duração de vinte e oito minutos, 
aproximadamente. Clique aqui para assistir.
Na sequência, você terá dois vídeos que mostram assuntos importantes que vigoram na 
discussão do Ensino Superior, como: as cotas para o ingresso no IES e a Meritocracia.
Assista aos vídeos para ficar por dentro!
Meritocracia: duração de vinte e sete minutos e quarenta e seis segundos.
Lei das Cotas no Ensino Superior: duração de vinte e nove minutos e cinquenta e três 
segundos. 
OS ESPECIALISTAS NA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL
Figura 2 - Fonte: http://sereduc.com/muwxRS
Caro (a) aluno (a), você já parou para pensar como as mudanças que emergiram com a sociedade digital 
afetam diretamente o trabalho de todos os especialistas, ou seja, todos os atores envolvidos no processo 
educativo na Educação Superior? 
Como você reflete o impacto da Sociedade do Conhecimento e do emergir das tecnologias digitais de 
informação e comunicação em sua prática pedagógica?
Pois bem, muitas são as questões que se colocam ao debate da docência na atualidade e isto é o que 
buscaremos fazer neste tópico de estudo. Uma delas é a questão da tecnologia em sala de aula.
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Focaremos agora no ator principal: o professor, o docente, o profissional da educação...e tantas outras 
denominações!
GUARDE ESSA IDEIA!
O professor é um dos profissionais que tais mudanças mais afetam, pois, a concepção de 
ensinar e aprender se modificam completamente no cenário atual, pois as tecnologias 
de informação e comunicação não só transformaram a forma de viver em sociedade em 
todas as suas instâncias, como também trazem inúmeras possibilidades para a prática 
educativa. 
Se você atua como professor pode perceber como os alunos estão inseridos no universo das tecnologias 
no momento em que estão em sala de aula com tablets e, principalmente uso de smartphones com suas 
múltiplas possibilidades de acesso às redes sociais, internet, jogos, entre outros. 
Por que será que os smartphones, apesar de ser de posse de praticamente todos os alunos não é muito 
utilizado nas práticas educativas pelo docente? 
O que vemos na sala de aula da maioria das instituições é justamente o contrário: as salas utilizam avisos 
alegando a proibição do uso do celular dentro delas, contudo é importante salientar que tal impedimento 
não se estende ao uso pedagógico. Isto não se aplica apenas ao cenário educativo do Ensino Superior, 
mas na maioria das escolas da Educação Básica também. Como já sinalizamos a pouco, tal proibição não 
deve ser aplicada para uso pedagógico, porém parece ser esquecido pela maioria dos professores.
VOCÊ SABIA?
No cenário de Pernambuco a Lei n° 15.507 de 21 de maio de 2015 regulamenta o uso dos celulares e 
equipamentos eletrônicos nas salas de aulas, bibliotecas e demais espaços de estudo das instituições 
de ensino, tanto públicas como particulares, como forma de auxiliar o trabalho do professor. Em muitos 
outros estados esta lei também se aplica, como São Paulo que foi um dos pioneiros em 2007, bem como 
Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Mato Grosso, Bahia, Rondônia e Goiás.
É fato que as tecnologias podem causar dispersão e fazer com que a aprendizagem seja prejudicada, mas 
se usado com competência, dentro de um projeto motivador e criativo, os alunos certamente ficarão mais 
estimulados para aprender. As tecnologias se colocam como um dos grandes desafios na prática docente, 
pois provoca um movimento de necessária modificação de atitudes e comportamentos, não apenas do 
professor como também dos alunos. 
Reflitamos juntos a fala de Moran (2009, p.12) no livro “Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica” 
acerca das tecnologias na educação:
???
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Sem dúvida as tecnologias nos permitem ampliar o conceito de aula, de espaço e tempo 
de comunicação audiovisual, e estabelecer pontes novas entre o presencial e o virtual, 
entre o estar juntos e o estarmos conectados a distância. Mas se ensinar dependesse só de 
tecnologias já teríamos achado as melhores soluções há muito tempo. Elas são importantes, 
mas não resolvem as questões de fundo. Ensinar e aprender são os desafios maiores que 
enfrentamos em todas as épocas e particularmente agora em que estamos pressionados 
pela transição do modelo de gestão industrial para o da informação e do conhecimento.
O que você achou da fala do autor, querido (a) aluno (a)? 
Você concorda que realmente o ensinar e aprender é o grande desafio em todas as gerações?
Qual o seu olhar acerca das tecnologias na prática pedagógica? 
Quais os principais desafios para trazer as TDICS (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação), em 
sua opinião, para o contexto educativo? 
Reflita acerca das interrogativas acima para que você possa criar um senso crítico a respeito!
GUARDE ESSA IDEIA!
O professor precisa ter a consciência que apesar de ensinar e aprender ser o desafio 
central, as tecnologias, mesmo não resolvendo os problemas inerentes da prática 
educativa, podem potencializar e motivar este processo de ensino e aprendizagem 
no cenário emergente que vivenciamos. Isto requer que ele busque desenvolver 
as competências necessárias ao trabalho com as tecnologias, e assim, a formação 
permanente se faz mais que necessário, uma palavra de ordem no cenário globalizado 
e de uma gama de informações crescendo a passos nunca antes vistos na história da 
humanidade. Além disto, excluir as tecnologias da prática pedagógica é uma forma 
de exclusão social, uma vez que estas tecnologias se apresentam como realidade no 
mercado de trabalho e vão requerer outras competências dos seus profissionais, que 
por sua vez necessitam estar preparados para lidar com as diversas demandas de sua 
área de atuação.
De acordo com Behrens (2010, p.23) em seu livro “O paradigma emergente e a prática pedagógica”, o olhar 
fragmentado levou os professores e alunos a reprodução do conhecimento, e assim, “as metodologias 
utilizadas pelos docentes têm estado assentadas na reprodução, na cópia e na imitação”. A autora coloca 
ainda que não podemos mais reproduzir este clássico modelo newton-cartesiano de pensar a educação, 
porém devemos caminhar para o Paradigma Emergente, o qual é baseado em uma tecnologia inovadora 
que é produzir conhecimento. Conheça tais pontos fundamentais para a prática docente atual:
1. Visão Sistêmica ou Holística: que significa o resgate do ser humano em sua totalidade, ou 
seja, considerar o humano com suas inteligências múltiplas;
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2. Abordagem Progressista: que visa a transformação do social, sendo o diálogo e a discussão 
coletiva um ponto fundamental para aprender de maneira significativa, contemplando assim trabalhos 
colaborativos entre alunos e professores, parceira entre tais atores do processo educativo;
3. Ensino como pesquisa: que traz os alunos e professores como pesquisadores e produtores de 
conhecimento.
Depois do exposto, reflita como você deve buscar em sua prática pedagógica os elementos pontuados 
acima.
Questione-se: que desafios se colocam para concretizar este Paradigma Emergente, especificamente no 
Ensino Superior?
Prezado (a) aluno (a), o professor não mais deve se colocar como sujeito centralizador do saber, mas 
um parceiro, um mediador, um facilitador, um arquiteto do percurso de aprendizagem, oferecendo aos 
alunos múltiplas possibilidades de reflexões, vivências de produção de conhecimento. Assim, o processo 
de ensinoe aprendizagem precisa se dá com a preocupação docente de lidar com as necessidades dos 
sujeitos em âmbito global, do ser em todas as suas nuances: emocional, psicológica, social, política. 
Além do mais, é um processo de construção do cidadão, uma reflexão sobre sua realidade histórico-
social, sendo um ser consciente e agente de mudança. Consequentemente, as práticas de ensino como: 
pesquisa, construção colaborativa, interatividade, produção do conhecimento são as mais coerentes para 
as necessidades formativas da atualidade, requerendo deste discente ser ator e construtor de seu fazer 
histórico.
O professor e o aluno devem ser parceiros ativos no processo educativo, ambos aprendendo um com o 
outro, visão esta que coaduna com o olhar do grande educador Paulo Freire (1996, p.25).
Ensinar não é transferir conhecimentos. Não há docência sem discência, as duas se explicam 
e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem a condição de objeto 
um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensinar ao aprender. 
 
Vemos que esta fala do autor nos remete a uma importante questão que é a relação professor-aluno que 
deve ser horizontal, pois ambos são sujeitos importantes no processo educativo. O professor precisa 
ter uma boa relação com seu aluno, ser proativo, incentivar os alunos a aprender a aprender, a produzir 
conhecimento, a se engajarem em projetos trazidos pelo professor ou até mesmo a produzirem os seus 
projetos, aliando a teoria com a prática. O docente do Ensino Superior precisa refletir sobre novas 
estratégias pedagógicas que possibilitem ao aluno ser um construtor de sua aprendizagem.
Na atualidade, a partir do cenário da inserção das tecnologias emergem múltiplas possibilidades de se 
concretizar o processo de ensino e aprendizagem, sendo uma delas a problematização dos conteúdos, ou 
seja, o aluno parte da discussão de problemas reais de sua área profissional para o entendimento das 
teorias, refletindo assim a partir de um prisma teórico-prático. O professor tem o papel de discutir com 
os alunos o seu cenário de atuação profissional, os obstáculos, as possibilidades, orientar os mesmos 
quanto ao caminhar, as rotas possíveis de carreira, enfim, ele deve guiar o aluno em seu processo de 
desenvolvimento profissional, ser um orientador, um coaching educacional, termo que significa: o 
treinamento, acompanhamento, desenvolvimento de estudantes atendendo as necessidades individuais, 
a orientação de carreira, orientação de escolha de profissão, de continuidade de estudos, ou seja, uma 
forma de estar junto aos alunos.
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Você sabe o que é Aprendizagem Invertida? Tal estratégia didática é uma temática também bastante 
discutida na atualidade e que se coloca como uma metodologia ativa do processo de ensino e aprendizagem, 
onde professores e alunos são coautores do ensinar e aprender.
Tal metodologia coloca o aluno como centro do processo e inverte a lógica da aula tradicional, em que 
o professor se coloca como o que expõe o conteúdo a ser aprendido, e ao aluno cabe a reprodução 
dos conhecimentos. Neste sentido, os alunos estudam em suas residências através de textos, vídeos, 
áudios, games, diversos outros recursos e o momento de sala de aula é potencializado para uma dinâmica 
ativa, ou seja, para a produção dos alunos: exercícios, estudos de caso, esclarecimentos de dúvidas 
pelo docente; enfim, é o momento de aprofundar os estudos, de interagir, de autoria, de coautoria, de 
construção de aprendizagens significativas.
Então, querido (a) estudante, o que você acha de tal possibilidade didática? 
Em seu olhar, quais os principais obstáculos para que tal didática possa se concretizar? 
Será que o aluno do Ensino Superior tem esta autonomia e tempo necessário para conseguir assumir o 
papel ativo a que ele é chamado, a partir desta aprendizagem invertida? 
Você, sendo o professor, como reflete sua aula nesta perspectiva? 
Todas as interrogativas acima fazem com que você possa pensar sobre tais questões, e compartilhar tais 
olhares, debater sobre tal estratégia pode contribuir no entendimento de quais os limites e possibilidades 
de tal proposta de inovação para o processo de ensino e aprendizagem. 
Há também uma outra possibilidade pedagógica bastante discutida na atualidade que é a GAMIFICAÇÃO. 
Você já ouviu falar a respeito? Como você responderia se te indagassem o que é Gamificação? 
Muitos pensam que gamificar uma sala de aula significa levar jogos para sala de aula, porém isto não se 
concretiza como uma verdade. O jogo também é um recurso que pode ser utilizado para potencializar o 
processo de ensino e aprendizagem, mas isto não é gamificar. 
GAMIFICAR é uma estratégia utilizada inicialmente pelo Marketing com a finalidade de engajar e 
fidelizar clientes, como exemplos no cenário mercadológico: ações como Smiles, Dotz, Clube Viva do 
Boticário, dentre diversas outras ações de empresas que tem como foco fazer com que o cliente queira 
continuar utilizando seus serviços pelo atrativo de alguma vantagem. Você já deve ter visto em algum 
restaurante que frequente a ação de gamificação, a partir do momento em que algum quantitativos de 
almoços que eles determinam e carimbam em um pequeno cartão garante ao cliente um almoço grátis. 
Este é apenas um pequeno exemplo entre vários outros que temos de ações de gamificação que as 
empresas concretizam como forma de fidelizar os seus clientes.
No cenário da Educação, a Gamificação é vista como a utilização de elementos de jogos em contextos que 
não são de jogos, ou seja, no contexto educativo. Vamos analisar o conceito de gamificação na prática 
pedagógica?
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ANALISANDO
De acordo com (KAPP, 2012) a Gamificação é a utilização de elementos de games (mecânica, estratégias, 
pensamentos) fora do contexto dos games, tendo como objetivo motivar os indivíduos a ação, auxiliar na 
solução de problemas bem como promover aprendizagens. O objetivo é criar uma narrativa, uma forma 
de trazer para o processo educativo um cenário divertido, a partir de alguns elementos usados em jogos 
como desafios, pontos, ranking, surpresas, competição, colaboração, fases/níveis, controle de tempo 
entre outros. 
Ainda são poucas as pesquisas que mostra como a Gamificação pode ser aplicada na prática pedagógica, 
mas é de suma importância que o professor busque ver a essência de Gamificar, refletir em que momento 
esta estratégia deve entrar em seu planejamento, uma vez que se mal planejada, a Gamificação pode 
causar o efeito inverso; ao invés de potencializar, motivar, engajar, ela vai tornar a aula pouco atrativa, 
sem alcançar o objetivo maior que é aprendizagem.
VEJA O VÍDEO!
Para aprofundar tal reflexão vejamos este vídeo, com duração de cinco minutos. 
Clique aqui para assistir.
ANALISANDO O VÍDEO
Vemos que o vídeo nos mostra a Gamificação como uma reinvenção da educação, trazendo para o cenário 
educativo a cultura dos games, a qual é bem presente na realidade de crianças e jovens. Ele ainda 
discute alguns elementos que são criticados em um processo de Gamificação e salienta os pontos mais 
importantes para se gamificar, para fazer da sala de aula um espaço mais motivante, onde o aprender seja 
um processo prazeroso. 
Que tal você conhecer uma experiência de Gamificação na Educação?
A experiência é extremamente interessante, uma vez que traz o relato processual de como tal Gamificação 
foi pensada e concretizada no Ensino Superior, bem como os resultados da mesma para o processo de 
ensino e aprendizagem. Vale a pena conhecer e quem sabe se inspirar para concretizar em sua prática 
pedagógica tal estratégia didática, bem como a posteriori publicar a mesma em eventos científicos! 
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VISITE A PÁGINA
Vale a pena conferir esta produção que mostra uma experiência de Gamificação no 
Ensino Superior. Clique aqui para acessar.
Depois de todo o assunto estudado até o momento, você já parou para pensar sobre como está sua prática 
pedagógica? 
Se você está conseguindo realmente atingir

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